Por Lilian Aguiar
Em primeiro de outubro de 1949 foi
proclamada a República Popular da China, resultado de sucessivos anos de
embates entre o campesinato e o Partido Kuomitang, de Chiang Kai-shek.
Apesar de antigos desacordos, Mao Tsé-tung, então chefe supremo,
procurou construir o socialismo chinês, seguindo o modelo soviético.
Chiang kai-shek fugiu para Formosa, atual Taiwan, onde, com o apoio dos
Estados Unidos, fundou a China Nacionalista. Em 1952, a reforma agrária
foi concluída de uma forma geral em grande parte do país. Nesse ano,
tanto a produção industrial quanto a produção agrícola superaram o
limite de produção dos melhores anos que antecederam a guerra com o
Japão. Na política externa, a China ocupou o Tibet.
No final dos anos cinquenta, o governo
anunciou uma nova política econômica chamada Grande Salto em Frente, que
consistia no aumento da produção industrial e agrícola, num curto
espaço de tempo. O resultado foi desastroso, através da queda acelerada
da produção agrícola e das matérias-primas para a indústria. A falta de
alimentos fez com que a população passasse por extrema dificuldade.
Diante da gravidade da situação, milhões de chineses que moravam nas
cidades foram enviados para o campo.
Em 1960, a China cortou relações com a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), dividindo o
movimento comunista internacional. No ano de 1962, eclodiu o conflito
entre China e Índia, com uma vertiginosa vitória chinesa. Em 1966, teve
início um dos acontecimentos mais significativos da história socialista,
a chamada grande revolução cultural proletária. Apoiado pela juventude
chinesa, que o idolatrava como um deus, Mao Tsé-tung procurou fazer uma
verdadeira revolução ideológica, econômica e cultural. Essa revolução
estava designada a agitar todas as estruturas, visando a extinguir as
arcaicas relações sociais e fazer com que nascessem novas relações
sociais. Durante esse período, Mao dirigiu de forma ditatorial a cúpula
do Partido Comunista, PC, afastando seus oponentes, acusando-os de
pertencer à burguesia.
A partir do ano de 1969, o grande líder
da China comunista passou a empregar uma política mais conciliadora,
reestabelecendo contatos com o Ocidente. Em 1971, a China foi aceita na
Organização das Nações Unidas (ONU). Após a morte de Mao Tsé-tung, em
1976, Deng Xiaoping deu início a uma abertura econômica permitindo
investimentos estrangeiros incentivando a competição, o lucro e até
mesmo o consumismo. Nesse sentido não ocorreu uma abertura política
baseada nos princípios democráticos. Um exemplo evidente dessa falta de
abertura política foi o massacre dos estudantes na Praça da Paz
Celestial em 1989. Atualmente, a China atravessa uma fase de grandioso
progresso material.
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/o-comunismo-na-china.htm
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