A
Intolerância Hereditária à Frutose (IHF), ou frutosemia, trata-se de uma
desordem genética, caracterizada pelo erro inato do metabolismo da frutose, em
decorrência da deficiência da enzima aldolase B. É apresentada bioquimicamente
pelo acúmulo de frutose e frutose-1-fosfato nos tecidos e fluidos biológicos
dos pacientes afetados.
A
frutose é um importante carboidrato da dieta encontrado principalmente em
frutas e vegetais. Além de ser encontrada sob forma isolada na natureza, também
é fruto da digestão do dissacarídeo sacarose. Os vegetais podem conter de 1% a
2% de seu peso na forma de frutose livre e mais 3% de frutose sob a forma de
sacarose. O mel fornece a maior concentração de frutose, sendo considerado um
adoçante natural. A frutose pode ainda ser produzida a partir do sorbitol, que
está presente em várias plantas, em particular na família das Rosáceas (maçãs,
peras, cerejas, ameixas e damascos). Outras fontes de sorbitol são doces, balas
de menta, goma de mascar, alimentos e sucos dietéticos.
Os
portadores da IHF não apresentam sintomas até ingerirem alimentos que contenham
frutose, sacarose e sorbitol. As manifestações clínicas incluem dor abdominal,
vômitos, diarreia, febre, hipoglicemia acompanhada de sudorese, tremores,
palidez, acidose metabólica, insuficiência renal crônica, icterícia, doença
hepática, hepatoesplenomegalia e convulsões.
O
quadro pode evoluir para apatia, crises convulsivas e até coma, caso o
diagnóstico seja tardio. O diagnóstico de IHF é feito principalmente pela
quantificação de frutose e frutose-1-fosfato no soro e na urina de pacientes
afetados por esta doença.
A
orientação do paciente com IHF deve focar na exclusão de alimentos e
preparações culinárias que contenham frutose, sacarose ou sorbitol em sua
composição. Além disso, deve-se orientar o paciente a sempre observar na
rotulagem dos produtos se há, na composição, algumas dessas substâncias.
As informações contidas neste blog,
não devem ser substituídas por atendimento presencial aos profissionais da área
de saúde, como médicos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos e etc. e
sim, utilizadas única e exclusivamente, para seu conhecimento.
Referência
Bibliográfica:
Frutosemia. Manual de
orientação de cardápios especiais. Governo do Estado de São Paulo, 2015.
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