O sedentarismo atinge 80% da população brasileira, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Recentemente, um estudo indicou que a não prática de atividades físicas é a segunda maior causa de morte no mundo, perde apenas para a hipertensão. Isso, conforme diz o médico do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), Victor Matsudo.
No mesmo sentido, uma pesquisa do Ministério da Saúde aponta que menos da metade da população pratica alguma atividade física, número esse abaixo do esperado por especialistas. Pelo estudo, pessoas com mais de 12 anos de estudo que praticam algum tipo de atividade física nos tempos livres, representam 45% da população. Ao reduzir os anos de estudo para 8, a porcentagem cai para 21%.
Segundo especialistas, a atividade física é tão importante quanto a alimentação saudável para aumentar o índice de qualidade de vida da população. As duas medidas, aliadas, promovem o fortalecimento dos músculos e dos ossos. Também combate doenças cardiovasculares e diminui casos de acidente vascular cerebral, artrites e quedas.
Entre os inúmeros benefícios está a queima de calorias, que contribui para evitar a obesidade e manter ou reduzir o peso. Além disso, contribui para a circulação colateral; o tamanho dos vasos (luz); a eficiência cardíaca; o retorno venoso; o conteúdo de oxigênio no sangue; a massa de eritrócitos; o volume sanguíneo; a capacidade fibrinolítica; a melhora da função tireoidiana e a produção de hormônio do crescimento (HGH).
No entanto, mesmo sem restrição para iniciar a prática, é importante que as atividades sejam realizadas com a supervisão de um profissional especializado, para que seja feita uma adaptação ao ritmo da pessoa, sem exageros. Dessa forma, serão obtidos todos os benefícios, sem trazer nenhum risco à saúde.
Combate
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informa que os munícipios devem se atentar para promover campanhas educativas e promocionais de combate ao sedentarismo que cheguem a população. Uma vez que boa parte do grupos de hipertensos e diabéticos não praticam nenhum exercícios e são acompanhados nas unidades básicas de saúde, a área técnica de Saúde da Confederação aconselha que as prefeituras a desenvolverem ações voltadas a participação na ações coletivas. Como por exemplo: caminhadas em grupo; exercícios físicos praticados em centros ou academias públicas com orientação de profissional e palestras em escolas sobre o tema são medidas que contribuem para a redução do sedentarismo.
De acordo com o alerta da CNM, o combate ao sedentarismo por meio dessas ações contribuem para a redução do gasto na atenção hospitalar, pois com o controle das doenças associadas diminui as internações decorrentes da obesidade, um mal do sedentarismo.
Fonte: CNM
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