IMPOSTÔMETRO:


Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM

Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM
SOMENTE CLICAR NO BANNER --

ANÚNCIO:

ANÚNCIO:

sábado, 1 de novembro de 2014

Mulheres catarinenses participam menos no orçamento doméstico que na média nacional, revela IBGE


Em SC, elas contribuem com 38,4% dos ganhos da casa, enquanto no país participação fica em 40,9%
Milena Lumini



As mulheres catarinenses estão entre as que menos contribuem com a renda da casa no país. Os ganhos delas corresponde a 38,4% do total na família, um número abaixo da média brasileira, que é de 40,9%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo estudo Estatísticas de Gênero do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base no Censo Demográfico de 2010. 

As catarinenses também são consideradas as chefes de família em apenas 32,9% dos lares, enquanto no país, esse número é de 38,7%. Apesar de a contribuição delas para a renda familiar estar abaixo da média nacional, essa participação das mulheres já foi menor: em 2000, elas eram responsáveis por 30,3% do rendimento familiar, enquanto no Brasil este índice era de 33%. 

Um crescimento maior foi registrado no número de mulheres consideradas as responsáveis pelo domicílio. Em 2010, a taxa de chefes de família do sexo femino era de 32,9%, mas 10 anos antes elas respondiam por apenas 16,1% dos lares. No Brasil, este número passou de 22,2% em 2000 para 37,3% em 2010. 

Importância na renda cresce no Nordeste 

No Brasil, a mulher contribui com 40,9% para a renda familiar, enquanto entre os homens, essa contribuição é de 59,1%. No país, quanto maior a renda, menor a participação feminina na casa. 

Entre os mais pobres (até meio salário mínimo per capita), essa participação foi de 45%. Já entre aqueles que ganhavam mais de dois salários mínimos per capita, a contribuição foi de 39,1%. 
Entre as mulheres de áreas rurais, a participação feminina no rendimento da família é ligeiramente maior – 42,4%. O estudo do IBGE mostra que, na maioria dos Estados do Nordeste, a contribuição feminina era maior do que a dos homens. 

Quando o responsável pela família era branco, a parcela da contribuição feminina correspondia a 39,7%. Se o chefe da família era negro ou pardo, a contribuição da mulher foi maior: 42%. 

Nas famílias formadas por casais com filhos, a participação feminina também foi menor (31,7%) do que nas famílias monoparentais (70,8%). 

Além da queda na taxa de analfabetismo, mulheres se educaram mais e são maioria no ensino superior. Ainda assim, isso não eliminou a desigualdade de emprego e renda. 

Número de filhos interfere em resultado 

A coordenadora de população e indicadores sociais do IBGE, Barbara Cobo, avalia que os indicadores melhoraram de forma geral, mas ainda existe diferenças grandes. Embora elas sejam maioria entre os universitários, isso não se refletiu na diminuição da desigualdade no mercado de trabalho. Uma das razões que pode contribuir é a responsabilidade das mães com os filhos. 

– A pesquisa mostra que os encargos em termos de cuidados dos membros da família ainda são substancialmente de responsabilidade da mulher – diz a coordenadora. 

A pesquisa mostra que o número de filhos interfere no nível de ocupação das mulheres. Em Santa Catarina, entre as que têm apenas um filho, a taxa de ocupação é de 70%, com dois filhos o número cai para 64,4% e com três, 45,4%.

A diferença é ainda mais evidente quando observadas as mães com filhos de 0 a 3 anos que frequentam a creche. Entre as mulheres que não têm nenhum filho na creche, a o nível de ocupação é de 55,1%. Quando as mães possuem todos os filhos na creche, a ocupação sobe para 81,9%. 



DIÁRIO CATARINENSE

Nenhum comentário:

Postar um comentário