Assim como o Tracker, a renovação do
Ecosport valeu como uma nova geração. A frente ficou ainda mais
imponente com a grade sendo grade de verdade, ou melhor, ostentando o
logotipo, os faróis maiores e os para-choques remodelados. Pena que o
estepe "cafona" ainda continua pendurado na tampa traseiro. Na Europa, é
usado um temporário que vai no porta-malas, que já é pequeno (tem 356
litros, maior apenas que o Tracker e o Renegade).
A nova frente deu um frescor ao
Ecosport, mas não foi a responsável pela sua vitória no comparativo.
Embora seja o mais antigo do comparativo, o estilo da carroceria só
perde para o Captur e o Honda HR-V.
O interior melhorou bastante no
acabamento e um pouco no espaço. O painel agora é revestido em material
emborrachado, mas os plásticos duros nas portas o deixaram atrás do
Honda HR-V e do Jeep Renegade. O espaço interno aumentou ligeiramente
com o recuo do banco traseiro, que diminuiu o porta-malas de 362 para
356 litros, mas ganhou um assoalho plano e permite que os joelhos de uma
pessoa de 1,90m não encoste nas costas do banco da frente. Mais espaço e
porta-malas (de preferência que caiba um estepe) só numa nova geração.
Uma das virtudes que levaram o
Ecosport à vitória foi o motor 2.0, que não é mais o velho Duratec usado
desde a primeira geração e no finado Mondeo, e, sim o DirectFlex do
Focus, que no utilitário compacto teve a potência reduzida de 178 para
176 cavalos com álcool. A energia extra lhe valeu a vitória. O criticado
câmbio automatizado Powershift foi trocado por um automático
verdadeiro, mantendo as seis velocidades.
O problema é que o desempenho (10,42
segundos de aceleração e 7,53 seg. de retomada), consumo (5,9 km/l na
cidade e 9,5 km/l na estrada) e ruído (61,8 decibéis) foram medianos, em
ordem decrescente de classificação, indo do quarto ao sexto lugar, com
este último sendo o segundo pior resultado do Ecosport.
Além do espaço interno (que, aliás,
empatou com o JAC T40) e da assistência (357 concessionárias da Ford), o
Ecosport ficou em segundo lugar na frenagem, obtendo 24,15 metros a 80
km/h.
A segunda vitória do Ecosport veio na
nova lista de equipamentos. Junto com o novo sistema multimídia com tela
COLORIDA e TOUCH de oito polegadas, possibilitado pelo novo desenho do
painel, a versão top Titanium também tem piloto automático, câmera de
ré, conectividade com CarPlay e Android Auto, controles de áudio no
volante, borboleta de mudanças de câmbio no volante, assistência de
emergência, som premium da Sony com 9 alto-falantes, entrada e partida
sem chave, espelho interno eletrocrômico, sensor de chuva, sete airbags
(frontais, laterais, cortina e joelho para o motorista), sistema de
monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado, sensor de
monitoramento de pressão dos pneus, luzes diurnas em LED, controles
eletrônicos de estabilidade e tração, sistema anticapotamento, direção
elétrica, ar condicionado digital, bancos em couro, faróis de xenônio,
rodas de liga de 17 polegadas e teto solar elétrico. Mas o preço de R$
95.890 é o terceiro mais barato.
Seja aqui no Guscar ou nas revistas em
que o nosso blog fundamenta as opiniões, os comparativos são vencidos,
na maioria das vezes, por modelos recém-lançados mais modernos. Um
modelo vencendo duas vezes, como é o caso do agora "ex-campeão" Honda
HR-V, reflete a qualidade superior do produto sobre os diversos
concorrentes.
Já a vitória de um modelo renovado
parcialmente é a prova de que as sugestões que costumo dar para a
melhora na posição do comparativo foram atendidas, como é o caso do
Ecosport, segundo colocado em 2015.
http://novoguscar.blogspot.com.br/2017/11/comparativos-suvs-compactos-2017.html
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