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domingo, 11 de janeiro de 2015

FOX, SANDERO, UP E UNO AVENTUREIROS NA PISTA.

O atalho que você procura para sair da rotina da cidade grande
Por João Anacleto // Fotos: Christian Castanho
Eles despertam a vontade que você tem de fugir da rotina? Então saiba qual pode fazer tudo parecer mais do que um sonho de acordo com o seu bolso. Você está parado no congestionamento. À sua frente uns três mil carros sugerem estar indo para a porta da sua casa mesmo sem ter festa lá. Você olha para o lado e vê aquele canteiro central, gramadinho e, principalmente, vazio! O que você faz? Nada, afinal é proibido passar por ali. Mas e se o seu carro fosse capaz de levá-lo até em casa fora do asfalto, você se sentiria melhor?
É nisso que as fabricantes apostam na hora de bolar um estilo aventureiro para os seus carros. Não que você seja um transgressor das leis de trânsito, mas eles acreditam que só de saber que o próprio carro é capaz de, digamos, mostrar que você pode mais, isso causa uma atração e, pasme, até certo conforto. “Algumas pessoas procuram carros que deem a impressão de que elas podem sair da rotina a qualquer momento, sem que elas propriamente saiam”, explica Henrique Sampaio, diretor de marketing da Volkswagen
Pegamos os quatro últimos lançamentos e levamos para uma espécie de rali, como se a sua vida pudesse ser vivida no canteiro central da avenida. O palco foi a Fazenda Terra da Mata, em Mairinque (SP), que abriga o singular Intermatas, uma pista de grama e terra que imita o antigo traçado de Interlagos em escala reduzida a 2,2 km. Primeiro colocamos lado a lado os carros com preço semelhante, assim o Fiat Uno Way 1.4, que parte de R$ 35.510, encarou o novo Cross Up, que apesar do motor 1.0, custa R$ 38.040. Na sequência, os 1.6, com VW CrossFox (R$ 57.990) medindo forças com o Renault Sandero Stepway (R$ 48.650). Desça a página e saiba qual deles consegue ir pelo atalho para você chegar em casa rapidinho. 
Primeiros Passos – Fiat Uno Way x Volkswagen Cross Up

Antes eles estavam restritos aos carros mais caros. Hoje, com menos de R$ 40 mil, você sai da concessionária pronto para libertar sua mente aventureira. Agora é hora de decidir qual deles realmente pode dar um pouco de vida à sua imaginação.

2º Lugar – VW Cross Up

O caminho entre a entrada da Fazenda Terra da Mata e o circuito Intermatas é daqueles que, se você tem um carro comum, sente um frio na barriga. Lama, muitas pedras e erosões que parecem ter sido causadas por granadas são parte do cenário que nos leva à pista. No caminho até lá, o repórter Diogo Dias sentiu o drama de estar no Cross Up, um carro aventureiro pero no mucho. “Ele raspa demais para passar por aqui. A Volks não elevou sua suspensão?”, pergunta. Pois é, segundo o que José Loureiro, gerente-executivo de engenharia da marca, explicou durante o lançamento “não mexemos na suspensão porque já tínhamos feito isso durante a adequação do modelo europeu para o brasileiro. Com os 20 mm de elevação da versão urbana chegamos ao limite do conjunto, mais que isso implicaria em custos extras acima do que um carro como o Up pode absorver”. E assim o Cross Upsofreu mais do que os outros.

Outra desvantagem clara com relação ao Uno está nos pneus. Além do perfil mais baixo, 60 no VW e 70 no Fiat, o Cross Up usa um composto típico de automóveis que só andam no asfalto, o que é muito bom para você que compra um desses só pra andar na cidade. Mas aqui falamos de aventura, então... Já o Way vem com um composto com ranhuras próprias para o uso misto, e os Pirelli Scorpion ATR agarram melhor uma superfície com baixo atrito, exatamente o que enfrentamos ali por cima da grama do Intermatas.

Pelo menos no Cross Up há uma suspensão mais firme e baixa rolagem da carroceria, fatos que ajudaram na hora de fazer as curvas. Ele se mostra robusto ao passar por alguns buracos e contornar curvas em descida típicas de ralis de velocidade. O VWtambém pula menos, mantendo-se na trilha por mais tempo e isso é bom para quem gosta de guiar rápido com algum conforto. O problema está na intensidade do tal “rápido”.



SEIS SEGUNDOS

Com motor 1.0 de 82 cv, ele foi presa fácil para o 1.4 do Fiat, em especial nos trechos em que a saída da curva precedia algum aclive. Em algumas delas o Up sofria tanto quanto um saci escalando uma árvore. A explicação está nos 2 mkgf de torque extras que o Uno entrega com seu motor 1.4 e por essa entrega acontecer a 3.500 rpm, enquanto no VW você só chega na totalidade do torque aos 4.000 giros. A soma de percalços foi confirmada no tempo da volta no Intermatas, em que o Cross Uplevou 2min51s22 para cumprir os 2,2 km de terra e grama do circuito, quase seis segundos a mais que o rival.

Mas a vida não é feita apenas da sua vontade de sair da rotina. Então vale a pena você entender porque, além das capacidades físicas, o VW perdeu para o Fiat: preço. Com os R$ 38.040 cobrados por ele, você pode levar para casa um Uno Way com retrovisores elétricos, rádio My Connect, vidros elétricos traseiros e alarme. O Cross Up não traz ar-condicionado de série, que custa R$ 2.940, nem rádio, que sai por mais R$ 808. Assim, seu valor pula para R$ 41.788, caro demais para um carro que demora tanto para completar a sua aventura.



1º Lugar – Fiat Uno Way

Dizer que ele é a referência entre os compactos aventureiros é exagero, mas para quem decididamente quer um comportamento melhor fora do asfalto sem gastar muito tem no Uno Way a escolha mais sensata. Ainda mais agora com a reformulação interna que o fez igualar o acabamento de rivais que sempre propagavam tal vantagem, como o próprio Up/Cross Up. O painel em semicírculo, imitando o que você só teria em um Fiat 500, seu volante igual ao do novo Renegade e o ousado cluster digital, com informações do computador de bordo e rádio, harmonizam-se a bancos com textura exclusiva para dar a você a sensação de estar em um carro que parece custar mais do que a Fiat pede. Afinal, por menos de R$ 40 mil, dá para comprar um Uno Way com ar-condicionado e rodas de liga leve.

Mas neste embate você não deve pesar apenas as vantagens financeiras para escolher o seu aventureiro. Claro, dinheiro é bom e todo mundo quer, mas o mais honesto é aliar isso ao que cada carro permite que você faça em uma aventura fora dos padrões, aquela que a sua imaginação sempre quis que o seu carro fosse capaz de fazer. Seja isso uma estrada de cascalho para chegar na festa de fim de ano da “firma”, ou ultrapassar 30 cm de água nas enchentes do verão com a confiança de um remador olímpico. E o com o Uno Way você pode mais. Contra o Cross Up, o que decidiu a disputa foi que, por menos dinheiro, você também consegue usufruir de mais desempenho se escolher o Fiat. 

CONFIANÇA

O motor 1.4 Fire de 88 cv foi crucial na nossa escolha, afinal o circuito Intermatas não tem retas longas, mas é permeado por curvas fechadas e tem alguns aclives que pedem força para serem superados. Além de ter mais torque e potência, o Uno conta com um câmbio mais curto que o do rival 1.0, especialmente nas três primeiras marchas, as únicas usadas durante a tomada de tempo no circuito. Ele cravou 2min45s69, exatos 5s53 mais rápido que o adversário.

Não bastasse a vantagem física do motor mais forte, o Uno se vira melhor na hora de tracionar, seja na terra ou na grama. Os pneus de uso misto fazem a diferença especialmente quando não há um conjunto de suspensões sólido, ou que pelo menos na balança entre desempenho e conforto tenda mais ao primeiro, que é o caso do Uno Way. Como eles agarram mais ao solo, você nem percebe o quanto a carroceria inclina para os lados. O que pode-se sentir é que a direção avisa o tempo todo caso esteja escorregando ou tracionando, o que aumenta sensivelmente o seu nível de confiança nesse tipo de terreno mais selvagem.

Outra vantagem que deve ser levada em conta são os 35 mm de diferença com relação à altura do solo entre ele e o Cross Up. A sensação de estar guiando um pouco acima de buracos, pedras e lama vão ao encontro do que disse o diretor de marketing da VWsobre as pessoas procurarem um carro que dê a impressão de que elas podem sair da rotina. Por isso, não se assuste se vir um dono de Uno Way pulando lombadas ou invadindo praias desertas. Ele permite abusos. Nós abusamos também, e uma pedra acabou furando seu escapamento. Afinal, nem todo mundo tem um dia no Intermatas para tornar real a própria imaginação.


Quase lá – Renault Sandero Stepway x Volkswagen CrossFox

Eles podem ser o primeiro e o último passo antes de você decidir que quer, enfim, virar um jipeiro de fim de semana. Descubra qual pode colocar você mais perto de uma vida de aventuras, ou se conformar de vez com a vida fritando no asfalto. 

2º Lugar – Sandero Stepway

Até quem nunca foi com a cara do Sandero Stepway e viu a nova versão de perto se admirou. Poucas vezes um compacto com síndrome de aventura ficou tão bem resolvido quanto ele. Seu olhar tem a nova identidade da Renault, vista em Logan eSandero civis, as caixas de rodas estão protegidas por largos protetores pretos e seus faróis de neblina fazem questão de mostrar que estão ali, postados como se fossem capazes de iluminar uma trilha dentro da floresta amazônica. E se você pensar que com o estilo mais pacato da última geração ele já abocanhava 30% dos clientes de Sandero, imagine agora com essa carinha de aspirante a 

SUV?

Bem, para quem quer um carro capaz de passar por cima de um bueiro destampado sem quebrar o pescoço, tudo bem, ele vai servir. Mas se a intenção for encará-lo como mais um passo na busca pela libertação do seu espírito aventureiro, diminua as expectativas. A cirurgia não esconde os velhos problemas do antecessor. Sua plataforma é a mesma B0 de sempre, que tem na simplicidade e baixo custo seus principais trunfos para a marca. Só que quem cobiça diversão geralmente não se contenta com simplicidade. É uma conta que não fecha. 



Evite fantasias dinâmicas. A altura da suspensão, que sempre foi o diferencial do Renault frente aos irmãos urbanos, elevou a carroceria em apenas 4 cm – na versão anterior a altura extra era de 5 cm. Mas isso também se inclui na estratégia de marketing, não de engenharia. Tal elevação provoca mais impacto visual do que real. Não tenha dúvidas de quem um Sandero Privilège faz exatamente tudo o que este Stepway pode fazer. Seus pneus não são de uso misto, uma clara indicação de que, apesar do porte, oSandero Stepway não está genuinamente disposto a levar você ao topo da montanha (pela trilha) para apreciar o pôr do sol. Saia mais cedo, pare-o lá embaixo e suba a pé.

CONECTIVIDADE

No traçado do Intermatas, ele até que foi valente. Com exceção de um ou outro barulho de fim de curso da suspensão, comportou-se com decência. Seu motor 1.6 de 8V, de 106 cv, foi mal no teste no asfalto e levou longos 13,4 s para ir de 0 a 100 km/h. Mas como o Intermatas requer mais torque do que potência, os 15,5 mkgf entregues a 2.850 rpm resolvem sua vida na hora de fazer a volta rápida. Mesmo com 14 cv a menos que o rival da VW, ele ficou menos de quatro segundos atrás do VW Fox, com o tempo de 2min32s50. Algo que pode deixar você até entusiasmado, mas tratou mal quem estava atrás do volante.

Com a suspensão elevada, de maior curso, é impossível não reparar que o Sandero pula e quica mais que o CrossFox quando se depara com algum obstáculo grande. Isso sem falar que os belos bancos de couro têm um assento praticamente plano, e fazem você escorregar no meio das curvas. Agora, junte isso com uma posição de dirigir pouco ergonômica e uma direção sem tanta conectividade. Pronto. Sua vontade de ter um SUV caiu na escala de prioridades e o seu imaginário aventureiro continua pedindo mais.


1º Lugar – VW CrossFox

Antes de começar a ler saiba que ele é caro, mas você vai entender o porquê. O novo CrossFox parte de R$ 57.990, e consegue justificar os R$ 9.350 a mais em relação ao Renault com tecnologia que você não encontra em outros carros, e inclua aí alguns SUVs compactos que fazem sucesso na sua cidade. A exemplo do Sandero, o CrossFox também recebeu a nova identidade da linha, com jeitinho de Golf e uma renovação na linha de exclusividades. Repare bem que você nunca viu essa faixa lateral cinza acompanhando as portas, nem os leds nas lanternas traseiras, tampouco as novas rodas de 16” (opcionais). Seus bancos ganharam uma nova textura e até o volante do GolfHighline surgiu na cabine.

NOVO PADRÃO

Mas tudo isso é mera perfumaria perto do quanto o CrossFoxelevou a referência do quanto um carro aventureiro pode lhe entregar. A versão avaliada é a mais completa e sai por R$ 65.544, mas mesmo na básica você já pode contar com sistemas dinâmicos como o controle de tração que, com o auxílio do ABS, freia a roda que estiver patinando demais, sem deixar você sair do lugar. Isso mantém o carro estabilizado e mesmo que se entre acelerando em uma curva com piso de baixa aderência, leia-se a grama do Intermatas, é possível manter o rumo sem ficar cavocando fundo a terra no mesmo metro quadrado.

Equipado com o controle eletrônico de estabilidade – ESC – (R$ 1.148), ele emprega a inteligência em segurança a uma situação em que você não tem mais 100% do controle. Ao perceber que o carro está escapando de traseira ou de frente ele distribui uma frenagem, independente da sua vontade, e corrige novamente o rumo da tocada. Este componente vem inserido em um pacote junto com as luzes de conversão estática, que iluminam o caminho pelos faróis de neblina de acordo com o lado que você vira o volante. Taí outra inovação que não se encontra em nenhum outro compacto aspirante a aventureiro. Nem nos SUVs compactos. Só de médios para cima.


Equipado com motor 1.6 16V de 120 cv, consegue entregar 16,8 mkgf de torque a 4.000 rpm, mas 85% do total (14,3 mkgf) aparecem a apenas 2.000 rpm. A representação fica mais clara quando você acelera com ele e percebe como o VW ganha velocidade em silêncio, sem incomodar com vibrações. A suspensão é equilibrada como se fosse um membro da família Wallenda, e o acabamento acústico ajudam a exacerbar suas qualidades. Como prova, ele cravou 2min28s63 no teste.

O VW também transmite maior controle ao encarar elevações repentinas e é, de longe, o que menos incomodou os ouvidos de piloto e co-piloto. Ao contrário do que acontece com o Stepway, oCrossFox ganhou 5 cm de altura com relação ao solo sem ceder um palmo de eficiência dinâmica. Mesmo com os controles desligados, você precisa usar o freio de mão para que ele desgarre a traseira (e olha que tem um estepe pendurado ali!) em uma curva ou aderne a carroceria mais do que deveria. É até compreensível que ele não tenha pneus mistos para andar aqui. E para quem ainda não tem certeza de que precisa de um SUV, o CrossFoxsatisfaz. 

http://caranddriverbrasil.uol.com.br/carros/comparativo/fox-sandero-up-e-uno-aventureiros-na-pista/9475#foto=9475-12

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