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sábado, 28 de dezembro de 2013

Como funciona um radar de velocidade?

por Nathália Braga
Pergunta do leitor - Paulo Tiago Martins da Costa,

Santa Bárbara, MG

Com sensores no asfalto, câmeras e uma central de análise. Quando os aparelhos começaram a ser usados, no começo da década de 90, seus sistemas ainda eram complexos e pouco eficientes. Mas, com o avanço da tecnologia, foram aprimorados e ganharam outras funções, como reconhecer carros fora do rodízio ou sem licenciamento. Estima-se que, até o final dos anos 90, o Brasil possuía cerca de 500 radares de trânsito. Hoje, só na cidade de São Paulo, são 582 equipamentos. O reflexo é claro: entre 2006 e 2012, o total de multas no município cresceu 149%.
Segura o pé, José!

Cada R$ 1 investido nos radares de São Paulo rende R$ 14 em multas

1. A velocidade é calculada por dois ou três sensores no asfalto. Quando um carro passa por cima, eles enviam sinais para o computador. Medindo o tempo entre os pulsos e dividindo-o pela distância entre os sensores, encontra-se a velocidade do carro

2. Os sensores estão ligados à câmera. Quando acusam alta velocidade, ela é acionada. Os modelos digitais tiram fotos de 640 x 480 pixels e possuem um programa que identifica a placa dentro da foto. Eles utilizam um sistema de reconhecimento para identificar cada caractere

3. As imagens são criptografadas com informações como data, velocidade e local. Elas só podem ser visualizadas por um programa com a chave certa. O material é enviado via modem celular ao órgão de trânsito para um software de análise

¿ As câmeras filmam sem parar, mas só gravam quando os sensores acusam a infração

4. Um operador analisa os dados. Ele pode registrar a infração, gerando um arquivo impresso enviado ao condutor, ou anular a multa. Nesse caso, as informações (inclusive a justificativa da anulação) ficam armazenadas para auditoria interna.

FONTE:

Adianta apertar o controle remoto mais forte quando a pilha está fraca?

por Marina Motomura

Não. Quando as pilhas estão fracas, não adianta forçar a barra. Também não resolve nadinha misturar pilhas novas com usadas. "A pilha gasta pode consumir parte da energia da nova e diminuir sua vida útil", diz o físico Cláudio Furukawa, da Universidade de São Paulo (USP). Em condições normais, essas minibaterias dão gás para o controle remoto por mais de um ano. Agora se o problema do seu aparelho não for pilha gasta, mas algum mau contato, aí, sim, os apertões podem ajudar.
Tudo sob controleForçar as teclas só resolve em caso de sujeira ou oxidação de peças
1 - O controle remoto é composto de uma placa com os botões de comando, que fica perfeitamente alinhada sobre uma placa com um circuito eletrônico. Cada tecla apertada aciona uma área específica do circuito

2 - O circuito eletrônico é alimentado pela energia das pilhas e envia pulsos para um emissor de raios infravermelhos. Cada área do circuito manda pulsos que piscam de maneira diferente, sendo depois "traduzidos" pelo receptor do aparelho de TV, de DVD...

3 - Caso haja uma oxidação dos componentes do circuito eletrônico, ou se acumule sujeira entre a placa dos botões e a do circuito, pode ocorrer um mau contato. Nesses casos, uma apertada mais forte nos botões pode ajudar a aproximar as peças separadas.

Como funcionam os programas anti-spam?

por Fernando Badô
Para tentar livrar sua caixa de entrada de propagandas e correntes, a maioria dos fabricantes de programas anti-spam conta com uma combinação de técnicas:

• PALAVRAS SUSPEITAS

Um software detecta nas mensagens enviadas características geralmente relacionadas a spams, por exemplo, expressões como "dinheiro fácil" ou "sexo". Segundo os fabricantes, a taxa de acerto é boa, mas pode barrar mensagens normais. "Essa técnica causa uma grande taxa de falsos-positivos, ou seja, o programa acaba bloqueando uma mensagem achando que é spam, mas não é", afirma Wagner Tadeu, diretor-comercial da empresa de segurança digital Symantec.

• LISTAS NEGRAS

São cadastros atualizados que o serviço anti-spam usa para bloquear determinados remetentes. O usuário poderia fazer isso sozinho, mas os spammers (apelido no mundo da informática para as pessoas que enviam spam) mudam constantemente de remetente, driblando o usuário. Para evitar essa malandragem, as empresas de segurança criam caixas-postais "armadilhas" só para receber spams. De tempos em tempos, os novos endereços dos spammers são enviados para o serviço de atualização anti-spam, que bloqueia e desvia as mensagens dos espertinhos assim que elas chegam aos destinatários.

Como é feita a camisinha?

por Artur Louback Lopes
O grande segredo do processo de produção de preservativos é a vulcanização, ou seja, uma reação química que aumenta a resistência da borracha sem fazê-la perder a elasticidade. Aliás, se a vulcanização não existisse, com certeza não existiriam camisinhas ultra-elásticas como as que conhecemos, da mesma forma que não existiriam solas de sapato flexíveis, bolinhas de tênis e pneus. Com a borracha vulcanizada, o processo é simples: basta colocá-la em um molde de vidro e fazê-la secar. "Os grandes segredos da produção de preservativos são a formulação do composto de látex (matéria-prima da borracha) e a distribuição homogênea nos moldes", diz o engenheiro químico Walter Spinardi Junior, da Johnson Johnson, que produz uma das marcas de camisinha mais usadas no Brasil. Mas, como camisinha não é um acessório usado em qualquer parte do nosso corpo, o processo de fabricação conta com detalhes indispensáveis para manter a saúde do seu amigão e evitar surpresas indesejadas. Há vários testes de qualidade e um cuidado redobrado com o material usado, afinal uma pitadinha a mais de certos produtos químicos pode causar alergias no seu tão sensível bilau e colocá-lo no estaleiro por um bom tempo.
Dos pés à cabeçaEntre a floresta e a sua cama, a camisinha passa por um longo processo
1 - A matéria-prima da camisinha é o látex, extraído dos pés de seringueiras. Mas o látex usado para produzir camisinhas não chega à fábrica exatamente como saiu da floresta: para ganhar mais elasticidade, ele é filtrado até ficar com 60% de borracha, o dobro do original - o resto é basicamente água

2 - Apesar de chegar à fábrica com a elasticidade turbinada, o látex precisa ganhar mais resistência. É isso o que faz o processo de vulcanização. O processo consiste em adicionar enxofre e algumas outras substâncias químicas ao látex, e submeter a mistura a altas temperaturas - o calor acelera a reação

3 - No tanque de imersão, o preservativo ganha cara de preservativo mesmo. Para isso, são usados moldes de vidro que, depois de serem lavados e secos, são imersos em um tanque cheio de composto de látex (látex com resistência e elasticidade aumentadas). Dali ele passa por uma estufa, para secar, e passa por outra imersão e outra estufa, que reforçam a camada de látex

4 - Ainda no molde, a camisinha em estado bruto segue na linha de montagem. Primeiro passa por escovas rotativas - como aquelas de lava-rápido -, que formam a bainha na boca do preservativo, deixando-o pronto para a secagem final em uma grande estufa. Ali vai embora toda água presente na matéria-prima e a borracha, enfim, fica durinha

5 - Mais uma etapa de nome estranho: lixiviação. Uma máquina mergulha a camisinha (ainda no molde) dentro de um tanque cheio de produtos químicos para eliminar partículas ruins que podem eventualmente causar alergia ou desconforto aos usuários. Tanto substâncias originais do látex quanto produtos adicionados na vulcanização caem fora nesse processo

6 - Um jato de água apontado para a bainha tira o preservativo do molde, lançando-o direto em uma esteira. O molde volta ao seu ciclo, passando pela lavagem, e a camisinha passa por um banho de talco, sílica ou amido de milho, que acabam com sua consistência grudante. Depois disso, ela é secada novamente e está pronta para os testes de qualidade

7 - Os testes de qualidade são obrigatórios e detalhadamente regulados por normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Absolutamente todos os preservativos passam pelo teste de furos: uma corrente elétrica é aplicada sobre a camisinha e se a energia não correr através da sua superfície é sinal de que não existem furos

8 - A máquina que faz o teste elétrico joga a camisinha na esteira, já enrolada e pronta para receber uma gotinha de lubrificante e ser embalada. Algumas amostras são encaminhadas a outros testes obrigatórios, como o de insuflação de ar (são analisados os limites de pressão e volume) e o teste líquido (um jato de água enche a camisinha até seu limite)

9 - O último teste quem faz é você. Lembre-se de que, apesar de todos os cuidados tomados durante a produção, se você não colocar a camisinha com cuidado, ela pode estourar e causar surpresas desagradáveis. O próximo passo você já sabe, né?!

FONTE:

Como foi inventado o aço inox?

Foi um golpe de sorte de um incansável pesquisador. Em 1907, o inglês Harry Brearley trabalhava em um laboratório para as companhias de aço da cidade de Sheffield. Os fabricantes de armas haviam pedido que ele criasse uma liga mais resistente ao desgaste, pois o interior dos canos das armas se esfarelava com a explosão interna dos gases. Brearley misturou metais em diversas doses até notar que uma certa liga não sofria corrosão por oxigênio, ou seja, não enferrujava. O objetivo dele não era criar um aço com essa característica, mas o pesquisador achou aquilo intrigante e mudou os rumos da sua experiência. Finalmente, ele chegou à combinação de aço com 12% de cromo, liga que enferrujava muito mais lentamente que o aço comum - que, por sua vez, nada mais é que um ferro purificado e mais resistente. Os átomos de cromo, assim como os de ferro, se oxidam em contato com o ar.
Mas o óxido de cromo forma uma espécie de filme finíssimo e invisível em torno do objeto que reveste, impedindo que as camadas de dentro se oxidem também. Os aços inoxidáveis de hoje ainda têm outros metais em sua composição, como o níquel, e são produzidos em diversas composições de dureza e maleabilidade para os mais diversos usos.

Como funciona o vaso sanitário?

por Fernando Badô
Toda privada - vamos falar bonito, todo vaso sanitário - depende de dois componentes básicos para enxaguar as nossas carimbadas na porcelana. O primeiro é o sifão - um tubo curvado que controla o nível de água do vaso, impedindo que ele seque ou transborde. O segundo é a descarga de água, que desce com muita força e faz toda a sujeira literalmente entrar pelo cano. No Brasil, uma descarga usa em média 6,8 litros de água. Muito? "Nem sempre o gasto menor de água por ação significa maior economia. Com 4 litros de água, por exemplo, a energia criada é menor, o que pode obrigar o usuário a dar a descarga novamente. Aí, seriam 8 litros em uma única utilização", afirma o engenheiro Orestes Marracini Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP). :-)
Por água abaixoCada descarga libera em média 6,8 litros de água

1. O primeiro componente essencial ao funcionamento de uma privada é o sifão. Esse tubo curvado faz com que o nível de água no vaso fique sempre constante. Se você fizer xixi, por exemplo, a água sobe até a curva do tubo e depois já escorre para o esgoto

2. Hora do aperto: alguém apertou a descarga. O botão aciona um sistema de alavancas que puxa um tampão no fundo da caixa d’água da privada. Com o buraco aberto na base da caixa d’água, a água escorre em direção ao vaso com toda a velocidade

3. A água liberada pela descarga percorre um cano circular, construído na própria cerâmica do vaso sanitário. Esse cano é todo furadinho, o que faz com que a água seja despejada igualmente por toda a volta do vaso para limpar as paredes internas da porcelana

4. A força da descarga cria um redemoinho na água da privada, fazendo com que toda a sujeira seja varrida do vaso e procure um lugar para onde escoar. A única saída para os 6,8 litros de água e escrementos é seguir em direção ao sifão

5. A energia do jato de água faz com que a água da descarga flua rapidamente pelo sifão, levando os detritos embora. Depois, a água volta a ficar na mesma altura no sifão e no vaso, mantendo o nível da água constante e impedindo que o cheiro do esgoto invada o banheiro

6. Depois da descarga, é hora de encher de novo. Com o tampão já de volta ao fundo da caixa-d’água, a água começa a preencher o recipiente até que uma alavanca presa a uma bóia trave a entrada de água, interrompendo o enchimento quando ela estiver cheia.

FONTE:

Como um e-mail é enviado?

Nossas mensagens seguem uma rota que passa por pelo menos quatro computadores. O primeiro, claro, é aquele em que a gente está digitando o e-mail. O quarto e último também é óbvio: é a máquina de quem vai receber a mensagem. O segredo está justamente no segundo e no terceiro computadores, que formam o meio de campo entre a máquina do remetente e a do destinatário. Esses dois computadores intermediários são os servidores. Um deles se chama SMTP, abreviação para Simple Mail Transfer Protocol, ou "protocolo simples de transferência de correio". O outro é o POP3, Post Office Protocol, ou "protocolo de correio" - o 3 significa que esse tipo de servidor está na terceira versão. Esses servidores são enormes máquinas que fazem um serviço bem parecido com o do correio tradicional, armazenando, separando e mandando as mensagens para o endereço correto. Para realizar essas tarefas, os servidores utilizam programas que gerenciam todo o tráfego de mensagens, fazendo com que cada uma delas seja entregue para a pessoa certa. Os servidores são mantidos por serviços de e-mail como Yahoo!, Hotmail, UOL e Gmail, ou por empresas e instituições de ensino, para que trabalhadores e estudantes tenham um endereço de e-mail ligado a elas. Graças a esses megacomputadores, existem hoje cerca de 547 milhões de endereços de e-mail no mundo, que diariamente mandam 91 bilhões de mensagens eletrônicas pela web. Já é uma quantidade muito superior ao de cartas convencionais que os correios entregam. Só para dar uma idéia, no Brasil, circulam perto de 15 bilhões de e-mails por ano, enquanto o total de cartas não chega a 8 bilhões. Tá certo que os e-mails são muito mais rápidos que as mensagens de papel e caneta, mas o correio eletrônico também tem inconvenientes. Uma das maiores dores de cabeça são os spams, aquelas mensagens indesejáveis que a gente não pediu para receber, mas que entopem nosso correio eletrônico. A cada dia, nada menos que 28 bilhões de spams aborrecem os usuários de e-mails por todo o planeta!
Mandou, chegouMensagens eletrônicas passam por dois megacomputadores antes de atingir o destino

1. Quando um usuário escreve um e-mail e aperta a tecla "enviar", o computador começa uma viagem para entregar a mensagem. Primeiro, ele transforma a seqüência de letras e números na linguagem digital binária, formando enormes combinações de zeros (0) e uns (1), que variam de acordo com o que foi escrito

2. No passo seguinte, a máquina do remetente precisa se conectar a um grande computador, o servidor, que vai armazenar e encaminhar a mensagem para o destino correto. Geralmente, essa conexão é feita por programas do tipo "cliente de e-mail", como o Microsoft Outlook ou o Eudora. Quando a mensagem é mandada por um serviço de e-mail que tem site na internet (o chamado webmail), os próprios sites se conectam ao servidor

3. Por meio de cabos ou linhas telefônicas, a mensagem chega ao servidor do remetente. Chamado de SMTP, esse servidor é um grande computador que identifica o domínio (a parte do endereço que vem depois do @) para encaminhar cada mensagem. Os e-mails que terminam em "@hotmail.com", por exemplo, vão para o servidor do Hotmail, e assim por diante

4. Na quarta etapa, quem recebe as mensagens do SMTP é o servidor do destinatário, chamado de POP3. Ele entrega as mensagens recebidas por cada usuário. Para isso, o POP3 leva em conta o nome que vem antes do @. Por exemplo, o servidor POP3 do Hotmail separa todos os e-mails mandados a maria@hotmail.com e os envia para a caixa postal do usuário

5. A caixa postal de cada usuário nada mais é que um setor do disco rígido do servidor POP3. Protegida por senha, ela só pode ser acessada pelo dono da conta de e-mail. O tamanho da caixa postal varia em cada provedor — hoje, alguns serviços gratuitos oferecem até 100 megabytes de espaço para mensagens

6. O passo final é quando o destinatário lê a mensagem. Para fazer isso, ele acessa a caixa postal usando novamente um programa do tipo cliente de e-mail ou o site de webmail. No computador, o modem faz o processo inverso do primeiro passo: converte a informação digital em letras e números, deixando o e-mail legível na tela.


FONTE:

Como funciona o código de barras?



O código de barras nada mais é do que a representação gráfica da seqüência de algarismos que vem impressa logo abaixo dele. A vantagem das barras é que elas podem ser identificadas rapidamente, e sem risco de erros, por aparelhos portáteis de leitura óptica, como os usados pelos caixas de supermercado. Mas o que realmente importa para identificar o produto é sua seqüência numérica, que também pode ser digitada manualmente pelos caixas. "Esse número funciona como uma espécie de RG do produto, ou seja, não existem dois produtos diferentes com o mesmo número", diz a desenhista industrial Cláudia Ferreira, consultora da EAN, organização internacional que gerencia a distribuição dos códigos no mundo e tem uma representação no Brasil. O sistema de barras foi criado nos Estados Unidos em 1973 e acabou sendo adotado na Europa três anos depois. Mas, enquanto os americanos usam uma seqüência numérica de 12 dígitos, os europeus optaram por um padrão com 13, que foi adotado no resto do mundo.

A partir de 2005, porém, os dois sistemas foram ser unificados. Mas isso não significa que toda a confusão numérica acabou, pois existem ainda outros tipos de códigos especiais, como o formado por 14 dígitos (usado em caixas de papelão para informar a quantidade de produtos guardados) e o de oito dígitos (utilizado quando a embalagem do produto é muito pequena).
Linguagem cifradaSistema mais comum, desenvolvido na Europa, usa 13 algarismos para cada produto

As barras são uma representação gráfica do código binário. Cada traço preto ou branco equivale a um bit (1 ou 0, respectivamente) e cada algarismo é sempre representado por sete bits. Uma barra escura mais grossa que as outras é, na verdade, a somatória de vários traços pretos. O mesmo princípio vale para as barras brancas


AVISO INICIAL


Essas três primeiras barras mais compridas (uma branca no meio de duas pretas) são uma sinalização, indicando que a seguir vem o código do produto. As barras e seus respectivos algarismos não ficam alinhados - por isso o número 7 vem antes das barras de sinalização


REGISTRO NACIONAL


Esses três primeiros números (789) indicam que o produto foi cadastrado no Brasil, apesar de não necessariamente ter sido fabricado aqui. Cada país tem uma combinação própria. A da Argentina, por exemplo, é 779


RG DO FABRICANTE


A segunda seqüência de números, que pode variar de quatro a sete algarismos, é a identificação da empresa fabricante. Esse número é fornecido por uma organização internacional, a EAN, que faz o controle para que não sejam distribuídos números iguais


RG DO PRODUTO


A terceira sequência identifica o produto em si. A numeração varia conforme o tipo, o tamanho, a quantidade, o peso e a embalagem do produto - uma Coca-Cola em lata, por exemplo, tem uma seqüência diferente de uma em garrafa


CHECAGEM FINAL


O último número é um dígito verificador. Ao ler todo o código do produto, o computador faz um cálculo complexo, somando, dividindo e multiplicando os dígitos anteriores. Se a leitura estiver correta, o resultado desse cálculo estranho é igual ao do dígito verificador


FONTE:

Se as supercolas colam tudo, como elas não colam na embalagem?

O truque dos fabricantes é embalar a supercola a vácuo, mantendo a substância adesiva longe do contato com o ar. Isso porque é a umidade da atmosfera que faz a supercola ficar bem grudenta. Vamos explicar como isso acontece usando o exemplo da mais famosa supercola, a Super Bonder. Ela é composta por moléculas de cianoacrilato de etila, uma substância colante que naturalmente adere a plásticos ou metais. Dentro da embalagem, as moléculas de cianoacrilato ficam bem separadas entre si. Por isso, elas não grudam no tubo. Mas quando a gente abre a embalagem, tudo muda: a umidade age como um "gancho" que liga as moléculas de cianoacrilato, transformando a cola na substância supergrudenta que a gente conhece. Essa reação tem um nome: polimerização. "Isso fica mais claro em supercolas do tipo epóxi, como a Araldite. Nesse caso, a substância colante vem em uma embalagem e a que promove a polimerização em outra. Antes de usar a cola, a gente mistura as duas substâncias", diz o químico Henrique Toma, da USP. Se você errar o alvo e grudar os próprios dedos, não se desespere: assim que a cola endurecer, use uma lixa de unha para raspá-la. A água quente também ajuda a amolecer o adesivo.Um grude sóEfeito colante só começa quando o produto entra em contato com o ar

1. A substância adesiva de supercolas é o cianoacrilato de etila. Na embalagem, as moléculas de cianoacrilato não têm contato com o ar e ficam longe umas das outras. Por isso, elas não grudam no tubo
2. Quando o tubo é aberto, as moléculas de cianoacrilato encontram moléculas de água no ar. O vapor atua como um agente de ligação entre as moléculas de cianoacrilato, deixando-as juntas e fazendo-as aderir a quase todos os materiais

FONTE:

Como funciona o luminol?

por Fernando Badô
Essa substância, usada pela polícia para detectar vestígios de sangue, provoca uma reação chamada quimiluminescência. Grosso modo, esse "palavrão" descreve uma reação química que libera energia sob a forma de luz. O luminol é um pó - formado por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio — que é diluído em água oxigenada. Essa solução, quando borrifada nos locais suspeitos, reage em contato com o ferro presente na hemoglobina do sangue e libera uma luz azulada, suficientemente forte para ser vista no escuro. "É produzida quimicamente uma excitação em um elemento químico. No caso do luminol em contato com o ferro, esse elemento é o oxigênio", diz o biologista forense Mark Benecke, da International Forensic Research Consulting, uma entidade de pesquisa criminalística da Alemanha. Abaixo, a gente explica os detalhes dessa reação.
Hora de dar à luz Reação química revela pistas ocultas na cena de um crime
1. Um perito da polícia chega até a casa de um suspeito. A olho nu, ele não vê sinais de sangue — o assassino limpou o carpete da casa onde matou a vítima. Porém, mesmo após a faxina, no meio das fibras do carpete, ficam escondidas moléculas de sangue

2. Após fazer uma varredura completa no local, o perito borrifa a solução de luminol com água oxigenada nos pontos onde ele acha que pode haver vestígios de sangue. Esse procedimento é o último a ser feito pela perícia pois o luminol pode destruir outras evidências

3. Quando as gotas da solução de luminol entram em contato com o ferro da hemoglobina do sangue, átomos de nitrogênio (N) e hidrogênio (H) escapam das moléculas do luminol. De outro lado, a solução passa a capturar átomos de oxigênio (O) do sangue

4. Os elétrons dos átomos de oxigênio se agitam pela saída do nitrogênio e do hidrogênio. A energia dessa movimentação dos elétrons é dissipada em forma de partículas luminosas. O resultado é uma luz azulada que identifica o local onde estão vestígios de sangue. O suspeito tá ferrado!

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Como funcionam os caixas eletrônicos?

Se você apostou que o cérebro desse sistema é um computador, acertou. O microprocessador embutido na máquina faz a mesma coisa que um caixa humano faz no banco. Ele identifica o cliente, confere se há saldo suficiente para sacar a grana, transmite as informações do valor solicitado e autoriza a liberação do "dindim". E o mais importante: como um bom funcionário, ele possui vários mecanismos para garantir que o cliente receba o dinheiro exato, nem um centavo a mais, nem a menos. Mesmo assim, apesar de o sistema apresentar um número relativamente baixo de falhas, elas acontecem. E aí, meu amigo, é a maior dor de cabeça. Se você der o azar de receber notas a menos, só será ressarcido se conseguir provar que isso aconteceu (quando a agência ainda está aberta, o jeito mais fácil é avisar algum funcionário do banco logo depois do saque). Mas, se você sair com uma bufunfa extra, quem pagará a diferença é o funcionário responsável pelo reabastecimento de notas (como é quase impossível que duas notas saiam coladas, a maior fonte de erros é a falha humana, quando alguém coloca notas de 50 reais no compartimento que guarda cédulas de 10 reais, por exemplo). Os primeiros caixas eletrônicos foram criados na década de 30, mas o sistema só ficou eficiente e seguro nos anos 60. A partir daí, essas máquinas invadiram os bancos. Apenas nos Estados Unidos, há 352 mil caixas eletrônicos espalhados em lanchonetes, estádios, shoppings, hospitais e, claro, bancos. Mas o custo social dessa comodidade é alto. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e da Federação Brasileira de Bancos, o total de caixas eletrônicos no país subiu de 3,4 mil para 24,4 mil nos últimos dez anos. No mesmo período, segundo o Dieese, nada menos que 158 mil bancários foram para o olho da rua.
Caminho das cédulasSensor infravermelho impede que a máquina solte notas a mais ou a menos
1. O saque em um caixa eletrônico começa quando o cliente coloca o cartão no leitor magnético. A tarja do cartão guarda o número da conta e o da agência. O leitor recebe essas informações e as transmite a um processador, que libera o acesso à máquina se o cliente digitar a senha correta
2. Se a senha estiver certa, o caixa eletrônico acessa a conta do cliente para verificar o saldo. Para saber estabelecer essa comunicação, o caixa se liga ao servidor do banco por meio de uma linha telefônica. Se houver grana suficiente, o servidor envia ao caixa um sinal elétrico autorizando o saque
3. Daí em diante, o cérebro de todo o sistema, o processador do caixa, comanda o resto da operação. Com o saque autorizado pelo banco, ele aciona os mecanismos que vão entregar as notas para o cliente
4. O dinheiro fica dentro de gavetas de metal, cada uma com um valor diferente de cédula. Cada gaveta guarda entre 2 mil e 2 200 notas. Na hora do saque, um sistema de correias de borracha retira uma nota de cada vez de dentro das gavetas até totalizar o valor solicitado pelo cliente
5. Antes de serem liberadas, as notas passam por um sensor ótico que vasculha possíveis erros — ele consegue identificar duas cédulas grudadas, por exemplo. Caso passem notas a mais ou de valor diferente, elas são desviadas para a gaveta de cédulas rejeitadas


6. Depois de entregue, o dinheiro é debitado na conta corrente. Se o cliente pedir, o processador envia uma ordem para a impressora embutida na máquina e ela emite um comprovante da transação.
FONTE: