Um grupo de pesquisadores internacionais desenvolveu uma técnica que transforma resíduos cerâmicos em cimento sustentável. A nova possibilidade permite uma destinação mais útil e adequada para resíduos que seriam descartados em aterros ou lixões.
Os cientistas que integram o estudo são de quatro instituições: Universidade Politécnica de Valência, Universidade Jaume I de Castellón, Faculdade Imperial de Londes e Universidade Estadual Paulista. Juntos os cientistas criaram a nova matéria-prima que já passou por testes e usos em escala laboratorial.
Os resultados foram muito positivos. Além de ser um cimento sustentável, por não utilizar matéria-prima nova, ele também se mostrou muito mais resistente que os modelos tradicionais. “Se trata de um material totalmente novo. Sua principal característica é que não contém o cimento Portland, o que o torna muito mais sustentável do que os cimentos usados atualmente. Ele é composto unicamente pelos resíduos cerâmicos, uma substância ativadora e água”, explica María Victoria Borrachero, pesquisadora da Universidade Politécnica de Valência.
Foto: Divulgação
Até o momento, os cientistas já utilizaram resíduos de pisos e azulejos de cerâmica, itens sanitários e grés porcelânico. O processo é simples, como informado por María. “Primeiro trituramos a cerâmica, moemos e a misturados com uma solução ativadora. Imediatamente depois, a mistura é amassada com areia e o cimento está pronto para ser colocado em moldes e submetido a um processo de endurecimento especial, feito em alta temperatura”.
Para tornar o sistema ainda mais sustentável, os pesquisadores têm testado o uso de cinzas de casca de arroz para complementar os resíduos da cerâmica. Essa possibilidade deixaria o material ainda mais sustentável e barato, por ser feito quase que inteiramente com itens reaproveitados. Esta é uma ótima opção para a destinação adequada dos resíduos da construção civil.
Redação CicloVivo
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