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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Nova fraude: MP descobre água e sal em leite distribuído no norte do RS. MP realiza a 7ª etapa da Operação Leite Compensado .



MP realiza a 7ª etapa da Operação Leite Compensado .



(Foto: Cid Martins / Rádio Gaúcha)





O Ministério Público (MP) realiza na manhã desta quarta-feira (3) a sétima etapa da Operação Leite Compensado. Desta vez, foi descoberta a adição de água e sal no produto distribuído na Região Norte do Rio Grande do Sul. Cerca de 120 agentes, incluindo apoio do MP catarinense e da Brigada Militar, cumprem 17 mandados de prisão preventiva e outros 17 de busca em seis cidades da região. Até agora, 10 pessoas foram presas e outras duas estão foragidas.

Entre os envolvidos estão produtores, transportadores e funcionários dos laboratórios de dois postos de resfriamento, bem como os responsáveis por estes estabelecimentos. As amostras foram coletadas diretamente dos tanques dos caminhões que chegavam para descarregar e, também, nos tanques de duas empresas de Erechim e Jacutinga.



Alvo



De acordo com os promotores criminal Mauro Rockenbach e do consumidor Alcindo Bastos, as prisões são de quatro produtores de leite, oito transportadores, dois donos de empresas de transporte e o responsável por um posto de resfriamento do produto, além de dois funcionários do laboratório do mesmo local.

Os postos pertencem à empresa Rempel, em Jacutinga, cujo proprietário foi detido, e a Cotrel, em Erechim. A maior parte do leite é distribuída no Rio Grande do Sul e outra vai para Santa Catarina. Além destes dois municípios, as buscas ocorrem também em Gaurama, Maximiliano de Almeida, Machadinho e Viadutos.

De acordo com o MP, o posto da Rempel que foi interditado hoje enviava o produto para a indústria da BRF, que entre outras marcas é responsável pela Batavo e Elegê. Já o posto da Cotrel mandava o leite para a Aurora, em Santa Catarina, para a Indústria DPA, em Palmeira das Missões, que trabalha com a marca Nestlé.

“É a sétima edição e o que se percebe é que não dispensam a menor consideração ao produto e ao consumidor. A questão que vale para estas pessoas é apenas o lucro, são movidas por pura ganância”, relata Rockenbach.

Os nomes das indústrias, até o momento nenhuma é alvo desta sétima etapa da investigação, ainda não foram divulgados. No fim da manhã será concedida uma coletiva à imprensa para divulgar mais detalhes da operação.






Adulteração

Rockenbach explica que novamente estão colocando água no leite para ter mais volume e assim obter mais lucro. O sal serve para mascarar a adição de água, já que produz alteração no ponto de congelamento do leite e, assim, engana a análise.

“É o que chamam de temperar o leite e temos laudos que deram positivo em relação à adulteração”, explica o promotor. Foram 62 amostras coletadas que deram positivo para a adulteração.

O MP e o Ministério da Agricultura também encontraram um pouco de soda cáustica adicionada ao produto coletado.




ZERO HORA

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