A maioria dos sinais que conhecemos apareceram na Europa entre os séculos XIV e XVII. "Eles nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos textos", afirma o linguista Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin, da USP. O período em que as primeiras vírgulas, pontos de interrogação e dois pontos surgiram coincide com o momento em que o hábito de ler, praticamente restrito aos monges na Idade Média, crescia com o surgimento da impressão tipográfica. O grande ancestral da pontuação, porém, apareceu bem antes disso. O ponto já era usado no antigo Egito em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática - espécie de letra de fôrma que simplificava os complexos hieróglifos. À medida que os jovens ficavam mais fluentes na leitura, os pontos eram retirados.
Os usos e funções dos sinais de pontuação também variaram muito ao longo dos séculos. "O ponto, por exemplo, nem sempre marcou a conclusão de uma ‘idéia completa’. Na Idade Média, ele era inserido antes do nome do herói ou de um personagem importante da narrativa, por questões de respeito ou só para que seu nome fosse enfatizado", diz a lingüista Ana Cristina de Aguiar, que desenvolve doutorado sobre essa questão na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Ponto a ponto
A maioria dos sinais de pontuação surgiu após a Idade Média
Sinal - Ponto final (.)
Quando surgiu - 3000 a.C.
Sinal - Interrogação (?) / Exclamação (!)
Quando surgiu - Século XIV
Sinal - Vírgula (,) / Ponto e vírgula (;)
Quando surgiu - Século XV
Sinal - Dois pontos (:)
Quando surgiu - Século XVI
Sinal - Aspas ("")
Quando surgiu - Século XVII
Fonte: Revista Mundo Estranho
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