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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Resultado da Quina 4480, quarta, 13/09/2017...

Resultado da Quina 4480, quarta, 13/09/2017

O resultado da Quina 4480 será divulgado no GIGA-SENA dia 13/09/2017, quarta-feira, a partir das 20:00 horas.

A Quina 4480 ocorrerá no dia 13 de setembro de 2017 e o prêmio principal está estimado em R$ 4.900.000,00 para quem acertar o resultado da Quina 4480. Quem acertar a QUADRA com 4 números, o TERNO com 3 números ou o DUQUE com 2 números também ganha prêmio de menor valor. Se não houver nenhum ganhador com 5 números no resultado da Quina concurso 4480 o prêmio principal acumula para o próximo concurso da Quina.
Os valores de cada prêmio da Quina 4480 serão informados no painel de resultado do GIGA-SENA após o rateio.
CONCURSO 4480 DATA 13/09/2017
04
25
26
42
61
 
QUINAQUADRATERNODUQUE
prêmio
0,009.140,88120,872,56
ganhadores
x 0x 61x 6.937x 179.865
ACUMULOU!
Próximo Sorteio: 14/09/2017Prêmio Estimado: R$ 6.000.000,00
[AVISO] A QUINA AGORA PAGA 2 ACERTOS!

Resultado da Mega Sena 1967, quarta, 13/09/2017

Resultado da Mega Sena 1967, quarta, 13/09/2017

O resultado da Mega Sena 1967 será divulgado no GIGA-SENA dia 13/09/2017, quarta-feira, a partir das 20:00 horas direto do Caminhão da Sorte.

A Mega Sena 1967 ocorrerá no dia 13 de setembro de 2017 e o prêmio principal está estimado em R$ 5.500.000,00 para quem acertar o resultado da Mega Sena 1967. Quem acertar a QUINA com 5 números ou a QUADRA com 4 números também ganha prêmio de menor valor. Se não houver nenhum ganhador com 6 números no resultado da Mega Sena concurso 1967 o prêmio principal acumula para o próximo concurso da Mega Sena.
Os valores de cada prêmio da Mega Sena 1967 serão informados no painel de resultado do GIGA-SENA após o rateio.
CONCURSO 1967 DATA 13/09/2017
13
30
32
39
46
54
 
SENAQUINAQUADRA
prêmio
0,0040.787,97789,14
ganhadores
x 0x 43x 3.175
ACUMULOU!
Próximo Sorteio: 16/09/2017Prêmio Estimado: R$ 10.000.000,00

Resultado da Lotofácil 1559, quarta, 13/09/2017

Resultado da Lotofácil 1559, quarta, 13/09/2017

O resultado da Lotofácil 1559 será divulgado no GIGA-SENA dia 13/09/2017, quarta-feira, a partir das 20:00 horas.

A Lotofácil 1559 ocorrerá no dia 13 de setembro de 2017 e o prêmio principal está estimado em R$ 1.700.000,00 para quem acertar o resultado da Lotofácil 1559. Quem acertar 14, 13, 12 ou 11 números também ganha prêmio de menor valor. Se não houver nenhum ganhador com 15 números no resultado da Lotofácil concurso 1559 o prêmio principal acumula para o próximo concurso da Lotofácil.
Os valores de cada prêmio da Lotofácil 1559 serão informados no painel de resultado do GIGA-SENA após o rateio.
CONCURSO 1559 DATA 13/09/2017
03
04
05
06
07
09
10
11
14
16
18
19
20
23
25
 
15 acertos14 acertos13 acertos12 acertos11 acertos
prêmio
2.373.187,462.386,3120,008,004,00
ganhadores
x 1x 306x 13.415x 183.053x 1.038.271
Próximo Sorteio: 15/09/2017Prêmio Estimado: R$ 1.700.000,00

Com Eunício na presidência, Senado perde protagonismo político

Há sete meses no comando do Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ainda não conseguiu imprimir uma marca própria no cargo, segundo senadores ouvidos pela Folha.

As reclamações mais frequentes são de falta de diálogo com a presidência e de clareza na pauta de votações.

Na visão dos senadores, as reuniões de líderes têm sido esvaziadas.

Um exemplo dado por um líder partidário, que pediu para não ser identificado, é o crescimento da atuação das comissões em detrimento da pauta do plenário.

De fevereiro a agosto deste ano, o Senado aprovou 133 projetos. Desse total, 68 são resultados de sessões plenárias e, número ligeiramente menor, 65, em comissões.

Como base de comparação, sob a gestão de Renan Calheiros (PMDB-AL), que antecedeu Eunício no cargo, o Senado aprovou 108 projetos de fevereiro a agosto de 2015. Desse montante, o número de finalizações no plenário (70) é quase o dobro do trabalho das comissões (38).

Em 2015, quando a crise do governo Dilma Rousseff se intensificou, Renan propôs a criação da Agenda Brasil como "alternativa" à agenda econômica do Planalto.

Senadores argumentam que, em momentos de dificuldades, como o vivido pelo governo Michel Temer, há espaço para o Senado ganhar protagonismo na cena política. Eles consideram que Eunício tem se mantido excessivamente reservado.

Entre os projetos de envergadura aprovados no Senado este ano, a reforma trabalhista é um exemplo de descontentamento de senadores. Os congressistas reclamam que Eunício foi omisso nas negociações iniciais com o governo e que a Casa teve de se submeter a um calendário imposto pelo Planalto.

O governo pediu que os senadores aprovassem o texto exatamente como veio da Câmara, evitando atrasos. Em contrapartida, se ofereceu para editar uma Medida Provisória que contemplasse alterações desejadas pelos senadores. Dois meses depois da, a MP não foi finalizada.

Senadores também reclamam das ameaças de Eunício de marcar falta para quem não estiver presente.

A cada falta são descontados R$ 1.500 dos salários. A medida é considerada "brusca" pelos senadores.

O presidente da Casa rebate as críticas. Ele nega que falte protagonismo em sua gestão e diz que o Senado aprovou projetos de grande relevância como o teto do gasto público, a reforma trabalhista, o fim do foro privilegiado e matérias econômicas como a TLP (taxa de longo prazo) do BNDES.

"Minha marca é o diálogo, é ouvir todos os partidos, em plenário e nas reuniões de líderes. Os números mostram que aprovamos mais matérias em plenário do que em anos anteriores e mostram que as comissões estão funcionando plenamente, como deve ser", disse Eunício.

Ele rebateu ainda as críticas sobre a marcação de faltas. "Eu peço a presença. Isso não é dar carão em ninguém, não é chamar atenção". 

Fonte: Folha.com

13 de setembro

13 de setembro

 

1276 - Pedro Julião, bispo português, médico e matemático, é eleito papa com o nome de Papa João XXI.
1923 - Primo de Rivera lidera golpe de estado na Espanha, iniciando o período ditatorial.
1993 - Israel e palestinos firmam os Acordos de paz de Oslo, abrindo caminho para a retirada israelense de partes de Gaza.

Nasceram neste dia…
1819 - Clara Schumann, pianista e compositora alemã (m. 1896).
1940 - Óscar Arias, presidente da Costa Rica, prêmio Nobel da Paz e prêmio Príncipe de Astúrias pela sua contribuição para a paz na América Central.
1973 - Fabio Cannavaro (foto), futebolista italiano.

Morreram neste dia…
1321 - Dante Alighieri, escritor italiano (La Divina Commedia) (n. 1265).
1598 - Rei Filipe II de Espanha e Filipe I de Portugal (n. 1527).
1877 - Alexandre Herculano, escritor, historiador e político português.

Fonte: Wikipédia

STF autoriza abertura de novo inquérito contra Michel Temer

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso autorizou nesta terça-feira (12) a abertura de um novo inquérito contra o presidente Michel Temer. O procedimento vai apurar suspeitas de que Temer teria atuado, durante o mandato, para beneficiar empresa que atua no porto de Santos, no litoral de São Paulo, por meio da edição de um decreto de regulamentação do setor.

A nova norma ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concessões e arrendamentos assinados após o ano de 1993 e permitiu que eles possam ser prorrogados até o limite de 70 anos.

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na investigação envolvendo a JBS, também será investigado.

Nessa segunda-feira (11), a Polícia Federal apresentou relatório final no inquérito que investiga o grupo do PMDB na Câmara e disse ver indícios de que Temer integrou organização criminosa, ao atuar junto ao grupo do partido que participou do esquema de propina em empresas estatais. 

"De tudo o que até aqui se viu, há razoabilidade em a Procuradoria-Geral da República considerar haver nos autos elementos suficientes para a instauração de inquérito. Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente da confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca da edição de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A", afirma Barroso na decisão.

As suspeitas sobre Temer em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a partir de uma conversa de pouco mais de 2 minutos com Loures interceptada pela Polícia Federal em 4 de maio. Loures, que foi assessor especial da Presidência, estava grampeado. O deputado tentava saber sobre a assinatura do decreto dos Portos e Temer informou o parlamentar que iria assinar o decreto na semana seguinte. Temer assinou o decreto no dia 10 de maio.

Depois da conversa com Temer, Rocha Loures passou informações por telefone a Ricardo Conrado Mesquita, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários e diretor da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.

Na decisão, Barroso afirma que a abertura do inquérito não traz "prejulgamento" sobre as suspeitas levantadas contra o presidente. "A ninguém deve ser indiferente o ônus pessoal e político de uma autoridade pública, notadamente o Presidente da República, figurar como investigado em procedimento dessa natureza. Mas este é o preço imposto pelo princípio republicano, um dos fundamentos da Constituição brasileira, ao estabelecer a igualdade de todos perante a lei e exigir transparência na atuação dos agentes públicos", diz o ministro na decisão.

Procurado pela reportagem, o Planalto ainda não se manifestou. Quando veio à tona o novo pedido de abertura de inquérito, a assessoria do Palácio do Planalto informou que o presidente não iria comentar o pedido da PGR. 

O que acontece agora
Com a abertura do inquérito, agora começa a fase de investigação pela Procuradoria-Geral da República. Se, após a apuração, a Procuradoria entender que há indícios suficientes contra o presidente, é apresentada uma denúncia ao STF.

Por ser presidente da República, Temer só pode ser processado com autorização da Câmara dos Deputados. Por isso, uma eventual nova denúncia contra o presidente teria que receber o aval dos deputados antes de ser analisada pelo Supremo.

Se houver aval, caberá ao STF decidir se aceita a denúncia e abre um processo criminal contra o presidente, o que tornaria Temer réu e determinaria o afastamento temporário dele do cargo, por 180 dias. Se o julgamento não for concluído nesse prazo ele volta ao cargo. Se condenado, pode perder o mandato.

Entenda o caso
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a investigação de Temer e do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, além de Antônio Celso Grecco e Rodrimar Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos.

O pedido da Procuradoria para este novo inquérito foi baseado nas investigações realizadas a partir da delação de executivos da JBS.

Diálogos gravados entre o delator da JBS Ricardo Saud e Rocha Loures levaram a Procuradoria a suspeitar que outras pessoas teriam agido como intermediários de pagamentos ilegais a Loures e Temer. 

A relatoria foi redistribuída após o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, e a presidente da Corte, Cármen Lúcia, entenderem que o caso não tinha conexão com a Lava Jato nem com o inquérito envolvendo a JBS do qual Temer já é alvo. Cabe a Barroso, como novo relator, decidir sobre a abertura do inquérito contra o presidente da República.

A necessidade de uma investigação dos dois com relação à edição do decreto dos Portos foi inicialmente apontada pelo procurador em junho, quando a PGR enviou ao Tribunal a denúncia contra o Temer por corrupção passiva.

Na época, Janot apontou a necessidade de apurar possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Segundo a PGR, durante as investigações relacionadas ao caso da JBS foram identificados "outros fatos penalmente relevantes, os quais merecem ser devidamente apurados em inquérito próprio".

O relator da delação da JBS, ministro Edson Fachin, pediu, no entanto, que Janot se manifestasse sobre uma eventual conexão dessa investigação com um inquérito que já tramitou no Supremo e foi arquivado em 2011.

A investigação anterior começou a pedido da Polícia Federal em Santos sobre suspeitas de corrupção e fraudes em licitações envolvendo o porto. O caso subiu para o STF para apurar possível envolvimento de Temer, então deputado federal, mas foi arquivado pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Ao reiterar a necessidade da investigação, Janot pediu que o novo inquérito fosse instaurado e distribuído livremente entre os ministros do Supremo. "Não há elementos que indiquem a existência de conexão entre as investigações", afirmou Janot.

Apesar de o pedido de investigação ter sido feito por Janot, caberá a Raquel Dodge, que assume na próxima semana a chefia da PGR, conduzir o inquérito.

Temer é investigado em outros dois inquéritos no STF
Um dos processos teve a tramitação suspensa após a Câmara dos Deputados não autorizar que o Supremo analisasse a denúncia por suspeitas de corrupção apresentada contra Temer pela Procuradoria-Geral da República.

O segundo inquérito, ainda em tramitação, apura suspeitas de que Temer tenha praticado o crime de obstrução de Justiça, ao supostamente incentivar pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que ele não fizesse uma delação premiada, e o crime de integrar organização criminosa.

Fonte: UOL (Com informações do Estadão Conteúdo)

Em decisão unânime, STF mantém Janot em investigações sobre Temer

O interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato terminou depois de 2h10, na sede da Justiça Federal, em Curitiba.

Esta é a segunda vez que Lula presta depoimento na condição de réu em um processo da Lava Jato conduzido pelo juiz Sérgio Moro. No primeiro caso, ele foi acusado de receber R$ 3,7 milhões em propina, de forma dissimulada, da empreiteira OAS. Em troca, ela seria beneficiada em contratos com a Petrobras. Naquela ocasião, ex-presidente acabou condenado naquela ação penal a nove anos e meio de prisão.

Dessa vez, a acusação é sobre um suposto pagamento de propina por parte da construtora Odebrecht. Segundo a denúncia, a empresa comprou um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. A empreiteira também teria comprado um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente, os seguranças que fazem a escolta de Lula.

Entenda a denúncia
Segundo o MPF, os dois imóveis fazem parte de um total de R$ 75 milhões em propinas que foram pagas pela Odebrecht a funcionários da Petrobras e políticos, após a empreiteira firmar oito contratos com a estatal. De acordo com a denúncia, a parte de Lula foi repassada com a intermediação do ex-ministro Antônio Palocci e do assessor dele, Branislav Kontic.

O imóvel que seria para o Instituto Lula fica em São Paulo, na Rua Haberbeck Brandão. O MPF afirma que o terreno foi comprado pela Odebrecht, usando o nome de outra empreiteira, a DAG. Apesar das negociações terem sido feitas e a DAG ter adquirido o imóvel, nada foi construído no local.

Já a compra do apartamento, de acordo com a denúncia, foi realizada com o auxílio de um parente do pecuarista José Carlos Bumlai. Conforme o MPF, Glaucos da Costamarques serviu de "laranja" para adquirir o imóvel para Lula, já que o apartamento era alugado desde que ele chegou à Presidência.

Ao todo, oito pessoas foram denunciadas: Lula, Palocci, Kontic, Paulo Melo, Demerval Galvão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marcelo Odebrecht. A ex-primeira-dama Marisa Letícia também constava na denúncia, mas teve o nome retirado após a morte dela.

Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de propinas e o favorecimento da Odebrecht. A defesa diz que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.

Reformas em sítio
Além do processo em que foi condenado e desta ação penal em que vai prestar depoimento, Lula é réu em um terceiro processo que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada por Sérgio Moro. Nesta ação penal, o petista foi acusado de receber propina da Odebrecht e da OAS, por meio de reformas em um sítio em Atibaia, no interior paulista. Além dele, outras 12 pessoas também foram denunciadas.

O imóvel era usado com frequência pela família de Lula. Para o MPF, o sítio, que na documentação oficial pertence aos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, seria, na verdade, de Lula. Assim como nos demais processos, a defesa de Lula

Esta ação terceira ação penal ainda está nas primeiras fases. Até o momento, o juiz Sérgio Moro não marcou as audiências para ouvir as testemunhas de acusação e defesa.

Fase final
Após os depoimentos de Lula e de Kontic, o advogado Roberto Teixeira também deve ser ouvido. O depoimento dele já deveria ter ocorrido, mas a data foi adiada, depois que ele foi internado em São Paulo, com insuficiência cardíaca. A nova data está marcada para o dia 20 deste mês.

Depois do depoimento de Teixeira, o processo chegará à fase final. O MPF e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais.

Em seguida, os autos voltam para Moro, que vai definir a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Não há prazo para que a sentença seja publicada.

Fonte: G1

Lula depõe por 2 horas e, ao final, pergunta se terá um juiz imparcial; veja o que Moro responde

Com duas horas e dez minutos de duração, o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao fim às 16h26 desta quarta-feira (13). Foi o segundo encontro presencial entre o petista e o juiz federal Sergio Moro, que comanda os processos da Operação Lava Jato na primeira instância --a primeira audiência, em 10 de maio, levou quase cinco horas. 

Ao final de seu depoimento, o ex-presidente perguntou a Moro se "seria julgado por um juiz imparcial". Em resposta, segundo apurou o UOL com pessoas que acompanharam a audiência na 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro afirmou: "Eu nem precisava responder a essa pergunta, mas a resposta é sim".

Lula também falou sobre o ex-ministro Palocci --"Eu não tenho raiva do Palocci. Eu tenho pena dele"-- e, em determinado momento, houve uma discussão porque se referiu como "querida" à procuradora da República Isabel Groba Vieira, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo a Justiça Federal, Lula não respondeu algumas das perguntas que lhe foram feitas.

Aos procuradores, o ex-presidente afirmou que o objetivo do MPF (Ministério Público Federal) é incriminá-lo. Lula voltou a referir-se à apresentação de PowerPoint apresentada pela força-tarefa, na qual ele aparece como chefe do esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Ele perguntou ainda por que o procurador Deltan Dallagnol estava ausente. "Aquele PowerPoint é uma mentira."

A audiência desta quarta está ligada a suspeitas da participação de Lula em um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras. 

Chegada com apoio de manifestantes
Lula chegou às 13h50 ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, passando de carro em um corredor formado por militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que o esperavam desde as 10h30. Ele desceu do automóvel, onde encontrou lideranças do PT como a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional da sigla, e caminhou poucos metros segurando uma bandeira do Brasil. Ao som de "Lula, guerreiro do povo brasileiro", "fora, Temer" e batucadas, o ex-presidente interagiu com militantes. Depois, seguiu de carro à sede da Justiça Federal, onde a audiência marcada para 14h teve início às 14h16.

Moro chegou ao local por volta das 10h, em uma caminhonete escoltada por seguranças da Justiça Federal. O entorno do prédio, com forte esquema de segurança que incluiu um helicóptero, foi bloqueado pela polícia às 9h20. A previsão era de que o bloqueio começasse às 6h30, mas a Secretaria de Segurança Pública do Paraná avaliou que o clima será mais tranquilo do que em maio.

Além de Lula e Moro, estavam na sala de audiências 2 os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato, advogados da Petrobras, que exercem o papel de assistentes de acusação, defensores de Lula e dos outros sete réus, além de uma servidora pública que atua como assistente de audiência.

Um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também está na sala para "garantir as prerrogativas dos advogados que atuam no caso", disse a instituição em nota ao UOL. O conteúdo do depoimento, que está sendo gravado em vídeo, só será divulgado pela Justiça Federal depois do seu término.

O processo
No suposto esquema de corrupção, foram firmados oito contratos, de 2004 a 2012, entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras.

Com desvios que chegaram a R$ 75,4 milhões, segundo denúncia do MPF, Lula teria sido beneficiado com a compra de um terreno em São Paulo que seria sede do Instituto Lula e com a aquisição do apartamento vizinho ao em que ele vive, em São Bernardo do Campo (SP). Lula é acusado ter cometido o crime de corrupção passiva por nove vezes, e o de lavagem de ativos por 94.

Além de Lula, também são réus neste processo:
  • Roberto Teixeira, advogado de Lula
  • Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Lula e de Dilma
  • Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci
  • Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht
  • Paulo Melo, ex-diretor da Odebrecht
  • Demerval Gusmão, proprietário da DAG Construtora
  • Glaucos da Costamarques, empresário

Teixeira será o último réu interrogado. Ele deveria ter sido ouvido em Curitiba na semana passada, em 6 de setembro. Porém, na noite do dia anterior, ele foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Diagnosticado com insuficiência cardíaca aguda, o advogado teve alta na sexta-feira passada (8) e passou a repousar em casa por ordens médicas. Na última segunda-feira (11), atendendo pedido da defesa, Moro remarcou o interrogatório de Teixeira, que deveria ser nesta quarta, para as 13h30 de 20 de setembro.

Passado e futuro
No primeiro interrogatório, em maio, Lula prestou esclarecimentos a respeito da acusação de que estaria envolvido no esquema de corrupção envolvendo três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. Com quase cinco horas, foi um dos mais longos da Lava Jato.

Moro decidiu sentenciá-lo a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele concluiu que Lula "tinha um papel relevante no esquema criminoso que vitimou a Petrobras e que envolvia ajustes fraudulentos de licitação e o pagamento de vantagem indevida a agentes da empresa, a agentes políticos e a partidos políticos".

O petista recorre em liberdade da decisão no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª região, a segunda instância da Lava Jato.

Lula e Moro ainda terão um novo encontro previsto para o primeiro semestre do ano que vem. Em agosto, o juiz tornou o ex-presidente réu pela terceira vez na Lava Jato, agora em um processo sobre um esquema de corrupção envolvendo um sítio em Atibaia (SP), que seria uma vantagem indevida paga a Lula.

A defesa do petista nega as acusações em todos os processos e diz que há uma perseguição política contra Lula.

Fonte: UOL