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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Metade dos homens e um terço das mulheres com mais de 70 anos são sexualmente ativos





Pesquisa realizada pela Universidade de Manchester ouviu mais de sete mil pessoas

Foto: Divulgação



A expectativa de vida no Brasil gira em torno dos 75 anos, mas, em 1900, era de 33. De lá para cá, o conceito de terceira idade mudou bastante. Há 50 anos, a ideia de aposentadoria equivalia a inaptidão para o trabalhar, mas hoje significa o início de uma fase com mais liberdade para fazer aquilo foi deixado de lado durante a fase adulta. A nova geração da terceira idade está quebrando paradigmas e isso inclui sua própria vida sexual.

Ainda que muitos médicos e familiares tentem ocultar o assunto, a sexualidade está cada vez mais presente na vida dos idosos. Carinho, carícias, beijos e abraços fazem parte da rotina daqueles que se consideram sexualmente ativos, mesmo depois dos 70.

Uma pesquisa sobre a sexualidade na velhice foi realizada pela Universidade de Manchester com mais de sete mil pessoas com mais de 70 anos. Desse total, 54% dos homens e 31% das mulheres disseram ter relações sexuais pelo menos duas vezes por mês. Diferentes pesquisas apontam que esse é o mínimo de vezes para considerar alguém na terceira idade como sexualmente ativo. O coordenador do trabalho, David Lee, conta que menos de 3% dos entrevistados se recusaram a responder perguntas diretas sobre atividades e problemas sexuais.



– Infelizmente, ainda há muitos médicos que têm dificuldade de falar sobre sexo com seus pacientes idosos. Há parentes que acham que isso é errado e, por isso, há ainda tantas mulheres que encaram a idade como o fim da “era sexual” – explica o geriatra Rubens de Fraga Júnior.

O problema é ainda maior quando os idosos precisam morar com os filhos e, por consequência, perdem a privacidade.

– A sexualidade ativa na terceira idade reforça a identidade social, a saúde e o bem-estar. Os idosos têm direito à sexualidade plena e nem sempre precisam de um parceiro para viver isso – defende o geriatra.

É comum encarar os mais velhos como assexuados, mas a nova geração de idosos encara o momento como o mais propício para aproveitar o sexo. Fraga Júnior aponta que, nessa fase, é preciso superar algumas barreiras fisiológicas, mas que quem têm uma vida sexual mais movimentada também se considera mais feliz.

– Em geral, eles param de fazer sexo por medo de se sentir ridículos, medo de se machucar e de expor seus sentimentos. Os homens têm receio quanto ao seu desempenho, eles acham que são responsáveis pelo orgasmo da mulher.

Para o geriatra, a falta de sexo é um importante indicador de doença na velhice. Por isso, é tão importante falar sobre o tema com os médicos.

Na pesquisa, doenças crônicas e autopercepção ruim do corpo e da própria saúde apareceram como impactos negativos para os homens que não tinham mais atividades sexuais. 32% das mulheres sexualmente ativas relataram dificuldades para alcançar a excitação e 27% têm problemas para alcançar o orgasmo. Outro problema que apareceu na pesquisa, 1% dos homens e 10% das mulheres que tiveram relações nos três meses anteriores à entrevista se sentiram obrigados a fazer sexo.

Mais do que o sexo, o estudo revelou também que 31% dos homens e 20% das mulheres com mais de 70 anos continuam beijando e acariciando com frequência o parceiro ou parceira e compreendem que essas ações também fazem parte da sexualidade.

Outro estudo, feito pela norte-americana General Social Surveys, aponta que sexo e felicidade andam de mãos dadas na terceira idade. 80% dos idosos que participaram dessa pesquisa apontaram a felicidade conjugal está ligada ao sexo regular.

– Quem aceita as limitações da idade e aproveita as possibilidade da fase, certamente terá um processo de envelhecimento mais pleno – comentou Fraga Júnior.




DIÁRIO CATARINENSE

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