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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

País da contradição -- de Valdecir dos Santos -- Navirai - MS

País da contradição --

de Valdecir dos Santos -- Navirai - MS

Falta saúde, mas sobram hospitais precários por todos os lados.
Falta educação de qualidade, mas sobram alunos em salas repletas.
Falta honestidade, mas sobram homens corruptos
Falta paz, mas sobram guerra, ódio, violência.

Falta verdade, compromisso, mas sobra corrupção em todos os gêneros
Faltam empregos, mas sobram terra, mão de obra
Falta igualdade social, mas sobram pobreza, miséria, fome
Faltam recursos, mas sobra sonegação de impostos.

Este é o meu País, Brasil da contradição
Este é o meu Brasil, País da contramão

Que mais está faltando?
Vergonha, honra, ética em todos os gêneros
Em todas as profissões, por todos os lados,
Em todos os cantos, da vila, da cidade, do país.

Que mais está sobrando?
Egoísmo, ganância, egocentrismo,
Roubo, assalto aos cofres públicos,
A certeza da impunidade, a certeza da liberdade
A incerteza de um mundo melhor.

Que mais está faltando?
Amor ao próximo, ao irmão, ao necessitado,
Compaixão pelos pobres e menos favorecidos,
Reconhecimento do negro como ser humano,
Direito do índio como brasileiro,
Verdadeira distribuição de rendas
Que muitos produzem e poucos se beneficiam

Que mais está sobrando? Preconceito social, racial,
Desperdício de alimentos, de água
Desmatamento, descuido com o planeta, invasão de privacidade,
terra de ninguém, casa da sogra, do sogro e de quem mais quiser...
Suecos comprando, suíços tentando comprar
A Amazônia, a nossa terra, o pulmão da Terra.
Crianças marginalizadas, sofridas...
Meninos carvoeirinhos, perambulando por aí
Meninas gestantes prematuramente,dizendo, e daí?
Jovens drogados, presas fáceis de ignóbeis traficantes.

Este é o meu País,
Brasil da contradição
Este é o meu Brasil,
País da contramão.

Multidão, multidão, sem rumo, sem direção Favelinhas, favelas, favelões,
Crianças, jovens e adultos
Caminhando sem rumo a lugar nenhum.

No litoral do meu Brasil
Desfiles de iates, senhores feudais
Príncipes e princesas, reis e rainhas, patrícios e patricinhas, burgos e burgueses.
Enquanto isso, no CEASA e FEIRAS da minha nação, brancos, negros, doentes, raquíticos, crianças, jovens, velhinhos, todos cidadãos
Procuram por restos de alimentos, sobra do que sobrou, resto do que restou...
em vão.

Este é o meu País,
Brasil da contradição
Este é o meu Brasil,
País da contramão.

Esta é a minha terra de verdadeiros heróis
Índios, valentes, guerreiros, dizimados aos milhões
Esta é a nossa terra de homens trabalhadores
Do Sul ao Nordeste, Leste a Oeste
O nobre brasileiro, que carrega este Brasil
Nos ombros, nos braços, nos altos impostos...

Este é o meu País que produz inteligência
Que exporta cientistas, professores e doutores
Que é auto suficiente em petróleo e coisas mil
Não pode continuar vivendo de ilusões
Não pode aceitar a tamanha incongruência
Nas intrínsecas entrelinhas deste Gigante País
Brasileiros pensantes,
não hão de viver taciturnos Inertes, temidos, tímidos, calados, presos de alma
Mortos de espírito olhando a Banda Podre passar.

No país da falta e da sobra, só faltam cumprir as leis que já sobram.
 
http://camapuanews.com.br/noticia.php?cod=3986&title=LEIA:-POESIAS-EM-HOMENAGEM-%C0-P%C1TRIA-

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