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domingo, 22 de julho de 2018

EXPRESSÕES RELIGIOSAS UNIVERSAIS

EXPRESSÕES RELIGIOSAS UNIVERSAIS

            Cada grupo religioso institucionalizado e cada religião animista da humanidade traduzem sua experiência do Transcendente a partir dos elementos culturais e étnicos da região de sua origem. A doutrina e os ritos religiosos têm elementos que diferenciam as religiões umas das outras.
            Para além dos elementos culturais adotados por cada religião em seu ambiente de origem, há expressões religiosas que são universais, mais ou menos presentes na doutrina e no vulto de todas as religiões. Essas expressões fazem parte daquilo que Jung, um dos pais da psiquiatria,  chama de inconsciente coletivo da humanidade. São arquétipos que têm um determinado significado simbólico e religioso.
            Até hoje os arquétipos religiosos são encontrados na doutrina e nas cerimônias rituais de todas as religiões, e não têm somente sentido religioso, mas também social.
            Dentre os arquétipos que poderiam ser citados , pode-se acentuar os seguintes, por sua importância  na vida dos adolescentes:
Ø  a água,
Ø  a lua e o fogo,
Ø  a dança,
Ø  a festa,
Ø  o sangue e a violência (na comunidade de massa),
Ø  a iniciação,
Ø  a sexualidade.
v  Responda:
1. Como os grupos religiosos traduzem sua experiência com o Transcendente?
2. O que diferenciam as religiões umas das outras?
3. Onde podemos encontrar os arquétipos religiosos nos dias atuais?
4. Além do sentido religioso, os arquétipos têm um outro sentido. Cite-o.
5. Escreva o nome de quatro arquétipos citados no texto.
“A inteligência e o caráter é o objetivo da verdadeira educação.”

Martin Luther King

OS ÍNDIOS E A CIDADANIA

OS ÍNDIOS E A CIDADANIA

            Hoje os índios já não reivindicam somente a demarcação de suas terras. Eles lutam pelo fim da exclusão social e pelo direito a uma cidadania plena. Ser cidadão é ter direitos e deveres previsto pelas leis nacionais.
            Porém, a plena cidadania dos povos indígenas ainda é uma utopia. Visto que, eles não constituem a nação brasileira e para adquirir cidadania são obrigados a perder a sua identidade, isto é, deixar de ser índio. Se olharmos por esse lado, logo percebemos que o índio é um cidadão brasileiro por naturalização.
            A verdade é que, enquanto o índio mantiver sua identidade cultural, ele pertencerá a uma nação diferente da nação brasileira, isto é, será Pataxó, Yanomami, Guarani, Nambikuára, etc., porque cada uma dessas nações tem suas normas de funcionamento estabelecidas há mais tempo que as regras que foram impostas pelos colonizadores a partir de 1500 e que acabaram sendo adotadas pela Constituição brasileira.
            O que define a cidadania é o estabelecimento de regras que devem ser obedecidas. E o indivíduo para ser considerado cidadão precisa se submeter às regras fundamentais do convívio social. Por estabelecer apenas as regras do convívio social de seu grupo, os índios acabam ficando à margem das decisões políticas, sendo, pois, ignorados pelo Estado e, sendo, na maioria das vezes, tratados como uma criança que precisa ser tutelada.

            Porém, vale salientar que esta situação está mudando, pois os povos indígenas atualmente estão bem mais organizados na luta pela demarcação de suas terras e pelo seu reconhecimento como povos indígenas.

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/os-indios-e-cidadania.html

RELIGIOSIDADE E RELIGIÃO

RELIGIOSIDADE E RELIGIÃO

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/religiosidade-e-religiao.html

ATIVIDADE AVALIATIVA

ATIVIDADE AVALIATIVA 

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/blog-post.html

VIDA DE ÍNDIO

VIDA DE ÍNDIO

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/blog-post_14.html

Diversidade religiosa e direitos humanos

Diversidade religiosa e direitos humanos

https://www.youtube.com/watch?v=iIFG-1tkVNY

ATIVIDADE

FAÇA UM PEQUENO RESUMO DO QUE VOCÊ ENTENDEU ACERCA DO VÍDEO "DIVERSIDADE RELIGIOSA E DIREITOS HUMANOS".
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COMO EXPLICAR O HINDUÍSMO


 
Não é fácil dar uma ideia do Hinduísmo, pois não se trata de uma igreja como as igrejas ocidentais, como instituições centralizadas e princípios fixos nos quais oficialmente os adeptos devem acreditar. Hinduísmo é uma religião bastante livre e, por isso, tem várias faces. Tem uma face popular e uma face intelectualizada; uma face politeísta, uma face monoteísta e outra ainda panteísta.
O povo cultua muitos deuses masculinos e femininos; alguns hindus têm um Deus pessoal, o Senhor de todas as coisas; outros acham que Deus é todas as coisas (é o que chama panteísmo) e não um ser pessoal. Há até correntes hindus que não acreditam em Deus. Muitos hindus, no entanto, acreditam num só Deus que é uma trindade: Brahma, o criador; Vishnu, o protetor e conservador; Shiva, o destruidor.
O que pode, então haver de comum entre todos os hindus? A ideia de transmigração das almas (mais conhecida como reencarnação) e a função da religião de libertar as almas da matéria. Todos os hindus acreditam que morremos e renascemos muitas vezes, mas que devemos nos esforçar para não ter de reencarnar mais e para nos libertar totalmente do corpo. Essa libertação final chama-se moksha. 
 http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/como-explicar-o-hinduismo.html

O QUE É SAGRADO PARA VOCÊ?

O QUE É SAGRADO PARA VOCÊ?

Sagrado é algo digno de
grande respeito e veneração
O sagrado está relacionado
com os sentimentos e o coração
O sagrado está dentro e fora
de você
Está na vida de cada pessoa.
Não importa a cultura, a etnia, a
cor da pele ou a religião
sagrado é seu corpo, sua
casa, seu alimento, sua crença
Sagrada é a voz da consciência que lhe indica o caminho do bem
Sagrada é a natureza, porque dela depende nossa vida!
Sagrada é a beleza e o perfume de cada flor
Sagrada são as árvores, transmissoras de paz e purificadoras do ar
Sagrada é a água que lava o nosso corpo e que sacia a sede
Sagrada é a Mãe-Terra, nossa casa planetária que nos acolhe generosamente
Sagrado é o Universo, santuário da vida
Sagrado é todo gesto de respeito e acolhimento a qualquer criatura
Sagrado é o conhecimento que liberta as pessoas, que engrandece
a vida, que humaniza e amplia a visão de mundo
Sagrada é a ciência, a arte, a filosofia e a religião que enobrece a
alma, eleva a consciência e inspira o coração.

                                                                                                                   Borres Guilouski

RELIGIOSIDADE


 
Religiosidade é a qualidade de ser religioso, de ter uma religião.

E o que é ter religião?
Religião é uma palavra que vem do latim "Religare" e significa "ligar novamente".
A jornada de volta ao modelo da criação, uma união com o EU Superior, que nos levará a liberdade no cosmos. Um processo que nos leva a reunião com a mente de Deus e a libertação da roda viva de reencarnações na matéria.

A religião, é o caminho para ascendermos na vida do éter divino. Religião, não é uma instituição de ensino espiritual, mas uma necessidade de evolução humana para a vida espiritual. Só com a busca da religiosidade, podemos deixar a vida no reino humano, para então vivermos no reino do espírito.

E por que será, que ser uma pessoa religiosa, tornou-se uma coisa tão ruim aos olhos de muitos hoje em dia? Por muito pouco, um filho da luz que esteja cumprindo o primeiro mandamento, "amar a Deus acima de tudo" pode ser chamado de "fanático" e "carola" por seus amigos e parentes.

Adorar a Deus fervorosamente é um valor, e não um defeito. A fé é algo que exige firmeza e dedicação; confiança absoluta e crença religiosa. A Fé é uma aliança entre o homem e Deus e ninguém deve interferir com isso.

Por outro lado, fanáticos religiosos que insistem que todos entrem em seu estado fervoroso de adoração, também é inaceitável. Existem vários caminhos para Deus, muitas são as religiões que podem levar seus seguidores a encontrar a ascensão.


ATIVIDADE AVALIATIVA 4

DE ACORDO COM O TEXTO ACIMA, DESCREVA COM SUAS PALAVRAS O QUE É RELIGIOSIDADE PARA VOCÊ.

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/religiosidade.html

RESPEITO

RESPEITO

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/blog-post_20.html

ÉTICA

ÉTICA

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/blog-post_24.html

A CARTA DA TERRA

A CARTA DA TERRA

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/a-carta-da-terra.html

HONESTIDADE

HONESTIDADE

http://profjanainamagalhaes.blogspot.com/2015/02/honestidade.html

História - Atividades --- HISTORIA - avós e tios



As Invasões Portuguesas
http://www.professorzezinhoramos.com/2013/09/historia-atividades.html

Matemática - Ativadades

Matemática - Ativadades



Resolva as Operações
Horas
sistema monetário
valor posicional

equipotentes
http://www.professorzezinhoramos.com/2013/09/matematica-ativadades.html

Bebendo sem culpa: por que você deve abandonar os canudos de plástico...

Bebendo sem culpa: por que você deve abandonar os canudos de plástico

Depois das sacolas, chegou a vez dos canudos de plástico se tornarem o inimigo número um dos ambientalistas, e países como Reino Unido e gigantes como a rede de fast-food McDonald's já consideram banir seu uso. Por aqui, o Rio de Janeiro é a primeira cidade a abolir o uso desses canudos descartáveis em bares, quiosques e restaurantes.
O projeto, fruto da pressão popular via a ONG Meu Rio, acaba de ser sancionado pelo prefeito Marcelo Crivella e virou lei (ainda sem prazo para entrar em vigor). Enquanto isso, a Câmara Municipal de São Paulo também discute proibir a distribuição dos canudinhos em território paulistano.
Segundo um estudo da revista americana "Science", oito milhões de toneladas de restos plásticos são jogados todos os anos nos mares e oceanos, o equivalente a 250 quilos por segundo. "O plástico representa mais de 90% do lixo encontrado dentro das tartarugas, que são os animais mais afetados por ele. E a gente notou um aumento nessa quantidade com o passar dos anos", conta Rosane Farah, bióloga responsável e gerente da base de reabilitação do Instituto Gremar, de resgate de animais marinhos.
De acordo com o Instituto Akatu, quase 700 espécies, incluindo as ameaçadas, têm sido impactadas pelo material. E defensores do meio ambiente no mundo todo não se cansam de divulgar imagens chocantes do nocivo impacto dos canudos sobre a fauna marinha. Em um vídeo postado nas redes sociais, por exemplo, dois biólogos levam vários minutos para retirar canudos do nariz de uma tartaruga-marinha na Costa Rica.
E parece que a pressão tem feito efeito e levado o assunto para as redes sociais. No tuíte abaixo, a autora conta o seguinte: "Meu garçom perguntou 'Agora, nós queremos canudos ou queremos salvar as tartarugas?' e honestamente nós todos merecemos essa paranóia da culpa ambiental".
A gente precisa deles?
"Os canudos são servidos automaticamente com os copos nos bares. E eles são muito pequenos para serem reciclados. Eles passam por todos os filtros", explica Yasmine El-Kotni, cofundadora da ONG francesa Bas les Pailles (Abaixo os Canudos), que lançou um abaixo-assinado online para pedir sua proibição na França.
Segundo a ONU, 80% de todo o lixo presente nos oceanos é feito de plástico. Mais de 8 milhões de toneladas desse material são despejados nos mares todos os anos, traduzidos em US$ 8 bilhões em danos aos ecossistemas marinhos. Isso porque são consumidos por animais de todos os tamanhos, desde os microscópicos até as baleias.
A Comlurb, Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio, percebeu essa dominação crescente do lixo plástico na cidade. Se antes ele era pouco usado até os anos 1980, hoje ele superou o papel e o vidro no lixo das casas cariocas. 
Agente invisível: o microplástico
"A gente vê quando tem sofá boiando, uma sacola ou um saco de salgadinho e acha um absurdo. Mas o maior problema a gente não está vendo", alerta Gabriel Monteiro, biólogo e mestre em oceanografia pelo Instituto Oceanográfico da USP. Monteiro explica como o plástico se quebra com a luz solar e o impacto das águas e se fragmenta em pequenas partículas, ingeridas acidentalmente pela fauna marina. Isso inclui pequenos filtradores como o zooplâncton, por exemplo, na base da cadeia alimentar.
Além disso, o microplástico é capaz de absorver pesticidas e herbicidas que chegam ao mar. Esse veneno, assim como o óleo, não se mistura com a água, mas quando encontra um plástico, gruda nele. "É como um tupperware com a gordura do molho de tomate: é difícil de lavar. O microplástico acumula agrotóxico e leva isso para dentro dos organismos marinhos. A gente come agrotóxico na salada e em tudo que vem do mar. A tartaruga engasgada com saco plástico é só a ponta do iceberg", explica o biólogo.
Alternativas
A rede McDonald's testa desde meados de junho duas alternativas aos canudos de plástico: canudos biodegradáveis, ou copos com fecho integrado. Já a rede de hotéis Hilton anunciou o fim de cinco milhões de canudos e 20 milhões de garrafas de plástico servidas a cada ano em suas 650 unidades.
Alternativas existem e já estão sendo usadas: inox, canudos de macarrão cru, de bambu, ou comestíveis de diferentes sabores - não faltam ideias de substitutos. No Frank Bar, em São Paulo, desde setembro de 2017, os drinques e bebidas chegam aos clientes sem canudo algum. Se alguém pedir, aí sim é dado um de papel. "Se cada um fizer sua parte, certamente ajudaremos o meio ambiente e também a conscientizar quem estiver próximo ou atrelado ao nosso negócio, incluindo clientes", diz Spencer Amereno, head bartender do local.
"Fiquei muito chocada quando vi, há quatro anos, uma foto de um golfinho morto engasgado com canudinhos de plástico", diz Zazá Piereck, do carioca Zazá Bistrô, onde só dois drinques vêm com canudo de vidro. Todos os outros da carta o dispensam desde 2014. Ela também adotou outras posturas conscientes no estabelecimento, como não vender água em garrafas plásticas e fazer a logística reversa das de vidro -- devolvê-las ao fabricante para a reutilização.
Há mais de um ano, o Empório Jardim, também no Rio, acabou com os canudinhos plásticos e investiu nos de papel. Ainda assim, os copos saem da cozinha sem eles para não incentivar o consumo e evitar a "mecanização" do uso. Com essa atitude, o estabelecimento notou uma diminuição na demanda por parte dos clientes e até do lixo produzido no restaurante.
"Além de charmosos, os canudos biodegradáveis são sustentáveis. Queremos conscientizar a população sobre a necessidade de reduzir o consumo de canudos plásticos, que aparentemente são inofensivos, mas viram uma praga ambiental", explica Marcus Vinicius Barreto, dono do Pesqueiro, especializado em culinária caiçara e mediterrânea no Rio, que trocou os canudos de plástico pelos biodegradáveis no verão deste ano. 
Fonte: UOL

Escorpiões passam a matar mais que cobras no Brasil

Escorpiões passam a matar mais que cobras no Brasil

O tratorista Valdomiro Vieira dos Santos Neto, 34 anos, sempre esteve atento às cobras. Trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar na região de Miguelópolis (SP), ele sabe da ameaça venenosa que representa uma cascavel, por exemplo. Mas não imaginava que um bicho peçonhento muito menor teria o poder de devastar sua família. Há um mês, a picada de um escorpião causou a morte de Felipe, seu filho de 3 anos. O menino foi atacado na mão enquanto brincava com um caminhãozinho dentro de casa.
"A gente tem que evitar entrar em contato com um animal desses", disse Valdomiro, bastante abalado. "Mas eu não tinha essa instrução."
Responsável por 184 mortes no Brasil em 2017, o escorpião ultrapassou as serpentes no topo do ranking de animais peçonhentos que mais matam no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. No mesmo ano, foram registrados 105 casos de morte por veneno de cobra.
De 2013 para cá, aumentou em 163% o número de óbitos causados por esse artrópode; naquele ano, eram apenas 70. A proporção no aumento das mortes é muito maior do que a dos casos notificados de escorpionismo, ou seja, situações em que o escorpião injeta veneno em uma pessoa através do ferrão, sem necessariamente levá-la à morte. Eles somaram 125.156 no ano passado, diante de 78.363 em 2013, um aumento de quase 60%.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais exibem a situação mais alarmante nas tabelas do Ministério da Saúde. Ambos registraram, respectivamente, 26 e 22 mortes por picada de escorpião em 2017.
'O caminhãozinho picou minha mão'
A mulher de Valdomiro, a dona de casa Camila de Oliveira Diniz, 28 anos, conta que, no dia em que seu caçula foi picado, o marido havia arrastado um armário para consertar uma das portas do móvel. Ela supõe que o escorpião, bicho que gosta de lugares escuros e úmidos, estivesse entocado ali atrás.
Assim que o menino reclamou que "o caminhãozinho tinha picado a mão", Valdomiro viu um escorpião amarelo de costas escuras subindo pela parede, perto do brinquedo. Matou o animal com um chinelo e o colocou num papel. Correu com o filho e o bicho para o pronto-socorro do município, a cerca de cinco minutos de carro da sua casa.
O pronto-socorro de Miguelópolis não tinha soro antiescorpiônico quando Felipe e seus pais chegaram ali, no dia 5 de junho, por volta das 15h. Eles foram então encaminhados em ambulância para Ituverava, a 35 quilômetros de distância, onde o menino foi medicado.
"Depois de tomar o soro, ele parecia bem, conversou, perguntou dos cachorros, a gente tinha certeza de que ia trazer ele pra casa", diz a mãe. Ela recorda que à noite, no entanto, ainda no hospital, o filho vomitou, começou a piorar. Ela logo percebeu que o estado de saúde dele se agravara por causa da movimentação da equipe médica. Felipe chegou a receber massagem cardíaca, mas seu corpo deixou de reagir à 1h da manhã. "Deus recolheu o Felipe", disse Camila.
O casal tem outros dois filhos, de 13 e 10 anos, e não se conforma com o fato de a cidade em que mora não dispor do antídoto. "Se o soro estivesse mais perto e mais à mão...", afirma a mãe. Lembrando que um rapaz, conhecido de Valdomiro, tinha tomado recentemente uma picada de escorpião na cabeça, completou: "Está cheio deles por aqui. Se eu posso dizer algo para os pais é que façam uma busca efetiva pela casa, dia sim, dia não, atrás dessa criatura."
Em entrevista à emissora EPTV no dia 6 de junho, a coordenadora de saúde do município de Miguelópolis, Adib Abrahão, reconheceu que há 15 anos a cidade não tem soro antiescorpiônico disponível para seus cidadãos, mas que estaria "vendo todo o protocolo" para adquirir o medicamento. A prefeitura não respondeu à BBC News Brasil para informar se providenciou o soro.
A população de Miguelópolis tem por prática colocar os escorpiões que mata em garrafas PET ou vidros com álcool. Suas coleções pessoais são arregimentadas no banheiro, na cozinha, na área de serviço, nas dobras de lençóis e mosquiteiros, no meio do lixo ou do material de construção estocado perto ou dentro de casa. A maioria dos casos é de picadas nos pés e nas mãos, seguidas de dor intensa no local, que costuma irradiar para os membros. Por vezes, aparecem vermelhidão, inchaço e/ou febre, sintomas ainda considerados leves.
Em casos mais graves, porém, o quadro pode evoluir para náuseas, vômitos, dor abdominal, sudorese excessiva, taquicardia, salivação fora do normal, agitação ou prostração, perda do controle cognitivo, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e choque. "O veneno do escorpião tem uma ação neurotóxica, afetando o sistema nervoso central", diz a bióloga Gabriela Cavalcanti, que trabalhou com escorpiões durante toda a sua graduação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
A recomendação, em caso de ferroada, é procurar o serviço de saúde mais próximo. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida da pessoa ao posto de atendimento. Não se deve fazer torniquete, aplicar qualquer substância no ponto da picada nem fechá-lo com curativo, para não favorecer infecções.
Pernambuco, onde mora Cavalcanti, é o terceiro estado com maior número de mortes por picada de escorpião. No ano passado foram 9 delas, segundo relatório epidemiológico do Ministério da Saúde.
Onde tem barata, tem escorpião
Em janeiro de 2018, um menino, também de 3 anos, teria sido vítima do animal peçonhento enquanto assistia à televisão sentado no sofá de casa, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. A mãe não entendeu, de imediato, o porquê do choro da criança. Só quando um dos dedinhos do garoto passou a ficar roxo ela o levou para o hospital. Moradores do bairro em que mora a família do garoto, Cajueiro Seco, afirmaram ser comum flagrar o bicho nas residências, onde também se multiplicam baratas, para as quais pouco se dá bola.
"Mas onde prolifera barata, tem escorpião", afirma a infectologista Fan Hui Wen, gestora responsável pelo Laboratório de Artrópodes e pelo Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Instituto Butantan, em São Paulo. Baratas são um dos alimentos preferidos dos escorpiões.
Com especialização em saúde pública, a médica cansou de ver casos em que houve demora no diagnóstico por problemas de comunicação com crianças pequenas – que ainda não conseguem verbalizar o que teria causado o incômodo que sentem. Só quando começam a vomitar, por exemplo, é que os pais procuram o pronto atendimento.
A velocidade de ação do veneno varia de pessoa para pessoa, mas a vítima pode morrer duas horas depois de picada. "Um dos motivos pelos quais o óbito por animal peçonhento choca muito é por ser abrupto", diz Wen. "A pessoa está bem, brincando ou trabalhando, e de uma hora para outra entra num quadro agudo."
Crianças abaixo de 7 anos e idosos com saúde debilitada são os que exigem mais atenção, por apresentarem maior risco de alterações sistêmicas. Trabalhadores da construção civil, de madeireiras e de distribuidoras de hortifrutigranjeiros também estão mais vulneráveis ao ataque porque manuseiam objetos e alimentos nos quais o escorpião pode se alojar.
Compra de doses
O Ministério da Saúde informa que foram firmados contratos com os Institutos Butantan e Vital Brazil para o fornecimento de 62 mil frascos do soro antiescorpiônico para todo o país neste ano. O Butantan, em São Paulo, responderia por 44 mil frascos (70,97% do total) e o Vital Brazil, com sede em Niterói, pelos 18 mil restantes. Segundo a pasta, o ministério passa os frascos para os governos, que os repassam aos municípios.
A médica Wen destaca, ainda, que o Butantan recebeu a encomenda ministerial de 35 mil frascos de soro antiaracnídico, um combinado que neutraliza picadas de escorpião e de duas aranhas venenosas, a marrom (Loxosceles) e a armadeira (Phoneutria). Uma pessoa picada por escorpião pode tanto receber o antiescorpiônico quanto o antiaracnídico, mas o inverso não funciona. "Nesse caso, a prioridade do antiaracnídico é para as picadas de aranhas", atesta. Em 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, foram notificados 32.859 casos de acidentes com aranhas, culminando em 30 mortes.
Wen insiste que nem todos os casos de escorpionismo evoluirão para um quadro sistêmico. Cerca de 15% precisarão do soro, justamente por apresentarem os sintomas mais graves. Quando isso se manifesta, recomenda-se usar três frascos por paciente.
"Tem de ser de uma vez só. Não adianta neutralizar metade e, daqui a três horas, aplicar o soro novamente, porque o restante do veneno que ficou circulando no corpo vai continuar agindo." Por ser uma medicação intravenosa, é necessário que seja ministrado em ambiente hospitalar, cuja equipe precisa avaliar se, além do soro, é recomendável um cuidado adicional.
O soro é produzido a partir do veneno do próprio escorpião. No Butantan, a fonte são cerca de 15 mil desses aracnídeos, todos alimentados em cativeiro. A imensa maioria, 99% deles, pertence à espécie Tityus serrulatus, a mais comum no Sudeste, exatamente a que teria atacado Felipe. Mas o soro funcionaria também para o Tityus stigmurus, que predomina no Nordeste do país. Ambos têm uma carapaça amarelada.
Proliferação urbana
Gabriela Cavalcanti explica que um dos motivos da multiplicação acelerada do serrulatus e do stigmurus é que eles podem se reproduzir tanto pela forma sexuada quanto por partenogênese, isto é, quando a fêmea não necessita do macho para originar filhotes. A segunda maneira, segundo a bióloga, é a preferencial dos animais nos centros urbanos pela eficácia no ambiente.
"A prole nasce idêntica à mãe, são portanto todas fêmeas, e com a mesma capacidade de se reproduzirem sozinhas", diz a bióloga. Um exemplar dessas espécies vive, em média, quatro anos. Cada fêmea pode gestar três a quatro vezes ao ano, e cada prole de serrulatus chega até a 20 filhotes. A taxa de natalidade do stigmurus é mais baixa: de 8 a 14 filhotes.
Para os especialistas, o motivo principal da disseminação desses animais no país é a ocupação irregular e desordenada das cidades, agregada a um saneamento básico precário e as toneladas de lixo que se alastram pelo meio urbano.
A preservação de inimigos naturais dos escorpiões, como corujas, lagartos, sapos e galinhas, está no rol das prevenções efetivas apontadas pelos especialistas. Já os inseticidas, por outro lado, são condenados. Borrifá-los pela casa não só pode afetar cachorros e gatos, como desalojar os escorpiões de seus esconderijos e aumentar o número de acidentes.
Fonte: BBC Brasil

Este é o jeito certo de carregar a bateria do seu celular...

Este é o jeito certo de carregar a bateria do seu celular

Poucas coisas são mais frustrantes do que ficar sem bateria no celular, não é mesmo? Você não pode usar nenhum aplicativo e o seu belo smartphone vira um verdadeiro peso de papel. No longo prazo, a duração da bateria diminuiu e isso acontece cada vez mais com você. Mas e se você pudesse evitar que isso aconteça?
A equipe por trás do site Battery University, especializado em baterias, criou uma lista de dicas para você carregar o seu celular do jeito certo. Ao contrário do que muitos acreditam, é melhor carregar o seu aparelho várias vezes por dia e por pouco tempo do que de uma vez só.
E mais: seria melhor que a sua bateria nem atinja 100%.
A longevidade das baterias é medida em ciclos e quanto mais vezes ela for de zero a 100%, mais rápido seu desempenho vai cair.
Manter o smartphone na tomada por longos períodos prejudica a bateria. É por isso que a Sony tem a tecnologia Qnovo nos seus aparelhos. Ela aprende com o seu uso para evitar que a energia continue a ser passada aos produtos após eles chegarem a 100% de carga. Com isso, se você tiver um smartphone Sony topo de linha, como o Xperia XZ1, nem precisa se preocupar tanto com essas dicas.
Se não tem, a Battery University indica que você coloque seu aparelho para carregar quando a carga estiver em 10%. Um pouco antes de chegar à carga total, é bom desplugá-lo.
Outra dica importante é ficar de olho na temperatura do smartphone durante o carregamento. Se ele ficar quente, como acontece muito com carregadores Fast Charging, é bom desconectá-lo.
O melhor, aliás, é usar carregadores com menos amperagem ou mesmo ligar o seu smartphone à porta USB de um computador. O processo será lento, mas mais saudável para o seu produto.
Um bom app para ficar de olho no consumo de bateria é o AccuBattery, disponível para Android.
Essas dicas, é claro, não podem ser aplicadas o tempo todo. Elas são apenas trilhas e não trilhos. Os smartphones estão sempre conosco e não é em todo lugar que temos uma fonte de energia. Ainda assim, se você seguir essas dicas quando puder, a bateria do seu celular pode viver por mais tempo.
Fonte: Exame.com

Estudo revela a curiosa relação entre açúcar e câncer

Estudo revela a curiosa relação entre açúcar e câncer

Em 1931, o médico alemão Otto Heinrich Warburg levou o prêmio Nobel de Medicina por uma descoberta inusitada: células cancerígenas gostam (muito!) de açúcar – e, nos períodos em que o tumor cresce rapidamente, digerem a substância até 200 vezes mais rápido que células normais.
Em 2017, após nove anos de pesquisas, cientistas da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, finalmente descobriram porque isso acontece.
“Nossa pesquisa revela como o consumo hiperativo de açúcar por células cancerígenas leva a um ciclo vicioso de estímulo do crescimento e desenvolvimento do câncer”, afirmou um dos colaboradores, Johan Thevelein, em comunicado.
“Ou seja: nós conseguimos explicar a correlação entre a força do fenômeno descoberto por Warburg e a agressividade do tumor.” Mas qual é, afinal, essa correlação?
A dúvida primordial, aqui, é se o consumo de açúcar pelo tumor é uma causa ou uma consequência do câncer. Em outras palavras, o tumor cresce porque há muito açúcar, ou come muito açúcar porque está crescendo?
Para descobrir, os cientistas usaram leveduras – os fungos que fazem o pão crescer – como organismo modelo. Leveduras consomem açúcar (e por “açúcar”, aqui, entenda carboidrato, e não necessariamente algo doce) no mesmo ritmo alucinante das células cancerígenas, o que as torna ótimas cobaias para estudar o fenômeno.
Além disso, elas possuem proteínas chamadas RAS, que controlam, tanto nos fungos como nos mamíferos, o ritmo das divisões celulares.
O problema do RAS é que, se ele sai de controle por causa de uma mutação genética, ele começa a ordenar a reprodução das células (sejam elas do corpo humano ou de um fungo) em um ritmo muito maior que o necessário.
Células se multiplicam exponencialmente: uma vira duas, duas viram quatro, quatro viram oito. E por aí vai: na décima geração, já há 1024 células mutantes onde antes havia uma só. E é assim que o câncer cresce tão rápido.
A grande sacada dos cientistas foi perceber que a digestão do açúcar no interior da célula desencadeia um processo que estimula a hiperatividade das proteínas RAS, acelerando o crescimento do tumor.
É bom deixar claro que o açúcar não causa câncer. O que causa são mutações genéticas. Ele pode, porém, estimular o crescimento do tumor depois que ele já existe – um conhecimento que, no futuro, poderá ser usado para planejar dietas que desestimulem a multiplicação de células malignas. Combater o câncer pela barriga.
Fonte: Superinteressante

STF libera uso de armas para guardas municipais de todas as cidades do Brasil

STF libera uso de armas para guardas municipais de todas as cidades do Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou em decisão liminar o uso de armas por guardas municipais em cidades com qualquer número de habitantes. A determinação foi assinada nesta sexta-feira, 29.
Atendendo a pedido do DEM apresentado em maio, Moraes derrubou cautelarmente trechos do Estatuto do Desarmamento que proíbem o porte de arma de fogo no Brasil para guarda municipal em munícipios com menos de 500 mil habitantes.
A lei prevê que integrantes das guardas das cidades com mais de 50 mil e menos de 500 mil só podem usar arma quando estão em serviço, e barra qualquer uso para cidades com menos de 50 mil moradores.
Para o ministro, a lei não é razoável, porque não cabe restringir o porte de arma de fogo em função do número de moradores da cidade. “As variações demográficas não levam automaticamente ao aumento ou à diminuição do número de ocorrências policiais ou dos índices de violência”, afirma o ministro.
Moraes destaca dados estatísticos que “confirmam” que a população de um município não é um critério decisivo para medir a necessidade de maior proteção da segurança pública. "Seja pelos critérios técnico-racional relação com o efetivo exercício das atividades de segurança pública, número e gravidade de ocorrências policiais, seja pelo critério aleatório adotado pelo Estatuto do Desarmamento número de habitantes do Município, a restrição proposta não guarda qualquer razoabilidade”, concluiu o ministro.
Ao fazer o pedido ao STF, o DEM afirma que o Estatuto do Desarmamento aplicou tratamento desigual e discriminatório entre os municípios brasileiros.
Cautelar
Moraes, ao justificar dar uma decisão cautelar em ação que trata sobre constitucionalidade, destacou que uma outra ação que trata do tema está liberada para votação do plenário desde março de 2016, sem, no entanto, ser pautada. O processo por meio do qual decidiu sobre o armamento dos guardas também foi liberado por Moraes para julgamento no plenário em fevereiro deste ano.
O ministro destacou o volume de processos esperando pela deliberação do colegiado, o que invoca a necessidade de o tema ser decidido liminarmente, de forma individual, como fez Moraes. 
Fonte: Estadão

Comissão aprova relatório que muda legislação sobre uso de agrotóxicos...

Comissão aprova relatório que muda legislação sobre uso de agrotóxicos

Após discussão de mais de quatro horas, a comissão especial que analisa novas regras para a regulação de agrotóxicos no país aprovou nesta segunda-feira (25) relatório do deputado Luiz Nishimori (PR-PR), favorável à mudança na legislação. Foram 18 votos favoráveis e nove votos contrários.
Para entrar em vigor, o texto precisa passar primeiro pelo plenário da Câmara. Depois, por ter sido modificado, volta ao Senado, onde foi aprovado em 2002. O projeto original é de autoria do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Depois, ainda tem que seguir para sanção presidencial. 
É pouco provável que todas estas etapas sejam cumpridas ainda neste ano, já que há resistências dos próprios parlamentares para votar projetos polêmicos em ano eleitoral.
O relatório derruba restrições à aprovação e uso de agrotóxicos no Brasil, incluindo os mais perigosos, que tenham características teratogênicas ---causadoras de anomalias no útero e malformação no feto---, cancerígenas ou mutagênicas.
Também altera toda a legislação relativa a agrotóxicos, criando um rito bem mais sumário para a aprovação de novos produtos.
O relator fez uma série de mudanças no relatório na semana passada. Entre elas, está a inclusão de uma nova nomenclatura para os agrotóxicos, que passariam a ser tratados na lei como “pesticidas”. Segundo o deputado, a medida visa adequar o termo ao usado por países da OCDE.
Proposta anterior, porém, previa que a nomenclatura adotada fosse de “produtos fitossanitários” --o que gerou protestos de ambientalistas e entidades na saúde.
O relator também propôs novos prazos para registros de novos produtos.
Pelas atuais regras, órgãos dos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente são responsáveis por análises dos novos agrotóxicos, trabalho que normalmente leva mais de cinco anos.
A nova versão do texto, no entanto, prevê que esse prazo não seja maior de dois anos, período após o qual os produtos podem ganhar registro automaticamente. Versão anterior do relatório previa que esse prazo fosse de até um ano.
O relatório, porém, manteve outros prazos, como o de 30 dias para concessão de registro especial temporário e de um ano para produtos formulados, por exemplo.
Em outra alteração, o relatório afirma que, nos casos em que organizações internacionais alertarem para riscos ou desaconselharem o uso do pesticida, autoridade competente deve fazer a reanálise de riscos “considerando aspectos econômicos-fitossanitários e a possibilidade de uso de produtos substitutos”.
O texto, porém, manteve outros pontos polêmicos, como o que prevê mudanças nas atribuições de cada órgão hoje responsável pela análise dos agrotóxicos.
Embora o projeto mantenha a participação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ibama nas avaliações, a proposta aumenta o poder do Ministério da Agricultura no processo.
Para ambientalistas, a alteração restringe o poder da agência de vetar produtos perigosos para a saúde.
Já os membros da bancada ruralista dizem que a legislação atual está defasada e não permite que os produtos mais modernos e seguros cheguem às lavouras nacionais.
De acordo com eles, a centralização na Agricultura não visa retirar poder dos órgãos de saúde, mas dar celeridade ao processo.
Bate-boca e protestos
A discussão chegou a ser iniciada em maio, mas a votação acabou adiada para esta segunda-feira (25) em meio ao embate em torno do tema. 
A sessão foi marcada por protestos com cartazes de grupos contra e a favor do projeto e bate-boca entre parlamentares. 
No início do debate no colegiado, deputados da oposição pediram o adiamento da votação devido à divulgação de nova versão do relatório com menos de 24h para análise. O pedido foi negado.
Como a oposição é minoria na comissão, a estratégia adotada pelos parlamentares de partidos como PSOL, PT e PSB foi a de protelar ao máximo a tramitação na comissão.
Por isso, deputados também fizeram tentativas de obstruir a votação, com requerimentos para realização de audiências públicas e retirada do projeto da pauta. Como a bancada ruralista tem maioria no órgão, os pedidos não foram aprovados.
Na semana passada, a chef e apresentadora de TV Bela Gil acompanhou uma das sessões com cartazes que diziam que o projeto “pode colocar mais tóxicos em sua comida”. A bancada ruralista respondeu com cartazes a favor do projeto, por meio de frases como "+alimentos" e "+ciência".
“A lei atual é de 1989, de 30 anos atrás. Os defensivos agrícolas que usavam naquele tempo eram o DDT, malathion, graças a Deus proibidos. Queremos modernizar o setor”, afirmou na sessão do dia 19 de junho o relator Luiz Nishimori.
A presidente da comissão criticou a oposição, que acusou de querer induzir a população a erro ao chamar de "PL do veneno" a matéria. "Não é verdade, ou vocês não leram ou vocês querem induzir as pessoas a erro", afirmou Tereza Cristina. 
Já os deputados da oposição criticam o projeto. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), criticou o trecho do texto que permite que registro automático de produtos. "Ah, mas causa câncer? Não importa, pode usar. Se em dois anos não for apreciado, pode usar. Isso é uma aberração", afirmou. 
"Qual é o pulo do gato? O Ministério da Agricultura fica com poder total e absoluto para conceder os registros e autorizações de pesticidas", disse o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ). "O projeto de lei é limitador dos direitos da população a um alimento saudável. O interesse econômico está sobrepujando o interesse social." 
Em outro episódio, na quarta-feira (20), foi colocada uma maleta com um alarme, uma espécie de "falsa bomba" segundo a Polícia Legislativa, no fundo do plenário da comissão. O Greenpeace assumiu ter colocado o objeto.
A presidente da comissão, Tereza Cristina (DEM-MS), que é também presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, determinou que a sessão desta segunda fosse fechada a parlamentares, servidores da comissão e jornalistas. Seguranças isolaram o corredor de comissões e revistavam as bolsas daqueles que entravam no plenário. 
Após protestos dos parlamentares, foi permitida a entrada de assessores dos deputados. 
Fonte: Folha.com