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domingo, 11 de janeiro de 2015

Novo DS3 2015.

 Novo DS3  2015.


Existem carros bem projetados, que têm bom conjunto mecânico, são divertidos ao volante e não exageram no preço, mas mesmo assim vendem pouco. Outrora um esportivo de vendas mais expressivas, o DS3 atualmente é mero figurante no segmento: vendeu apenas seis unidades em dezembro (297 unidades em 2014), uma queda de 51,3% em relação a 2013. Isso é comum num nicho como o dos esportivos, no qual o mais novo e moderno tende a chamar atenção e não deixar mercado para os demais, já que a fatia é pequena. Chegou a hora, então, do DS3 se atualizar. E ele aparece na linha 2015 com leves retoques visuais (não precisava muito), novos equipamentos e um bem-vindo reposicionamento de versões e preços. O francesinho já esteve na redação há um tempo atrás, quando encarou o novo VW Fusca TSI no duelo dos hot hatches. Agora volta renovado para uma avaliação “solo”, de modo a confirmar se ainda encanta como antes. Confira!


Apesar de baseado no C3, o DS3 é um carro com personalidade própria: só existe na configuração duas portas, tem design bem mais agressivo e se destaca por exclusividades como o formato da coluna central (barbatana de tubarã0), teto personalizado (o que avaliamos era branco), rodas aro 17″ e faróis full LED. Por dentro o esportivo não nega a origem da família C3, aproveitando itens como painel de instrumentos, elementos do console central e comandos do ar-condicionado. Todavia, existe um refinamento maior nos materiais. Temos painel emborrachado, apliques imitando fibra de carbono, pedaleiras e pomo de câmbio esportivos, além de bancos mais envolventes, que podem ser revestidos de couro perfurado, como no modelo testado.


Como dissemos, o DS3 não precisava mudar muito para manter-se jovial. Entre as novidades na lista estão faróis Full LED (luz alta e baixa), novas lanternas com efeito 3D, rodas aro 17″ com novo desenho e mais opções de combinações de cores. Por dentro, há um novo sistema de áudio, central multimídia com navegação GPS na tela colorida de 7″ (que não é touchscreen) e câmera de ré (com sensores e alerta sonoro).


No teste anterior o DS3 encarou um duelo com o Fusca pela sinuosa Estrada dos Romeiros, no interior paulista. Desta vez o esportivo rodou mais tempo em trechos urbanos e rodovias duplicadas, o que permitiu conferir melhor as impressões no dia-a-dia. Chegou a andar com dois adultos e duas crianças, mas na maior parte só com o motorista. Na prática o carro é ideal para quem não precisa levar adultos no banco traseiro. Além do incômodo acesso, o espaço para as pernas é bastante restrito atrás (para a cabeça é OK).


A vida a bordo está um pouco melhor, graças ao aguardado sistema de navegação GPS, que embora não tenha tela sensível ao toque, corrige uma falha de um carro deste segmento não possuir o item. Sensores de estacionamento com alerta sonoro e câmera de ré também são novidades bem vindas. Já o sistema de som ganhou subwoofer, ainda que o rádio mantenha o velho layout de sempre. Houve melhora na qualidade geral, naturalmente com graves mais consistentes, mas sem surpreender.

O DS3 continua cativando mais é na hora de acelerar. Ele não ronca tão alto para um esportivo, mas ao menos tem som encorpado e agradável. Como a parte mecânica se manteve intacta, com o competente motor 1.6 THP (turbo e injeção direta) de 165 cv e 24,5 kgfm de torque associado ao câmbio manual de seis marchas, as sensações ao dirigir se mantêm bem positivas.


Apenas em rotações bem baixas há uma demora nas respostas. A sensação é de que o torque é muito baixo nos giros iniciais e, a partir de 1.400, ele vem com tudo! Então, quando for passar por obstáculos ou aclives, tem que reduzir mesmo. O DS3 não foi feito para superar lombadas em 3a marcha, por exemplo. Mas acima dessa faixa ele responde prontamente, como mostra a aceleração de 0 a 100 km/h abaixo de 8 segundos.


Em termos de acerto de suspensão, o DS3 revela um rodar firme, mas não chega a ser um carro duro (é mais suave que o MINI Cooper, por exemplo). A suspensão é baixa, a estabilidade está acima da média e o comportamento pode ser ao “gosto do freguês”. O pequeno DS é um carro versátil e pode ser usado diariamente sem problemas. A direção é leve, os engates do câmbio de seis marchas são suaves e precisos (poderiam ser mais curtos), e os pedais apresentam boa modulação. E se pisar fundo vai colar no banco!


Na estrada ele agrada ainda mais. É um carro bem assentado e tem muita força em giros médios, realizando retomadas convincentes mesmo nas marchas mais altas. De quebra, ainda tem baixo nível de ruído, tanto do motor quanto de rodagem.

Aliviando o pé direito, até que o consumo é bem honesto. Na cidade, o DS3 cravou médias entre 9,7 e 10,5 km/l. Na estrada ficou em torno de 15 km/l. Andando a 80 km/h constantes, por exemplo, o computador de bordo chegou a marcar médias acima de 18,0 km/l. Agora, se pisar fundo, naturalmente os números vão cair.


Para quem gosta de abusar um pouco, fica o aviso: os controles de estabilidade e tração entram em ação rapidamente, bem antes da zona de perigo, tirando um pouco da diversão. Mas, além de acelerar com disposição, o DS3 também possui freios muito eficientes. Já a direção elétrica tem peso correto, no entanto, poderia ser mais comunicativa.


Tudo somado, o DS3 ainda se mostra um carro bem interessante. Oferece ótima dirigibilidade, conjunto mecânico com bom equilíbrio entre desempenho e consumo, acabamento honesto e lista de equipamentos agora mais condizente com a proposta. É uma boa pedida pra quem procura um esportivo, mas precisa de um carro mais “civilizado” para o dia-a-dia – os principais rivais entregam até mais esportividade, mas cobram o preço no conforto. Pelo que custa, o DS3 está bem situado no segmento. Disponível em três versões, ele parte de R$ 79.990, passa a R$ 85.890 no pacote intermediário (Pack Confort) e chega a R$ 89.880 no mais completo (Pack Confort + Pack Technologie). Bancos de couro são opcionais por R$ 2,9 mil.

Por Julio Cesar

Fotos: Rafael Munhoz
Ficha técnica

Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, 1.598 cm3, comando duplo, turbo e intercooler, injeção direta, gasolina; Potência: 165 cv a 6.000 rpm; Torque: 24,5 kgfm a 1.400 rpm; Transmissão: câmbio manual de seis marchas, tração dianteira; Direção: elétrica;Suspensão: independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira; Freios: discos nas quatro rodas, dianteiros ventilados, com ABS; Peso: 1.165 kg; Capacidades: porta-malas 280 litros, tanque 50 litros; Dimensões: comprimento 3,948 mm, largura 1,715 mm, altura 1,483 mm, entreeixos 2,464 mm

Medições CARPLACE

Aceleração
0 a 60 km/h: 3,9 s
0 a 80 km/h: 5,7 s
0 a 100 km/h: 7,9 s

Retomada
40 a 100 km/h em 3a: 7,9 s
80 a 120 km/h em 5a: 8,8 s

Frenagem
100 km/h a 0: 38,8 m
80 km/h a 0: 24,2 m
60 km/h a 0: 13,3 m

Consumo
Ciclo cidade: 9,3 km/l
Ciclo estrada: 15,6 km/l

Números do fabricante
Aceleração 0 a 100 km/h: 7,3 s
Consumo cidade: N/D
Consumo estrada: N/D
Velocidade máxima: 219 km/h

http://carplace.virgula.uol.com.br/teste-carplace-ja-aceleramos-o-novo-ds3-2015/

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