Os responsáveis pelo assassinato de Alexandre Vieira, 32 anos, em Joinville, ainda não têm rostos conhecidos pela polícia nem por parentes da vítima. Mas quem conviveu com ele nos últimos anos não têm dúvidas de que a morte trágica veio de carona com as drogas.
Alexandre morreu após receber cerca de 30 golpes de faca durante a madrugada de sexta-feira, no terreno de casa, no bairro Jardim Iririú. Familiares só encontraram o corpo pela manhã. Ele morava em um quarto separado, nos fundos da residência, na rua Professor Alfredo Moreira.
Vizinhos contaram à polícia que ouviram uma movimentação durante a noite. A família de Alexandre também estranhou o barulho de pessoas correndo no terreno. Só que ninguém verificou a correria porque o vaivém de desconhecidos, dizem moradores da casa à frente, era comum no quarto de Alexandre.
Segundo o pintor Jair Elias de Oliveira, 36 anos, tio da vítima, todos na família temiam pela vida do sobrinho. Usuário de drogas, nos últimos anos Alexandre teve problemas com a polícia e teria sido ameaçado por pessoas do tráfico. Até os familiares, conta Jair, tinham dificuldades de lidar com ele.
— O que aconteceu já estava praticamente escrito. Todo mundo sabia que isto poderia acontecer — lamenta Jair.
Irmãs e tias de Alexandre não contiveram as lágrimas enquanto policiais e peritos mantinham preservada a cena do crime. Os dois filhos dele, de 13 e sete anos, só foram avisados quando o corpo foi levado ao IML. Alexandre era separado e não tinha emprego formal. De vez em quando, diz o tio, ele fazia bicos para arrumar dinheiro.
Até o fechamento desta edição, a polícia não tinha suspeitas confirmadas sobre a autoria do homicídio. Parentes devem prestar depoimento na próxima semana.
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