Sete marcas de azeite são reprovadas pela Proteste
A Associação de Consumidores divulgou nova análise
com mais de 60 versões do óleo de oliva - e há boas e más notícias
A Proteste, Associação de Consumidores, divulgou os
resultados de uma nova avaliação feita com azeites de oliva ditos extravirgens.
No total, 69 marcas foram submetidas ao pente-fino. O diferencial desse teste,
segundo a entidade, é que ele contou com mais amostras. Além disso, incluiu
azeites brasileiros, já que a produção nacional está em ascensão.
Das 69 marcas avaliadas, sete foram consideradas
fraudadas. É que, embora a embalagem dissesse que se tratava do tipo
extravirgem, a Proteste identificou, em laboratório, vestígios da adição de
outros óleos vegetais na embalagem – o que não poderia acontecer. As marcas
são: Barcelona, Porto Valência, Casalberto, Olivenza, Faisão, Borgel e Do
Chefe. As duas últimas já tinham sido reprovadas em testes anteriores pela
mesma razão.
De acordo com a Proteste, o azeite das marcas Do
Chefe, Barcelona e Olivenza não são envasados no local de produção. Quando o
óleo vai para a garrafa logo após sua extração, há menor risco de ele oxidar e
também de ser misturado a outras substâncias.
Na avaliação sensorial, mais problemas. A maioria
das marcas desclassificadas foi considerada lampante. Isso significa que o
produto veio de azeitonas deterioradas ou fermentadas – por esse motivo, nem
deveria chegar ao mercado. Para ser comercializado, o certo seria refiná-lo
para retirar as impurezas e misturá-lo com azeite. A exceção ficou por conta da
marca Barcelona, definida como virgem pelo teste.
A Proteste ainda considerou certas marcas como “fora
do tipo”. La Pastina, Vilaflor, Prezunic, Great Value, Obra Prima, Estoril,
Paesano, Camponês e Bom dia deveriam ganhar a classificação de virgem, enquanto
o azeite Casa Medeiros merecia ser reconhecido como lampante.
Também dá para comemorar
Além do “Melhor do Teste” (o azeite Prosperato
Premium), há outros três produtos brasileiros entre os dezprimeiros colocados
da avaliação. Isso confirma a qualidade dos azeites nacionais. Veja a lista
clicando aqui.
As marcas analisadas
A lista completa é essa: Allegro, Andaluzia,
Andorinha, Báltico (Broto Legal), Barcelona, Batalha, Bom dia, Borgel, Borges,
Borges Sybaris, Borriello, Camponês, Carbonell, Cardeal, Carrefour, Casa
Medeiros, Casalberto, Cocineiro, Deleyda, Delfos, Do Chefe, Don Giovanni, EA,
Estoril, Faisão Real, Filippo Berio, Gallo, Gallo Grande Escolha, Great Value,
Herdade do Esporão, La Española, La Pastina, La Violetera, Maria, Menoyo,
Monde, Mondegão, Mytholio, Nova Oliva, Obra Prima, Olitália, Olivas do Sul,
O-live, Oliveira Ramos, Oliveiras do Seival, Olivenza, Ouro de Santana,
Paesano, Paganini, Parus, Porto Valência, Portucale, Prezunic, Prosperato,
Qualitá, Raniere, Renata, Rey, Santa Maria, Santiago, Serrata, Star, TAEQ,
Terrano, Toureiro, Tradição Brasileira, Verde Louro, Vila Flor e ZOH.
No que ficar de olho para identificar um produto de
qualidade
Data de produção: dê preferência aos mais novos. É
que, com o tempo, os polifenóis do azeite vão se perdendo.
Local de envase: o desejável é que tenha sido
embalado no país de origem. Isso reduz o risco de fraudes, como inclusão de
outros óleos.
Ingredientes: na lista, deve constar apenas “azeite
de oliva extravirgem”. Afinal, o produto nada mais é do que o sumo da azeitona.
Preço: evite marcas baratas: é indicativo de
misturas. E ninguém merece pagar 10 reais em óleo comum.
Tipo de recipiente: escolha garrafas escuras e do
fundo da prateleira. Sinal de que os polifenóis estão mais blindados.
Letras miúdas: ao ler “tempero português” ou
“tempero espanhol”, significa que é mistura, e não azeite puro.
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