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domingo, 21 de dezembro de 2014

Obesidade: como a contemporaneidade afeta o peso da população? A nutricionista Daniele Peteres explica o que é a obesidade e suas formas de tratamento.

Obesidade: como a contemporaneidade afeta o peso da população?
A nutricionista Daniele Peteres explica o que é a obesidade e suas formas de tratamento.

A obesidade é uma doença crônica. Devido ao crescente aumento da prevalência e sua associação com diversas condições mórbidas, a obesidade é considerada como um dos grandes problemas de saúde pública.
Essa preocupação também atinge os países em desenvolvimento que experimentam rápidas transformações em seu padrão de crescimento econômico, cultural e demográfico em que incluímos o Brasil.

Nas últimas décadas, alguns estudos que investigam a ocorrência da obesidade na infância e na adolescência se destacaram devido à gravidade da doença na vida adulta. Associada com alterações metabólicas como a dislipidemia, a hipertensão, diabetes melitus tipo 2, doenças cardiovasculares até há alguns anos eram mais evidentes em adultos, porém, hoje, já podem ser observadas frequentemente na faixa etária mais jovem, o que contribui grandemente para o aumento da morbimortalidade.

A Organização Mundial de Saúde divide a obesidade em três níveis, sendo grau I com IMC de 30 a 34,9 Kg/m2, grau II de 35 a 39,9 Kg/m2 e grau III ou obesidade mórbida com IMC acima de 40 Kg/m2.

O aumento da obesidade parece estar associado a uma rede complexa de fatores que se situam em nível da predisposição genética, fatores ambientais, relacionados com o estilo de vida, como os hábitos alimentares inadequados e comportamentos sedentários, além dos fatores sociais e econômicos normalmente associados negativamente a saúde. 

Podemos observar que a globalização da economia e da industrialização vem exercendo um papel importante na influencia alimentar, tudo isso devido à variedade de produtos e serviços distribuídos em todo o mundo, assim como as propagandas publicitárias envolvidas (televisão, rádio, internet, outdoor, entre outros). Com isso, podemos observar claramente uma tendência crescente para o consumo de alimentos de maior concentração energética e, na maioria das vezes, pouco nutricional.

Com a modernização, tudo vem se tornando mais fácil, prático, objetivo, sempre com a intenção de facilitar a vida das pessoas e, com a alimentação, é da mesma forma. A opção por facilidades que poupam tempo de preparo e diminuem a frequência das compras é uma característica típica da população moderna. O slogan é sempre assim: “Tudo para sua praticidade e comodidade no dia a dia”, mas será que essa modernidade toda na alimentação estaria contribuindo para o aumento do índice de obesidade da população?

Quando não tratada a tempo, a obesidade pode aumentar, chegando a ser diagnosticada como “obesidade mórbida”. 

De acordo com o Relatório de Consenso dos institutos nacionais de saúde, a obesidade mórbida é uma doença multifatorial crônica, geneticamente relacionada com o aumento significante de comorbidades clínicas, psicológicas, sociais, físicas e econômicas, o que significa que seus sintomas desenvolvem-se lentamente durante um longo período de tempo. 

"...a obesidade mórbida é uma doença multifatorial crônica, geneticamente relacionada com o aumento significante de comorbidades clínicas, psicológicas, sociais, físicas e econômicas..."

Estudos mostram que a obesidade pode comprometer a fertilidade de homens e mulheres. Entre os homens com IMC superior a 25, a redução na concentração de espermatozoides no sêmen é de 24% e entre as mulheres com IMC superior a 25, a redução na taxa de gravidez é de 30%. 

A obesidade decorrente de doenças endócrinas podem ser tratadas clinicamente, em nível ambulatorial, sendo tratado preferencialmente por uma equipe multidisciplinar. Contudo, em outros casos mais graves, quando bem diagnosticado e associado a doenças crônicas que põem em risco a vida do indivíduo, pode ser indicado um tratamento à base de remédios (inibidores de apetite, entre outros) e, até mesmo, cirúrgico. 

Em alguns casos, os inibidores de apetite não trazem os resultados esperados, pois o grau da obesidade já está muito grande e, sendo assim, o tratamento cirúrgico é o mais indicado. 

Segundo Dr. Carlos Roberto Puglia, as indicações para o tratamento operatório da obesidade, de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, são as seguintes: 

I) Portadores de obesidade mórbida com IMC maior ou igual a 40 Kg/m2 

Registrado durante pelo menos dois anos. Devem apresentar insucesso em tratamentos conservadores realizados continuamente de maneira séria e correta, também pelo período mínimo de dois anos.

Pacientes com IMC de 35 a 39,9 Kg/m2 portadores de doenças crônicas desencadeadas ou agravadas pela obesidade.

Contudo, é preciso muito cuidado ao decidir por fazer a cirurgia bariátrica, Deve-se procurar vários profissionais de confiança, ouvir suas opiniões e também de pacientes que já realizaram esse procedimento cirúrgico. É um procedimento invasivo que, apesar dos seus benefícios, se não for feito por um profissional competente pode pôr vidas em risco. 

O ideal é, no caso de já instalada a obesidade, procurar uma equipe multidisciplinar (médico especialista ou endocrinologista e um nutricionista) para fazer uma avaliação e orientar qual o melhor tratamento para o caso. 

O papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-doença-cuidado e da sua determinação.

http://www.isaudebahia.com.br/noticias/detalhe/noticia/obesidade-como-a-contemporaneidade-afeta-o-peso-da-populacao/

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