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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Atriz Odete Lara morre aos 85 anos no Rio. Artista teria sofrido um infarto na clínica de repouso onde vivia

Artista teria sofrido um infarto na clínica de repouso onde vivia


Em 1998, atriz lançou CD com poesis de Vinicius de Moraes 

Foto: Ver Descrição



Atriz conhecida das telas de televisão e do cinema, Odete Lara morreu nesta quarta-feira, aos 85 anos, no Rio. A artista teria sofrido um infarto pela manhã, em um clínica de repouso em que vivia. Nesta quinta-feira, o corpo será cremado em cerimônia da cidade fluminense de Novo Friburgo, onde morou por muito tempo em um sítio.

Em sua carreira, Odete participou de quase 40 filmes, sendo considerada a musa do Cinema Novo, participando de produções como Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri, e O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha. Outro filme de destaque foi Moral em Concordata (1959), no qual atuou ao lado de outra musa da época, a gaúcha Maria Della Costa, morta em 24 de janeiro.

Na televisão, a estreia se deu em 1952, na recém-inaugurada TV Tupi, em uma versão da peça Luz de Gás, com Tônia Carrero e Paulo Autran. Sua última atuação foi na novela Pátria Minha (Rede Globo), em 1994, como Valquíria Mayrink, mulher frustrada por ter perdido a riqueza. 

Em 1975, Odete Lara publicou Eu Nua, em que contava sua história de vida. Filha de operários, sua trajetória foi marcada por tragédias: a primeira aos seis anos, quando a mãe se matou jogando-se num poço. A outra, 10 anos mais tarde, quando o pai também se suicidou, tomando soda cáustica. No livro, ela admitia ter pensado em suicídio.

Depois do lançamento, ele deixo o Rio, onde morava, e isolou-se em um sítio em Nova Friburgo, dedicando-se ao zen-budismo. Em entrevista para ZH em 2004, ela contou que não ter mais interesse em atuar como atriz:

– Acostumei-me de tal forma com a vida simples e tranquila que não me vejo mais voltando à roda-viva.

Em 2002, a cineasta Ana Maria Magalhães apontou sua lente para a carreira de Odete no filme Lara, biografia ficcional em que ela é representada pelas atrizes Maria Manoella e Christine Fernandes.​






Odete em 1969 Foto: Ivan / Agência RBS
Leia entrevista feita por ZH com Odete Lara publicada em 2004

"Ana Maria foi cuidadosa e delicada"

Em 1975, Odete Lara se desnudou no livro Eu Nua. Aí o público soube que sua história era muito mais complexa. Odete contava como a vida da filha de operários, que sonhava ser atriz, foi marcada por tragédias: a primeira aos seis anos, quando a mãe se matou jogando-se num poço. A outra, 10 anos mais tarde, quando o pai também se suicidou tomando soda cáustica. No livro, ela admitia ter pensado em suicídio.
O espanto causado pelas revelações fez com que Odete se retraísse. Deixou o Rio e foi – ainda linda aos 47 anos – morar em Friburgo. Isolada, dedicou-se ao budismo. Eu Nua, Minha Jornada Interior e Meus Passos em Busca da Paz foram relatos de uma vida incomum. Depoimentos de alguém que poderia ter mergulhado no desespero, mas se salvou. E que tem a serenidade para, aos 74 anos, ver sua vida no cinema e concluir: “Nunca contei com a fidelidade ao livro”. (Márcio Pinheiro).




ZERO HORA

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