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domingo, 4 de maio de 2014

Dormir demais pode prejudicar a memória ao longo da vida.


Um novo estudo, liderado pelo Hospital Brigham and Women e publicado no The Journal of the American Geriatrics Society, mostra uma associação entre a meia-idade e o ato de dormir com a memória, relacionando sonos de durações extremas ao decréscimo da capacidade de se recordar à medida que envelhecemos.

A investigação, realizada por Elizabeth Devore, descobriu que as mulheres de meia-idade e de idades avançadas que dormiam cinco ou menos horas, ou nove ou mais horas diariamente, apresentaram uma memória pior em comparação com aquelas que dormiam sete horas por dia. As participantes cuja duração do sono sofria uma alteração em mais de duas horas por dia ao longo do tempo tinham uma memória pior do que aquelas que não apresentaram variação.



As voluntárias eram enfermeiras, com idades entre 70 anos ou mais, e estavam livres de acidente vascular cerebral e depressão na avaliação cognitiva inicial.

— Dada a importância da preservação da memória na vida adulta, é fundamental identificar os fatores de alteração, como os hábitos de sono, que podem ajudar a alcançar este objetivo. Nossos resultados sugerem que a obtenção de uma quantidade" média "de sono, sete horas por dia, pode ajudar a manter a memória futuramente e que as intervenções clínicas baseadas em terapia do sono devem ser examinados para a prevenção da disfunção cognitiva— afirma Elizabeth.

Especificamente, a equipe relatou que:

- Durações de sono extremas podem prejudicar a memória em idades mais avançadas, independentemente se ocorrem na meia-idade ou mais tarde na vida

- Mudanças maiores na duração do sono parecem influenciar negativamente a memória em adultos mais velhos

- Mulheres com durações de sono que mudaram por duas ou mais horas por dia a partir da meia-idade tiveram um pior desempenho em testes de memória do que aquelas sem nenhuma alteração.

— Estas descobertas acrescentam ao nosso conhecimento sobre como o sono impacta a memória. Mais pesquisas são necessárias para confirmar estes resultados e explorar possíveis mecanismos por trás dessa relação— destaca a autora.

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