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sábado, 29 de agosto de 2015

POEMA: Pátria Amada...

Pátria Amada...


Dívida interna, 
dívida externa, dúvida eterna...
A improdutiva agiotagem 
sangrando a produção.
A produção como mero negócio, 
distante do abastecimento.
A produção a sustentar 
os bancos e o estado.
O estado que perdeu sua função social, 
que voltou-se para o próprio umbigo.
O estado que tem zelo com a receita, 
que vive a cobrar os deveres do cidadão.
O estado que brinca com a despesa, 
que é parcimonioso com os direitos do cidadão.
O estado que tudo privatiza, 
mas que cobra custo cada vez maior 
por seus não-serviços.
O governo de economia de mercado 
que cria grandes oligopólios 
nos serviços públicos.
Uma pseudodemocracia, 
onde a falta de educação cidadã 
curva-se ao marketing político.
Homens sem sentido público, 
oportunistas estruturais, 
assaltantes do erário público.
Locupletadores ,corruptos; 
transformam em renda particular 
os recursos da sociedade.
Infância perdida, 
a educação de faz-de-conta, 
o sustento dos números estatísticos.
Os professores transformados 
em massa de manobra, 
em fantoches ocasionais.
População doente, 
a assistência à saúde visando lucro, 
os interesses dos laboratórios.
Os consumidores escravos 
de suas doenças, 
a espoliação dos debilitados.
Saúde restrita e remédios caros. 
Muitas taxas e contribuições, 
reduzidos serviços.
Previdência, tão bem lembrada 
na hora de ser paga!
Elevada ao status de benfeitora
ao pagar aquilo que é mera obrigação.
Segurança insegura, 
polícia enfraquecida 
para compensar a inoperância social.
Vidas sacrificadas, 
homens despreparados, 
a força do crime organizado.
O cidadão honesto 
é transformado em refém do crime.
A sustentação de uma legislação pró-marginal,
O sistema carcerário que nada corrige, 
fonte de “bons negócios”.
União de alto custo com inoperância, 
a maximização do fracasso.
Justiça, base da civilização, 
pervertida em parcialidade 
e sentenças absurdas.
Pais dos recursos processuais, 
com imoralidades 
sendo legitimadas pela “legalidade”.
A punibilidade às avessas; 
disse um poeta : 
“os assassinos estão livres, 
nós não estamos”.
A descrença na lei, 
a doença que costuma debilitar 
as instituições democráticas.
Descaso ambiental, 
o extrativismo alucinado, 
florestas são apenas 
metros cúbicos de madeira,
Toda a riqueza mineral do solo 
sendo “exportada”, 
beneficiando a poucos e não o país.
Poderosas máquinas, 
alta produtividade,
muitos dólares, 
tudo por grandes negócios.
Tudo é vendável, 
todos os recursos naturais 
transformados em bugigangas.
O assistencialismo que deveria ser urgencial
transformado em perene meio de vida 
dos que deveriam assistir,
enquanto é mantida 
a miserabilidade dos assistidos.
A ética, pobre entidade impalpável, 
direcionada conforme os interesses vigentes,
com os seus destratores 
manipulando-a 
quando defendem-se dos seus crimes.
É o anti-ético que defende-se pela ética, 
é o criminoso que protege-se na justiça.
País da infância perdida, 
das mães-crianças, 
da sensualização prematura,
Da deseducação sexual, 
somada à programação pró-sexo 
dos meios de comunicação.
Fosse pesadelo seria terrível, 
fosse realidade seria aberração.
Mas por que perder tempo com tudo isto?
Louvemos os governantes 
criadores de pechinchas,
Os traiçoeiros vendedores 
daqueles que os elegeram,
por uma quantia módica. 
Chamemos algum “falso profeta” 
para dar uma bênção.
Que chorem em silêncio 
aqueles que emocionam-se 
com flâmula verde-amarela.
Que Deus realmente 
tenha olhos para o Brasil.
Que seja Ele o Deus 
de amor do Cristo.
Que seja Ele 
também o de Moisés,
fazendo justiça divina 
onde existe tamanho descuido 
pela justiça dos homens,
pois somente a crença no Divino pode 
consolar tamanha falência humana.

http://uneversos.com/poesias/47973

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