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domingo, 11 de janeiro de 2015

A3 CABRIO E CAMARO CONVERSÍVEL SE ENCONTRAM PARA UM VOLTINHA NA CIDADE. A dupla reforça o segmento dos sem capota no Brasil. Eles são chamativos e velozes, mas dá para dirigi-los sem medo por aqui?

A3 CABRIO E CAMARO CONVERSÍVEL SE ENCONTRAM PARA UM VOLTINHA NA CIDADE
A dupla reforça o segmento dos sem capota no Brasil. Eles são chamativos e velozes, mas dá para dirigi-los sem medo por aqui?

por LEANDRO ALVARES| LEANDRO ALVARES
CHEVROLET CAMARO A3 CABRIO (FOTO: FABIO ARO)

Se o nicho dos carros conversíveis no Brasil tivesse que representar uma figura de linguagem, esta seria o paradoxo. Esse tipo de veículo não está entre os mais acessíveis financeiramente, encontrá-los nas ruas é tarefa difícil por causa desse “detalhe” e a falta de segurança do país deixa os donos de modelos sem capota um tanto receosos na hora de tomar sol no trânsito. Mesmo assim, a categoria tem crescido ano após ano.

Quem duvida pode tirar a prova em nossa tabela de preços. Há mais de 20 opções de conversíveis na atualidade. Os estilosos Chevrolet Camaro conversível, que custa R$ 245.550, e Audi A3 Cabrio, vendido a R$ 159.800, são os mais novos integrantes da turma, que tem garantida sua ampliação para os próximos anos. No segundo semestre de 2015, o Audi TT Roadster reforçará o time.
CHEVROLET CAMARO (FOTO: FABIO ARO)

Ao optar por um carro conversível, o motorista tem a compreensão de que irá se exibir. E não tem como ser diferente. Afinal, se fosse para dirigir o modelo só com a capota fechada, era melhor escolher outro tipo de automóvel. Mas como ficam o fatores segurança e confiança para situações do dia a dia, como parada em semáforos?

Para chegar a uma resposta, saímos com o Camaro e o A3 conversíveis. Antes mesmo de tirá-los da garagem, o receio de abordagem motivou uma decisão: guardar os objetos pessoais no porta-malas. O primeiro anticlímax da aventura. Carros conversíveis deveriam ser como motocicletas: transmitir a sensação de liberdade e prazer ao sentir o vento batendo no rosto. Mas a realidade é outra – embora não seja por culpa dos automóveis. Eles cumprem bem o que prometem ao se tornar o centro das atenções por onde passam. O A3 Cabrio tem uma pegada mais vaidosa, atraindo muitos olhares femininos por causa de suas linhas delicadas e ausência de detalhes que pudessem deixá-lo invocado, como rodas de liga leve maiores (as de série são de 16 polegadas) e saias laterais. Já o Camaro é despojado, agressivo e badalado por todos os sexos e idades. A criançada o idolatra, as mulheres chegam a assoviar “fiu-fiu”e os homens pedem para pisar fundo no pedal do acelerador para ouvirem o ronco do motor 6.2 V8 de 406 cv.
O AUDI A3 FICA ESTILOSO SEM CAPOTA, MAS PODERIA TER MAIS PINTA DE MALVADO COM A ADOÇÃO DE RODAS MAIORES (FOTO: FABIO ARO)

Seguros, tanto o Audi quanto o Chevrolet contam com reforços estruturais na carroceria para melhorcar a rigidez torcional em curvas. Mas é só um motociclista cruzar o caminho de qualquer um dos dois para a sensação de segurança ser abalada. As pessoas se aproximam, querem acenar e muitas vezes fazer o condutor de entrevistado. A conclusão com base nisso tudo: o Brasil não é um hábitat confiável para conversíveis. Nem adianta sugerir o fechamento da capota em toda parada de semáforo ou qualquer outra condição de exposição. Primeiro: o motorista vai se cansar. Segundo: isso o tornará ainda mais chamativo, pois o processo de abrir ou fechar a peça hipnotiza qualquer um.

Questões culturais e sociais à parte, nossos personagens A3 Cabrio e Camaro têm qualidades que se sobressaem aos eventuais temores de seus proprietários. O Audi, por exemplo, é tão equilibrado que nem parece um conversível. Equipado com motor 1.8 turbo de 180 cv e câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem, ele responde de pronto aos anseios de quem está no seu comando. Outra qualidade do modelo é o equilíbrio das suspensões independentes, que filtram com eficácia as imperfeições do piso sem comprometer o conforto dos passageiros.
PARA ABRIR A CAPOTA DO AUDI É SÓ APERTAR UM BOTÃO NO CONSOLE (FOTO: FABIO ARO)

No Camaro, o aspecto de maior relevância é a força do “vê-oitão”. São 56,7 kgfm conduzidos por uma caixa automática de seis marchas, que faz trocas eficientes sem comprometer a agilidade do conversível. O GM só vacila no excesso de ruído que ecoa na cabine. O do motor, OK, é saudável e precisa, sim, invadir o habitáculo. Mas o som emitido pela banda de rodagem dos pneus incomoda os ocupantes. A falha no isolamento acústico fica ainda mais perceptível com a capota fechada. Ouve-se tudo o que ocorre do lado de fora do carro.

Em ambos os conversíveis, o que poderia ser melhorado é o processo de fechamento da capota de tecido. Com o carro em movimento, a operação só ocorre em velocidade inferior a 30 km/h. Se chover de repente e o motorista estiver em uma via expressa, como ocorreu durante nossas fotos, o condutor passará bons apuros. Chuva e conversíveis não combinam. Mas essa questão é mais simples de ser solucionada em comparação a dirigir ou não um conversível com tranquilidade no país. Infelizmente, ainda não dá para rodar sem receio.

http://revistaautoesporte.globo.com/Analises/noticia/2015/01/a3-cabrio-e-camaro-conversivel-se-encontram-para-um-voltinha-na-cidade.html

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