5 formas que seus genes estão dificultando a sua vida sem você saber
Todo mundo só é o que é por conta dos seus genes.
Desde as características físicas à propensão a ter várias doenças são
determinadas por eles. Mas e algumas características que todo mundo tem certeza
que são controláveis ou que não têm nada a ver com os genes? Veja 5 delas que
não estão sob o seu controle:
5. Dirigir bem
O Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF na
sigla em inglês) é secretado pela área do cérebro responsável pela tarefa que
você está realizando neste momento. Pode ser a fala, a leitura, o movimento de
alguns músculos. Mas cerca de 30% dos norte-americanos têm uma variável
genética que limita a secreção do BDNF.
Pesquisadores resolveram testar a habilidade de
direção dessas pessoas. O estudo de 2009 foi publicado na revista Cerebral Cortex,
e teve como o pesquisador principal Steven Cramer.
“Essas pessoas cometem mais erros no dia a dia e
esquecem mais o que eles aprenderam depois de um tempo”, explica Cramer.
O estudo envolveu 29 participantes, que precisaram
dar 15 voltas em um circuito com curvas difíceis. Entre eles, 22 não tinham a
variável genética, e 7 tinham. O teste foi repetido quatro dias depois. As
pessoas com a variável tiveram piores resultados nas duas vezes.
“Fico curioso sobre a genética das pessoas que se
envolvem em acidentes de carro. Queria saber se a taxa de acidentes é maior
para motoristas com a variável”, disse ele.
4. Dificuldade em dormir cedo
Algumas pessoas gostam de dormir com as galinhas e
acordar cedo, enquanto outras só conseguem dormir de madrugada e acordam perto
da hora do almoço. Esta preferência pode ser resultado dos genes.
Muitas pessoas que sofrem ao dormir muito tarde e
acordar cedo têm uma mutação em seu gene CRY1, que afeta o ritmo circadiano. É
este ritmo que regula os padrões de sono, e as pessoas com esta mutação têm
dificuldade em dormir e acabam ficando acordados até duas horas mais tarde do
que as pessoas sem a mutação.
Esta mutação está associada com a síndrome do atraso
das fases do sono, que acomete 10% da população. Quem tem esta síndrome também
costuma sofrer com ansiedade, depressão, doenças vasculares e diabetes. A boa
notícia é que é possível melhorar o sono com algumas estratégias como não
receber estímulo de luzes artificiais no final do dia.
3. Odiar coentro
Algumas pessoas odeiam coentro, e dizem que ele tem
gosto de sabonete. Outras dizem que ele é refrescante e saboroso. Afinal de
contas, por que as pessoas parecem amá-lo ou odiá-lo?
Alguns estudos relacionaram o gosto por coentro com
genes relacionados à detecção de odores e do sabor amargo. Uma pequena variação
do DNA no gene da recepção olfativa está ligado a pessoas que acham que o
coentro tem gosto de sabão.
Lembre-se que esta é uma correlação grosseira, e não
uma explicação para 100% dos casos. É possível que muita gente não goste do
sabor do tempero simplesmente porque tem uma memória negativa associada ao
coentro ou por outro motivo subjetivo.
2. Ouvido absoluto
Pessoas com ouvido absoluto são aquelas que
conseguem identificar as notas musicais fora de contexto. Se você tocar ou
cantar qualquer nota musical sem o acompanhamento do resto da música, elas
conseguem dizer se aquilo é um dó, um mi ou um sol.
Até recentemente sabia-se que poucas pessoas têm
este dom, mas ninguém sabia o motivo. Um levantamento dos anos 1990 mostrou que
apenas 10% dos músicos da prestigiosa escola Juilliard (EUA) têm ouvido
absoluto.
Vários pesquisadores têm sugerido que existe aqui um
componente genético importante.
Uma pesquisa de 2012 da Universidade da Califórnia
mostrou que os genes são parte importante do ouvido absoluto, muito mais que o
treinamento musical desde a infância. Um estudo que envolveu 27 adultos que
tiveram aulas de música desde a primeira infância testou esta habilidade, e
apenas 7 tinham ouvido absoluto.
1. Chamariz de pernilongos
Você já notou que os pernilongos parecem perseguir
ou evitar pessoas específicas? Se eles parecem sempre estar atrás de você, é
possível que você faça parte dos 20% das pessoas do mundo que são especialmente
apetitosas para eles.
Claro que há muitos fatores que atraem ou afastam
esses incômodos insetos, como cor da roupa, dieta e até tipo sanguíneo. Mas o
fator mais importante parece ser o odor liberado pela pele.
Em um estudo que envolvia gêmeos dispostos a serem
picados em nome da ciência, cada irmão expôs as mãos aos pernilongos. A
conclusão foi que os gêmeos idênticos receberam números semelhantes de picadas.
Os gêmeos fraternos, porém, receberam número diferente de picadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário