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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Na maior tragédia do Everest, avalanche mata 13 montanhistas enquanto 4 ainda estão desaparecidos.

Brasileiros, entre eles um catarinense, estão no Campo Base da montanha
Avalanche ocorreu a 5.900 metros de altitude e foto foi feita a 5.350 metros, do Campo Base 
Foto: Eric Simonson / International Mountain Guides IMG
Erich Casagrande*


*com informações de portais especializados
Na manhã desta sexta-feira na face Sul no Monte Everest, Nepal, uma avalanche a 5.800 metros de altitude atingiu um grupo de 25 montanhistas - maioria deles xerpas - que faziam a escalada até o Acampamento 1 (5.900 m). Até o momento foram confirmadas 13 mortes e outras 4 estão desaparecidos - apenas 8 foram sobreviveram - na maior tragédia do Everest.

Em 1996, 8 alpinistas morreram perto do cume entre os dias 10 e 11 de maio. Naquela temporada o número total de mortes foi de 15. Neste ano, já são 14 mortes registradas e a via de escalada até o cume nem foi concluída - ou seja - a temporada recém começou. Antes da avalanche, outro xerpa havia morrido por mal de altitude.
A avalanche ocorreu por volta das 7 horas da manhã (22h15min de Brasília) no trecho final da Cascata de Gelo do Khumbu. É estratégico iniciar essa caminhada ainda de madrugada quando o gelo está mais firme e há menos probabilidade de rachaduras na cascata. Essa é a parte tecnicamente mais perigosa da escalada ao Everest e a primeira entre o Campo Base (5.350m) e o Acampamento 1 (5.900m). Acima desse ponto o grande problema é a altitude extrema.
Os montanhistas xerpas que foram atingidos pela avalanche nesta manhã levavam equipamento para os acampamentos 1 (C1) e acampamento 2 (C2) . A via de escalda já estava montanha e os primeiros alpinistas iriam começar os ciclos de aclimatação a partir de amanhã. Com a avalanche a rota de acesso até o C1 foi bloqueada e precisará ser refeita. O fato também deixou isolado um grupo de até 100 montanhistas que já estavam no C1 e no C2.

Seis brasileiros estão no Campo Base

A temporada de escalada em 2014 já significa um recorde brasileiro de tentativas. Neste ano, seis brasileiros estão no Campo Base do Everest e se preparam para escalada. Entre eles o catarinense André Freitas, que já havia concluído o primeiro ciclo de aclimatação e neste sábado tentaria a subida até o C2. Todos estão bem e não devem abandonar a escalado após a tragédia desta sexta-feira, porém o cronograma será readequado.
Entenda como funciona a escalada da montanha mais alta do mundo e os ciclos de aclimatação.

DIÁRIO CATARINENSE

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