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domingo, 22 de outubro de 2017

Dipirona – Indicações, Efeitos Colaterais e Perigos. Bula simplificada da dipirona, um dos analgésicos e antitérmicos mais vendidos do mercado.

A dipirona sódica, que em alguns países é chamada de metamizol sódico, é um analgésico e antipirético muito popular em boa parte do mundo, incluindo no Brasil, onde se encontra na lista das 10 drogas mais vendidas anualmente. Também existem as formas dipirona magnésica e metamizol magnésico, que são basicamente iguais às formas sódicas.
Apesar de ser um medicamento eficaz, extremamente popular e já em comercialização há décadas, a dipirona permanece sendo uma droga polêmica, que foi banida em cerca de 30 países do mundo, incluindo EUA, Japão, Austrália, Inglaterra, Suécia e Colômbia. O motivo da proibição é o risco de agranulocitose, uma complicação rara, mas potencialmente fatal. Ainda assim, a dipirona (ou metamizol) continua sendo amplamente comercializada em países como Brasil, Portugal, México, Espanha, Israel e Rússia, que consideram que a ocorrência da agranulocitose é tão rara, que não justifica a proibição da droga.
Neste artigo vamos fazer uma revisão sobre a dipirona (metamizol), abordando as suas indicações, nomes comerciais, doses, efeitos adversos e interações medicamentosas. Vamos explicar também a polêmica proibição da droga devido ao risco de complicações graves.
Atenção: este texto não pretende ser uma bula da dipirona. Nosso objetivo é ser menos técnico que uma bula e mais útil aos pacientes que procuram informações sobre este popular analgésico.

Nomes comerciais da dipirona e do metamizol

No Brasil, em Portugal e em vários outros países do mundo, a dipirona ou o metamizol já estão disponíveis sob a forma de medicamento genérico. Isso não impede porém, que existam diversas marcas comerciais deste fármaco. Vamos listar abaixo os principais nomes comerciais disponíveis no Brasil (dipirona) e em Portugal (metamizol).
Principais nomes comerciais da dipirona – metamizol:
– Anador.
– Analgex C.
– Baralgin.
– Conmel.
– Dipidor.
– Dipimed.
– Dipironati.
– Dolocalma (Portugal).
– Doralex.
– Dorfebril.
– Dorilan.
– Lomdor.
– Magnopyrol.
– Maxiliv.
– Mirador.
– Nofebrin.
– Nolotil (Portugal).
– Novalgina.
– Santidor.
– Termopirona.
– Termoprim.
Exemplos de medicamentos compostos que apresentam dipirona em sua fórmula:
– Alginac: dipirona sódica + carisoprodol + cianocobalamina + piridoxina + tiamina.
– Atroveran: dipirona sódica + cloridrato de papaverina + extrato fluido de Atropa belladona.
– Benegrip: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Buscopan composto: dipirona Sódica + butilbrometo de escopolamina.
– Dexalgen: dipirona sódica + dexametasona + hidroxocobalamina.
– Enxak: dipirona sódica + mesilato de diidroergotamina + cafeína.
– Migraliv: dipirona sódica + didroergotamina + cafeína.
– Mionevrix: dipirona sódica + carisoprodol + cianocobalamina + piridoxina + tiamina.
– Nogripe: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Tropinal: dipirona sódica + butilbrometo de escopolamina + hiosciamina + homatropina.

Para que serve a dipirona – metamizol?

A dipirona é um fármaco que tem potente ação antipirética (contra febre), analgésica (contra dor) e antiespasmódica (contra cólicas), sendo, portanto, uma excelente opção para o tratamento das doenças que provocam febre e/ou dor.
A dipirona tem um efeito antipirético e analgésico semelhante ou até melhor que muitos anti-inflamatórios não-esteroides, sem ter, porém, o risco de causar lesões do estômago e dos rins. Todavia, a dipirona possui um fraco efeito anti-inflamatório, sendo inferior aos anti-inflamatórios no tratamento de doenças claramente inflamatórias, como são os casos das artrites e outras doenças de origem reumática (leia: REUMATISMO – O que é, Sintomas e Tratamento).
Estudos mostram que a dipirona tem bons resultados no controle da dor de origem traumática, odontológica, oncológica e pós-operatória. A dipirona também é uma boa opção para analgesia nos quadros de enxaqueca e nas cólicas de origem renal, intestinal ou uterina.
A dipirona é frequentemente utilizada nos quadros de gripe ou resfriado, seja isoladamente ou em conjunto com outros fármacos, servindo tanto para o controle da febre quanto para as dores no corpo (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).

Posologia da dipirona – metamizol

A dipirona pode ser comprada na forma de xarope, gotas, supositórios ou comprimidos. Em geral, as doses podem ser administradas de 8/8h ou 6/6h.
Xarope – solução oral – 50 mg/ml:
  • 5 a 8 kg (3 a 11 meses) → Dose individual de 1,25 a 2,5 ml, sendo a dose máxima diária de 10 ml (2,5 ml 4x por dia).
  • 9 a 15 kg (1 a 3 anos) → Dose individual de 2,5 a 5 ml, sendo a dose máxima diária 20 ml (5 ml 4x por dia).
  • 16 a 23 kg (4 a 6 anos) → Dose individual de 3,75 a 7,5 ml, sendo a dose máxima diária 30 ml (7,5 ml 4x por dia).
  • 24 a 30 kg (7 a 9 anos) → Dose individual de 5 a 10 ml, sendo a dose máxima diária 40 ml (10 ml 4x por dia).
  • 31 a 45 kg (10 a 12 anos) → Dose individual de 7,5 a 15 ml, sendo a dose máxima diária 60 ml (15 ml 4x por dia).
  • 46 a 53 kg (13 a 14 anos) → Dose individual de 8,75 a 17,5 ml, sendo a dose máxima diária 70 ml (17,5 ml 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos →  Dose individual de 10 a 20 ml, sendo a dose máxima diária 80 ml (20 ml 4x por dia).
Gotas – solução oral – 500 mg/ml:
  • 5 a 8 kg (3 a 11 meses) → Dose individual de 2 a 5 gotas, sendo a dose máxima diária de 20 gotas (5 gotas 4x por dia).
  • 9 a 15 kg (1 a 3 anos) → Dose individual de 3 a 10 gotas, sendo a dose máxima diária de 40 gotas (10 gotas 4x por dia).
  • 16 a 23 kg (4 a 6 anos) → Dose individual de 5 a 15 gotas, sendo a dose máxima diária de 60 gotas (15 gotas 4x por dia).
  • 24 a 30 kg (7 a 9 anos) → Dose individual de 8 a 20 gotas, sendo a dose máxima diária de 80 gotas (20 gotas 4x por dia).
  • 31 a 45 kg (10 a 12 anos) → Dose individual de 10 a 30 gotas, sendo a dose máxima diária de 120 gotas (30 gotas 4x por dia).
  • 46 a 53 kg (13 a 14 anos) → Dose individual de 15 a 35 gotas, sendo a dose máxima diária de 140 gotas (35 gotas 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 20 a 40 gotas, sendo a dose máxima diária de 160 gotas (40 gotas 4x por dia).
Comprimidos (500 ou 1000 mg):
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 500 a 1000 mg, sendo a dose máxima diária de 4000 mg (1000 mg 4x por dia).
Supositórios (300 ou 1000 mg):
  • Crianças com mais de 4 anos (16 kg) → Dose individual de 300 mg, sendo a dose máxima diária de 1200 mg (1 supositório de 300 mg 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 1000 mg, sendo a dose máxima diária de 4000 mg (1 supositório de 1000 mg 4x por dia).
A dipirona também pode ser administrada na forma intravenosa, mas essa via é habitualmente restrita a administração hospitalar.

Precauções e contraindicações da dipirona – metamizol

A dipirona é contraindicada nas seguintes situações:
  • Bebês com menos de 3 meses ou menos que 5 quilos.
  • Gravidez.
  • Durante a amamentação.
  • Histórico de alergia à dipirona ou às pirazolonas ou pirazolidinas (ex. fenazona, propifenazona, fenilbutazona e oxifembutazona).
  • Se o paciente tiver histórico de urticária, angioedema ou síndrome de asma induzida por outros analgésicos, tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina ou naproxeno.
  • Se o paciente tiver alguma doença da medula óssea.
  • Se o paciente tiver deficiência congênita da glucose-6-fosfato-desidrogenase.
  • Se o paciente tiver porfiria hepática aguda intermitente.

Efeitos colaterais da dipirona – metamizol

A dipirona é um medicamento que costuma provocar poucos efeitos colaterais. Além da possibilidade de reação alérgica, que é comum a todos os outros analgésicos e anti-inflamatórios do mercado, o efeito colateral mais relatado costuma ser a queda da pressão arterial, principalmente nos pacientes desidratados ou com problemas cardíacos descompensados.
Agranulocitose provocada pela dipirona
Apesar de ser um fármaco bem tolerado pela imensa maioria das pessoas, a dipirona/metamizol foi proibida em diversos países após alguns relatos de pacientes que desenvolveram agranulocitose.
A agranulocitose é uma situação na qual há uma queda abrupta no número dos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que são algumas formas de glóbulos brancos, células do nosso sistema imunológico responsáveis pelo combate a germes invasores. A agranulocitose induzida pela dipirona, apesar de temporária e reversível, é um quadro potencialmente fatal, pois pode deixar o paciente completamente indefeso contra infecções.
Por que a dipirona ainda é comercializada em vários países
A verdadeira incidência da agranulocitose induzida pela dipirona ainda é desconhecida. Os defensores do fármaco afirmam que o risco de agranulocitose foi superestimado em estudos conduzidos na década de 1970 e que a sua proibição não é baseada em evidências científicas fortes. Estudos mais recentes têm mostrado um risco de 2 casos de agranulocitose a cada 1 a 10 milhões de usuários do medicamento. Isso significa que num país de 200 milhões de habitantes, como o Brasil, se toda a população passasse a tomar dipirona de forma conjunta, teríamos entre 40 a 400 casos de agranulocitose. Em um país de 10 milhões de habitantes, como Portugal, se a população inteira tomasse o metamizol, o número de casos de agranulocitose seria de apenas 2.
Outro argumento em defesa da dipirona é o fato de que várias outras drogas que possuem risco de causar agranulocitose, tais como ticlopidina, clozapina, sulfassalazina e Bactrim (sulfametoxazol + trimetoprima), permanecem no mercado nos países que proibiram a dipirona.
Mais um ponto a favor da dipirona é um estudo publicado em 1998, no Journal of Clinical Epidemiology, que comparou as complicações fatais dos principais analgésicos e anti-inflamatórios do mercado e chegou a conclusão que a dipirona era uma droga mais segura que a aspirina, o diclofenaco e o paracetamol.

Interações medicamentosas da dipirona – metamizol

A dipirona pode causar redução dos níveis sanguíneos de ciclosporina e bupropiona, além de reduzir o efeito de inibição plaquetária da aspirina.
A dipirona não interfere na ação dos anticoncepcionais hormonais.

A dipirona sódica, que em alguns países é chamada de metamizol sódico, é um analgésico e antipirético muito popular em boa parte do mundo, incluindo no Brasil, onde se encontra na lista das 10 drogas mais vendidas anualmente. Também existem as formas dipirona magnésica e metamizol magnésico, que são basicamente iguais às formas sódicas.
Apesar de ser um medicamento eficaz, extremamente popular e já em comercialização há décadas, a dipirona permanece sendo uma droga polêmica, que foi banida em cerca de 30 países do mundo, incluindo EUA, Japão, Austrália, Inglaterra, Suécia e Colômbia. O motivo da proibição é o risco de agranulocitose, uma complicação rara, mas potencialmente fatal. Ainda assim, a dipirona (ou metamizol) continua sendo amplamente comercializada em países como Brasil, Portugal, México, Espanha, Israel e Rússia, que consideram que a ocorrência da agranulocitose é tão rara, que não justifica a proibição da droga.
Neste artigo vamos fazer uma revisão sobre a dipirona (metamizol), abordando as suas indicações, nomes comerciais, doses, efeitos adversos e interações medicamentosas. Vamos explicar também a polêmica proibição da droga devido ao risco de complicações graves.
Atenção: este texto não pretende ser uma bula da dipirona. Nosso objetivo é ser menos técnico que uma bula e mais útil aos pacientes que procuram informações sobre este popular analgésico.

Nomes comerciais da dipirona e do metamizol

No Brasil, em Portugal e em vários outros países do mundo, a dipirona ou o metamizol já estão disponíveis sob a forma de medicamento genérico. Isso não impede porém, que existam diversas marcas comerciais deste fármaco. Vamos listar abaixo os principais nomes comerciais disponíveis no Brasil (dipirona) e em Portugal (metamizol).
Principais nomes comerciais da dipirona – metamizol:
– Anador.
– Analgex C.
– Baralgin.
– Conmel.
– Dipidor.
– Dipimed.
– Dipironati.
– Dolocalma (Portugal).
– Doralex.
– Dorfebril.
– Dorilan.
– Lomdor.
– Magnopyrol.
– Maxiliv.
– Mirador.
– Nofebrin.
– Nolotil (Portugal).
– Novalgina.
– Santidor.
– Termopirona.
– Termoprim.
Exemplos de medicamentos compostos que apresentam dipirona em sua fórmula:
– Alginac: dipirona sódica + carisoprodol + cianocobalamina + piridoxina + tiamina.
– Atroveran: dipirona sódica + cloridrato de papaverina + extrato fluido de Atropa belladona.
– Benegrip: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Buscopan composto: dipirona Sódica + butilbrometo de escopolamina.
– Dexalgen: dipirona sódica + dexametasona + hidroxocobalamina.
– Enxak: dipirona sódica + mesilato de diidroergotamina + cafeína.
– Migraliv: dipirona sódica + didroergotamina + cafeína.
– Mionevrix: dipirona sódica + carisoprodol + cianocobalamina + piridoxina + tiamina.
– Nogripe: dipirona sódica + cafeína + maleato de clorfenamina.
– Tropinal: dipirona sódica + butilbrometo de escopolamina + hiosciamina + homatropina.

Para que serve a dipirona – metamizol?

A dipirona é um fármaco que tem potente ação antipirética (contra febre), analgésica (contra dor) e antiespasmódica (contra cólicas), sendo, portanto, uma excelente opção para o tratamento das doenças que provocam febre e/ou dor.
A dipirona tem um efeito antipirético e analgésico semelhante ou até melhor que muitos anti-inflamatórios não-esteroides, sem ter, porém, o risco de causar lesões do estômago e dos rins. Todavia, a dipirona possui um fraco efeito anti-inflamatório, sendo inferior aos anti-inflamatórios no tratamento de doenças claramente inflamatórias, como são os casos das artrites e outras doenças de origem reumática (leia: REUMATISMO – O que é, Sintomas e Tratamento).
Estudos mostram que a dipirona tem bons resultados no controle da dor de origem traumática, odontológica, oncológica e pós-operatória. A dipirona também é uma boa opção para analgesia nos quadros de enxaqueca e nas cólicas de origem renal, intestinal ou uterina.
A dipirona é frequentemente utilizada nos quadros de gripe ou resfriado, seja isoladamente ou em conjunto com outros fármacos, servindo tanto para o controle da febre quanto para as dores no corpo (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).

Posologia da dipirona – metamizol

A dipirona pode ser comprada na forma de xarope, gotas, supositórios ou comprimidos. Em geral, as doses podem ser administradas de 8/8h ou 6/6h.
Xarope – solução oral – 50 mg/ml:
  • 5 a 8 kg (3 a 11 meses) → Dose individual de 1,25 a 2,5 ml, sendo a dose máxima diária de 10 ml (2,5 ml 4x por dia).
  • 9 a 15 kg (1 a 3 anos) → Dose individual de 2,5 a 5 ml, sendo a dose máxima diária 20 ml (5 ml 4x por dia).
  • 16 a 23 kg (4 a 6 anos) → Dose individual de 3,75 a 7,5 ml, sendo a dose máxima diária 30 ml (7,5 ml 4x por dia).
  • 24 a 30 kg (7 a 9 anos) → Dose individual de 5 a 10 ml, sendo a dose máxima diária 40 ml (10 ml 4x por dia).
  • 31 a 45 kg (10 a 12 anos) → Dose individual de 7,5 a 15 ml, sendo a dose máxima diária 60 ml (15 ml 4x por dia).
  • 46 a 53 kg (13 a 14 anos) → Dose individual de 8,75 a 17,5 ml, sendo a dose máxima diária 70 ml (17,5 ml 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos →  Dose individual de 10 a 20 ml, sendo a dose máxima diária 80 ml (20 ml 4x por dia).
Gotas – solução oral – 500 mg/ml:
  • 5 a 8 kg (3 a 11 meses) → Dose individual de 2 a 5 gotas, sendo a dose máxima diária de 20 gotas (5 gotas 4x por dia).
  • 9 a 15 kg (1 a 3 anos) → Dose individual de 3 a 10 gotas, sendo a dose máxima diária de 40 gotas (10 gotas 4x por dia).
  • 16 a 23 kg (4 a 6 anos) → Dose individual de 5 a 15 gotas, sendo a dose máxima diária de 60 gotas (15 gotas 4x por dia).
  • 24 a 30 kg (7 a 9 anos) → Dose individual de 8 a 20 gotas, sendo a dose máxima diária de 80 gotas (20 gotas 4x por dia).
  • 31 a 45 kg (10 a 12 anos) → Dose individual de 10 a 30 gotas, sendo a dose máxima diária de 120 gotas (30 gotas 4x por dia).
  • 46 a 53 kg (13 a 14 anos) → Dose individual de 15 a 35 gotas, sendo a dose máxima diária de 140 gotas (35 gotas 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 20 a 40 gotas, sendo a dose máxima diária de 160 gotas (40 gotas 4x por dia).
Comprimidos (500 ou 1000 mg):
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 500 a 1000 mg, sendo a dose máxima diária de 4000 mg (1000 mg 4x por dia).
Supositórios (300 ou 1000 mg):
  • Crianças com mais de 4 anos (16 kg) → Dose individual de 300 mg, sendo a dose máxima diária de 1200 mg (1 supositório de 300 mg 4x por dia).
  • Adultos e adolescentes acima de 15 anos → Dose individual de 1000 mg, sendo a dose máxima diária de 4000 mg (1 supositório de 1000 mg 4x por dia).
A dipirona também pode ser administrada na forma intravenosa, mas essa via é habitualmente restrita a administração hospitalar.

Precauções e contraindicações da dipirona – metamizol

A dipirona é contraindicada nas seguintes situações:
  • Bebês com menos de 3 meses ou menos que 5 quilos.
  • Gravidez.
  • Durante a amamentação.
  • Histórico de alergia à dipirona ou às pirazolonas ou pirazolidinas (ex. fenazona, propifenazona, fenilbutazona e oxifembutazona).
  • Se o paciente tiver histórico de urticária, angioedema ou síndrome de asma induzida por outros analgésicos, tais como salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina ou naproxeno.
  • Se o paciente tiver alguma doença da medula óssea.
  • Se o paciente tiver deficiência congênita da glucose-6-fosfato-desidrogenase.
  • Se o paciente tiver porfiria hepática aguda intermitente.

Efeitos colaterais da dipirona – metamizol

A dipirona é um medicamento que costuma provocar poucos efeitos colaterais. Além da possibilidade de reação alérgica, que é comum a todos os outros analgésicos e anti-inflamatórios do mercado, o efeito colateral mais relatado costuma ser a queda da pressão arterial, principalmente nos pacientes desidratados ou com problemas cardíacos descompensados.
Agranulocitose provocada pela dipirona
Apesar de ser um fármaco bem tolerado pela imensa maioria das pessoas, a dipirona/metamizol foi proibida em diversos países após alguns relatos de pacientes que desenvolveram agranulocitose.
A agranulocitose é uma situação na qual há uma queda abrupta no número dos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que são algumas formas de glóbulos brancos, células do nosso sistema imunológico responsáveis pelo combate a germes invasores. A agranulocitose induzida pela dipirona, apesar de temporária e reversível, é um quadro potencialmente fatal, pois pode deixar o paciente completamente indefeso contra infecções.
Por que a dipirona ainda é comercializada em vários países
A verdadeira incidência da agranulocitose induzida pela dipirona ainda é desconhecida. Os defensores do fármaco afirmam que o risco de agranulocitose foi superestimado em estudos conduzidos na década de 1970 e que a sua proibição não é baseada em evidências científicas fortes. Estudos mais recentes têm mostrado um risco de 2 casos de agranulocitose a cada 1 a 10 milhões de usuários do medicamento. Isso significa que num país de 200 milhões de habitantes, como o Brasil, se toda a população passasse a tomar dipirona de forma conjunta, teríamos entre 40 a 400 casos de agranulocitose. Em um país de 10 milhões de habitantes, como Portugal, se a população inteira tomasse o metamizol, o número de casos de agranulocitose seria de apenas 2.
Outro argumento em defesa da dipirona é o fato de que várias outras drogas que possuem risco de causar agranulocitose, tais como ticlopidina, clozapina, sulfassalazina e Bactrim (sulfametoxazol + trimetoprima), permanecem no mercado nos países que proibiram a dipirona.
Mais um ponto a favor da dipirona é um estudo publicado em 1998, no Journal of Clinical Epidemiology, que comparou as complicações fatais dos principais analgésicos e anti-inflamatórios do mercado e chegou a conclusão que a dipirona era uma droga mais segura que a aspirina, o diclofenaco e o paracetamol.

Interações medicamentosas da dipirona – metamizol

A dipirona pode causar redução dos níveis sanguíneos de ciclosporina e bupropiona, além de reduzir o efeito de inibição plaquetária da aspirina.
A dipirona não interfere na ação dos anticoncepcionais hormonais.

VOCÊ SABIA QUE CIGARROS SÃO RADIOATIVOS? Cigarros são mais perigosos do que você imagina.

Imagem relacionadaO cigarro comum é um produto composto inicialmente por cerca de 600 substâncias diferentes. Digo inicialmente, porque, ao ser aceso, o processo de combustão gera uma quantidade imensa de novas substâncias, fazendo com que um simples cigarro e sua fumaça contenham mais de 7000 substâncias químicas diferentes. Destas, 400 são sabidamente tóxicas e, pelo menos, 70 são reconhecidamente carcinogênicas, isto é, capazes de provocar câncer.
Dentre as centenas de substâncias nocivas do cigarro, podemos citar a acetona (usada como solvente de esmaltes, tintas e vernizes), amoníaco (utilizado em produtos de limpeza e fertilizantes), arsênio (presente em venenos de rato, inseticidas e herbicidas) e o monóxido de carbono (gás tóxico que sai dos escapamentos dos carros).
Apesar das informações acima já serem suficientes para afirmar que o cigarro é um produto extremamente tóxico e perigoso, por incrível que pareça, a realidade é ainda pior. Além de todas essas substâncias químicas tóxicas, o cigarro também contém substâncias altamente radioativas, como o polônio-210 e o chumbo-210.
Mas se você está surpreso por nunca ter ouvido falar que cigarros são produtos que emitem radiação ionizante, saiba que essa informação já é conhecida pela comunidade científica desde a década de 1960. Aliás, há pelo menos 50 anos que a indústria do tabaco tem conhecimento da presença de elementos radioativos em seus cigarro e nada faz para removê-los. Pelo contrário, toda as pesquisas sobre o assunto patrocinadas pela própria indústria foram escondidas do público nas últimas décadas.
Neste artigo vamos explicar em detalhes que tipo de radiação o cigarro produz, qual é a sua quantidade e quais são os seus riscos para os fumantes e para as pessoas à sua volta.
Se você quiser saber mais sobre os danos que o cigarro pode provocar à sua saúde, leia também: DOENÇAS DO CIGARRO – Como Parar de Fumar.

Onde podemos encontrar radiações ionizantes e não-ionizantes

Antes de falarmos especificamente sobre a radiação dos cigarros, faz-se necessário esclarecer conceitos básicos sobre o termo radiação. Entender essa parte do texto é importante para que você, mais à frente, consiga ter a dimensão do quão grave é a radiação que um fumante é exposto ao longo de décadas de fumo.
A maioria das pessoas quando ouve falar de radiação pensa imediatamente em materiais radioativos produzidos por usinas nucleares ou bombas atômicas. Mas ser exposto à radiação é algo extremamente comum, muito mais do que você imagina. Radiação é qualquer propagação de energia de um ponto ao outro. Por exemplo, as ondas eletromagnéticas dos rádios, das emissoras de TV, dos telefones celulares, dos aparelhos de micro-ondas e a própria luz são formas de radiação. Essas radiações, porém, são inofensivas, pois fazem parte do grupo de radiações não-ionizantes.
Considera-se uma radiação ionizante aquela que tem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos, ou seja, que são capazes de ionizar átomos. No nosso organismo, a ionização de átomos pelas radiações ionizantes provoca lesões do DNA, dos cromossomos e das proteínas celulares. Quando a exposição é alta e aguda, ele costuma ser letal, como foram os casos do acidente radiológico em Goiânia com Césio-137 e do acidente nuclear de Chernobyl, ambos na década de 1980. Mas a exposição à radiação ionizante é perigosa mesmo em doses baixas, caso ela seja frequente, pois está associada a um maior risco de formação de cânceres.
O interessante nessa história é que a radiação ionizante não tem origem apenas em materiais radioativos produzidos pelo homem, há radiação ionizante de origem natural no ar que respiramos, na comida que comemos, nas paredes dos edifícios e no solo que pisamos.
Há também radiação de origem cósmica, que atinge nosso planeta, mas que felizmente é filtrada em boa parte pela nossa atmosfera e pelo campo magnético terrestre.  A quantidade de radiação ionizante que recebemos em elevadas altitudes é maior do que a quantidade que recebemos quando estamos a nível do mar. Durante uma viagem de avião, por exemplo, recebemos mais radiação do que o habitual.
Logicamente, a quantidade total de radiação ionizante nessas fontes citadas acima é mínima, não sendo suficiente para causar danos à nossa saúde. Portanto, chamamos de radiação de fundo a quantidade de radiação ionizante que o nosso ambiente emite de forma natural, boa parte dela pela presença do elemento químico radônio no ar.
Veja na tabela abaixo a quantidade de radiação ionizante que algumas fontes naturais e artificias emitem. A unidade para medir a radiação utilizada abaixo é o milisievert (mSv):
  • Radiação ionizante natural de fundo que uma pessoa é exposta ao longo de 1 ano inteiro ao nível do mar → 2 a 3 mSv (dependendo do local).
  • Radiação ionizante presente em uma banana (devido à radiação produzida pelo potássio) → 0,0001 mSv.
  • Radiação ionizante presente em 100 gramas de castanha do Pará (alimento mais radioativo conhecido, rico em potássio e rádio) → 0,01 mSv.
  • Radiação ionizante de uma única radiografia de dente → 0,005 mSv.
  • Radiação ionizante de uma única radiografia do braço → 0,01 mSv.
  • Radiação ionizante de uma única radiografia de tórax → 0,02 mSv.
  • Radiação ionizante emitida ao longo de um ano por uma casa construída por pedra, tijolo ou concreto → 0,07 mSv.
  • Radiação ionizante que uma pessoa é exposta em uma viagem transatlântica de avião → 0,08 mSv.
  • Dose anual média de radiação que um trabalhador de usina nuclear recebe → 0,18 mSv.
  • Radiação ionizante de uma única tomografia computadorizada de crânio → 2 mSv.
  • Radiação ionizante que uma pessoa atualmente recebe se ficar durante 1 hora na usina nuclear de Chernobyl → 6 mSv.
  • Radiação ionizante de uma única tomografia computadorizada de abdômen → 8 mSv.
  • Dose média de radiação ionizante recebida pela tripulação de voos transatlânticos ao longo de 1 ano → 9 mSv.
  • Dose máxima anual de radiação ionizante permitida por lei para uma pessoa que trabalha com exposição à radiação → 20 mSv.
  • Dose anual de radiação ionizante claramente associada ao surgimento de cânceres → 100 mSv.
  • Dose de radiação ionizante recebida em curto intervalo de tempo capaz de provocar alterações imediatas nas células do sangue → 100 mSv.
  • Dose de radiação ionizante recebida em curto intervalo de tempo capaz de provocar sintomas de intoxicação por radioatividade → 400 mSv.
  • Dose de radiação ionizante recebida em curto intervalo de tempo que é potencialmente fatal → 4000 mSv.
  • Dose média de radiação ionizante recebida pelos trabalhadores de Chernobyl que morreram no primeiro mês após o acidente → 6000 mSv.
  • Dose de radiação ionizante recebida em curto intervalo de tempo que é fatal, mesmo com pronto atendimento médico → 8000 mSv.

Quantidade de radiação recebida por um fumante

Agora que já temos uma noção básica dos perigos da radiação ionizante e das doses de radiação de várias fontes naturais e artificiais, podemos focar nosso artigo na radioatividade do cigarro.
Os cigarros são radioativos porque contêm polônio-210 e chumbo-210. Esses elementos penetram nas lavouras de tabaco por causa do tipo de fertilizante habitualmente utilizado para o seu cultivo. Uma vez que a folha de tabaco absorva elementos radioativos, não há como retirá-los.
Estudos científicos publicados nos últimos 50 anos mostram que uma pessoa que fuma diariamente um maço e meio de cigarros ao longo de um ano recebe cerca de 4,6 mSv de radiação causada pela presença de polônio-210 e chumbo-210 . Essa quantidade de radiação, que é cerca de 50 a 100% maior que a radiação natural de fundo, não parece, à primeira vista, algo muito grave. O problema, porém, é a forma como esses elementos radioativos se acumulam no pulmão. Nos fumantes, o alcatrão presente no cigarro tende a se depositar nas áreas de bifurcação dos brônquios, absorvendo consigo quantidades relevantes de polônio e chumbo radioativos.
Esse acúmulo de material radioativo nos brônquios expõe o pulmão do fumante a níveis elevados de radiação. Um pessoa que fuma cerca de 30 cigarros por dia (1 maço e meio) chega a receber ao longo do ano uma radiação de 80 a 160 mSv em determinados pontos do pulmão. Reparem na gravidade dessa dose de radiação. Se usarmos a estimativa mais baixa de radiação (80 mSv por ano), ainda assim o consumo diário de 1,5 maço de cigarros por ano equivale a:
  • Radiação cumulativa equivalente a 4000 radiografias de tórax.
  • 444 vezes mais radiação anual que um trabalhador de uma usina nuclear recebe.
  • 40 vezes mais que a radiação natural de fundo.
  • 4 vezes a dose anual máxima permitida para pessoas que trabalham com radiação.

Fumantes são radioativos?

Se nós dizemos que há acúmulo de material radioativo no pulmão de fumantes, é natural que você imediatamente questione se o seu amigo ou familiar fumante que está ao seu lado é uma potencial fonte de radiação. A resposta é sim e não.
A resposta é sim, se vocês morarem juntos e você for um fumante passivo. Cerca de 75% do polônio-210 presente na fumaça do cigarro não é absorvida pelo próprio fumante e acaba se espalhando pelo ar, podendo ser inalada por não-fumantes ao seu redor. A quantidade total de polônio-210 absorvida por fumantes passivos é desconhecida, mas ao longo de anos de exposição é provável que ela seja relevante.
Por outro lado, a resposta é não, caso o seu contato com o fumante se dê somente quando ele não está fumando. Apesar de haver material radioativo depositado nos pulmões do fumante, a radiação emitida pelo Po-210 é do tipo alfa, que tem baixa capacidade de penetrar os tecidos. Isso significa, portanto, que a ação radioativa do Po-210 fica restrita a pequenas regiões dos pulmões, apenas onde há depósito de material radioativo. Você pode até abraçar o seu amigo fumante, que nenhuma radiação extra irá lhe atingir.

https://www.mdsaude.com/2016/03/cigarros-sao-radioativos.html

PARACETAMOL – Dose, Indicações e Efeitos Colaterais. Bula simplificada do paracetamol, com informações importantes em linguagem acessível para os pacientes.

Paracetamol
O paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um fármaco com propriedades analgésica (que combate a dor) e antipirética (que combate a febre), disponível no mercado em comprimidos, xarope, gotas ou supositórios.
O paracetamol é um dos medicamentos mais indicados para o tratamento da dor ou da febre por ser barato, bastante seguro e por ter uma taxa muito baixa de efeitos colaterais, desde que, obviamente, utilizado dentro das doses recomendadas.
O acetaminofeno possui pouca atividade anti-inflamatória, motivo pelo qual ele é seguro para os pacientes com problemas gástricos, cardiovasculares ou renais. Porém, a mesma falta de atividade anti-inflamatória que torna-o mais seguro, também é responsável pela sua pouca eficácia no tratamento das dores de origem inflamatória, como são os casos da gota, da artrite reumatoide ou da osteoatrose.
Neste artigo vamos fazer uma revisão sobre o paracetamol (acetaminofeno), abordando as suas indicações, nomes comerciais, doses, efeitos adversos e interações medicamentosas. Vamos comentar também sobre o risco de intoxicação do fígado que surge quando o paciente utiliza doses muito elevadas deste fármaco.
Atenção: este texto não pretende ser uma bula do paracetamol. Nosso objetivo é ser menos técnico que uma bula e mais útil aos pacientes que procuram informações sobre este popular analgésico.
Como no Brasil e em Portugal o nome paracetamol é muito mais utilizado que acetaminofeno, vamos dar preferência a essa denominação ao longo do artigo.

Nomes comerciais

No Brasil, em Portugal e em vários outros países do mundo, o paracetamol já está disponível sob a forma de medicamento genérico. Isso não impede, porém, que existam diversas marcas comerciais deste medicamento. Vamos listar abaixo alguns dos principais nomes comerciais disponíveis no Brasil e em Portugal.
  • Atralidon (Portugal).
  • Ben-U-Ron (Portugal).
  • Cimegripe.
  • Coristina Termus.
  • Dafalgan 1 g (Portugal).
  • Elcodrix.
  • Panadol (Portugal).
  • Panasorbe (Portugal).
  • Paramolan (Portugal).
  • Parecetrex.
  • Pratium.
  • Resfenol Thermus.
  • Sonridor.
  • Supofen (Portugal).
  • Thylom.
  • Tylalgin.
  • Tylemax.
  • Tylenol.
  • Vick Pyrena.
O paracetamol também é frequentemente encontrado em associação com outros analgésicos, tais como a codeína, tramadol, diclofenaco ou ácido acetilsalicílico.
Anti-gripais famosos no mercado frequentemente têm paracetamol em sua  formulação, geralmente junto com cafeína, um descongestionante nasal e um anti-histamínico.

Para que serve o paracetamol

O paracetamol é um fármaco que tem ação antipirética e analgésica, sendo, portanto, uma excelente opção para o tratamento das doenças que provocam febre e/ou dor, principalmente as de leve a moderada intensidade.
Como o paracetamol possui um fraco efeito anti-inflamatório, sua eficácia é inferior aos medicamentos anti-inflamatórios no tratamento das doenças de origem claramente inflamatórias, como são os casos das artrites e outras doenças reumáticas (leia:REUMATISMO – O que é, Sintomas e Tratamento). Isso não significa, porém, que o paracetamol não possa ser prescrito para o controle da dor nestes casos, principalmente se ela for de leve a moderada intensidade.
Estudos mostram que o paracetamol tem bons resultados no controle da dor de origem traumática, odontológica e pós-operatória. O paracetamol também costuma ser utilizado para o alívio da dor de cabeça, inclusive nos casos de enxaqueca (leia: PRINCIPAIS CAUSAS DE DOR DE CABEÇA), seja sozinho ou em associação com outros analgésicos.
O paracetamol também é frequentemente utilizado nos quadros de gripe ou resfriado, seja isoladamente ou em conjunto com outros fármacos, servindo tanto para o controle da febre quanto para as dores no corpo (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).

Efeitos colaterais

O paracetamol é um droga bastante segura e com baixíssima incidência de efeitos colaterais, quando a dose máxima de 4000 mg por dia é respeitada. Reações alérgicas graves ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes.
O efeito adverso mais conhecido do paracetamol é a toxicidade hepática (lesão aguda do fígado), que pode ocorrer quando há uma ingestão frequente de doses diárias maiores que 4000 mg (4 gramas) nos adultos ou maiores que 75 mg/kg nas crianças.
Doses acima de 12000 mg (12 gramas) ou 250 mg/kg são perigosas mesmo pontualmente e quase sempre provocam lesão no fígado. O risco de intoxicação pelo paracetamol parece ser maior em alcoólatras.
O consumo agudo de doses excessivas de paracetamol também pode causar insuficiência renal aguda.
Alguns pacientes consomem doses acima do permitido de paracetamol de forma inadvertida. Isso ocorre principalmente quando o paciente que já está tomando o paracetamol para um quadro de gripe resolve tomar também algum anti-gripal sem reparar que o mesmo também contém paracetamol em sua fórmula.
O paracetamol quando tomado nas doses recomendadas não provoca problemas no estômago nem nos rins, sendo uma excelente alternativa para o controle da dor ou da febre nos pacientes que não podem tomar anti-inflamatórios (leia: ANTI-INFLAMATÓRIOS – Ação e Efeitos Colaterais).

Contraindicações

A principal contraindicação ao paracetamol é a história prévia de reação alérgica, situação que é rara. Mesmo os indivíduos que têm alergia a anti-inflamatórios, aspirina ou dipirona (metamizol), em geral, não costumam ter alergia ao paracetamol.
Pacientes com doença hepática crônica, que NÃO consumem álcool, podem tomar paracetamol, pois não há evidências de um risco maior de hepatotoxicidade nesse grupo.
O paracetamol pode ser utilizado durante a gravidez e durante a amamentação.
O paracetamol pode ser utilizado nos pacientes com dengue, zika ou febre chikungunya.

Interações medicamentosas

Alguns medicamentos podem aumentar o potencial de hepatotoxicidade do paracetamol, entre eles carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, isoniazida e rifampicina.
Alguns suplementos naturais à base de ervas também podem aumentar o risco de lesão do fígado quando consumidos junto com o paracetamol.
O paracetamol não interfere com a eficácia da pílula anticoncepcional.

Posologia

O paracetamol pode ser comprado sob a forma de xarope, gotas, supositórios ou comprimidos. Em geral, as doses podem ser administradas de 3 a 5 vezes por dia.
A seguir, vamos descrever a posologia mais indicada em cada uma das principais apresentações do paracetamol.
Comprimidos – 500 mg, 750 mg ou 1000 mg* – Indicado para adultos e crianças acima de 12 anos – dose máxima diária de 4000 mg.
  • Comprimido de 500 mg → 1 a 2 comprimidos 3 a 4 vezes ao dia.
  • Comprimido de 750 mg → 1 comprimido 3 a 5 vezes ao dia.
  • Comprimido de 1000 mg → 1 comprimido 3 a 4 vezes por dia.
* O comprimido de 1000 mg só existe em Portugal.
Xarope – solução oral 100 mg/mL – indicado para bebês. Dose máxima diária de 75 mg/kg.
Peso → Dose de 3 a 5 vezes por dia:
3 kg → 0,4 mL.
4 kg → 0,5 mL.
5 kg → 0,6 mL.
6 kg → 0,8 mL.
7 kg → 0,9 mL.
8 kg → 1,0 mL.
9 kg → 1,1 mL.
10 kg → 1,3 mL.
11 kg → 1,4 mL.
12 kg → 1,5 mL.
13 kg → 1,6 mL.
14 kg → 1,8 mL.
15 kg → 1,9 mL.
16 kg → 2,0 mL.
17 kg → 2,1 mL.
18 kg → 2,3 mL.
19 kg → 2,4 mL.
20 kg → 2,5 mL.
Xarope – solução oral – 32 mg/mL – indicado para crianças. Dose máxima diária de 75 mg/kg.
  • Crianças de 11 a 15 kg → 5 mL (160 mg) de 3 a 5 vezes por dia.
  • Crianças de 16 a 21 kg → 7,5 mL (240 mg) de 3 a 5 vezes por dia.
  • Crianças de 22 a 26 kg → 10 mL (320 mg) de 3 a 5 vezes por dia.
  • Crianças de 27 a 31 kg → 12,5 mL (400 mg) de 3 a 5 vezes por dia.
  • Crianças de 32 a 43 kg → 15 mL (480 mg) de 3 a 5 vezes por dia.
Xarope – solução oral – 40 mg/mL – indicado para crianças. Dose máxima diária de 75 mg/kg.
Peso → Dose
3 kg → 1,0 mL de 6/6h ou 1,5 mL de 8/8h.
4 kg → 1,5 mL de 6/6h ou 2,0 mL de 8/8h.
5 kg → 1,75 mL de 6/6h ou 2,5 mL de 8/8h.
6 kg → 2,25 mL de 6/6h ou 3,0 mL de 8/8h.
7 kg → 2,5 mL de 6/6h ou 3,5 mL de 8/8h.
8 kg → 3,0 mL de 6/6h ou 4,0 mL de 8/8h.
9 kg → 3,25 mL de 6/6h ou 4,5 mL de 8/8h.
10 kg → 3,75 mL de 6/6h ou 5,0 mL de 8/8h.
11-12 kg → 4,0 a 4,5 mL de 6/6h ou 5,5 a 6,0 mL de 8/8h.
13-15 kg → 4,75 a 5,5 de 6/6h ou 6,5 a 7,5 mL de 8/8h.
16-18 kg → 6,0 a 6,75 mL de 6/6h ou 8,0 a 9,0 mL de 8/8h.
19-21 kg → 7,0 a 7,75 mL de 6/6h ou 9,5 a 10,5 mL de 8/8h.
22-25 kg → 8,25 a 9,25 mL de 6/6h ou 11,0 a 12,5 mL de 8/8h.
26-29 kg → 9,75 a 10,75 mL de 6/6h ou 13,0 a 14,5 mL de 8/8h.
30-32 kg → 11,25 a 12,0 mL de 6/6h ou 15,0 a 16,0 mL de 8/8h.
Gotas – 200 mg/mL – indicado para crianças e adultos.
  • Crianças de 2 a 11 anos → 1 gota/kg até a dosagem máxima de 35 gotas por dose, com intervalos de 4 a 6 horas entre cada administração. Não exceder 5 administrações em um período de 24 horas.
  • Adultos e crianças acima de 12 anos → 35 a 55 gotas, 3 a 5 vezes ao dia. A dose diária máxima de paracetamol é de 4000 mg (275 gotas) administrados em doses fracionadas, não excedendo a dose de 1000 mg por dose (55 gotas), com intervalos de 4 a 6 horas, no período de 24 horas.
  Supositórios – 125, 250 e 500 mg – indicado para bebês, crianças e adultos
  • Bebês de até 7 Kg → 1 supositório de 125 mg de 8/8h.
  • Bebês de 8-11 Kg → 1 supositório de 125 mg de de 6/6h.
  • Crianças de 12-15 Kg → 1 supositório de 250 mg de 8/8h.
  • Crianças de 16-25 Kg → 1 supositório de 250 mg de 6/6h.
  • Adolescentes dos 12-15 anos → 1 supositório de 500 mg de 8/8h.
  • A partir dos 16 anos → 1 supositório de 500 mg de 6/6h ou 2 supositórios de 8/8h.
  •  
  • https://www.mdsaude.com/2016/05/paracetamol-bula.html

CIGARRO ELETRÔNICO FAZ MAL? Conheça os Riscos e Benefícios... Será o cigarro eletrônico uma alternativa mais segura aos cigarros convencionais?

Cigarrillo electrónico
O cigarro eletrônico, também chamado de e-cigarro, é um dispositivo movido à bateria, que simula a experiência de um cigarro comum, supostamente com menos riscos à saúde por conter apenas vapores de nicotina, sem o alcatrão e as centenas de outras substâncias nocivas do cigarro.
Os cigarros eletrônicos têm ganhado popularidade nos últimos anos, principalmente entre a população mais jovem e os fumantes que desejam uma forma menos nociva de consumir a nicotina. Mesmo no Brasil, onde o e-cigarro tem a sua comercialização proibida*, o produto tem gerado muita curiosidade e angariado adeptos, que adquirem o dispositivo através da Internet ou em viagens a países que permitem a sua venda, tais como Estados Unidos, França, Itália ou Portugal.
* No Brasil, a lei não permite a produção e a comercialização dos cigarros eletrônicos, mas o seu uso não é considerado crime.
Neste artigo vamos fornecer uma visão geral sobre o cigarro eletrônico, incluindo informações sobre os diferentes tipos de dispositivos, efeitos adversos para a saúde, uso como tratamento para parar de fumar e o seu impacto sobre a saúde pública.
Se você procura informações sobre os malefícios do cigarro comum, não deixe de ler também os seguintes artigos:

O que é um cigarro eletrônico

Os cigarros eletrônicos entraram no mercado em 2003, na China. Em 2006, eles chegaram aos Estados Unidos e à Europa. Na maioria dos países, os e-cigarros entram no mercado como produtos comuns, sem regulamentação do governo. Somente nos últimos anos, com a popularização do produto, é que os órgãos estatais de controle de vários países passaram a prestar mais atenção ao cigarro eletrônico.
cigarro eletrônico
Inicialmente, os cigarros eletrônicos eram produzido por pequenas empresas, mas já há alguns anos, de olho no rápido crescimento desses produtos, as grandes empresas de tabaco adquiriram e passaram a desenvolver também essa forma de cigarro.
Os cigarros eletrônicos consistem em:
  • Um reservatório que contém um líquido, geralmente rico em nicotina.
  • Um atomizador, que é o dispositivo responsável por aquecer o líquido e gerar o vapor.
  • Um sensor que ativa o atomizador toda vez que o usuário faz uma inalação (alguns funcionam através de um botão).
  • Uma bateria.
  • Um recarregador de bateria.
O utilizador ativa o atomizador através da inalação ou ao apertar um botão, dependendo das características do dispositivo. O atomizador aquece o líquido no reservatório e cria uma fumaça de vapor, que se parece, mas não é igual à fumaça dos cigarros comuns. O cigarro eletrônico, portanto,  simula a experiência de fumar um cigarro convencional, mas sem combustão e sem a inalação de todas as substâncias tóxicas presentes no tabaco.
Os primeiros e-cigarros foram concebidos de forma a terem um design muito parecido com os cigarros convencionais, tanto em formato quanto em tamanho. Existiam até versões descartáveis, que não podiam ser recarregadas. O paciente fumava e jogava fora o e-cigarro quando o seu conteúdo acabava.
Com o passar dos anos, a tecnologia por trás dos cigarros eletrônico evoluiu. Atualmente, a maioria dos e-cigarros tem uma aparência mais parecida com a de uma grande caneta. Eles possuem baterias de longa duração, que podem ser recarregadas, reservatórios de líquido que podem ser reabastecidos, reguladores para controlar a quantidade de vapor e a temperatura do atomizador, luz LED e uma grande variedade de opções em relação a cores e aparência do e-cigarro, como pode ser visto na imagem mais abaixo.

Que substâncias existem no líquido do e-cigarro?

Ao contrário dos cigarros convencionais, que queimam tabaco pra gerar fumo, os cigarros eletrônicos vaporizam um líquido, que alguns chamam de e-líquido. Esse e-líquido é comprado à parte em pequenos frascos (chamados de refills), já havendo no mercado mais de 7000 variações de sabores.
A maior parte dos líquidos à venda são compostos por nicotina (existem também e-líquidos sem nicotina), propilenoglicol (glicerol) e aromas. Porém, uma grande variedade de outras substâncias já foram identificadas, tais como estanho, chumbo, níquel, crômio, nitrosaminas e compostos fenólicos, alguns destes com potencial carcinogênico, conforme veremos mais à frente quando formos discutir os malefícios dos e-cigarros.
Cigarros eletrônicos
Diversas opções de cigarro eletrônico
O teor de nicotina contido no e-líquido costuma variar de zero até 36 mg/mL. As concentrações mais comuns são as de 6 mg/mL, 12 mg/mL, 18 mg/mL ou 24 mg/mL.
Porém, estudos têm mostrado que o teor de nicotina atestado pelos fabricantes nem sempre é confiável, sendo frequentemente maior do que aquele indicado nos rótulos. Há inclusive e-líquidos que dizem ser livres de nicotina, mas que ao serem analisados, apresentavam nicotina no seu conteúdo.

Malefícios para a saúde

Se por um lado parece ser verdade que o cigarro eletrônico é menos prejudicial que os cigarros convencionais, também é verdade que eles não são de forma alguma produtos isentos de riscos à saúde.
Por ser um produto relativamente novo e que passou a receber atenção dos órgãos governamentais somente recentemente, não há ainda grandes estudos científicos sobre as consequências do uso prolongado do e-cigarro. Apesar de teoricamente ser mais seguro que o cigarro comum, não há evidencias científicas que confirmem essa suposta maior segurança. Esse é o motivo pelo qual países como Brasil, Áustria, Argentina, Canadá e Colômbia não permitem a sua comercialização. Outros, como Austrália, Dinamarca, Bélgica e Austrália só permitem a venda de cigarros eletrônicos sem nicotina.
Mas as preocupações com o cigarro eletrônico não estão apenas relacionadas à falta de estudos a longo prazo. Algumas das substâncias presentes no e-líquido são sabidamente nocivas.
Nicotina
A nicotina, por exemplo, é uma substância, que além de altamente viciante, também causa danos à saúde. Pessoas que fumam cigarros eletrônicos conseguem inalar quantidades de nicotina muito parecidas com aquelas inaladas nos cigarros comuns.
A nicotina está relacionada, entre outros efeitos, a um aumento do risco de eventos cardiovasculares, a atraso no desenvolvimento fetal, maior risco de aborto espontâneo, maior risco de parto prematuro e a alterações no desenvolvimento cerebral de jovens e adolescentes.
O consumo agudo de doses elevadas de nicotina tem potencial de intoxicação, provocando sintomas que vão desde náuseas e vômitos até convulsões e depressão respiratória, nos casos mais graves. Isto é particularmente verdadeiro em crianças, cujo limiar para intoxicação por nicotina é bem mais baixo que nos adultos. Já há casos, inclusive, de crianças que morreram por envenenamento após usarem os e-cigarros dos pais. Só para se ter uma ideia do risco, a dose de nicotina considerada potencialmente fatal para uma criança é de 10 mg. Um refill comum de 5 mL de e-líquido na concentração de 18 mg/dL possui 90 mg de nicotina, 9 vezes mais que a dose potencialmente fatal.
Como muitos cigarros eletrônicos são ativados pela inalação, é muito fácil para uma criança, querendo imitar os pais, conseguir fumar um cigarro eletrônico. Esse é um dos motivos pelo qual alguns países estão exigindo que os e-cigarros venham com algum tipo de lacre de segurança contra o uso acidental por parte das crianças.
Substâncias carcinogênicas
Como já referido anteriormente, várias das substâncias carcinogênicas do cigarro convencional podem ser encontradas em algumas marcas de e-cigarro.
Testes laboratoriais realizadas em 2009 pelo FDA (o órgão norte-americano equivalente à ANVISA) identificaram produtos químicos cancerígenos e tóxicos, incluindo ingredientes usados como anti-congelante, em 20 marcas de e-cigarros, sendo 2 delas entre as líderes de vendas no mercado.
Um estudo de 2014 descobriu que o aerossol produzido a partir dos cigarros eletrônicos com maior potência do atomizador continha grandes quantidades de formaldeído e acetaldeído, que são agentes com o potencial de causar câncer.
Outras substâncias perigosas
Os sabores artificiais dos cigarros eletrônicos são também uma fonte de preocupação, não só porque eles servem para atrair o público mais jovem, mas porque eles próprios podem ser nocivos. Os fabricantes dos e-cigarros dizem que os aromas artificias são seguros, pois eles são os mesmos utilizados nos alimentos industrializados. O problema, porém, é que a segurança destes aromatizantes só foi estudada em relação à ingestão. Não sabemos se a vaporização e a inalação destes produtos é segura.
Além disso, algumas marcas de cigarro eletrônico utilizam o diacetil, que é um produto químico com sabor amanteigado, frequentemente presente nas pipocas de microondas, que estão associados a uma grave e irreversível lesão do pulmão, vulgarmente conhecida como “pulmão da pipoca” ou “doença da pipoca de microondas”.
Estudos em animais e em laboratórios sugerem que mesmo os cigarros eletrônicos sem nicotina podem fazer mal aos pulmões. Esses trabalham mostraram que o vapor inalado irrita as células e atrapalha o bom funcionamento dos tecidos e cílios do tecido da árvore respiratória.

Cigarro eletrônico como tratamento para parar de fumar

Como o cigarro comum é um dos mais nocivos produtos de livre comercialização já criados, é natural que, mesmo com todos os problemas, os cigarros eletrônicos ainda consigam ser menos maléficos à saúde.
Algumas das vantagens dos cigarros eletrônicos em relação ao cigarro tradicional são:
  • Exposição a menos substâncias químicas tóxicas, ainda que haja substâncias tóxicas no e-cigarro.
  • Não deixa os dentes amarelados.
  • Não provoca mau cheiro.
  • É menos poluente.
  • É mais barato.
  • O fumo passivo parece ser menos tóxico.
  • Parece haver um menor risco de doenças pulmonares, apesar de haver riscos.
Ainda que existam algumas vantagens, por tudo o que foi exposto até aqui, a imensa maioria dos médicos e das associações médicas não recomenda o cigarro eletrônico como forma de tratamento para o tabagismo por conta de 4 problemas:
1- Os cigarros eletrônicos aparentemente não são produtos isentos de toxicidade. Há opções mais seguras e com maior embasamento científico, como fármacos e chicletes ou adesivos de nicotina.
2- As pessoas que usam o e-cigarro até diminuem o consumo de cigarros tradicionais, mas um estudo de 2013 mostrou que 77% dos usuários do cigarro eletrônico continuam a fumar cigarros comuns. Em muitos casos, o consumo de nicotina não é reduzido e o paciente continua tão viciando quanto antes.
3- Não há conhecimento científico adequado sobre esse produto. Não sabemos se a longo prazo o cigarro eletrônico é realmente mais seguro que os cigarros convencionais.
4- O estímulo ao uso do cigarro eletrônico pode, após anos de queda consistente, devido às campanhas anti-tabágicas, provocar um aumento no número de pessoas viciadas em nicotina. A falsa impressão de segurança pode fazer com que o número de fumantes volte a crescer. Há estudos que mostram que ex-fumantes, que tinham parado completamente de fumar cigarros comuns, voltaram a fumar, agora com cigarros eletrônicos.
Do ponto de vista de saúde pública, a popularização do cigarro eletrônico pode significar um passo atrás no controle do tabagismo. Já há, inclusive, pessoas que querem fumar o e-cigarro em locais fechados, pois acham que o fumo passivo deste tipo de cigarro é seguro.

https://www.mdsaude.com/2016/06/cigarro-eletronico.html

GOJI BERRY – Benefícios, Perigos e Eficácia... Descobri quais são os reais benefícios do Goji Berry. Saiba o que é cientificamente comprovado e o que não passa de uma bem organizada estratégia de marketing.

Goji berry
O goji berry é um pequeno fruto obtido da planta Lycium barbarum, da família Solanacea, natural da China e de regiões do Himalaia. Também fazem parte da família Solanacea as plantas que dão origem ao tomate, à berinjela, à batata, à pimenta e ao tabaco.
A Lycium barbarum tem sido utilizada historicamente pela medicina tradicional chinesa como um tratamento para aumentar a vitalidade e a longevidade. No ocidente, porém, a planta do goji berry só ganhou popularidade na última década, com a popularização da Internet e após o seu consumo ter sido divulgado por algumas celebridades da TV, da música e do cinema.
O goji berry pode ser consumido na sua forma natural, desidratado, através de sucos, chás ou em cápsulas vendidas como suplemento alimentar.
Nesse artigo vamos fazer uma revisão sobre as informações científicas disponíveis acerca do goji berry e da Lycium barbarum. Vamos explicar o que é mito, quais são os benefícios que têm alguma base científica, quais são os efeitos adversos já conhecidos e quais são as potenciais interações farmacológicas com outros medicamentos.

Para que serve o goji berry?

O goji berry é rico em nutrientes, como ferro, cálcio, fósforo, zinco, antioxidantes e vitaminas, principalmente as C, B1, B2 e B6. Isso por si só já faz dele um produto fácil de ser divulgado. Porém, com uma rápida pesquisa pela Internet é fácil notar que o goji berry não é tratado simplesmente como um alimento rico em nutrientes, mas sim como um super alimento, capaz de combater uma enormidade de males, que vão desde câncer até infecções, passando por doenças cardiovasculares e obesidade.
Selecionamos alguns dos alegados benefícios do goji berry que achamos em diversos websites:
Esses são apenas alguns dos alegados benefícios do goji berry. A lista completa é muito maior.

O goji berry funciona para todas essas doenças mesmo?

Se você vai levar o seu carro a uma oficina e alguém tenta vender-lhe um produto dizendo que ele serve para preservar o motor, a bateria, os amortecedores, os pneus, os freios, a direção hidráulica, os faróis e ainda ajuda a poupar combustível, deixa o ar-condicionado mais eficiente e protege a pintura externa, você obviamente vai torcer o nariz, não é? Pois na saúde você deve adotar a mesma postura crítica.
Quando um único produto é divulgado como sendo eficaz para múltiplas doenças, algumas delas com mecanismos fisiopatológicos completamente distintos, isso deve servir como um sinal de alerta. Nosso organismo é extremamente complexo para que uma única substância consiga ser capaz de tratar ou prevenir várias doenças ao mesmo tempo.
Do ponto de vista científico, só podemos dizer que uma substância é útil no tratamento ou na prevenção de alguma doença se essa mesma substância já tiver sido estudada de forma eficiente contra o tal problema.
Tenha em mente que muito dos sites de Internet que fazem promoção dos benefícios do goji berry não são sites com uma postura editorial científica. Na maioria dos casos, os textos não são escritos por médicos ou nutricionistas e não se baseiam em evidências científicas. Na verdade, muitos desses sites encaixam-se em uma das três categorias:
  • Sites que ganham incentivos financeiros para falar bem de um determinado produto.
  • Sites que vendem ou direcionam você para quem vende o produto que eles estão elogiando.
  • Sites que procuram ganhar audiência e cliques elogiando produtos da moda e com grande procura no Google, pois as pessoas são muito mais receptivas a matérias positivas do que a matérias críticas.

O que a ciência diz sobre o goji berry

O goji berry e a planta Lycium barbarum já foram objeto de vários estudos científicos, principalmente na China, país onde o produto é muito popular. Na maioria dos casos, porém, o alvo do estudo não é especificamente o fruto ou a planta, mas sim um dos seus constituintes, chamado LBP, sigla em inglês para “polissacarídeos de Lycium barbarum”.
Realmente é possível encontrar uma grande quantidade de artigos científicos sobre benefícios do LBP para diversos distúrbios diferentes, tais como inibição do crescimento de tumores, tratamento da esteatose hepática, redução da resistência à insulina, redução do colesterol, etc.
São esses estudos científicos que servem de embasamento para os alegados benefícios do goji berry. Entretanto, existem alguns problemas e informações vitais nestes estudos que costumam ser omitidos da população leiga, que não está acostumada a interpretar trabalhos científicos.
O primeiro problema é o fato do produto utilizado na maioria dos estudos ser um extrato purificado e com elevada concentração de LBP, muito acima daquela que conseguimos ingerir através do consumo do goji berry habitualmente comercializado. Nada nos garante que em doses “normais” o goji berry tenha o mesmo efeito.
Mas essa nem é a principal questão. Na imensa maioria dos trabalhos publicados, o LBP foi testado apenas invitro ou em animais. Não há ensaios clínicos relevantes em humanos. Isso pode não parecer tão importante à primeira vista, mas a maioria das substâncias que parecem ser eficazes e seguras em estudos invitro ou em animais falham ao serem estudadas em humanos. Na verdade, até 94% das substâncias que são aprovadas em animais e passam para testes clínicos em humanos acabam reprovadas, seja por falta de eficácia ou por apresentarem eventos adversos intoleráveis.
Portanto, o simples fato de uma determinada substância apresentar bons resultados em laboratório ou em animais não serve como evidência científica da sua utilidade em humanos. Para podermos dizer que determinada substância é realmente eficaz ou segura são necessários ensaios clínicos grandes, duplo cegos e controlados em humanos. No caso do goji berry, ainda não existe esse tipo de estudo.
Os poucos estudos em humanos disponíveis até o momento são geralmente compostos por um baixo número de participantes, fornecem poucas informações clínicas ou apresentam graves defeitos no seu desenho. São estudos de má-qualidade que não permitem nenhuma conclusão. Por conseguinte, podemos dizer que as evidências científicas sobre os efeitos do goji berry são, na melhor das hipóteses, muito fracas.
Isso significa, então, que o goji berry não tem efeitos benéficos à saúde?
Não, significa apenas que não existem provas de que o goji berry sirva para tratar doenças. O goji berry é um bom alimento, assim como são todos os vegetais em geral. O problema é que há muitos charlatões ganhando dinheiro em cima de falsas alegações e propaganda enganosa.

Efeitos colaterais do goji berry

Muitas pessoas equivocadamente imaginam que quando um produto é comercializado sob o rótulo de “produto  natural” ele não apresenta riscos de efeitos adversos. Nada mais falso, até porque organismos diferentes podem reagir de forma distinta a um mesmo produto, que o digam os pacientes alérgicos a ovo ou a frutos do mar.
Assim como qualquer alimento, o goji berry pode desencadear reações alérgicas graves. Pessoas com histórico de alergia a tabaco, pêssegos, tomates ou nozes apresentam maior risco de também terem alergia ao goji berry.
Algumas pessoas apresentam quadro de náuseas e vômitos após o consumo do goji berry, porém esse efeito é incomum e costuma ocorrer apenas com doses elevadas.

Goji berry na gravidez

Como não há estudos sobre a segurança do goji berry em humanos, também são inexistentes os estudos na gravidez. Em geral, os médicos aconselham evitar o goji berry durante a gestação, pois o produto é rico em betaína, uma substância que estimula a contração uterina e pode provocar aborto ou parto prematuro. Na dúvida, o melhor é jogar pelo seguro.
O goji berry também é desaconselhado durante o aleitamento, por falta de estudos que comprovem a sua segurança para o bebê.

Interações medicamentosas do goji berry

O goji berry interage com citocromo P450, que é uma via enzimática do fígado responsável pela metabolização de diversos medicamentos. Isso significa que existe uma grande variedade de medicamentos que podem sofrer alterações na sua eficácia, se o paciente estiver consumindo goji berry regularmente. Se você toma medicamentos, não comece a consumir o goji berry sem antes consultar o seu médico.
Em geral, a interação medicamentosa mais importante se dá com anticoagulantes, como heparina ou Varfarina (leia: VARFARINA (Marevan,Varfine, Coumadin) | Controle do INR). O goji berry aumenta o risco de hemorragia, por elevar a concentração dos anticoagulantes no sangue.
O risco de sangramento também é maior se o paciente estiver medicado com inibidores da agregação plaquetária, tais como o AAS, plavix ou clopidogrel. A associação do goji berry com o ginkgo biloba também pode aumentar o risco de hemorragia (leia: GINKGO BILOBA – Propriedades e Benefícios).
Pacientes diabetes ou hipertensos, que estejam medicados para estas doenças, também devem tomar precauções, pois o goji berry aumenta o risco de episódios de hipoglicemia e hipotensão.
https://www.mdsaude.com/2016/07/goji-berry.html

OMEPRAZOL – Para que Serve, Como Tomar e Efeitos Colaterais... Bula simplificada do Omeprazol, um dos mais eficazes medicamentos contra os distúrbios do estômago.

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O omeprazol é o mais famoso representante do grupo de medicamentos chamado de inibidores da bomba de prótons (IBP), que são uma classe de fármacos utilizados para o tratamento das doenças do estômago relacionadas ao excesso de acidez, como, por exemplo, a gastrite e a úlcera péptica.
O omeprazol é um medicamento muito eficaz, mas que atualmente tem sido prescrito de forma indiscriminada, seja por mais tempo do que o necessário ou para sintomas que não precisam ser tratados com inibidores da bomba de prótons.
Neste artigo vamos explicar como funciona o omeprazol, quais são as suas indicações, qual é a sua posologia, quais são os efeitos colaterais e quais são as suas contraindicações.
Se você está à procura de um artigo mais amplo sobre a classe dos inibidores da bomba de prótons, que inclua informações não só do omeprazol, mas também do pantoprazol, esomeprazol, lansoprazol e outros, acesse o seguinte link: REMÉDIOS PARA O ESTÔMAGO – Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol…
Atenção: este texto não pretende ser uma bula do omeprazol. Nosso objetivo é ser menos técnico que uma bula e mais útil aos pacientes que procuram informações sobre este medicamento.

Como age o omeprazol

O processo de digestão dos alimentos tem o seu primeiro passo no estômago, que é um órgão oco como uma bolsa e extremamente ácido.  O pH do estômago chega a ficar abaixo de 2 graças à sua capacidade de secretar ácido clorídrico (HCl). Essa secreção de ácido é realizada pelas células parietais, um grupo de mais de 1 bilhão de células que estão presentes no fundo e no corpo do estômago.
As células parietais secretam ácido através de uma estrutura chamada bomba de prótons, que é o alvo da ação do omeprazol. O omeprazol liga-se às bombas de prótons, provocando a sua inativação. Essa inativação das células parietais do estômago pelo omeprazol é capaz de reduzir a produção de ácido em até 95%, motivo pelo qual esse fármaco tem sido o medicamento de eleição para o tratamento das doenças gástricas relacionadas com a acidez.

Para que serve o omeprazol

Como já referido, o omeprazol está indicado para o tratamento das doenças do estômago, duodeno ou esôfago que estejam relacionadas com a acidez gástrica.
De forma mais específica, o omeprazol pode ser utilizado nos pacientes com os seguintes problemas:
O omeprazol ajuda a proteger a parede do estômago ou do duodeno, já que a inibição da acidez facilita o processo de cicatrização de úlceras, erosões ou infamações.

Situações nas quais o omeprazol não está indicado

Por ser um fármaco extremamente efetivo para proteger e tratar o estômago da acidez, o omeprazol (e também os outros IBP) acaba sendo frequentemente prescrito de forma indiscriminada. Há casos em que o omeprazol é prescrito para tratar sintomas ou problemas cuja origem não é um excesso de acidez gástrica, e há casos no qual o omeprazol é corretamente prescrito, mas o seu uso acaba sendo prolongado por muito mais tempo do que o indicado. Há pacientes que permanecem tomando o omeprazol por anos, quando, na verdade, o seu tratamento só deveria durar algumas semanas.
Falaremos sobre o tempo de tratamento adequado mais à frente. Por enquanto, vamos nos ater às indicações incorretas do omeprazol.
1- Omeprazol como protetor gástrico para pacientes que tomam múltiplos medicamentos
Talvez a indicação mais incorreta para o uso do omeprazol seja o seu uso como protetor do estômago para pacientes que tomam várias medicações. O fato do paciente tomar 5,6 ou 7 medicamentos diferentes não significa que ele tenha um maior risco de ter gastrite, úlceras ou qualquer outra doença relacionada à acidez.
É verdade que muitos pacientes polimedicados queixam-se de mal estar. Muitas vezes, porém, a culpa não é das medicações. E mesmo quando o mal estar está relacionado a algum efeito colateral de remédios, o omeprazol não serve para evitá-lo. O omeprazol é um inibidor da acidez estomacal, ele não é um antídoto para os efeitos colaterais de outros medicamentos.
O uso do omeprazol só faz sentido se um dos efeitos colaterais dos outros medicamentos for a gastrite ou a úlcera péptica, como é o caso, por exemplo, dos anti-inflamatórios.
2- Omeprazol para aliviar dores agudas do estômago
Os primeiros efeitos do omeprazol começam com cerca de 1 hora, mas a sua ação plena de inibição das células parietais e o aumento do pH estomacal só atingem o seu ponto máximo após 4 dias. Isso significa que aquela dor de estômago ou sensação de azia isolada e de curta duração que você tem esporadicamente não é afetada pelo uso do omeprazol. Analgésicos comuns, antiácidos e a ranitidina são fármacos muito mais eficazes que o omeprazol para o tratamento de problemas agudos e de curta duração do estômago ou do esôfago.
O omeprazol funciona se os sintomas de queimação ou azia forem persistentes ou muito frequentes, como, por exemplo, 3 ou mais episódios por semana. Nestes casos, o uso do omeprazol por vários dias está indicado.
3- Omeprazol para problemas da vesícula
Se você tem sintomas gastrointestinais relacionados com problemas da vesícula, o omeprazol não é um medicamento que vá ajudar. Mais uma vez, o uso do omeprazol só está indicado em doenças gastroesofagianas relacionadas com a acidez gástrica.

Nomes comerciais do omeprazol

O omeprazol é um medicamento que já pode ser encontrado sobre a forma de medicação genérica, tanto no Brasil quanto em Portugal.
Entre as nomes comerciais, as marcas mais famosas são:
  • Gastrium.
  • Loprazol.
  • Losec (Brasil e Portugal).
  • Loseprel.
  • Meprazan.
  • Neprazol.
  • Novoprazol.
  • Omenax.
  • Omepramed.
  • Omeprazin.
  • Omeprotec.
  • Omezolan (Portugal).
  • Oprazon.
  • Peprazol.
  • Proton (Portugal).
  • Teutozol.
  • Victrix.
  • Uniprazol.

Como tomar o omeprazol

O omeprazol deve ser tomado, de preferência, em jejum, pois é neste momento que as células parietais apresentam o maior número de bombas de prótons em repouso, aptas para serem inibidas.
A dose e o tempo de tratamento variam de acordo com a doença a qual se pretende tratar. Exemplos:
Úlcera duodenal: 1 comprimido de 20 mg por dia por 4 semanas. Se necessário, o tratamento pode ser estendido até 8 semanas.
Úlcera gástrica: 1 comprimido de 20 mg por dia por 4 a 8 semanas. Úlceras maiores que 1 cm costumam ser tratadas com 40 mg por dia por 8 semanas.
Refluxo gastroesofágico: 1 comprimido de 20 mg por dia por 4 semanas.
Esofagite erosiva: 1 comprimido de 20 mg por dia por 4 a 8 semanas. Se necessário, o tratamento pode ser estendido até 12 semanas.
Síndrome de Zollinger-Ellison: dose inicial de 60 mg por dia, podendo ser ajustada até 120 mg 3 vezes por dia. O tratamento deve ser mantido enquanto necessário.
Tratamento da úlcera duodenal ou gástrica induzida por anti-inflamatórios: 1 comprimido de 20 mg por dia por 4 a 8 semanas.
• Tratamento da úlcera duodenal ou gástrica induzida por anti-inflamatórios: 1 comprimido de 20 mg por dia por até 6 meses.
• Tratamento da azia persistente ou recorrente (off label): 1 comprimido de 20 mg por dia por 14 dias.
Se o paciente não conseguir engolir as cápsulas, as mesmas podem ser abertas e o pó no seu interior misturado a um copo de água. O medicamento deve ser tomado imediatamente. Esse medicamento não deve ser mastigado nem triturado.

Efeitos colaterais do omeprazol

O omeprazol é um fármaco bastante seguro, com baixíssima taxa de efeitos colaterais graves.
Entre os efeitos adversos mais comuns destacam-se a dor de cabeça (7%), dor abdominal (5%), diarreia (4%), enjoos (4%), flatulência (3%), vômitos (3%), tontura (2%), reações alérgicas da pele (2%), prisão de ventre (2%), dor lombar (1%), tosse (1%), pneumonia (1%).
Entre os efeitos adversos mais graves (e também mais raros – menos de 0,1% dos pacientes), podemos destacar:
Apesar de raros, os efeitos colaterais listados acima têm sido registados, pois o omeprazol é um medicamento atualmente utilizado por milhões de pessoas. O uso prolongado, isto é, por anos a fio, aumenta o risco da ocorrência de efeitos colaterais mais raros.

Contraindicações do omeprazol

A única contraindicação relevante ao omeprazol é uma história de alergia prévia a algum fármaco da classe dos inibidores da bomba de prótons.
Por falta de estudos clínicos que demonstrem a sua segurança, o omeprazol não deve ser utilizado nas grávidas ou durante a amamentação, a não ser em casos selecionados.

Interação medicamentosa do omeprazol

O omeprazol pode reduzir a ação dos seguintes fármacos:
– Clopidogrel, anti-fúngicos (ex: fluconazol, cetoconazol e itraconazol), micofenolato mofetil, mesalazina, indinavir, atazanavir, nelfinavir, bifosfonatos, fenitoína e rifamicina.
O omeprazol pode potencializar a ação dos seguintes fármacos:
– Metotrexato, anfetaminas, benzodiazepinas (ex: diazepam), carvedilol, citalopram, escitalopram, ciclosporina, tacrolimos, dabigratan e varfarina.
A lista acima não está completa. Comunique o seu médico se você estiver tomando algum medicamento.
Obs: o omeprazol não interfere com o efeito da pílula anticoncepcional.

https://www.mdsaude.com/2016/08/omeprazol-bula.html

BUSCOPAN – Indicações, Como tomar e Efeitos Colaterais... Bula simplificada do medicamento Buscopan, apenas com informações relevantes e com linguagem acessível a todos.

Cólicas - buscopan
Buscopan é o nome comercial mais conhecido do fármaco butilbrometo de escopolamina, também conhecido como butilescopolamina ou butilbrometo de hioscina.
A escopolamina é uma substância antiespasmódica, isto é, que inibe a contração dos músculos lisos, geralmente de órgãos tubulares. A ação do Buscopan é especialmente eficaz no trato gastrointestinal, motivo pelo qual esse fármaco é muito útil no tratamento das cólicas intestinais.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre o butilbrometo de escopolamina (Buscopan):
  • Indicações.
  • Nomes comerciais mais famosos.
  • Como tomar.
  • Efeitos colaterais.
  • Contraindicações.
  • Interações medicamentosas.
Atenção: este texto não pretende ser uma bula completa do Buscopan (butilbrometo de escopolamina). Nosso objetivo é ser menos técnico que uma bula e mais útil aos pacientes que procuram informações objetivas e em linguagem adequada ao público leigo.

Para que serve o Buscopan

O butilbrometo de escopolamina é um fármaco anticolinérgico que age inibindo a ação do sistema nervoso central sob músculos lisos, que é um tipo de músculo de contração involuntária presente em diversos órgãos, entre eles os tratos gastrointestinal, urinário e no útero.
Esse bloqueio colinérgico é responsável por inibir a contração de diversos músculos lisos, que, quando ocorre de forma intensa, é responsável por diversos quadros de dor, tais como as cólicas intestinais, uterinas, renal e biliar.
Portanto, o Buscopan é um medicamento que pode ser utilizado para aliviar as dores nas seguintes condições:
Obs1: a escopolamina age inibindo as cólicas, a sua ação é exclusiva no controle da dor. Ela não age na origem do problema. O Buscopan, portanto, não trata a causa da infecção urinária, não cura a úlcera péptica nem ajuda a eliminar um cálculo renal ou biliar.
Obs2: em muitas das situações citadas acima, o Buscopan não é a melhor opção para alivio da dor. Por isso, ele costuma ser usado em conjunto com anti-inflamatórios ou opioides.
Devido à sua ação anticolinérgica, a escopolamina também age inibindo as secreções das glândulas salivares, sudoríparas e nasais. Geralmente, essa ação é responsável por parte dos efeitos adversos do Buscopan, porém, em determinadas situações, esse efeito pode ser benéfico, como são os casos da rinite aguda e dos pacientes com Doença de Parkinson que têm produção excessiva de suor ou saliva (a escopolamina também ajuda a aliviar um pouco os tremores).
Leia:
– RINITE ALÉRGICA – Sintomas, Causas e Tratamento
– DOENÇA DE PARKINSON – Sintomas, Causas e Tratamento.

Nomes comerciais mais famosos da escopolamina

O butilbrometo de escopolamina pode ser encontrado nas farmácias sob a sua forma genérica ou através dos seus vários nomes comerciais.
Como já referido, o nome comercial mais famoso da escopolamina é o Buscopan, medicamento produzido pelo laboratório Boehringer e que é considerado o medicamento de referência para a substância butilescopolamina.
Além do Buscopan, existe também o Buscopan Composto, que é a composição da escopolamina com a dipirona (leia: Dipirona – Indicações, Efeitos Colaterais e Perigos).
Os outros nomes comerciais da escopolamina são:
  • Algexin.
  • Atrocolic.
  • Belscopan.
  • Buscoveran Composto.
  • Butilbrometo De Escopolamina.
  • Hiospan.
  • Neocopan Composto.
  • Uni Hioscin.

Como tomar o Buscopan

O Buscopan pode ser encontrada nas farmácias em drágeas de 10 mg ou em solução oral (gotas) 10 mg/ml.
O início do seu efeito costuma ser perceptível com cerca de 20 minutos.
1) Posologia do Buscopan em gotas:
20 gotas de Buscopan equivale a 1 ml de solução e a 10 mg de escopolamina.
As doses habitualmente recomendadas são:
− Adultos e crianças acima de 6 anos: 20 a 40 gotas (10-20 mg), 3 a 5 vezes ao dia.
− Crianças entre 1 e 6 anos: 10 a 20 gotas (5-10 mg), 3 vezes ao dia.
− Lactentes: 10 gotas (5 mg), 3 vezes ao dia.
2) Posologia do Buscopan em drágeas:
As doses habitualmente recomendadas são:
Adultos e crianças acima de 6 anos: 1 a 2 drágeas (10-20 mg), 3 a 5 vezes ao dia.

Efeitos colaterais do Buscopan

A maioria dos possíveis efeitos adversos do Buscopan são incomuns, leves e desaparecem espontaneamente.
Menos de 1% dos pacientes apresenta os seguintes efeitos colaterais:
  • Urticária.
  • Boca seca.
  • Coceira.
  • Taquicardia (coração acelerado).
  • Disidrose (pequenas bolhas nas palmas das mãos e plantas dos pés que coçam).
Menos de 0,1% dos pacientes apresenta retenção urinária.

Contraindicações do Buscopan

O buscopan deve ser evitado para os pacientes com as seguintes condições:
  • Megacólon.
  • Miastenia gravis.
  • Glaucoma de ângulo fechado.
  • Crianças com diarreia aguda ou persistente.
  • História de alergia à escopolamina ou hioscina.
  • Intolerância à frutose.
  • Obstrução urinária.
  • Gravidez.
Não há informações suficientes sobre a presença de Buscopan no leite materno, portanto, como medida de precaução, esse medicamento deve ser evitado durante a amamentação.

Interações medicamentosas do Buscopan

A associação do Buscopan com outros medicamentos que também apresentam ação anticolinérgica pode aumentar o risco de efeitos colaterais. Alguns exemplos estão listados abaixo:
  • Antidepressivos (amitriptilina, imipramina, nortriptilina, mirtazapina, mianserina).
  • Antialérgicos (prometazina, dexclorfeniramina, hidroxizina).
  • Antipsicóticos (clorpromazina, flufenazina, haloperidol).
  • Quinidina.
  • Amantadina.
  • Disopiramida.
  • Ipatrópio.
  • Anticolinérgicos (tiotrópio e ipratrópio e compostos similares à atropina).
Não há evidências de que o Buscopan interfira com a eficácia das pílulas anticoncepcionais.

https://www.mdsaude.com/2016/08/buscopan.html

MELHORES REMÉDIOS PARA DIFERENTES TIPOS DE DOR. Conheça os diferentes tipos de dor e saiba quais são os medicamentos mais indicados para o tratamento de cada uma deles.

dolor
A dor é um sintoma tão comum, que é a principal queixa que leva os pacientes a procurar atendimento médico, sendo também uma frequente causa de debilitação ou até mesmo incapacitação, dependendo da sua intensidade e frequência.
Existem dezenas de situações no nosso organismo que podem causar dor, entre elas, podemos citar: lesões traumáticas, inflamações, infecções, distensão de órgãos ocos, lesão de nervos e até mesmo dor de origem psicogênica.
Cada dor tem suas próprias características, o que faz com que o tratamento não seja necessariamente o mesmo para todo o tipo de dor. Uma dor de cabeça não é tratada da mesma forma que uma dor garganta, assim como uma dor por neuropatia diabética tem tratamento distinto ao de uma dor de cólica menstrual.
Neste artigo vamos explicar quais são os diferentes tipos de dor e quais são os medicamentos mais indicados para cada uma delas.

O que é dor

A dor é um sintoma que nos acompanha desde os primeiros momentos da nossa existência. Ela está tão presente nas nossas vidas, que nenhum de nós tem dificuldade de reconhecer o que é uma dor. Porém, se reconhecer uma dor é fácil, reproduzir o seu significado em palavras já não é uma tarefa tão simples.
Uma definição de dor usualmente aceita é a da Associação Internacional para o Estudo da Dor, que diz o seguinte, em uma tradução livre: dor é uma desagradável experiência sensorial e emocional, que é desencadeada por um real ou potencial dano de algum tecido, ou por alguma situação que seja interpretada como dano tecidual.
De forma mais simples, podemos dizer que a dor surge quando há uma lesão de algum tecido (um trauma, por exemplo), quando há algum estímulo que possa vir a causar dano tecidual se não for interrompido (como quando temos dor após ficarmos em uma mesma posição durante muito tempo) ou quando algum estimulo não necessariamente danoso é interpretado como tal (como na enxaqueca, que é uma dor de cabeça que surge sem que haja qualquer lesão na cabeça).

Tipos de dor

Os tipos de dor costumam ser classificadas de acordo com as suas duas principais características: duração e origem.
Classificação de acordo com a duração da dor
A dor pode ser classificada como dor aguda ou dor crônica.
Chamamos de dor aguda aquela dor de curta ou média duração, que persiste enquanto não houver cura da lesão ou enquanto o agente agressor não for eliminado. A dor aguda pode durar de poucas horas até várias semanas.
Alguns exemplos de dor aguda são:
  • Dor do parto.
  • Dor no pós-operatório.
  • Traumas.
  • Dor de garganta provocada por uma infecção.
  • Dor de dente provocada por alguma inflamação.
  • Queimaduras.
Já a dor crônica, também chamada de dor persistente, é aquela que prolonga-se por mais tempo do que o necessário para que uma lesão tecidual se cure. A dor crônica costuma durar semanas, meses ou até anos.
Alguns exemplos de dor crônica são:
Classificação de acordo com a origem da dor
A dor também pode ser classificada de acordo com a sua origem fisiopatológica. Neste caso, ela pode ser dividida de três formas:
1- Dor nociceptiva
Um nociceptor é uma fibra nervosa especializada em sentir estímulos nocivos ou estímulos que podem se tornar nocivos, caso ele se prolongue. A dor nociceptiva é aquela que surge quando há realmente alguma lesão em tecidos ou órgãos.
Os nocireceptores conseguem distiguir três categorias de dano tecidual: térmico (como queimaduras por calor ou frio), mecânico (como impactos, cortes, lacerações ou esmagamento) ou químico (como lesão por substâncias abrasivas ou quando há contato de álcool com pele ferida).
A dor nociceptiva também pode ser dividida em visceral, somática profunda ou somática superficial:
A dor visceral é aquela que ocorre por dano nas estruturas viscerais, ou seja, nos órgãos internos. Situações que habitualmente provocam dor visceral são a distensão ou contração, isquemia (falta de aporte sanguíneo adequado) ou inflamação. A dor visceral costuma ser difusa e mal localizada, motivo pelo qual uma dor no coração pode ser sentida no braço ou uma dor no estômago pode se apresentar como dor em toda a barriga. A dor visceral é frequentemente acompanhada de mal-estar, náuseas e vômitos.
A dor somática profunda é aquela iniciada pela estimulação dos nociceptores presentes em estruturas mais profundas que a pele, como ligamentos, tendões, ossos e músculos. Ela também é uma dor difusa ao redor da região acometida, mas um pouco mais bem localizada que a dor visceral.
Já a dor somática superficial é aquela que surge por ativação de nociceptores na pele. Esse tipo de dor é bem localizada e fácil de ser definida.
2- Dor neuropática
A dor neuropática é uma dor provocada por uma ativação anormal do sistema nervoso central ou periférico. Não há necessariamente uma lesão de um tecido ou órgão, mas sim uma lesão ou disfunção dos nervos responsáveis pela identificação da dor. Esse é o tipo de dor que surge em pacientes com neuropatia diabética, herpes zoster, hérnia de disco ou lesões do nervo trigêmeo.
Apenas como curiosidade, os pacientes amputados podem sentir dor no membro que já não existe mais. O paciente pode não ter uma perna, mas por uma ativação inapropriada de certas fibras nervosas, ele pode sentir dor no pé esquerdo, apesar deste já ter sido amputado há muito tempo. Essa dor é chamada de dor do membro fantasma, que é também um tipo de dor neuropática.
3- Dor psicogênica:
É a dor de origem emocional, que apesar de não ter origem em nenhum dano tecidual ou problema do sistema nervoso, pode ser incapacitante e de difícil tratamento.

Medicamentos mais utilizados para tratar a dor

Existem dezenas de medicamentos diferentes que podem utilizados para tratar quadros de dor aguda ou crônica, que vão desde analgésicos simples e anti-inflamatórios até medicamentos que agem no sistema nervosos central, com antidepressivos ou anticonvulsivantes.
A seguir, vamos mostrar as principais classes farmacológicas que podem ser utilizadas no tratamento dos diferentes tipos de dor.
1- Analgésicos não opioides
Os analgésicos não opioides, também chamados de analgésicos comuns, costumam ser a primeira linha de combate à dor leve a moderada de origem somática. São medicamentos, que se administrados nas doses recomendadas, têm pouquíssimos efeitos colaterais. Por outro lado, são também fármacos com potencial analgésico limitado e não têm ação inflamatória.
Os dois analgésicos não opioides presentes no mercado são o paracetamol e a dipirona (metamizol). Como ambos também têm ação antipirética, eles são muito utilizados nos casos em que o paciente tem dor e febre, como nas gripes e nos resfriados (leia: DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO).
Situações nas quais a dipirona e o paracetamol podem ser indicados nos seguintes casos de dor leve a moderada:
  • Dor de dente sem inflamação relevante.
  • Dor muscular.
  • Cólicas menstruais (dipirona funciona melhor que paracetamol neste caso).
  • Dor de cabeça.
  • Dor de garganta sem inflamação relevante.
  • Quadro de dor associado à febre.
Apesar dos analgésicos não opioides serem pouco eficazes contra quadros de dor intensa quando administrados isoladamente, eles podem ser usados como terapia adjuvante, de forma a aumentar a potência analgésica de fármacos mais potentes. Não é incomum encontrarmos remédios que associam a dipirona ou o paracetamol a outros analgésicos mais potentes, como o tramadol, por exemplo.
Os analgésicos comuns também podem ser usados como tratamento adjuvante da dor neuropática. Eles sozinhos, porém, têm pouca eficácia nesse tipo de dor.
Explicamos a dipirona e o paracetamol de forma mais profunda nos seguintes artigos:
2- Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES)
Os anti-inflamatórios também são indicados para as dores somáticas de leve a moderada intensidade. Todavia, essa classe é mais eficaz no tratamento da dor que os analgésicos comuns, principalmente se houver algum processo anti-inflamatório na sua origem. Assim como os analgésicos, os AINES também têm ação antipirética.
Apesar de serem mais fortes que os analgésicos, principalmente nas dores somáticas profundas, os AINES apresentam um perfil de efeitos colaterais pior e uma lista de contra-indicações mais abrangente.
Exemplos de anti-inflamatórios:
– Diclofenaco.
– Ibuprofeno – Leia: INFORMAÇÕES SOBRE IBUPROFENO.
– Naproxeno.
– Nimesulida – Leia: NIMESULIDA | Bula para leigos.
– Indometacina.
– Cetoprofeno.
– Ácido mefenâmico.
– Piroxican.
– Colecoxib.
– AAS (ácido acetilsalicílico) – Leia: INFORMAÇÕES SOBRE O AAS – ASPIRINA.
Entre as situações que o anti-inflamatórios costumam estar indicados podemos citar:
Os anti-inflamatórios de ação tópica, sejam em gel, pomada ou spray, têm ação limitada, mas podem ser uma boa opção nos casos de dor muscular ou articular aguda e de pequena intensidade, pois provocam bem menos efeitos colaterais que os medicamentos por via oral.
Explicamos os anti-inflamatórios de forma mais profunda no seguinte artigo: ANTI-INFLAMATÓRIOS – Ação e Efeitos Colaterais.
3- Antiespasmódicos
Os antiespasmódicos, conforme o próprio nome sugere, são fármacos que agem inibindo o espasmo muscular de alguns órgãos ocos, tais como intestinos, estômago, ureteres, vesícula biliar ou útero. O espasmo, que é uma contração muscular intensa e involuntária, se manifesta habitualmente como um quadro de dor tipo cólica.
Os antiespasmódicos são, portanto, um grupo de medicamentos que podem utilizados para o tratamento da cólica, que é uma forma de dor nociceptiva de origem visceral. Os antiespasmódicos não servem para o tratamento da dor somática ou de qualquer outra dor visceral, que não seja do tipo cólica.
Exemplos de fármacos com ação antiespasmódica:
  • Butilescopolamina (mais conhecido como Buscopan).
  • Papaverina (mais conhecido como Atroveran).
  • Pinavério (mais conhecido como Dicetel).
Entre os quadros de dor que podem ser tratados antiespasmódicos podemos citar:
Explicamos a ação da butilescopolamina (Buscopan) com mais detalhes no seguinte artigo: BUSCOPAN – Indicações, Como tomar e Efeitos Colaterais.
4- Analgésicos opioides
Os opioides, ou opiáceos, são fármacos com potente ação analgésica, que agem em receptores do sistema nervoso central, impedindo que os estímulos dolorosos captados pelos nervos sejam reconhecidos pelo cérebro. Os opioides recebem esse nome por serem derivado do ópio, substância extraída das papoulas (o mesmo que dá origem ao narcótico heroína).
Entre os medicamentos que pertencem à classe dos analgésicos opioides podemos citar:
  • Morfina.
  • Codeína.
  • Meperidina.
  • Fentanil.
  • Oxicodona.
  • Propoxifeno.
  • Hidrocodona.
  • Tramadol.
Os opioides costumam ficar reservados aos quadros de dor intensa, que não respondem a outros medicamentos ou nos pacientes com dor de origem oncológica. Grandes queimados, politraumatizados, crises de dor ciática ou intensa dor no pós-operatório são algumas das indicações para o uso de opiodes.
Entre os efeitos colaterais mais comuns dos opioides estão a sedação, náuseas, vômitos, retenção urinária, constipação intestinal e depressão respiratória.
Apesar de ser uma classe de analgésicos eficaz contra todos os tipos de dor (somática, visceral ou neuropática), o seu uso prolongado deve ser evitado, pois além de causar dependência, o paciente pode desenvolver tolerância, precisando de doses cada vez mais altas com o passar com o tempo. O uso de opioides por mais de 30 dias deve ser evitado, a não ser em situações específicas, como em pacientes com câncer.
Dentre todas as opções de analgésicos opioides, o tramadol é aquele que possui menor risco de dependência e um perfil de efeitos colaterais mais benigno.
5- Anticonvulsivantes
Medicamentos usados no tratamento da epilepsia podem ser usados para tratar dor neuropática, principalmente aquelas provocadas pelas seguintes doenças:
Entre os anticonvulsivantes usados no tratamento da dor neuropática, três se destacam: gabapentina, pregabalina e carbamazepina.
6- Antidepressivos
Os antidepressivos, principalmente aqueles da família dos antidepressivos tricíclicos (imipramina, nortriptilina e amitriptilina) e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (venlafaxina e duloxetina), também podem ser usados no tratamento da dor neuropática, tendo o paciente depressão ou não.
Os antidepressivos são eficazes contra a dor de origem psicogênica.
A duloxetina, especificamente, também parece ser eficaz como tratamento adjuvante da dor lombar crônica e da osteoartrose.
https://www.mdsaude.com/2016/10/remedios-para-dor.html