O Tracker chegou importado do México em 2013, apenas em uma única versão, a LTZ com o velho motor 1.8 do antigo Cruze. Limitado pelas cotas de isenção do imposto de importação combinadas com o país norte-americano, vendeu pouco e ficou esquecido no mercado.
O utiltiário esportivo compacto da
Chevrolet ganhou uma nova chance com o face-lift, que afinou a grade
superior e uniformizou sua frente aos outros modelos da marca (como o
sedã Cruze). Além do estilo, o novo interior e o novo motor 1.4 Turbo
deram outra vida ao Tracker, que continua vindo do México. Para a linha
2018, a LTZ mudou de nome e passou a se chamar Premier, nomenclatura já
usada nos Estados Unidos para identificar também o Cruze e o Equinox,
utilitário médio que chegou ao Brasil recentemente. A versão básica, que
já vinha antes do face-lift, continua se chamando LT.
O Tracker ganhou novos equipamentos na agora versão top Premier, como alerta de colisão frontal, alerta de mudança de faixa, airbags de cortina, estes opcionais, e mais alerta de movimentação traseira (em marcha ré), alerta de ponto cego, controle de estabilidade e tração, luzes diurnas de LED, entrada e partida sem chave, banco do motorista com regulagem lombar elétrica, novo sistema multimídia espelhável e teto solar elétrico. O SUV também tem piloto automático, sensor de estacionamento traseiro, sistema start-stop e retrovisores elétricos aquecidos. Esta nova lista lhe deu o segundo lugar no quesito, perdendo apenas para o Ecosport, que também foi reformado significativamente sobre a mesma carroceria. A Chevrolet só deu mancada ao continuar oferecendo ar condicionado manual. Se fosse digital iria empatar com o modelo da Ford. O Premier completo custa R$ 99.990. O básico, R$ 96.790.
Outro ótimo resultado foi
proporcionado pelo motor turbo flex 1.4, o mesmo do Cruze, com 150 cv
com gasolina e 153 cv, com álcool. Não é a potência, que ficou atrás do
Creta e do Ecosport. E nem o câmbio automático de seis marchas, presente
desde a "geração" anterior é similar a outros quatro concorrentes aqui
presentes. É o desempenho, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,1
segundos e retomada entre 80 e 120 km/h em 6,64 segundos, que só perde
para o Vitara, que tem motor semelhante. O consumo de 6,7 km/l na cidade
e 9 km/l na estrada e a frenagem a 80 km/h em 25,44 metros foram
medianos.
As duas vitórias do Tracker vieram na
maior rede de concessionárias (600) da Chevrolet e no nível de ruído de
59,8 decibéis a 80 km/h, rigorosamente empatado com o Renault Captur e
tecnicamente com o Hyundai Creta.
Os maiores defeitos do novo Tracker
ainda estão no seu espaço, tanto para o passageiro de trás quanto no
porta-malas (306 litros), mas que não chegam ser o piores. Captur e
Renegade ocupam esses dois postos, respectivamente.
Um dos atrativos da renovação do
Chevrolet mexicano, o interior ficou mais sofisticado e sóbrio com o
painel reestilizado e o quadro de instrumentos mais conservador (deixou
aquele estilo "moto" que vinha do finado Sonic), com tela do computador
de bordo no canto direito. Mas o material macio só está presente em uma
faixa do painel, repleto de plásticos duros e, por isso, o acabamento
ficou em posição intermediária.
O novo conjunto frontal deu frescor ao
estilo, mas o Honda HR-V e o Renault Captur são mais elegantes. Mesmo
assim, o novo motor turbo e os novos equipamentos contribuíram para o
seu terceiro lugar geral (havia ficado em quinto em 2015) e o face-lift do Tracker valeu como uma nova geração.
http://novoguscar.blogspot.com.br/2017/11/comparativos-suvs-compactos-2017.html
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