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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Veja maneiras de economizar na conta de luz



Não está fácil para ninguém. As contas de luz estão subindo mais de 20% em média no país e a época é de economizar como nunca. Confira as melhores formas de cortar o consumo da sua energia elétrica


DESLIGUE TUDO DA TOMADA
Televisões, DVDs, computadores, microondas e muitos outros aparelhos consomem uma quantidade considerável de energia enquanto ainda estão ligados na tomada em modo standby. Se você sair de viagem no fim de semana ou simplesmente for passar o dia fora, é interessante tirar tudo da tomada - menos a geladeira, claro.


USE LÂMPADAS ECONÔMICAS
Usar lâmpadas mais econômicas e ecologicamente corretas pode ajudar a economizar muita energia no acumulado do ano.


SAIBA QUANTO GASTAM SEUS ELETRODOMÉSTICOS
Ter eletrodomésticos sem saber quanto eles gastam é um tiro no escuro. É importante ter a exata medida do impacto que um novo aparelho terá na sua conta de luz.


FAÇA ISOLAMENTO TÉRMICO NA SUA CASA
Ao instalar isolantes térmicos em casa, você evita gastar energia com aquecimento ou ar-condicionado frio.


INSTALE GERADORES DE ENERGIA SOLAR, SE POSSÍVEL
Não há dúvida de que são caros, mas instalar placas de energia solar em casa pode resultar em economia no longo prazo.


TROQUE DE GELADEIRA
Se a sua geladeira é antiga, pode compensar trocar por uma nova com maior eficiência energética.


TOME BANHOS MAIS RÁPIDOS
Esta vale tanto para crise energética quanto hídrica: tomar banhos mais rápidos vai fazer com que a conta de luz fique menos alta. E além disso você ainda contribui para não agravar a situação dos reservatórios de água.


PENDURE A ROUPA LAVADA AO INVÉS DE USAR UMA MÁQUINA SECADORA
Além de economizar luz, pendurar a roupa ao invés de usar uma secadora de roupa vai evitar que a roupa se desgaste ainda mais após a lavagem.


TENHA O HÁBITO DE APAGAR AS LUZES
Lembre-se sempre de apagar a luz ao sair de um ambiente. Por mais óbvio que possa parecer, há muita gente que esquece de fazer isso.


FECHE CORTINAS E JANELAS
O hábito vai manter a temperatura ambiente, seja calor ou frio, evitando a necessidade de usar ar-condicionado.


VEDE BEM PORTAS E JANELAS
Manter portas e janelas bem vedadas evita o gasto com ar-condicionado, já que impede a entrada do ar exterior.


Fonte: MSN

Sabia que espremer as espinhas do rosto pode matar você?

Todo mundo sabe o quanto é difícil resistir à tentação de espremer aquelas espinhas malditas que teimam em aparecer no nosso rosto. E todo mundo já ouviu que devemos deixar as danadas de lado, já que cutucá-las pode piorar o problema e ainda dar origem a cicatrizes. No entanto, você sabia que mexer nas espinhas da face pode ser extremamente perigoso?


De acordo com Sarah Young, do portal Independent, quem faz o alerta sobre os riscos de espremer espinhas do rosto — especialmente as que aparecem em uma região conhecida como “triângulo perigoso” — são os dermatologistas e, segundo eles, embora seja bastante raro, não resistir à tentação pode inclusive levar à morte.


Resista
O triângulo perigoso, caso você nunca tenha ouvido falar, é uma área do rosto que vai da ponte do nariz até os cantos da boca — conforme você pode ver na imagem abaixo —, incluindo parte dos olhos e o lábio superior. O problema é que essa região é bem vascularizada e conta com diversos vasos que se comunicam com a cavidade craniana.


Acontece que, quando esprememos espinhas que aparecem nessa região, abrimos caminho para que possíveis infecções aconteçam — e sejam transportadas diretamente até o cérebro pela corrente sanguínea.


Assim, em determinadas situações (bem raras, mas não impossíveis!), o simples ato de cutucar a pele pode resultar em tromboses do seio cavernoso — ou seja, formação de coágulos em uma das veias localizadas na base do cérebro —, meningites e abscessos cerebrais. E a gente nem precisa dizer que essas três complicações são extremamente graves e potencialmente mortais, não é mesmo?


Portanto, quando um dia você se olhar no espelho e encontrar uma daquelas espinhas amarelonas no rosto, resista à tentação e a deixe quietinha! Vale mais a pena aguardar alguns dias para que ela desapareça do que correr o risco de sofrer perda de visão, paralisia temporária ou até morrer por causa de uma bobagem.


Fonte: Mega Curioso

WhatsApp já conta com envio e recebimento de GIFs da web; veja como usar

A versão 2.16.293 do WhatsApp disponível para usuários Beta no Android já traz a opção de enviar GIFs da internet que foram salvos na memória do celular.


Apesar de ter sido liberada para a versão Beta --que só pode ser usada por quem se inscreve no programa de testes-- mesmo quem não tem essa versão e usa um WhatsApp mais antigo no Android poderá visualizar o GIF enviado, segundo testes do UOL.


Há algumas semanas, o aplicativo já havia liberado uma opção para criar GIFs a partir de trechos de vídeos salvos no aparelho. Ontem, liberou para todos os usuários recursos de edição de fotos similar ao Snapchat; e hoje o Telegram acirrou a disputa entre aplicativos de mensagens trazendo três games.


Os GIFs ainda não foram liberados para o WhatsApp no iOS.


Veja como usar o recurso de GIFs:


1) Baixe um GIF animado da internet, em sites como o giphy.com


2) Entre em uma conversa com um amigo


3) No top direito da tela, clique no clipe e depois em "Galeria"


4) Entre na terceira aba, "GIFs"


5) Escolha o gif que acabou de salvar


6) Clique na seta verde no pé da tela para enviar; você pode fazer um comentário antes se quiser


Fonte: UOL

Descoberta nova espécie de caranguejo no território do Geopark Araripe...

Uma nova espécie de caranguejo, de nome científico kingleya attenboroughi, foi descoberta no território do Geopark Araripe, pelos pesquisadores Alysson Pinheiro, da Universidade Regional do Cariri (Urca) e Willian Santana, da Universidade do Sagrado Coração (USC) em Bauru, SP. O crustáceo foi encontrado no distrito de Arajara, em Barbalha, e descrito e ilustrado no artigo “A new and endangered species of Kingsleya Ortmann, 1897 (Crustacea:Decapoda: Brachyura: Pseudothelphusidae) from Ceará, northeastern Brazil”, em tradução livre “Uma nova e ameaçada espécie de Kingsleya Ortmann, 1897 (Crustacea: Decapoda: Brachyura: Pseudothelphusidae) do Ceará, Nordeste do Brasil”.


Trata-se de uma espécie de caranguejo de água doce. Segundo os pesquisadores, ele já foi descoberto em condição de ameaça de extinção, assim como o Soldadinho-do-Araripe, pássaro endêmico da mesma região considerado criticamente em perigo de extinção pela Lista Vermelha Internacional da IUCN (2015) e pela lista oficial brasileira (MMA, 2014). Como explica o professor William Santana, o caranguejo kingleya attenboroughi existe em pouquíssimos lugares, com um número reduzido de espécimes e por causa do impacto do homem ao meio em que ele vive, é considerado ameaçado de extinção.


O caranguejo foi coletado durante o mês de abril no Córrego do Arajara e em pequenos cursos de água da região. Recebeu esse nome em homenagem ao grande naturalista inglês Sir. David Attenborough, que completa 90 anos em 2016, considerado o padrinho do Soldadinho- do- Araripe.


De acordo com o professor Alysson Pinheiro, esse achado ratifica a importância da região para a biodiversidade, bem como, reforça o valor do Geopark Araripe, da Floresta Nacional do Araripe (Flona) e da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA).


Para a realização do trabalho, foram importantes o apoio da Urca, USC, Governo do Estado do Ceará através da Fundação Cearense de Apoio Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), bem como da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).


Para ter acesso ao artigo, clique aqui.


Assessoria de Imprensa/URCA

Mujica chama Brasil e Argentina de ‘repúblicas das bananas’

O ex-presidente do Uruguai, José (Pepe) Mujica, voltou a criticar o governo do presidente argentino, Mauricio Macri, e o novo governo do presidente brasileiro, Michel Temer. Ele chamou os dois países de “repúblicas das bananas”, em reprovação às estratégias comerciais dos dois grandes sócios do Mercosul.


— Que desastre! Parecem duas repúblicas das bananas. Não sei como vão sair das suas respectivas crises, sobretudo o Brasil, que está mais complicado. Parece uma novela — disse o atual senador uruguaio, em entrevista ao jornal espanhol “El Mundo”.


As declarações de Mujica contrariam o posicionamento do seu sucessor, Tabaré Vázquez. O atual presidente uruguaio reagiu com entusiamo à estratégia de política comercial de Brasil e Argentina, e prometeu firmar acordos com Chile, Peru e Colômbia, em uma tentativa de abertura comercial ao mundo.


Mujica é a principal figura política de um movimento interno no partido oficialista Frente Ampla, que tem ampla maioria e se põe contra a abertura comercial impulsionada por Vázquez. O atual presidente não consultou Mujica sobre a estratégia — e anunciou que enviará os acordos comerciais ao Parlamento para que o órgão se pronuncie, mas sem consultar a sua legenda.


O ex-presidente também falou sobre o impasse político provocado pela falta de acordo para formar um governo na Espanha. Ele afirmou que apoia o partido de esquerda “Podemos”. E também comentou, em uma declaração potencialmente controversa, a atuação do rei espanhol.


— Tenho simpatia pelo velho rei, que é uma caveira, um velho bandido, mas cumpriu um papel importante em um momento crucial da Espanha.


Mujica é frequentemente elogiado por seu perfil austero e pelas conquistas sociais de vanguarda durante seu governo — como as leis de legalização da maconha, aborto e casamento gay. O agricultor é conhecido por manter um estilo de vida simples, embora tenha ocupado a Presidência do Uruguai.


Fonte: O Globo

14 hábitos comuns entre pessoas de muito sucesso...

1 – Elas administram bem o tempo
Todos nós temos as mesmas 24 horas por dia para organizar nossas tarefas, certo? Pessoas de sucesso sabem disso muito bem e, para conseguir o que querem, acabam abrindo mão de algumas atividades prazerosas, mas que não trazem muitos benefícios. É importante analisarmos bem a forma como usamos nosso tempo – a gente sabe que fazer maratonas de séries na Netflix é uma ótima ideia, mas, se você fizer apenas isso em seu tempo livre, não estará necessariamente se ajudando a alcançar um objetivo, certo?


2 – Elas acreditam no que querem
É perfeitamente normal que seus pais e familiares depositem expectativas em relação à sua profissão; ainda assim, o que deve prevalecer é a sua vontade. Seguir as próprias paixões é fundamental para que uma pessoa se sinta realizada em relação ao trabalho que faz, o que é um grande passo em direção ao sucesso. A dica é: escute conselhos e dicas, mas siga apenas aquilo que fizer sentido para você.


3 – Elas são motivadas
O segredo aqui é encontrar coisas que deem impulso a você todos os dias, pois a motivação não é um sentimento que dura muito tempo.


4 – Elas não ficam quebrando a cabeça à toa
Pensar é fundamental, assim como analisar passos e medidas, mas pensar demais e ter medo em excesso não é um bom negócio, afinal tendemos a focar no que pode dar errado e nas razões pelas quais não deveríamos agir. Cilada.


5 – Elas não vão dormir muito tarde
Ter uma boa qualidade de sono é fundamental para que o seu desempenho seja bom o suficiente no dia seguinte, e, claro, pessoas de sucesso sabem muito bem disso. Por acordarem bem cedo, elas sabem que devem dormir cedo também – e respeitam isso.


6 – Elas monitoram o próprio progresso
Às vezes focamos apenas em nosso objetivo final e não percebemos que, para que ele seja alcançado, pequenos avanços precisam ser feitos. Lembra que no item número 3 falamos sobre motivação? Pois saiba que reconhecer os pequenos progressos é uma maneira de se ver motivado. A dica, então, é anotar pequenas e grandes evoluções para se lembrar sempre que seu esforço vale a pena.


7 – Elas gostam de ambientes limpos e organizados
Bagunça e sujeira não combinam com sucesso, e as razões para isso são as mais óbvias possíveis. Trabalhamos melhor, pensamos melhor e nos sentimos melhor em ambientes arejados, limpos e arrumados – e pessoas de sucesso sabem disso como ninguém.


8 – Elas são otimistas com relação ao futuro
É aquela coisa: se você realmente acredita naquilo que quer e começa a agir como se o seu sonho já fosse realidade, as chances de que ele saia do campo imaginário são muito maiores. Pensar com negatividade atrapalha esse processo, então o melhor é se manter otimista. Sempre.


9 – Elas demonstram gratidão
Para muitas pessoas, é preciso vencer obstáculos para conseguir o que se quer e, nesse sentido, é fundamental demonstrar gratidão pelas novas conquistas e não se esquecer que foi preciso estar em baixa um dia para conseguir subir. Gratidão é um sentimento que aumenta ainda mais a alegria das novas conquistas.


10 – Elas tentam de tudo
Dicas online, cursos de aperfeiçoamento, aprender novos idiomas, frequentar novos grupos de pessoas com interesses semelhantes, bolar novas estratégias de ação. Pessoas de sucesso não desistem diante da primeira tentativa frustrada – pelo contrário: elas fazem apostas altas em direções diferentes e com frequência.


11 – Elas nunca desistem daquilo que realmente importa
Basicamente é aquela regra: quer alguma coisa? Então não descanse antes de conseguir isso. Simples assim.


12 – Elas cumprem aquilo que falam
Falar é fácil, e é por isso mesmo que pessoas de sucesso pensam bem antes de fazer promessas e estipular metas: porque além de falar elas sabem que é preciso agir e cumprir seus compromissos.


13 – Elas gastam bem o dinheiro que têm
Sabe como? Investindo em novos cursos, meios de informação, formas de estabelecer novas conexões profissionais e acadêmicas, livros, métodos de aprendizagem e por aí vai. Nada de gastar dinheiro com produtos supérfluos, exageros e itens que não agregam nada à sua vida.


14 – Elas sabem com o que devem se preocupar
Pessoas de sucesso já entenderam uma coisa que muitos de nós ainda temos dificuldades de assimilar: algumas pessoas e situações não merecem a nossa atenção e é preciso, em determinados momentos, deixar de se importar com elas. Quanto menos nos importamos com aquilo que não interessa ou com o que não podemos mudar, menos estressados ficamos, e melhor passa a ser o resultado do nosso trabalho.


Fonte: Mega Curioso

11 mentiras nas quais acreditamos a vida toda por causa de filmes e séries

Filmes nos ensinam sempre muitas coisas – eu, por exemplo, me lembro até hoje do choque que foi descobrir, ainda criança, que era possível morrer em decorrência de inúmeras picadas de abelha graças ao clássico da Sessão da Tarde, “Meu Primeiro Amor”.


Ainda assim, algumas coisas que vemos em filmes e séries não são muito fiéis à realidade, e o Bored Panda reuniu alguns mitos cinematográficos que, sim, acabam com a nossa infância, de certa forma, mas também nos ensinam algumas coisinhas legais. Confira:


1 – O pino de uma granada pode ser removido pelos dentes de uma pessoa extremamente forte, incrível, maravilhosa e ninja?
Não. A pessoa possivelmente arrancaria os próprios dentes fazendo isso e a granada continuaria com o pino.


2 – É mesmo necessário esperar 24 horas para avisar a polícia sobre o sumiço de uma pessoa?
Na verdade, você pode pedir ajuda sempre que tiver motivos pertinentes para isso, independente do tempo de desaparecimento.


3 – O clorofórmio realmente faz com que uma pessoa desmaie em questão de segundos e fique desacordada por horas?
Então... Não. Em primeiro lugar, é preciso que a pessoa inale a substância por cerca de 5 minutos até apagar totalmente; em segundo, ela não fica desmaiada por muito tempo.


4 – Vítimas de afogamento se debatem e gritam pedindo ajuda?
Infelizmente, é possível que uma pessoa se afogue e morra sem dar sinais disso. Ela geralmente não se debate nem chama a atenção quando está se afogando.


5 – É possível atirar com uma arma em cada mão ao mesmo tempo?
Isso é realmente coisa de filme, e mirar dois pontos diferentes ao mesmo tempo é praticamente impossível.


6 – Processos forenses respondem a todas as dúvidas de um crime?
Não. Eles servem apenas para ajudar a coletar as evidências de um crime.


7 – Silenciadores impedem que as armas façam barulho?
Na verdade, silenciadores amortecem o barulho, mas os disparos continuam sendo audíveis.


8 – Cadeados podem ser abertos com um tiro?
Na verdade, cadeados são feitos de material duro e maciço, e um projétil pequeno não conseguiria estourar um cadeado.


9 – A polícia rastreia ligações telefônicas em questão de 1 minutinho?
Rastrear ligações é um trabalho bem mais complicado do que parece na ficção, e a verdade é que se leva em média 1 hora para conseguir grampear um número telefônico.


10 – É possível conversar com a pessoa que salta de paraquedas com você?
Não, não é. Em queda livre, é bem difícil ouvir qualquer coisa.


11 – Desfibriladores fazem um coração parado voltar a bater?
Não. Uma vez que um coração pare de funcionar, um desfibrilador não pode fazer com que ele bata novamente.


Fonte: Mega Curioso

Como gastar menos tempo fazendo exercícios e ainda assim obter resultados...

Por muito tempo acreditou-se que apenas exercícios físicos realizados por períodos longos, de no mínimo uma hora, eram eficientes para cuidar da saúde e, de quebra, eliminar gordura corporal. Com esse pensamento na cabeça, muita gente acabou desistindo dos treinos por não conseguir encaixá-los na rotina.


Mas de lá para cá as pesquisas sobre a prática de exercícios físicos evoluíram muito e - além de demonstrarem que qualquer quantidade de atividade física já faz bem para o organismo - estão propondo estratégias para conseguir bons resultados em períodos mais curtos de treino. Assim, o que antes só era possível em uma ou duas horas de malhação, agora pode ser conquistado em 30, 40 e até 20 minutos. A seguir nós listamos algumas das estratégias para otimizar o tempo do treino sem abrir mão dos resultados. Confira:


Menos tempo, mais intensidade
Uma boa opção para gastar menos tempo com a malhação é fazer exercícios intensos. Mas primeiro é preciso entender as diferenças entre treinos leves e fortes: não é apenas uma questão de relação de quantidade de carga e tempo de atividade, mas também de como a caloria é gasta e a gordura é queimada.


O fisiologista do exercício Raul Santo, da Unifesp, explica que o exercício leve a moderado promove a queima de gordura e o gasto calórico durante o esforço. O exercício intenso, por sua vez, trará o mesmo efeito, mas ele acontecerá principalmente após a atividade. "Para que o organismo se recupere do grande esforço de uma atividade intensa, o consumo de oxigênio pelos órgãos e tecidos após o exercício é aumentado", explica o especialista. "Mas para que o oxigênio chegue para todo o organismo, o corpo precisará usar muita energia, ou seja, gastar calorias que serão em grande parte provenientes da gordura acumulada".


Um estudo realizado na Universidade McMaster, no Canadá, e publicado no periódico The Journal of Physiology, estudou os efeitos do treinamento curto e de alta intensidade em bicicleta ergométrica e constatou que exercícios intensos feitos em um tempo menor para indivíduos jovens e saudáveis são tão eficientes quanto o treinamento de resistência de longa duração. Na ocasião, foram comparados exercícios com 10 séries, cada uma com um minuto de duração seguido por um minuto de descanso, de pedaladas em alta velocidade em bicicleta ergométrica, realizadas três vezes por semana, com exercícios mais leves e de maior duração. Outra pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Virginia, nos Estados Unidos, e publicado pela Revista do Colégio Americano de Medicina do Esporte, mostrou que exercícios mais intensos e com menor duração - realizados por 30 minutos três vezes por semana - podem ser ainda mais eficientes que exercícios leves e longos - realizados por 60 minutos cinco vezes por semana - na redução da gordura corporal em mulheres obesas e portadoras de síndrome metabólica.


Alguns exercícios intensos que surtem esse efeito são: corrida, lutas como o Muay Thai e o boxe, o treino com kettlebell e as pedaladas do spinning.


Treine sem pausas
Existem algumas alternativas de atividade física que são feitas de maneira contínua, sem pausas. Uma delas é o treino em circuito, em que são utilizados diversos acessórios para se exercitar. "Step, esteira, cama elástica, halteres, corda, saco de boxe, caneleira, colchonete, bastão, elástico e bola estão entre as opções possíveis em um circuito", explica a professora Regina Bento Oliveira, da academia Contours, em São Paulo. Em algumas academias são até usados aparelhos de musculação hidráulicos, com carga que automaticamente se ajusta ao praticante. A escolha depende de quais são seus objetivos. Sejam eles emagrecimento, ganho de massa muscular ou de condicionamento cardiorrespiratório, o método do treinamento em circuito pode ajudar a conquistá-lo. É fundamental a conversa com o educador físico que vai indicar os melhores acessórios e intensidade para o seu treino. O praticante fica em média um minuto em cada estação (como é chamado cada tipo de exercício realizado), ao todo são cerca de 30 minutos se exercitando. Vale lembrar que o treino é intenso.


Associe exercícios aeróbicos e de fortalecimento
Existem exercícios que trazem duas funções em apenas uma atividade. É o caso do treinamento funcional, por exemplo. "Além de ser um ótimo exercício para fortalecer os músculos, ele também promove o gasto calórico e trabalha o sistema cardiorrespiratório uma vez que exige velocidade de execução das tarefas e alto tempo de permanência em cada posição, aumentando a frequência cardíaca de acordo com a intensidade das tarefas", explica Marco Rodrigo Vieira, da academia Cia. Athletica.


Outra opção de treino completo é o CrossFit. Essa atividade de alta intensidade combina exercícios de atletismo, ginástica olímpica e levantamento de peso para queimar calorias e fortalecer os músculos. Para se ter ideia do esforço desse treino basta saber que a atividade é usada até nas academias do exército! "Não é comum a prática do CrossFit com o uso de monitores, mas existem estimativas de que o gasto é de 800 a 1500 calorias durante um treino, dependendo da proposta do dia", conta Fábio Barros, coordenador da CrossFit Campinas (SP). "Além disso, o treinamento funcional do CrossFit trabalha vários grupos musculares em cada exercício".


Os exercícios realizados com kettlebell, bola de ferro segurada por uma alça, também é uma ótima atividade para quem está sem tempo. "O trabalho pode gerar um bom ganho de condicionamento físico até mesmo se for feito por somente 20 minutos em três dias diferentes da semana", explica Steve Cotter, fundador da International Kettlebell & Fitness Federation (IKKF). Isso se deve principalmente ao seu dinamismo: os movimentos são rápidos e contínuos e à sua intensidade, que é bastante forte tanto do ponto de vista aeróbico, quanto do fortalecimento muscular.


Fracione o treino
As pesquisas científicas têm demonstrado que fracionar o exercício em três sessões de 20 minutos ou duas de 30 vale a pena. "O gasto calórico é ligeiramente maior no treino intervalado, mas esse valor não é significativo para indicar a troca de um método pelo outro para quem quer emagrecer", explica o fisiologista do exercício Raul Santo. ?O mais importante é seguir as recomendações da Organização Mundial de saúde e realizar pelo menos 150 minutos de atividades físicas por semana?.


Além do maior gasto calórico, o treino fracionado pode também ser mais eficiente para ajudar a controlar doenças. A mais recente pesquisa sobre este assunto, realizada pelo Centro de Pesquisas de Estilo de Vida Saudável da Universidade do Estado do Arizona (EUA), mostrou que o treino dividido em três sessões curtas por dia é significativamente mais eficiente que uma sessão única de meia hora para controlar a pressão arterial. Se, por um lado, o estudo ainda não é o suficiente para provar que os treinos divididos são realmente mais eficazes em todas as situações, por outro ele indica que é possível ajustar a rotina para praticar exercícios e, ainda assim, experimentar benefícios. Mas tome cuidado para não fracionar demais o exercício e, com isso, diminuir demais o ritmo das atividades, até cessar.


Quantidade de exercício X Frequência do exercício
Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Queen's University, no Canadá, e publicado no periódico Applied Physiology, Nutrition and Metabolism, mostra que praticar os 150 minutos semanais - recomendados pela Organização Mundial de Saúde - fragmentados durante a semana ou de uma vez só têm o mesmo impacto para a saúde.


Os pesquisadores notaram que adultos que se exercitavam por 150 minutos por semana, mas com menor frequência, não estavam menos ou mais saudáveis (foram avaliados os riscos para diabetes, doença cardíaca e AVC) e em forma que pessoas que se exercitavam com maior frequência, mas com um total também de 150 minutos. Por exemplo: pessoas que faziam todo o exercício no sábado e domingo - com 75 minutos diários - estavam tão saudáveis quanto aqueles que espalhavam o exercício pela semana toda, com 20 ou 25 minutos diários.


Ainda não há um consenso científico quanto à frequência da atividade física, no entanto, sabe-se que praticar exercício um ou dois dias na semana já é melhor que não se exercitar. O educador físico Nikolas Chavez, de Belo Horizonte, explica que, em termos de manutenção da saúde, há benefícios em fazer exercícios mesmo que poucas vezes por semana. No entanto, se o objetivo é ganhar condicionamento físico, o treino deve seguir alguns princípios. Um deles refere-se à necessidade de um tempo de recuperação após o exercício. "O organismo precisa de tempo para se recuperar do exercício até ser submetido a um novo esforço". Para atividades leves, como uma caminhada, por exemplo, é preciso esperar ao menos 24 horas para que o corpo se recupere, já atividades pesadas - como a musculação ou a corrida - devem manter uma pausa de cerca de 48 horas entre as sessões. "Para frequências de treinos menores, a carga deve ser maior do que para treinamento com alta frequência, pois nesse caso o período de recuperação é maior", explica. Esse ciclo é o que irá melhorar o condicionamento físico. O especialista reforça que cada pessoa responde de uma forma ao exercício, por isso, as características do exercício devem ser determinadas individualmente.


Diminua o tempo sem dor na consciência
Segundo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, é importante que você se exercite 150 minutos por semana. Caso, eventualmente, você não tiver esse tempo disponível, movimente-se no intervalo de tempo que puder. O período curto pode não ser suficiente para fazer diferença nas suas curvas, mas ajuda no bem-estar e na qualidade de vida. Raul Santo explica que o exercício físico ajuda a equilibrar a secreção de uma série de hormônios no organismo, inclusive os relacionados ao estresse. "Esta tensão libera substâncias, como a adrenalina e o cortisol, que desequilibram o organismo e podem até afetar até o ritmo cardíaco", explica. "A atividade física leve à moderada ajuda a equilibrar esta secreção hormonal e de quebra libera neurotransmissores que causam a sensação de bem-estar, como a serotonina".


Pense no acesso à atividade
Para que a fuga do sedentarismo dê certo é indicado que você tenha acesso fácil ao exercício. Uma academia perto de casa ou do trabalho pode ser uma opção mais prática que correr no parque que fica longe do seu espaço normal de deslocamento, por exemplo. Assim fica mais difícil dar o cano na atividade física. Givanildo Matias lembra ainda que hoje existem personal trainers que podem ir até você, acabando com o problema definitivamente.


Fonte: Minha Vida

Pílula do câncer é considerada droga segura após testes



A fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como pílula do câncer, foi considerada uma droga segura na primeira etapa de testes realizados com humanos pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). O levantamento sobre a avaliação de segurança foi apresentado nesta quarta-feira, 5, quando foi anunciado que a próxima fase de testes, que vai avaliar eficácia, terá início na próxima semana.


Segundo Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp, na dose administrada de três cápsulas por dia, os dez pacientes não apresentaram efeitos colaterais graves, o que permite a continuidade do estudo com mais 20 pessoas em dez grupos de tumores estabelecidos para a pesquisa, entre eles de pulmão, mama, fígado e próstata.


No entanto, seis pacientes não vão continuar entre os participantes por terem apresentado evolução da doença - durante o estudo, os pacientes não estão recebendo outro tipo de tratamento.


"Seis pacientes foram retirados do estudo, porque não estavam sendo beneficiados pelo produto. Tiveram progressão da doença. Isso mostra a complexidade do câncer. Mas o fato de esses pacientes não terem se beneficiado não quer dizer que não há efeitos. Não era objetivo dessa fase testar eficácia, mas mostrar que o produto não é tão milagroso como se imaginava", diz Hoff.


Essa primeira etapa durou dois meses. A estimativa é de que os resultados da segunda sejam apresentados em quatro a seis meses. Para passar para a terceira etapa, cada grupo deve ter ao menos três resultados positivos em relação à eficácia entre os 21 pacientes que serão estudados. A última fase pode ter até 1 mil pacientes.


Polêmica
A fosfoetanolamina começou a ser distribuída para pacientes com câncer antes de passar por testes em humanos e sem a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela foi desenvolvida pelo professor aposentado do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) Gilberto Chierice.


Testes in vitro e com cobaias começaram a ser feitos pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), mas a eficácia da substância ainda não foi comprovada.


Fonte: Estadão

Por 366 votos a 111, Câmara aprova texto-base da PEC 241

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um limite de gastos por 20 anos.

Em plena segunda-feira, dia de quórum reduzido no Legislativo, o governo conseguiu levar 366 deputados favoráveis à Casa Legislativa, contra 111 votos contrários da oposição. Houve ainda duas abstenções.


Após a abertura do painel, houve comemoração entre os deputados governistas presentes no Plenário. "Ganhamos, ganhamos!", gritavam. A medida ainda terá de passar mais uma vez pelo crivo dos deputados, mas o governo já contabiliza nova vitória. O segundo turno está marcado para o próximo dia 24.


O governo Michel Temer (PMDB) promoveu uma maratona de almoços, cafés e jantares, numa estratégia de articulação e convencimento de indecisos. O corpo-a-corpo rendeu 58 votos a mais do que os 308 que eram necessários para aprovar a proposta. Três ministros do governo atual foram exonerados e voltaram à Câmara dos Deputados para votar a favor da medida: Bruno Araújo (Cidades), Marx Beltrão (Turismo) e Fernando Coelho Filho (Minas e Energia).


A sinalização da bancada na Câmara é considerada crucial pelo governo, que buscou programar a votação, pelo menos em primeiro turno, para uma semana antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, responsável por indicar os rumos da taxa de juros no País.


Limitações
O texto-base aprovado ontem prevê que o crescimento das despesas do governo estará limitado à inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior por um período de 20 anos. A exceção é 2017, quando o limite vai subir 7,2%, alta de preços prevista para o ano de 2016, como já consta no Orçamento.


A partir do décimo ano de vigência, a regra da PEC poderá ser alterada uma vez a cada mandato presidencial. Saúde e educação, por sua vez, têm critérios específicos: despesas nessas áreas manterão seu pisos constitucionais, que tomarão como referência os mínimos previstos para 2017 e serão atualizados pela inflação. Com isso, no ano que vem, o piso da saúde será de R$ 113,7 bilhões, e o da educação, de R$ 51,5 bilhões. O rol de penalidades em caso de descumprimento do limite de despesas - ainda mais duro do que na proposta enviada pelo governo - também foi referendado pelo plenário da Câmara. As principais delas é a proibição de reajuste do salário mínimo além da inflação (em caso de estouro do teto pelo Executivo) e o congelamento de salários do funcionalismo público.


Ritmo acelerado
A votação da PEC estava prevista inicialmente para a madrugada de hoje, mas governistas impuseram desde o início um ritmo acelerado à apreciação da medida.


A ideia foi "tratorar", passar por cima das manobras regimentais que a oposição tentou emplacar sem sucesso.


Com isso, a votação do texto-base da proposta ocorreu 23 minutos antes da previsão mais otimista para o início da votação, que era 22h. Após o texto-base, restavam seis destaques, sugestões de mudanças no texto.


Com pouco espaço para obstruir a votação, a minoria disse que a pressa se devia à intenção do governo de não querer discutir o texto com a população.


"A PEC já tem um defeito congênito: ela não é proposta por um governo eleito e não foi debatido com a população. Essa PEC é uma imposição por duas décadas de um arrocho, ela tem de ser chamada de PEC do corte de investimentos", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).


Fonte: Diário do Nordeste

20 anos sem Renato: Em 1996, o rock brasileiro perdia o líder da Legião



Ele afirmava ser “impaciente e indeciso”, declarava sua indignação com a sujeira das favelas e do Senado, clamava pelo amor “como se não houvesse amanhã”.


Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como o cantor e compositor Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, morreu hoje, 11 de outubro de 1996, no Rio.


O poeta de uma geração, que ele chamou certa vez de “geração Coca-Cola”, tinha 36 anos. Estava magro, depressivo, recluso e morreu à 1h15 da madrugada, ao lado do pai, em seu apartamento em Ipanema.


Renato Russo tinha o vírus HIV há seis anos e estava com anorexia grave, segundo seu médico, Saul Bteshe.


“Ele morreu por causa de complicações da doença”, afirmou o médico à Folha. A mãe do artista, Carminha Manfredini, disse que “ele quis chegar ao fim. Não se suicidou, mas simplesmente não lutou”.


A cerimônia de cremação, acontecerá na manhã de hoje no cemitério São Francisco Xavier, no Caju (região portuária do Rio).


Comenta-se que Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, companheiros dele na Legião Urbana, irão anunciar o fim da banda nos próximos dias.


Nascido na capital fluminense, Renato passou a maior parte da infância na Ilha do Governador (zona norte) com os pais e a irmã mais nova.


Era agitado, bem-humorado, nada tímido. Tirava notas boas na escola –desde matemática até história, lembra um colega–, ouvia de música clássica a Beatles dos pais e fazia imitações na frente da TV para divertir a irmã.


Mas foi em Brasília, na adolescência, que teve a relação com a música estreitada. Talvez por culpa de uma doença no ossos. Aos 14 anos, passou por uma cirurgia na perna e deu uma pausa na escola. Sem poder levantar, fez uma nova amiga: a vitrola ao lado da cama.


Foi um ano, talvez um ano e meio, ouvindo, tocando, escrevendo –inclusive um livro (leia crítica neste especial).


Ao se recuperar, transformou a música em uma forma de fazer amigos. “A gente trocava ideia pelos LPs. Descobrimos o movimento punk como uma forma de se manifestar num período de ditadura”, relata Bonfá, que aponta Renato como um “irmão mais velho”.


Os protestos, ideias e frustrações eram colocados no papel por Renato. Às vezes, eram rabiscos que demoravam para ganhar um fim. Chegavam a levar anos.


Outras vezes, suas letras eram trabalhadas pelos colegas como num jogral. “A gente fazia estilo banda de garagem, cada um falando o que vinha na cabeça”, diz Bonfá.


No fim, as canções eram apresentadas em shows do Aborto Elétrico e, depois, do Legião Urbana.


Foi assim que Eduardo e Mônica se encontraram, que João de Santo Cristo se aventurou e morreu na capital federal e que uma geração se declarou filha da revolução.


A primeira banda durou menos de três anos, sem disco gravado. Já a Legião Urbana passou 14 anos em atividade, lançou oito discos de estúdio, vendeu cerca de 25 milhões de cópias e não há nenhum sinal de que esteja perdendo popularidade.


Contrariando o título (“Ainda É Cedo”) de um de seus primeiros sucessos, não é cedo para afirmar: a obra de Renato Russo ainda será atual no próximo milênio.

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Fonte: Folha.com

Entenda o que é a PEC 241 e como ela pode afetar sua vida...

A Câmara dos Deputados passou em primeira votação nesta segunda-feira a proposta de emenda constitucional que cria uma teto para os gastos públicos, a PEC 241, que congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos. Com as contas no vermelho, o presidente Michel Temer vê na medida, considerada umas das maiores mudanças fiscais em décadas, uma saída para sinalizar a contenção do rombo nas contas públicas e tentar superar a crise econômica. O mecanismo enfrenta severas críticas da nova oposição, liderada pelo PT, pelo PSOL e pelo PCdoB, mas também vindas de parte dos especialistas, que veem na fórmula um freio no investimento em saúde e educação previstos na Constituição. O texto da emenda, que precisa ser aprovado em uma segunda votação na Câmara e mais duas no Senado, também modifica a regra de reajuste do salário mínimo oficial, que se limitará à variação da inflação. Veja como foi a votação nesta segunda aqui. Entenda o que é a proposta e suas principais consequências.


O que é a PEC do teto de gastos?
A PEC, a iniciativa para modificar a Constituição proposta pelo Governo, tem como objetivo frear a trajetória de crescimento dos gastos públicos e tentar equilibrar as contas públicas. A ideia é fixar por até 20 anos, podendo ser revisado depois dos primeiros dez anos, um limite para as despesas: será o gasto realizado no ano anterior corrigido pela inflação (na prática, em termos reais - na comparação do que o dinheiro é capaz de comprar em dado momento - fica praticamente congelado). Se entrar em vigor em 2017, portanto, o Orçamento disponível para gastos será o mesmo de 2016, acrescido da inflação daquele ano. A medida irá valer para os três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. Pela proposta atual, os limites em saúde e educação só começarão a valer em 2018.


Por que o Governo diz que ela é necessária?
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz que "não há possibilidade de prosseguir economicamente no Brasil gastando muito mais do que a sociedade pode pagar. Este não é um plano meramente fiscal." Para a equipe econômica, mesmo sem atacar frontalmente outros problemas crônicos das contas, como a Previdência, o mecanismo vai ajudar "a recuperar a confiança do mercado, a gerar emprego e renda" ao mesmo tempo em que conterá os gastos públicos, que estão crescendo ano a ano, sem serem acompanhados pela arrecadação de impostos. Para uma parte dos especialistas, pela primeira vez o Governo está atacando os gastos, e não apenas pensando em aumentar as receitas. O Governo Temer não cogita, no momento, lançar mão de outras estratégias, como aumento de impostos ou mesmo uma reforma tributária, para ajudar a sanar o problema do aumento de gasto público no tempo.


O que dizem os críticos da PEC?
Do ponto de vista de atacar o problema do aumento anual dos gastos públicos, uma das principais críticas é que uma conta importante ficou de fora do pacote de congelamento: os gastos com a Previdência. É um segmento que abocanha mais de 40% dos gastos públicos obrigatórios. Logo, a PEC colocaria freios em pouco mais de 50% do Orçamento, enquanto que o restante ficaria fora dos limites impostos - só a regra sobre o salário mínimo tem consequências na questão da Previdência. A Fazenda afirmou, de todo modo, que a questão da Previdência será tratada de forma separada mais à frente. "Se não aprovar mudanças na Previdência, um gasto que cresce acima da inflação todos os anos, vai ter de cortar de outras áreas, como saúde e educação", diz Márcio Holland, ex-secretário de política econômica da Fazenda. "Nesse sentido, a PEC deixa para a sociedade, por meio do Congresso, escolher com o que quer gastar", complementa. Há vários especialistas que dizem que, na prática, o texto determina uma diminuição de investimento em áreas como saúde e educação, para as quais há regras constitucionais. Os críticos argumentam que, na melhor das hipóteses, o teto cria um horizonte de tempo grande demais (ao menos dez anos) para tomar decisões sobre toda a forma de gasto do Estado brasileiro, ainda mais para um Governo que chegou ao poder sem ratificação de seu programa nas urnas. Eles dizem ainda que, mesmo que a economia volte a crescer, o Estado já vai ter decidido congelar a aplicação de recursos em setores considerados críticos e que já não atendem a população como deveriam e muito menos no nível dos países desenvolvidos. Se a economia crescer, e o teto seguir corrigido apenas de acordo com a inflação, na prática, o investido nestas áreas vai ser menor em termos de porcentagem do PIB (toda a riqueza produzida pelo país). O investimento em educação pública é tido como um dos motores para diminuir a desigualdade brasileira.


Quando a PEC começa a valer?
Se aprovada na Câmara e no Senado, começa a valer à partir de 2017. No caso das áreas de saúde e educação, as mudanças só passariam a valer após 2018, quanto Temer não será mais o presidente.


Qual o impacto da PEC no salário mínimo?
A proposta também inclui congelamento do valor do salário mínimo, que seria reajustado apenas segundo a inflação. A regra atual para o cálculo deste valor soma a inflação à variação (percentual de crescimento real) do PIB de dois anos antes. Em outras palavras, a nova regra veta a possibilidade de aumento real (acima da inflação), um fator que ajudou a reduzir o nível de desigualdade dos últimos anos. Além de ser o piso dos rendimentos de um trabalho formal regular no Brasil, o salário mínimo também está vinculado ao pagamento de aposentadorias e benefícios como os, por lei, destinados a deficientes físicos.


O que acontece se a PEC for aprovada e o teto de gastos não for cumprido?
Algumas das sanções previstas no texto da PEC para o não cumprimento dos limites inclui o veto à realização de concursos públicos, à criação de novos cargos e à contratação de pessoal. Em outras palavras, pretende ser uma trava muito mais ampla que a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, que cria um teto de gastos com pessoal (vários Estados e outros entes a burlam atualmente).


A PEC do teto vale para os Estados também?
A PEC se aplicará apenas aos gastos do Governo Federal. No entanto, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, já sinalizou que o Planalto deve encaminhar em breve uma segunda PEC que limita os gastos estaduais. Por enquanto não há consenso entre o Executivo Federal e os governadores sobre o assunto.


Quais impactos a PEC pode ter nas áreas de educação e saúde?
Os críticos afirmam que a PEC irá colocar limites em gastos que historicamente crescem todos os anos em um ritmo acima da inflação, como educação e saúde. Além disso, gastos com programas sociais também podem ser afetados pelo congelamento. Segundo especialistas e entidades setoriais, esta medida prejudicaria o alcance e a qualidade dos serviços públicos oferecidos. Especialistas apontam problemas para cumprir mecanismos já em vigor, como os investimentos do Plano Nacional de Educação. Aprovado em 2014, o PNE tem metas de universalização da educação e cria um plano de carreira para professores da rede pública, uma das categorias mais mal pagas do país. "A população brasileira está envelhecendo. Deixar de investir na educação nos patamares necessários, como identificados no PNE, nos vinte anos de vigência da emenda proposta – tempo de dois PNEs -, é condenar as gerações que serão a população economicamente ativa daqui vinte anos, a terem uma baixa qualificação", disse o consultor legislativo da Câmara dos Deputados, Paulo Sena, ao site Anped, que reúne especialistas em educação.


Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que mais importante do que o valor despendido com áreas como saúde, educação e segurança, é a qualidade desses gastos. "Dados da educação e da saúde hoje mostram que a alocação de recursos não é o problema. É preciso melhorar a qualidade do serviço prestado à população", disse. "Teremos muito trabalho. O principal deles será o de mostrar que a saúde e educação não terão cortes, como a oposição tenta fazer a população acreditar", afirmou a líder do Governo no Congresso, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).


A PEC do teto atingirá de maneira igual ricos e pobres?
A população mais pobre, que depende do sistema público de saúde e educação, tende a ser mais prejudicada com o congelamento dos gastos do Governo do que as classes mais abastadas. A Associação Brasileira de Saúde Pública, por exemplo, divulgou carta aberta criticando a PEC. No documento a entidade afirma que a proposta pode sucatear o Sistema Único de Saúde, utilizado principalmente pela população de baixa renda que não dispõe de plano de saúde. Além disso, de acordo com o texto da proposta, o reajuste do salário mínimo só poderá ser feito com base na inflação - e não pela fórmula antiga que somava a inflação ao percentual de crescimento do PIB. Isso atingirá diretamente o bolso de quem tem o seu ganho atrelado ao mínimo.


Por que a Procuradoria Geral da República diz que é inconstitucional?
Em nota técnica divulgada em 7 de outubro o órgão máximo do Ministério Público Federal afirmou que a PEC é inconstitucional. De acordo com o documento, "as alterações por ela pretendidas são flagrantemente inconstitucionais, por ofenderem a independência e a autonomia dos Poderes Legislativo e Judiciário e por ofenderem a autonomia do Ministério Público e demais instituições constitucionais do Sistema de Justiça [...] e, por consequência, o princípio constitucional da separação dos poderes, o que justifica seu arquivamento". A crítica vem pela criação de regras de gastos para os demais Poderes. Na nota, a procuradoria argumenta que, caso aprovada, a PEC irá prejudicar a “atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais: o combate à corrupção; o combate ao crime; a atuação na tutela coletiva; e a defesa do interesse público". A Secretaria de Comunicação Social da Presidência rebateu a PGR, afirmando que na proposta não existe “qualquer tratamento discriminatório que possa configurar violação ao princípio da separação dos poderes".


O que vem depois da PEC, se ela for aprovada tal como está?
A PEC é a prioridade da equipe econômica do Governo Temer, que vai pressionar por outras reformas nos próximos meses, como a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista.


Fonte: El País

Samsung anuncia interrupção total da produção do Note 7 e pede aos usuários que desliguem o aparelho

A Samsung confirmou nesta terça-feira, 11, o fiasco do Galaxy Note 7 ao pedir a seus sócios que interrompam a venda do aparelho de última geração e recomendar aos usuários que desliguem o aparelho por conta do risco de explosão. Além disso, a empresa anunciou a interrupção total da produção do telefone Galaxy Note 7, alegando questões de segurança após os casos de explosão da bateria dos aparelhos. "Reajustamos recentemente os volumes da produção para realizar uma exaustiva investigação e um controle de qualidade, mas ao considerar prioritária a segurança do consumidor adotamos a decisão final de interromper a produção do Galaxy Note 7", afirma a empresa sul-coreana em um comunicado.


A gigante sul-coreana tenta agora limitar as repercussões para sua imagem do escândalo das baterias explosivas, um dos maiores reveses comerciais da empresa, em um momento de concorrência exacerbada. A decisão foi elogiada pela Agência Americana de Segurança do Consumidor, que advertiu contra os riscos do "phablet", como são chamados os modelos que ficam no meio do caminho entre os smartphones e os tablets.


O anúncio da principal fabricante mundial de smartphones provocou uma forte queda de 8% das ações da Samsung na Bolsa de Seul. Com a decisão, a Samsung comprova a derrocada do Galaxy Note 7, lançado com grande expectativa pela Samsung em agosto, com a esperança de pressionar a grande rival Apple.


A Samsung se viu forçada a ordenar em 2 de setembro um recall em escala mundial de 2,5 milhões de unidades do Note 7, depois que alguns phablets pegaram fogo com a explosão da bateria no momento de recarregar o aparelho.


As imagens de telefones completamente queimados, que circularam nas redes sociais por todo o planeta nas últimas semanas, representaram uma grande humilhação para uma empresa que afirma ser inovadora e prezar pela qualidade.


Gestão de crise desastrosa
A gestão da crise pela Samsung também foi muito criticada, já que o grupo reconheceu de forma implícita nesta terça-feira pela primeira vez que os aparelhos distribuídos para substituir os primeiros milhões de exemplares vendidos também tinham problemas. "Na primeira vez é possível pensar em um erro. Mas se você repete duas vezes o mesmo erro no mesmo modelo, isto gera uma considerável perda de confiança dos consumidores", afirma Greg Roh, da HMC Investment Securities.


"O motivo dos consumidores decidirem pela Apple ou Samsung é a confiabilidade do produto. Nesta situação, o dano em termos de imagem será inevitável e a Samsung terá que trabalhar muito para inverter a tendência", completa.


A empresa sul-coreana justificou a decisão pela necessidade de uma "profunda investigação" dos incidentes. "A segurança dos consumidores é nossa prioridade. A Samsung pede a todos os operadores e varejistas que parem de vender e trocar o Galaxy Note 7, enquanto realiza a investigação", afirma o grupo em um comunicado mais claro que o de segunda-feira, quando a empresa destacou apenas um "ajuste dos volumes de produção" do aparelho.


A Samsung orienta todos os donos de um modelo original do Galaxy Note 7 ou de um aparelho substituído que "apaguem e parem de utilizar o phablet".


A decisão da Samsung foi elogiada por Elliot Kaye, presidente da Agência Americana de Segurança do Consumidor (CPSC).


A Autoridade de Aviação Civil (FAA) dos Estados Unidos divulgou novas recomendações e pediu aos passageiros que possuem o Note 7 que não utilizem ou recarreguem a bateria em voo. Também solicita que o aparelho não seja guardado na bagagem.


Fiasco de US$ 10 bilhões?
No domingo, a gigante americana das telecomunicações AT&T e sua concorrente alemã T-Mobile anunciaram que interrompiam as operações com os Galaxy Note 7 à espera de investigações adicionais.


Linda Sui, especialista em telefonia móvel na Strategy Analytics, calcula que o caso pode custar a Samsung "10 bilhões de dólares ou mais".


O fracasso do Note 7 é ainda mais inquietante por acontecer em um momento crítico para o grupo, que enfrenta uma transição complicada de gerações em sua direção.


Na semana passada, o fundo americano Elliott Management jogou mais lenha na fogueira ao propor a divisão do grupo em duas empresas independentes.


Fonte: AFP

Saúde pode perder até R$ 743 bilhões em 20 anos de PEC 241, diz Ipea

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, mostra que o Sistema Único de Saúde (SUS) perderá até R$ 743 bilhões caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, aprovada ontem em primeiro turno na Câmara dos Deputados, passe a valer no País. O texto-base da chamada PEC do Teto prevê que o crescimento das despesas do governo estará limitado à inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior por um período de 20 anos.


"A PEC 241 impactará negativamente o financiamento e a garantia do direito à saúde no Brasil", afirma a nota técnica datada de setembro deste ano e assinada pelos pesquisadores Fabiola Sulpino Vieira e Rodrigo Pucci de Sá e Benevides.


O estudo aponta que o gasto com saúde no Brasil é de 4 a 7 vezes menor do que o de países que têm sistema universal de saúde, como Reino Unido e França, e inferior ao de países da América do Sul nos quais o direito à saúde não é universal (Argentina e Chile). Enquanto no Brasil o gasto com saúde em 2013 foi de US$ 591 per capita, no Reino Unido foi de US$ 2.766 e na França, US$ 3.360. Na América do Sul, a Argentina gastou US$ 1.167 e o Chile, US$ 795.


Em uma forte crítica à PEC, os pesquisadores afirmam que congelar o gasto em valores de 2016, por 20 anos, parte do pressuposto "equivocado" de que os recursos públicos para a saúde já estão em níveis adequados para a garantia do acesso aos bens e serviços de saúde, e que a melhoria dos serviços se resolveria a partir de ganhos de eficiência na aplicação dos recursos existentes.


No entanto, a nota técnica afirma que o congelamento não garantirá o mesmo grau de acesso e qualidade dos bens e serviços à população brasileira ao longo desse período, uma vez que a população aumentará e envelhecerá de forma acelerada. Assim, o número de idosos terá dobrado em vinte anos, o que ampliará a demanda e os custos do SUS.


"Mesmo que se melhore a eficiência do SUS, objetivo sempre desejável, existe, do ponto de vista assistencial, déficit na oferta de serviços em diversas regiões do País", diz o estudo.


Os pesquisadores afirmam que o Brasil passa por um rápido processo de mudança na estrutura demográfica. As projeções do IBGE para a estrutura etária indicam que a população brasileira com 60 anos ou mais, que hoje representa cerca de 12,1% do total, representará 21,5% em 2036.


O que diz o governo
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que sua área, assim como a educação, não perderá investimentos com a PEC.


O presidente Michel Temer também afirmou que as áreas não perderão recursos. "O teto (dos gastos) é de natureza global. O que será estabelecido é um teto geral. Não significa que existe um teto para saúde, para educação, para cultura. Saúde e educação continuarão sendo prestigiadas", falou.


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu em pronunciamento à nação a necessidade de controlar os gastos do governo para que o País possa retomar o crescimento econômico, e prometeu não cortar gastos com saúde e educação.


Fonte: Estadão

Conta de luz pode ficar até 5% mais cara em 2017

O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica poderá ter um impacto de até 5% na conta de luz do consumidor no ano que vem, pressionando ainda mais a inflação. A estimativa é do ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, que também é consultor jurídico de diversas associações do setor.


A partir de 2017, segundo o especialista, o governo deve começar a quitar dívidas com as transmissoras que, a rigor, tinha de ter começado a pagar em 2013. Naquele ano, o governo decidiu cortar cerca de R$ 4,4 bilhões em receitas das transmissoras. A medida fazia parte das ações para anunciar a prometida redução de 20% na conta de luz, o que de fato ocorreu. No meio desse processo, o governo acabou usando o dinheiro dos fundos setoriais - que pagariam esse valor - para outros fins. Como esse rombo não sumiu, agora ele voltará para a conta de luz carregado de juros. Hoje, seu valor é estimado entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões, por causa dos reajustes acumulados nos últimos três anos.


"O que aconteceu é que, na verdade, retiraram essa receita devida às transmissoras, para reduzir a tarifa de forma artificial", disse Julião. "Essa é a arte da pedalada na conta de luz. Ouvimos que tinham baixado a tarifa, quando na verdade só estavam fazendo um deslocamento temporal do custo."


Dívida longa
A decisão de fazer o repasse bilionário devido às transmissoras de energia para a conta de luz do consumidor foi tomada no início deste ano, depois que o Tesouro Nacional se recusou a pagar a conta, tendo em vista o déficit acumulado nos últimos anos. A previsão é de que os juros da dívida com as transmissoras sejam pagos em até oito anos. Já o valor original da indenização pode ser pago até o fim da vida útil dos equipamentos.


Apesar de o setor elétrico ter retomado seu equilíbrio estrutural de oferta de energia (reflexo da demanda menor, por causa da crise econômica e da melhora nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas), financeiramente o setor ainda está longe de retomar sua normalidade. "A judicialização do setor é resultado desse cenário conturbado e desequilibrado, e não a causa dele", comenta o especialista.


Indenização 
Os valores a que as transmissoras têm direito estão relacionados a investimentos em melhoria e expansão de linhas e subestações anteriores ao ano 2000 e que ainda não foram amortizados. Pela proposta original, o governo não pretendia pagar indenização por essas obras e equipamentos, mas mudou de ideia após uma forte pressão das transmissoras, que sinalizaram que não iriam aderir à proposta de renovação dos contratos.


Quando concordou em pagar a conta às transmissoras, a União garantiu a adesão dessas empresas ao pacote de renovação antecipada das concessões e, a partir disso, anunciou a redução da conta de luz em 20%, ainda em 2013. Essa situação foi sustentada até o fim do período eleitoral, em 2014.


Após as eleições, o governo admitiu que não tinha mais como bancar as medidas com base em aportes do Tesouro Nacional. Hoje, as estimativas indicam que ainda faltam cerca de R$ 24 bilhões para encerrar a encrenca financeira das indenizações de transmissão.


Fonte: Estadão Conteúdo