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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As causas de disfunção erétil (impotência sexual)

As causas de disfunção erétil (impotência sexual)

No Brasil calcula-se que a disfunção erétil, o nome correto do que antigamente chamava-se de impotência sexual, atinja cerca de 10 milhões de homens e, segundo estudo realizado, acomete 45,1% dos homens adultos em algum grau. Estes números sugerem que esta condição seja tratada como um problema de saúde pública, todavia apenas 30% dos homens com este problema procuram ajuda médica. Isto se deve a vários fatores, como o fato da grande população não ter acesso às informações relativas ao tratamento da disfunção erétil, a dificuldade cultural que os homens tem de falar sobre sua sexualidade, os padrões machistas com que o brasileiro é criado, o fato de que a perda do vigor sexual estar ligado ao avanço da idade, gerando insegurança na cabeça do homem.

Com o envelhecimento da população e expectativas de vida maiores é de se esperar um aumento de doenças crônicas e a tendência natural é o crescimento de casos de homens com disfunção erétil. Para atender de forma adequada homens que tenham algum grau de disfunção erétil, é necessário esclarecer a população com campanhas educativas sobre a importância da disfunção erétil na qualidade de vida do casal e como pode ser manifestação inicial de doenças outras, ainda não diagnosticadas mas que estão se instalando silenciosamente.


Já está bem definido pela medicina que a disfunção erétil compartilha os mesmos fatores de risco para doenças cardiovasculares como o sedentarismo, obesidade, uso de cigarro, aumento de colesterol. Assim uma modificação nos hábitos de vida como iniciar uma atividade física regular, reduzir o peso, controlar a obesidade e adotar uma alimentação saudável são maneiras de prevenir a disfunção erétil. Parece simples, mas mudar o estilo de vida de envolve incorporar uma série de atitudes, não por algumas semanas como frequentemente se vê, mas sim para todos os dias do ano. Muitas pessoas não se incomodam em tomar medicamentos diariamente ou até submeterem-se a tratamentos cirúrgicos, mas torna-se um martírio. Seguir uma dieta balanceada ou praticar uma atividade física regular.

O abuso de álcool é outra causa de disfunção erétil, pois sendo um potente depressor do sistema nervoso central pode levar a uma diminuição da atividade cerebral, além do que agredindo o fígado pode resultar em desequilíbrio hormonal e em última instância levar a disfunção erétil. O álcool, levando a alterações comportamentais pode requerer, em algumas situações, o uso de medicamentos psicoativos como antidepressivos, por exemplo, que podem interferir na função sexual.

O diabetes está associado com algum grau de disfunção erétil em cerca de 35 a 70% dos casos, principalmente naqueles homens com controle de açúcar no sangue inadequado. Dentre outros mecanismos ele associa-se ao processo de aterosclerose dos vasos sanguíneos, a alterações neurológicas e também a disfunção da camada mais interna dos vasos sanguíneos, chamada endotélio, que produz substâncias que dilatam os vasos permitindo um maior fluxo de sangue ao pênis; todos estes mecanismos são importantes para a ereção se processar normalmente. De forma semelhante, a aterosclerose piora a perfusão de sangue nos vários tecidos do corpo, inclusive o peniano e nervoso.

No ano de 2009 o sistema único de saúde (SUS), realizou cerca de 16 milhões de consultas ginecológicas e apenas 2 milhões de consultas urológicas , indicando o descuido que o homem tem com sua saúde e o hábito de não realizar exames preventivos. Estes dados ajudam a justificar, dentre outras causas, porque os homens vivem sete anos menos que as mulheres. Pesquisa recente realizada pela sociedade brasileira de urologia evidenciou que 80% dos homens que consultaram o urologista, o fizeram atendendo solicitação de suas esposas. Cabe a elas portanto, o papel importante estimular seus familiares a realizarem exames preventivos, sobretudo o de câncer de próstata, na expectativa de, gradualmente, modificar o comportamento masculino inadequado de não cuidar de sua própria saúde.

Dr. João Fidelis
Especialista em Urologia
Membro Titular da Sociedade Brasileira de urologia

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