A VALORIZAÇÃO DE SI MESMO E DO OUTRO
Diná Raquel D. da Costa
Manhê! Já cheguei. Entre comigo, Bruno!
- Oi, filho, quem está com você?
André é um bonito menino de dez anos, de pele negra, olhos
grandes e redondos como jabuticabas maduras, ele está na terceira série.
Seus pais sempre o ensinaram a respeitar todas as pessoas e amá-las como elas são.
Bruno é seu colega de classe. Sua família está passando por momentos difíceis com os pais desempregados e sem meios de colocar o pão na mesa diariamente. Vieram da Argentina para o Brasil, em busca de uma vida melhor e como acabaram de chegar ainda não conseguiram trabalho.
André logo que o viu, simpatizou com este menino tão diferente dele, de pele clara, rosto sorridente e olhos castanhos profundos e tristes. Sabendo da situação do colega, levou-o para a sua casa a fim de ser um amigo que partilha, que é solidário, que está disposto a ajudar.
Dona Célia vendo a intenção do filho, ficou feliz, pois percebeu que aqueles ensinamentos passados em casa e na religião da família, estavam sendo colocados em prática. Desta forma ela percebeu que seu filho realmente entendeu o que é o amor, amor por si mesmo que se desenvolve sob a forma de amor ao próximo, independente da cultura, da etnia, do modo de ser ou de acreditar, que esse outro tenha.
E você, que está ouvindo ou lendo está história, como você ama a si mesmo e ao seu próximo?
A valorização de si mesmo e do outro passa pelo sentimento de amor e amizade ao próximo, ensinado em muitas religiões.
Devemos valorizar a nossa cultura, nossa tradição e religião, mas também devemos conhecer e respeitar a cultura e a religião dos outros.
A convivência harmoniosa com os outros se constrói a partir de atitudes de respeito às diferenças e aceitação do outro.
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