'Devo deixar o cargo de chefia em uma grande empresa para fazer um mestrado?'
Um ouvinte escreve: "Tenho um cargo de chefia em uma grande empresa. Ganho relativamente bem e quero fazer um mestrado como parte do meu plano de desenvolvimento pessoal. Tenho reservas financeiras suficientes e penso em sair do emprego para me dedicar ao curso de mestrado. Estou sendo precipitado?"
Bom, não sei se "precipitado" seria o termo correto. Precipitar-se é fazer algo que não precisaria ser feito ou que poderia ser feito mais adiante com riscos e prejuízos menores.
Se você tem certeza de que, ao concluir o mestrado, o seu retorno ao mercado de trabalho seria não apenas fácil, mas também com um salário bem maior do que você teria daqui a dois anos caso não fizesse o mestrado, então não há dúvidas de que você deve deixar o emprego e fazê-lo.
Pessoalmente, eu tenho muitas dúvidas quanto às duas premissas. Não creio que o seu retorno será tranquilo após passar dois anos longe do mercado e tampouco creio que o diploma do mestrado lhe permitirá conseguir uma vaga muito melhor do que aquela que você tem agora.
O ideal seria você fazer o mestrado sem deixar o emprego. Caso isso não seja possível, porque o horário do curso de mestrado coincide com o do seu expediente, considere então fazer um MBA, que é oferecido no período noturno por várias instituições respeitáveis de ensino.
Para uma empresa, um MBA soa até melhor do que um mestrado, que possui uma conotação mais acadêmica. A questão, portanto, não é tanto de precipitação, mas da escolha mais adequada para o desenvolvimento da sua carreira.
Max Gehringer, para CBN.
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