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sábado, 8 de novembro de 2014


Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), vá até o fim da reportagem e utilize o espaço de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quintas-feiras.
A EMC, empresa especializada no gerenciamento de dados e segurança, realizou uma pesquisa entrevistando 15 mil pessoas em 15 países, entre eles o Brasil, para entender como as pessoas veem a relação entre privacidade e tecnologia. O que a pesquisa revela é um grande paradoxo: as pessoas gostam das facilidades do mundo digital, mas não querem abrir mão da privacidade. E mais: muitos não tomam os cuidados necessários para diminuir a exposição de seus dados.

Entre os entrevistados no Brasil, 19% disseram que não verificam as configurações de privacidade em redes sociais e 33% disseram que não usam uma senha de bloqueio no aparelho celular. Em todos os países, a maioria concorda que devem existir regulamentações para controlar o compartilhamento de informações por parte das empresas. Aqui, esse percentual foi de 89%, acima da média global de 87%.

A pesquisa também mostrou diferenças consideráveis entre diferentes países. No Brasil, 26% dos entrevistados disseram que aceitam negociar privacidade por conveniência, enquanto 50% disseram que não – que a privacidade deles é mais importante. Na Alemanha, apenas 12% aceitariam essa troca. Na Índia, 48% disseram que aceitam trocar sua privacidade por conveniência.

Maoria aceita negociar privacidade por segurança
Outra perspectiva analisada pelo estudo mostra que as pessoas aceitam sacrificar privacidade mais para algumas razões do que outras: 54% disseram que aceitam sacrificar a privacidade em troca de proteção contra o crime ou terrorismo, mas o número cai para 45% quando o motivo é a facilitação do acesso à informação e serviços médicos, chegando a apenas 31% quando o compartilhamento de dados tem como objetivos a socialização. Interação com o governo (41%) e viagens (40%) são outras áreas em que a privacidade é mais negociável.

As contradições continuam: embora as pessoas queiram leis para o compartilhamento de dados, muitos não confiam nem na ética e nem habilidade das empresas e do governo para proteger as informações. No Brasil, o setor financeiro teve maior confiabilidade (70%), seguido de instituições de saúde (63%) e comércio (61%), mas governo e redes sociais são confiadas por apenas 51% dos entrevistados. Só 39% dos brasileiros disseram acreditar que o governo está trabalhando para proteger nossa privacidade.

Embora o Brasil seja um pouco mais otimista do que outros países, 71% dos brasileiros disseram que têm menos privacidade hoje do que há um ano e 73% pensam que será mais difícil manter a privacidade daqui 5 anos (no mundo, 81% pensam que vai ser mais difícil).

O Brasil também registrou um alto número de entrevistados que disseram já ter sofrido alguma invasão de privacidade: 76%. Esse número inclui pessoas que tiveram uma conta de e-mail ou perfil de rede social hackeados ou que sofreram perda ou roubo de celular, cartão ou documento de identidade.

O costume e o medo de surpresas
O que a pesquisa mostra é típico de um período de transição: as pessoas percebem que têm menos privacidade, dizem que não querem trocá-la, mas naturalmente acabam compartilhando dados e informações porque isso traz conveniência e faz parte da rotina do mundo on-line. De nada serve uma rede para troca de informações se informações não forem trocadas.

A redução da privacidade provavelmente passa despercebida, até que de repente um colega, amigo – ou pior, um desconhecido – fica sabendo de algo que foi compartilhado na rede e que ele não deveria saber. Não confiamos nas empresas porque é algo que está fora do nosso controle, mesmo quando dados abertos em uma rede social podem ser muito mais reveladores. Isso também explica por que instituições financeiras, que sabem muito sobre nossa vida, são tão confiadas: estamos acostumados.

Queremos uma lei para que regulamente o compartilhamento de dados porque temos interesse em imaginar que sabemos o que será feito com eles e que estamos no controle. É pouco provável que isso se transforme em uma preocupação real a ponto de rejeitarmos as novidades da tecnologia para proteger nossa privacidade.

Os números já estão aí: de acordo com estatísticas da Statistic Brain, internautas do mundo todo gastam, coletivamente, 11,6 bilhões de horas – ou 700 bilhões de minutos – no Facebook. Por mês.


http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/pessoas-querem-privacidade-mas-nao-fazem-muito-para-protege-la-diz-pesquisa.html

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