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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Havia casamento gay no primeiro século da Igreja Cristã?



Os soldados Sergius (São Sérgio) e Bacchus (São Baco), cujas biografias foram interpretadas por John Boswell como exemplo de “casamento” entre dois homens


O casamento entre pessoas do mesmo sexo sugere ser algo ultramoderno, mas indícios podem – ou não – apontar para a existência desse tipo de união já no primeiro século do cristianismo.


O historiador John Boswell, da renomada Yale University (EUA), descobriu registros documentais de que durante o declínio de Roma a nova igreja cristã já celebrava uniões entre pessoas do mesmo sexo. 


O historiador argumentou que a Igreja Católica tratou de encobrir ou mesmo omitir tais vestígios e que mesmo para os próprios pesquisadores a identificação dos indícios de tais uniões não é vidente, pois os documentos costumavam fazer alusões em termos não explícitos sobre o caráter do vínculo entre os eventuais noivos, pois frequentemente os documentos referem-se a uniões como “irmãos” entre os parceiros de mesmo sexo. Outro complicador é a ideia de que a noção de casamento varia conforme o tempo e que naquele contexto implicava numa união que poderia ser não-sexual, pois não tinha a procriação como um de seus propósitos – o casamento com propósito de procriação foi definido oficialmente pela Igreja Católica no século XIII.


Boswell admitiu que a instituição da união não-sexual que tinha como fundamento a partilha patrimonial não implicaria numa conclusão automática de que havia a regulamentação do casamento gay em Roma, porém ele apostou na ideia de que isso não excluiria essa possibilidade e que em diversos casos os casais homossexuais tenham dado efeito a uma união marital de fato.


John Boswell explorou esta tese e aprofundamentos sobre as eventuais uniões homossexuais nos primórdios do cristianismo em seu livro “Same-Sex Unions in Premodern Europe”, publicado inicialmente no ano de sua morte em 1994 (Boswell morreu de complicações acentuadas pela AIDS).


As metodologias e as conclusões de Boswell foram contestadas por muitos historiadores e várias críticas também apontavam para o viés ideológico contido nas pesquisas do autor, que era um intelectual militante das causas homossexuais.


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