Apesar de ser um dos dois únicos
utilitários deste comparativo com opção de tração integral (o outro é o
Renegade a diesel), o Suzuki Vitara, em sua quarta geração, deixou um
pouco de lado o perfil off-road para ser mais crossover. Só que o
resultado estético não foi bem-sucedido. Junto com o Creta é um dos mais
feios deste confronto.
Eu poderia culpar as linhas
demasiadamente retas, mas o anterior Grand Vitara também era reto. Só
que tinha mais harmonia, o que não acontece neste novo Vitara, que ficou
desproporcional: uma frente querendo ser ousada com dois estilos de
grade (as versões mais baratas possuem grade horizontal e esta 4Sport
tem acabamento vertical) e janelas laterais, caída de teto e traseira
muito conservadoras, com lanternas grandes e tampa do porta-malas plana
demais. A pintura diferenciada do teto e colunas tenta dar uma aparência
mais jovial. Mas não consegue.
O interior também tenta ser moderno,
com apliques coloridos ou de texturas variadas e configuráveis no
painel, mas é o mais simples do comparativo. Tanto no visual quanto na
qualidade dos plásticos (duros). E isso no modelo que é o mais caro:
custa R$ 109.490 na versão 4Sport com tração dianteira. A versão 4x4
AllGrip sai por R$ 114.990.
A lista de equipamentos é boa. Tem
ar-condicionado digital automático, partida por chave presencial,
limitador de velocidade, sensor de estacionamento traseiro, câmera de
ré, faróis com luzes principais e luzes diurnas de LED, bancos com
revestimento parcialmente em couro, pedais em alumínio e volante
revestido em couro, além de piloto automático, assistente de partida em
rampas, controle eletrônico de estabilidade, sistema start/stop,
abertura e fechamento das portas por chave presencial, vidros, travas e
retrovisores elétricos e coluna de direção com ajustes de altura e
profundidade, presentes desde a versão básica 4All. O destaque vai para a
tela multimídia de 10 polegadas (só a partir da intermediária 4You) e o
airbag para joelhos. Na minha classificação subjetiva, no entanto,
acabou ficando em quinto lugar, empatado com o Hyundai Creta
O espaço interno não é dos mais
generosos, mas também não é um aperto. A rede de 56 concessionárias da
Suzuki só é maior que a da JAC Motors. O ruído de 62,1 decibéis a 80
km/h também ficou em posição mediana. A frenagem de 24,67 metros a mesma
velocidade ficou em terceiro lugar, empatada tecnicamente com o Hyundai
Creta.
O Suzuki Vitara teria ficado mais para
trás no comparativo se não fossem as virtudes do seu motor 1.4 Turbo,
que tem 146 cavalos. Embora não seja flex e a potência tenha ficado em
posições intermediárias, associado ao câmbio automático de seis marchas
(presentes em outros quatro modelos), ele rende o melhor desempenho, com
aceleração de 0 a 100 km/h em 8,17 segundos e retomada entre 80 e 120
km/h em 5,64 segundos. Também é o mais econômico ao percorrer 14,4 km
com um litro de gasolina na cidade e 17,6 km/l na estrada (este dado da
revista Quatro Rodas), o que comprova que o motor é eficiente: anda bem e
gasta pouco combustível. Foram as duas únicas vitórias de um modelo que
deveria se impor por ser produzido por uma marca que inventou este
segmento.
http://novoguscar.blogspot.com.br/2017/11/comparativos-suvs-compactos-2017.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário