A popularidade dos alimentos orgânicos e naturais segue aumentando. A indústria de alimentos orgânicos representa pouco mais de 2% das vendas de alimentos e cresce 20% ao ano.
Para que um alimento obtenha a denominação orgânico, 95% ou mais de seus ingredientes devem ser orgânicos e deve ser produzido em campos que utilizem recursos renováveis e conservem o solo e a água melhorando a qualidade ambiental. Os outros 5% dos ingredientes devem ser substâncias não agrícolas de uma lista autorizada que não estão disponíveis na forma orgânica.
A carne, as carnes de aves, os ovos e os produtos lácteos com selo de orgânico são produzidos de animais criados sem antibióticos nem hormônios de crescimento e alimentados com rações 100% orgânicas. O leite orgânico é um dos alimentos orgânicos mais populares entre os consumidores.
As frutas e verduras são cultivadas sem pesticidas convencionais e sem fertilizantes a base de petróleo. É necessário que o terreno em que se cultiva os produtos orgânicos esteja livre de pesticidas e herbicidas durante 3 anos antes de colher algum cultivo. Além do mais, não se pode utilizar bioengenharia nem modificação genética nem radiações ionizantes na produção do alimento.
Os produtos etiquetados com o “feito com ingredientes orgânicos” devem conter ao menos 70% dos ingredientes orgânicos, mas não podem utilizar o selo de orgânico. Os produtos processados que contenham ao menos 70% dos nutrientes orgânicos podem mostrar estes ingredientes como orgânicos, mas o produto não se pode etiquetar como orgânico.
Os alimentos orgânicos são mais saudáveis?
Em relação a promoção da agricultura orgânica como agricultura sustentável do ponto de vista meio ambiental, é mais saudável. Mas não há dados conclusivos que os alimentos orgânicos sejam mais nutritivos ou tenham uma maior concentração de nutrientes que os alimentos cultivados da forma convencional, exceto talvez no que se refira a vitamina C, que pode estar em maior quantidade na verduras de folha e nas batatas cultivadas organicamente.
Um estudo que comparou framboesas, morangos e milhos cultivados organicamente e convencionalmente mostrou quantidades estatisticamente maiores de compostos fenólicos (fitonutrientes com capacidade antioxidante) nos produtos produzidos organicamente.
Um estudo com crianças que consumiam alimentos orgânicos mostrou que, após comer estes durante 5 dias, a concentração urinária de metabolitos de pesticidas organofosforados diminuiu à concentrações indetectáveis. Como afirmaram os autores, o consumo de alimentos orgânicos reduziu claramente a exposição das crianças a pesticidas que podem estar associados a cânceres.
Referência:
MAHAN, L. Kathleen e Strump Escott Sylvia. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12. ed. São Paulo: editora Elsevier, 2010. 1358p. ISBN:9788535229844.
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