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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

'Minha vida profissional desmoronou após eu pedir demissão em um momento de raiva'

Minha vida profissional desmoronou após eu pedir demissão em um momento de raiva'




Escreve um ouvinte: "Ouvi tardiamente um conselho seu para não pedir demissão em um momento de raiva ou frustração, sem ter outro emprego em vista. Foi exatamente o que fiz há três anos. E de lá para cá, a minha vida profissional desmoronou. Passei por várias empresas sem expressão e por várias funções abaixo da minha capacidade. E mesmo assim, me encontro desempregado no momento, com dívidas e com filhos pequenos para sustentar. O que devo fazer? Continuar aceitando qualquer coisa só para conseguir ir levando ou existe outra saída?"

Eu sinto acrescentar mais um componente indesejável à sua lista: o mercado de trabalho está bem devagar em termos de novas contratações. É uma pena que você esteja mais necessitado no momento em que o mercado está retraído. E imagino que você esteja fazendo tudo o que a cartilha do desempregado manda: contatos com antigos colegas, participação em redes profissionais, envio de currículos, inscrição em sites de empregos. 

De tudo isso, os contatos são a sua melhor opção. Quando poucas vagas aparecem, todas elas acabam sendo preenchidas por indicação direta. Por isso, não se envergonhe em escrever para pessoas que trabalharam com você há anos e das quais você nem se lembra direito.

Sugiro também que você preste serviço a ONGs sem remuneração, apenas para se manter ativo e fazer novos contatos. E se você não considerou ainda prestar um concurso público, considere.

Ninguém fica desempregado para sempre. E você também não ficará, se não se deixar abater por esse momento ruim, porém, passageiro.

Max Gehringer, para CBN.

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