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domingo, 26 de abril de 2015

27/04 -- Dia do Engraxate

27/04 -- Dia do Engraxate

27 de Abril
Dia do Engraxate
Em meio a todo o concreto do centro da cidade, o engraxate forja o brilho que falta no mundo. Cabisbaixo, trabalha em silêncio, enquanto o cliente lê o jornal, indiferente à sua existência. Homens de terno e sapato de couro, que raramente percebem a importância desse trabalhador incansável.
Rubem Braga percebeu a poesia da atividade do engraxate, e nada melhor que poesia para homenageá-la:

O ANJO ENGRAXATE

Como soubeste, ó anjo da rua,
que tenho os pés de crocodilo?
Como soubeste, ó anjo da rua,
que o meu sapato já foi lacustre?
e que preciso hoje ficar ilustre?
Como soubeste, ó anjo da rua,
que eu quero ter (pra que ninguém,
hoje, me eclipse) os pés de barro
resplandecentes como os dos anjos
do Apocalipse?
II
Pequei com alma, pequei com o pensamento,
pequei com o corpo. só não pequei com os pés.
Vivo de pés no chão e cabeça no céu.
(No céu ou na lua?)
Ainda agora senti certo gosto de céu
como se houvesse beijado uma santa, na rua.
Tenho os pés inocentes mas em minha cabeça
moram os meus pecados azuis e dourados.
Nem há mal algum em ter pés inocentes.
Pois Cristo não lavou os pés aos seus apóstolos?
Vivo de pés no chão e cabeça no céu.
Mas não é o meu chapéu que ponho atrás da porta
na noite de maior inocência.
São os meus sapatos.
BRAGA, Rubem (org.) Cassiano Ricardo - Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964, p.71-73.
Fonte: Nilc-icmsc-usp
Dia do Engraxate

Os engraxates

A tradição oral napolitana remete ao ano de 1806 o nascimento do ofício deengraxate, quando um operário poliu em sinal de respeito às botas de um general francês e foi recompensado com uma moeda de ouro por isto.
engraxate itinerante tinha uma caixa ao ombro contendo verniz, escovas e espanadores; na cobertura da caixa tinha uma armação de madeira para apoio dos pés alternadamente. Os engraxates, em local fixo, tinham poltronas enormes, quase dos tronos, com cromado dourado e tapeçarias de veludo vermelho.
Os engraxates trabalhavam das oito da manhã as oito da noite, com uma breve pausa, ao meio-dia, para o almoço. Eles ficavam, principalmente, nas esquinas dos cafés; nos lugares mais movimentados.
Durante a Segunda Guerra Mundial, no período da ocupação anglo-americana, apareceram os “sciusciàs”, garotos que para ganhar qualquer coisa lustravam as botas dos militares, além de terem cópias de jornais, goma de mascar e doces. As condições de vida e a luta diária para a sobrevivência destes jovens são descritas magistralmente por Vittorio De Sica em “Sciuscià” (filme de 1946).
Ao término da guerra desapareceram o sciusciàs e também os engraxates de Nápoles, no início dos anos cinqüenta eles eram apenas mil. Hoje em dia, caminhando pelas ruas napolitanas, ocasionalmente, pode-se encontrar algum.
Dia do Engraxate
Ilustração de Patrice Piard do Haiti
Com a imigração italiana começaram a aparecer, por volta de 1877 na cidade de São Paulo, os primeiros engraxates. Eram poucos no início, de 10 a14 anos, todos italianos e percorriam as ruas, das 6 horas da manhã até a noite, com uma pequena caixa de madeira com suas latas, escovas e outros objetos. Trabalhavam também nas estações ferroviárias. Cobravam três vinténs pela engraxada.
Cadeiras de Engraxate
Cadeiras de engraxate, inventadas por Morris N. Kohn em 1890
Dia do Engraxate
Djalma, Robson, Flávio, Cláudio, Josias, Fernando e Pedro 
Alguns dos engraxates da Praça Antonio Prado em São Paulo - 2004
Fonte: www.almanack.paulistano.nom.br
Dia do Engraxate
Um engraxate é uma pessoa que é responsável pela limpeza e polimento dos sapatos de potenciais clientes usando sapato polonês. Tradicionalmente, são pessoas do sexo masculino e muitas vezes crianças. Embora o papel é preterido em diversas áreas do mundo, é o meio de apoio familiar em vários países condição precária. Alguns oferecem o serviço de conserto de sapatos adicional engraxate e alfaiataria. Figuras proeminentes na história de sua vida começaram a ganhar a vida trabalhando como engraxate, incluindo cantores e presidentes.
Dia do Engraxate

História

O sapato polonês era conhecido como um produto comercial até o início do século XX, mas durante o século XIX os engraxates oferececiam seus serviços através das ruas, principalmente nas grandes cidades do Reino Unido.

Profissão Moderna

A profissão é muito comum em muitos países hoje. O salário auferido como um sapato é muito variável, mas é uma percentagem significativa da renda familiar, especialmente se o pai morreu ou é incapaz de trabalhar. No Afeganistão, muitas crianças trabalham como engraxates em seu tempo livre e, possivelmente, ganham cerca de 100 afegãos (cerca de R$ 1) diariamente. Muitas crianças de rua base de sua subsistência, engraxate servir como o único meio de renda ou lavando pára-brisas nas ruas entre os veículos em circulação.
Em algumas cidades, serviço de engraxate é obrigado a obter licenças para trabalhar legalmente. Em agosto de 2007, engraxates de Mumbai, na Índia foram retirados das estações ferroviárias devido a "irregularidades financeiras". Cada associação de engraxate foi exigido na renovação da sua licença, o que preocupou muitos a perder para um rival.

Eminente

Dia do Engraxate
Principais utensílios de engraxate
Algumas pessoas proeminentes que em alguma fase da sua vida foram engraxate:
Ozzy Osbourne - O cantor Inglês de Heavy Metal
Mahmoud Ahmed - cantor etíope
James Brown - "O Padrinho do Soul". Eu costumava brilhar sapatos, cantar e dançar na Nona Avenida, em Augusta, Geórgia , em 1993 a estrada foi rebatizado de "James Brown Boulevard" em sua homenagem.
José Asunción Flores - compositor e criador do gênero musical chamado guarania
Oscar Micheaux - o primeiro cineasta afro -americano
Dick Rowland - trabalhou como engraxate até sua prisão por seu envolvimento em distúrbios em Tulsa
Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente do Brasil
Alejandro Toledo - Presidente do Peru
Lee Trevino - golfista profissional
Malcolm X - ele trabalhou como engraxate na boate , Lindy Hop em Nova York
Eduardo Brito , Extraordinária barítono da República Dominicana , morreu de sífilis depois de uma grande carreira. No começo era um engraxate nos parques de Santiago de los Caballeros.

Na cultura popular

O engraxate é designado:
Bota polonês, Filme Hindi 1954
" Chattanoogie engraxate ", uma música feita por Bing Crosby e Frank Sinatra , entre outros
Confissões de um Menino da parede Shoeshine Street (Confissões de um engraxate de Wall Street), um romance de Doug Stumpf adaptado para a tela.
Bolero de Raquel, (Título parodiando o nome do Bolero de Ravel ), gênero de filme mexicano: comédia , que narra as aventuras de um "bolero" (No México bolero = engraxate) , estrelado por Cantinflas em 1956
Rico Mc Duck , Disney personagem famoso para ganhar o seu primeiro trabalho como uma moeda de engraxate.
Engraxate , 1943 filme musical
Engraxate , 1946 filme italiano que foi homenageado na cerimônia do Oscar em 1948
Underdog , série animada de televisão em que um cão protege sua identidade secreta a trabalhar como engraxate.

Referências

1. Cartwright, Garth. BBC News . 2007. " Mahmoud Ahmed ". Revisado 20 de agosto de 2007 .
2. Rogers, Richard. WRDW. 25 de dezembro de 2006 . " James Brown: Legend, crente, filho favorito de Augusta . " Revisado 24 de agosto de 2007 .
3. Augusta Convention & Visitors Bureau. " James Brown Boulevard ". Revisado 24 de agosto de 2007 .
4. Smith, Rodney. BBC News . 13 de janeiro de 2003 . " chaves do Brasil para testar vezes ". Revisado 20 de agosto de 2007 .
5. BBC News. 8 de abril de 2001 . " Toledo: o engraxate que se tornou um economista ". Revisado 20 de agosto de 2007 .
6. Cooper, Kenneth J. A Bandeira Estado Boston-Bay . 16 de fevereiro de 2006 . " Malcolm: Os anos de Boston ". Revisado 24 de agosto de 2007 .
7. SparkNotes. " SparkNotes: A Autobiografia de Malcolm X ". Revisado 24 de agosto de 2007 .
Fonte: es.wikipedia.org

27/04 -- Dia da Empregada Doméstica

27/04 -- Dia da Empregada Doméstica

27 de Abril
Quem não tem tempo para os afazeres domésticos como passar, lavar, cozinhar e limpar a casa sabe como é necessário contratar alguém que execute esses serviços em troca de remuneração. E, como nossa casa é um ambiente que desejamos que seja o mais agradável possível, é importante que a empregada doméstica saiba cuidar de um lar como se fosse seu.
Dia da Empregada Doméstica
É um trabalho difícil e, por estas e outras, as empregadas domésticas vêm sendo cada vez mais valorizadas hoje em dia. Com isso, conseguem fazer valer seus direitos. A recente conquista do depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS - mesmo que opcional para o empregador, é sinal de que os tempos mudaram.

Quem é o profissional do lar?

Segundo o Ministério do Trabalho, cozinheiro, governanta, babá, lavadeira, faxineira, vigia, motorista particular, enfermeira do lar, jardineiro, copeira são os profissionais considerados domésticos, desde que o local onde trabalham não seja comercial.
Pela Lei 5.859 de 11 de dezembro de 1972, que ampara a profissão, doméstico é toda e qualquer pessoa, homem ou mulher, que presta serviços de modo contínuo em local residencial, sem fins lucrativos para o empregador.
O caseiro também é considerado doméstico se o local onde trabalha não possui fins lucrativos.
Já o zelador e o porteiro de condomínios residenciais ou comerciais não são considerados empregados domésticos.

Empregada doméstica ou diarista?

De acordo com a Justiça do Trabalho, a empregada doméstica só estabelece vínculo empregatício com o empregador quando trabalha mais de duas vezes por semana no mesmo local, para a mesma pessoa e recebe salário pelos serviços prestados.
As características são as mesmas para a diarista, com exceção da continuidade. Ela geralmente presta serviços em locais e dias diferentes, não configurando assim o vínculo.

Seus direitos

Quem já não teve dúvidas sobre os direitos trabalhistas ao contratar os serviços de uma empregada doméstica? Afinal, ela não tem os mesmos direitos que o trabalhador comum como o seguro desemprego, salário família, pagamento de hora extra, jornada de trabalho fixada por lei, adicional por trabalho noturno e estabilidade.
O assunto é complexo e cada caso deve ser analisado a parte. Caso a empregada tenha vínculo empregatício, terá alguns direitos assegurados pela Constituição Federal como pagamento de salário fixo, INSS, 13º salário, férias, repouso semanal remunerado, aposentadoria, auxílio doença e licença maternidade de 120 dias.
Deve exigir recibo do empregador cada vez que receber o salário e este não pode ser inferior ao mínimo.
Um contrato por escrito, especificando horário de entrada e saída, valor do salário, dia da folga semanal e as funções a serem exercidas é importante para que dúvidas não apareçam.
Quanto ao registro na carteira profissional, não só pode como deve tê-lo, sendo providenciado em até 48 horas após sua admissão, mesmo tendo sido estabelecido contrato de experiência.
Em 1999, dos 5.334.533 trabalhadores domésticos brasileiros, apenas 25% tinham carteira assinada, contra 75% sem o direito concedido (dados da PNAD 2000). Alguns anos depois, pouco mudou. Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais 2004, em 2003 este percentual subiu para 27,1%, com larga diferença entre homens e mulheres (40,2% e 26,1%, respectivamente).
Na Região Sudeste, este índice é um pouco mais elevado (33,0%). Os piores indicadores estão nas regiões Norte e Nordeste: respectivamente 10,6% e 15,0% dos trabalhadores domésticos têm carteira assinada.

Seus deveres

A empregada doméstica não tem só direitos, mas deveres que devem serem lembrados e cumpridos. De acordo com a cartilha do Ministério do Trabalho, ao ser admitida, ela deve apresentar alguns documentos como a carteira de trabalho, o carnê de pagamento do INSS, atestado de saúde (se o empregador exigir) e carta de boas referências. Se for demitida ou pedir demissão, deverá entregar a carteira de trabalho ao empregador para que ele faça os procedimentos legais.
Em caso de gravidez, deve comprovar, através de atestado, o mês de gestação e apresentar este documento, além do carnê do INSS e carteira de trabalho para dar entrada ao salário-maternidade.

Conquista

A empregada doméstica tem direito de receber o FGTS. Porém, este direito não é obrigatório, ou seja, o empregador concede se achar que deve. Neste caso, o ideal é que haja um acordo entre ambas as partes.
O pagamento do FGTS é de 8% sobre o salário da empregada e deve ser depositado pelo empregador numa conta aberta na Caixa Econômica Federal. E a partir do momento em que o recolhimento é feito, a empregada passa a ter direito a seguro desemprego até três meses após a demissão e pode requerer 40% de multa caso seja demitida.

Para começar

Para o empregador que não tem tempo de orientar a empregada nas rotinas e tarefas domésticas, já existe um curso gratuito oferecido pelo SENAC. Como lavar, passar, cozinhar, utilizar eletrodoméstico, arrumar a mesa, servir, escolher e aproveitar os alimentos são algumas das lições.
O curso é oferecido somente em algumas unidades do SENAC.
Fonte: www.ibge.gov.br
Dia da Empregada Doméstica

O(a) Empregado(a) Doméstico(a)

Considera-se empregado(a) doméstico(a) aquele(a) maior de 16 anos que presta serviços de natureza contínua (freqüente, constante) e de finalidade não-lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas.
Assim, o traço diferenciador do emprego doméstico é o caráter não-econômico da atividade exercida no âmbito residencial do(a) empregador(a). Nesses termos, integram a categoria os(as) seguintes trabalhadores(as): cozinheiro(a), governanta, babá, lavadeira, faxineiro(a), vigia, motorista particular, jardineiro(a), acompanhante de idosos(as), entre outras. O(a) caseiro(a) também é considerado(a) empregado(a) doméstico(a), quando o sítio ou local onde exerce a sua atividade não possui finalidade lucrativa. A Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, regulamentada pelo Decreto nº 71.885, de 9 de março de 1973, dispõe sobre a profissão do(a) empregado(a) doméstico(a), conceituando e atribuindo-lhe direitos.
A Constituição Federal de 1988, por sua vez, concedeu outros direitos sociais aos(as) empregados(as) domésticos(as), tais como: salário mínimo; irredutibilidade salarial; repouso semanal remunerado; gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias; licença-paternidade; aviso prévio; aposentadoria e integração à Previdência Social.
Com a edição da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, que alterou artigos da Lei n.º 5.859, de 11 de dezembro de 1972, os trabalhadores domésticos firmaram direito a férias de 30 dias, obtiveram a estabilidade para gestantes, direito aos feriados civis e religiosos, além da proibição de descontos de moradia, alimentação e produtos de higiene pessoal utilizados no local de trabalho.
Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres Outra mudança significativa para incrementar a formalização dos vínculos dos empregados domésticos foi a dedução no Imposto de Renda Pessoa Física de 12% do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Esta dedução é garantida sobre o valor do recolhimento referente a um salário mínimo mensal de um doméstico, incluindo a parcela de 13º e 1/3 de férias. Também permitiu ao empregador recolher a contribuição referente à competência de novembro de cada ano até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação (GPS).

Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a)

1. Carteira de Trabalho e Previdência Social, devidamente anotada.
2. Salário mínimo fixado em lei.
3. Irredutibilidade salarial.
4. 13º (décimo terceiro) salário.
5. Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
6. Feriados civis e religiosos.
7. Férias de 30 (trinta) dias remuneradas.
8. Férias proporcionais, no término do contrato de trabalho.
9. Estabilidade no emprego em razão da gravidez.
10. Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário.
11. Licença-paternidade de 5 dias corridos.
12. Auxílio-doença pago pelo INSS.
13. Aviso prévio de, no mínimo, 30 dias.
14. Aposentadoria.
15. Integração à Previdência Social.
16. Vale-Transporte.
17. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), benefício opcional.
18. Seguro-Desemprego concedido, exclusivamente, ao (à) empregado( a) incluído(a) no FGTS. Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres
1. Carteira de Trabalho e Previdência Social – Devidamente anotada, especificando-se as condições do contrato de trabalho (data de admissão, salário ajustado e condições especiais, se houver). As anotações devem ser efetuadas no prazo de 48 horas, após entregue a Carteira de Trabalho pelo(a) empregado(a), quando da sua admissão.
A data de admissão a ser anotada corresponde à do primeiro dia de trabalho, mesmo em contrato de experiência (art. 5º do Decreto nº 71.885, de 9 de março de 1973, e art. 29, § 1º, da CLT).
2. Salário mínimo – Fixado em lei (art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal).
3. Irredutibilidade salarial – (Art. 7º, parágrafo único, da Constituição Federal).
4. 13º (décimo terceiro) salário – Esta gratificação é concedida anualmente, em duas parcelas. A primeira, entre os meses de fevereiro e novembro, no valor correspondente à metade do salário do mês anterior, e a segunda, até o dia 20 de dezembro, no valor da remuneração de dezembro, descontado o adiantamento feito.
Se o(a) empregado(a) quiser receber o adiantamento, por ocasião das férias, deverá requerer no mês de janeiro do ano correspondente (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal, Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, e Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, regulamentada pelo Decreto nº 57.155, de 3 de novembro de 1965).
5. Repouso semanal remunerado – Preferencialmente aos domingos (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal).
6. Feriados civis e religiosos – Com a publicação da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, que revogou a alínea “a” do art. 5º da Lei n.º 605, de 5 de janeiro de 1949, os trabalhadores domésticos passaram a ter direito aos feriados civis e religiosos. Portanto, Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres
a partir de 20 de julho de 2006, data da publicação da Lei n.º 11.324/06, caso haja trabalho em feriado civil ou religioso o empregador deve proceder com o pagamento do dia em dobro ou conceder uma folga compensatória em outro dia da semana (art. 9º da Lei n.º 605/49).
7. Férias de 30 (trinta) dias – Remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais que o salário normal, após cada período de 12 meses de serviço prestado à mesma pessoa ou família, contado da data da admissão. Tal período, fixado a critério do(a) empregador(a), deverá ser concedido nos 12 meses subseqüentes à data em que o(a) empregado(a) tiver adquirido o direito. O(a) empregado(a) poderá requerer a conversão de 1/3 do valor das férias em abono pecuniário (transformar em dinheiro 1/3 das férias), desde que requeira até 15 dias antes do término do período aquisitivo (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal, art. 129 e seguintes da CLT). O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período de gozo (art. 145, CLT).
8. Férias proporcionais – No término do contrato de trabalho. Em razão da Convenção nº 132 da OIT, promulgada pelo Decreto Presidencial nº 3.197, de 5 de outubro de 1999, a qual tem força de lei e assegurou a todos os(as) empregados(as), inclusive os(as) domésticos(as), o direito a férias proporcionais, independentemente da forma de desligamento (arts. 146 a 148, CLT), mesmo que incompleto o período aquisitivo de 12 meses. Assim, o(a) empregado(a) que pede demissão antes de completar
12 meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 9. Estabilidade no emprego em razão da gravidez – Por força da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, foi estendida às trabalhadoras domésticas a estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto.
10. Licença à gestante – Sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de 120 dias (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal). O art. 73, I, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe que o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social à empregada doméstica, em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, que não será inferior ao salário mínimo e nem superior ao limite máximo do salário-decontribuição para a Previdência Social. O salário-maternidade é devido à empregada doméstica, independentemente de carência (art. 30, II, do Decreto nº 3.048/99), isto é, com qualquer tempo de serviço. O início do afastamento do trabalho é determinado por atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou por médico particular. Poderá ser requerido no período entre 28 dias antes do parto e a data de sua ocorrência. Em caso de parto antecipado, a segurada terá direito aos 120 dias.
A licença-gestante também será devida à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção, nos seguintes termos: criança até 1 ano (120 dias); de 1 a 4 anos (60 dias); e de 4 a 8 anos (30 dias), de acordo com o art. 93-A, do mencionado Decreto. Para requerer o benefício, a doméstica gestante deverá apresentar, em uma Agência da Previdência Social (APS), o atestado médico declarando o mês da gestação, a Carteira de Trabalho e o comprovante de recolhimento da contribuição previdenciária. O requerimento do salário-maternidade também poderá ser efetuado pela internet (www.previdenciasocial.gov.br), em qualquer de suas hipóteses: parto, adoção ou guarda judicial. Caso o requerimento seja feito pela internet, o mesmo deverá ser impresso e assinado pelo empregado(a) doméstico(a) e deverá ser encaminhado pelos Correios ou entregue na Agência da Previdência Social (APS), com cópia do CPF da requerente e com o atestado médico original ou cópia autenticada da Certidão de Nascimento da criança.
11 Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres No período de salário-maternidade da segurada empregada doméstica, caberá ao(à) empregador(a) recolher apenas a parcela da contribuição a seu encargo, sendo que a parcela devida pela empregada doméstica será descontada pelo INSS no benefício. Por força da Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006, foi estendida às trabalhadoras domésticas a estabilidade da gestante desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto. 11. Licença-paternidade – De 5 dias corridos, para o empregado, a contar da data do nascimento do filho (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal, e art. 10, § 1º, das Disposições Constitucionais Transitórias).
12. Auxílio-doença – Será pago pelo INSS a partir do primeiro dia de afastamento. Este benefício deverá ser requerido, no máximo, até 30 dias do início da incapacidade. Caso o requerimento seja feito após o 30º dia do afastamento da atividade, o auxílio-doença só será concedido a contar da data de entrada do requerimento, conforme art. 72 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
13. Aviso prévio – De, no mínimo, 30 dias (art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal). Quando uma das partes quiser rescindir o contrato de trabalho, deverá comunicar à outra sua decisão, com antecedência mínima de 30 dias. No caso de dispensa imediata, o(a) empregador(a) deverá efetuar o pagamento relativo aos 30 dias do aviso prévio, computando-o como tempo de serviço para efeito de férias e 13º salário (art. 487, § 1º, CLT). A falta de aviso prévio por parte do(a) empregado(a) dá ao empregador(a) o direito de descontar os salários correspondentes ao respectivo prazo (art. 487, § 2º, CLT). Quando o(a) empregador(a) dispensar o(a) empregado(a) do cumprimento do aviso prévio, deverá fazer constar, expressamente, do texto do aviso, indenizando o período de 30 dias. O período do aviso prévio indenizado será computado para fins de cálculo das parcelas de 13º salário e férias.
14. Aposentadoria – (Art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal). A aposentadoria por invalidez carência – 12 contribuições mensais) dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo do INSS, e será devida a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Será automaticamente cancelada quando o(a) aposentado(a) retornar ao trabalho (arts. 29, I, 43, 44, § 1º, II, § 2º, 45, 46, 47 e 48, do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999). A aposentadoria por idade será devida ao segurado que completar 65 anos e à segurada com 60 anos, uma vez cumprida a carência de 180 contribuições mensais (arts. 29, II, 51, 52, I, do referido Decreto).
15. Integração à Previdência Social – (Art. 7º, parágrafo único, Constituição Federal).
16. Vale-transporte – Instituído pela Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e regulamentado pelo Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, é devido ao(à) empregado(a) doméstico(a) quando da utilização de meios de transporte coletivo urbano, intermunicipal ou interestadual com características semelhantes ao urbano, para deslocamento residência/trabalho e vice-versa. Para tanto, o(a) empregado(a) deverá declarar a quantidade de vales necessária para o efetivo deslocamento.
17. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Benefício opcional, instituído pelo art. 1º, da Lei nº 10.208, de 23 de março de 2001, resultante de negociação entre empregado(a) e empregador(a). A despeito da inclusão do(a) trabalhador(a) doméstico(a) no sistema do FGTS ser facultativa, se efetivada, reveste-se de caráter irretratável em relação ao respectivo vínculo empregatício. O(a) empregado(a) doméstico(a) será identificado(a) no Sistema do FGTS pelo número de inscrição no PIS-PASEP ou pelo número de inscrição do trabalhador no INSS (NIT) Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres Caso não possua nenhuma dessas inscrições, o(a) empregador(a) deverá preencher o Documento de Cadastramento do Trabalhador (DCT), adquirível em papelarias, e dirigir-se a uma agência da CAIXA, munido do comprovante de inscrição no CEI e da Carteira de Trabalho do(a) empregado(a), e solicitar o respectivo cadastramento no PIS-PASEP.
A inscrição como empregado(a) doméstico(a) na Previdência Social poderá ser solicitada pelo(a) próprio(a) empregado(a) ou pelo(a) empregador(a), em Agência do INSS ou, ainda, pela Internet ou pelo PrevFone (0800-780191 – este número estará ativado até 18 de fevereiro de 2007, a partir de então, deve-se ligar para a central de teleatendimento 135). Para a realização do recolhimento do FGTS e da prestação de informações à Previdência Social, o(a) empregador(a) doméstico(a) deverá se dirigir a uma Agência do INSS e inscrever-se no Cadastro Específico do INSS (CEI). A matrícula CEI também poderá ser feita pela internet (www.previdenciasocial.gov.br). O recolhimento, no valor de 8% do salário pago ou devido mensalmente, será feito até o dia 7 do mês seguinte, mas, se no dia 7 não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil anterior ao dia 7.
Para efetuar o recolhimento do FGTS, o(a) empregador(a) deverá preencher e assinar a Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP (disponível em papelarias) e apresentála a uma agência da CAIXA ou da rede bancária conveniada. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, deverão ser observadas as hipóteses de desligamento para recolhimento do percentual incidente sobre o montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato, devidamente atualizados, na conta vinculada do(a) empregado(a):
a) despedida pelo(a) empregador(a) sem justa causa – 40%;
b) despedida por culpa recíproca ou força maior – 20% (art. 18, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990).
Este recolhimento deverá ser efetuado por meio da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Contribuição Social (GRFC), também disponível em papelarias ou no site da CAIXA (www. caixa.gov.br). O empregador também poderá solicitar a emissão da GRFC pré-impressa junto a uma agência da CAIXA. Atente-se que o(a) empregador(a) doméstico(a) está isento da Contribuição Social de que trata a Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001 (art. 1º, parágrafo único, e art. 2º, § 1º, II).
18. Seguro-desemprego – Concedido, exclusivamente, ao(à) empregado(a) inscrito(a) no FGTS, por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses contados da dispensa sem justa causa, que não está em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, excetuados auxílio-acidente e pensão por morte, e, ainda, que não possui renda própria de qualquer natureza. As hipóteses de justa causa são as constantes do art. 482 da CLT, à exceção das alíneas “c” e “g”. Para cálculo do período do benefício, serão considerados os meses de depósitos feitos ao FGTS, em nome do(a) empregado(a) doméstico(a), por um(a) ou mais empregadores(as). O benefício do seguro-desemprego ao(à) doméstico(a) consiste no pagamento, no valor de 1 salário mínimo, por um período
máximo de 3 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o(a) empregado(a) deverá se apresentar às unidades descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego ou aos órgãos autorizados, do 7º ao 90º dia subseqüente à data de sua dispensa, portando os seguintes documentos:
Carteira de Trabalho – Na qual deverá constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, comprovando a duração do vínculo empregatício, durante, pelo menos, 15 meses nos últimos 24 meses.
Termo de Rescisão – Atestando a dispensa sem justa causa.
Documento comprobatório de recolhimento das contribuições previdenciárias e do FGTS – Referente ao vínculo empregatício, como doméstico(a).
• Declarações – Firmadas no documento de Requerimento do Seguro-Desemprego do Empregado Doméstico (RSDED), de que não está em gozo de nenhum benefício de prestação continuada, e de que não possui renda própria suficiente a sua manutenção e à de sua família.
São dispensadas a assistência e a homologação à rescisão contratual do empregado(a) doméstico(a), mesmo no caso do optante, para fins de recebimento do FGTS e do segurodesemprego. Deveres do(a) Empregado(a) Doméstico(a) Ao ser admitido(a) no emprego, o(a) empregado(a) doméstico(a)
deverá apresentar os seguintes documentos:
1. Carteira de Trabalho e Previdência Social – Para obter a CTPS, o(a) trabalhador(a), com mais de 16 anos de idade, deverá se dirigir, portando uma foto 3x4 e qualquer documento de identidade (Carteira de Identidade, Certidão de Nascimento ou Casamento, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Título Eleitoral, etc.), à Delegacia Regional do Trabalho (DRT), às Subdelegacias ou às Agências de Atendimento ao Trabalhador, ou, ainda, ao Sistema Nacional de Empregos (SINE), sindicatos, prefeituras ou outros órgãos conveniados (art. 13 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho).
2. Comprovante de inscrição no INSS – Caso já o possua. Não o possuindo, poderá efetuar seu cadastramento nas Agências do INSS, apresentando o CPF, Certidão de Nascimento ou Casamento, Carteira de Identidade e CTPS devidamente anotada. Poderá, ainda, o(a) trabalhador(a) se cadastrar pela Internet ou pelo PREVFONE 0800780191 (Instrução Normativa n° 95, de 7 de outubro de 2003). Ressaltamos que a partir de 18 de fevereiro de 2007 estará desativado o número do PREVFONE, devendo entrar em contato com a central de teleatendimento 135.
3. Atestado de saúde fornecido por médico – Caso o(a) empregador(a) julgue necessário. Outras Obrigações do(a) Empregado(a) Doméstico(a) Ser assíduo(a) ao trabalho e desempenhar suas tarefas conforme instruções do(a) empregador(a). Ao receber o salário, assinar recibo, dando quitação do valor
percebido. Quando for desligado(a) do emprego, por demissão ou pedido de dispensa, o(a) empregado(a) deverá apresentar sua Carteira de Trabalho a fim de que o(a) empregador(a) proceda às devidas anotações.
Quando pedir dispensa, o(a) empregado(a) deverá comunicar ao(à) empregador(a) sua intenção, com a antecedência mínima de 30 dias. Obrigações do(a) Empregador(a) Anotar a Carteira de Trabalho do(a) empregado(a), devolvendoa, devidamente assinada, no prazo de 48 horas. Deverão ser anotados: data de admissão, cargo ou função, salário contratado e posteriores alterações salariais, período aquisitivo, início e término de férias, data de desligamento do emprego, espécie de estabelecimento, bem como os dados relativos à identificação do(a) empregador(a). É proibido ao(à) empregador(a) fazer constar da CTPS do(a) empregado(a) qualquer anotação desabonadora de sua conduta (art. 29, §§ 1º e 4º, da CLT). Constitui crime de falsidade, previsto no art. 299, do Código Penal, proceder a quaisquer anotações não 17 Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres verdadeiras na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Exigir do(a) empregado(a) apresentação do comprovante de inscrição no INSS. Caso o(a) empregado(a) não possua, o(a) empregador(a) deverá inscrevê-lo(a). Preencher devidamente os recibos de pagamento dos salários, inclusive adiantamentos, sejam mensais ou semanais, solicitando assinatura do(a) empregado(a) no ato do pagamento, o qual deverá ser feito, o mais tardar, até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido (art. 459, § 1º, CLT). Quando a admissão ocorrer no
curso do mês, efetua-se o pagamento proporcional aos dias trabalhados, no prazo referido, tomando-se os meses seguintes por inteiro.
O recibo deverá ser feito em duas vias, ficando a primeira via com o(a) empregador(a) e a segunda com o(a) empregado(a). O pagamento do salário deve ser feito, em dia útil e no local do trabalho, em dinheiro ou mediante depósito em conta bancária, aberta para esse fim, com o consentimento do(a) empregado(a), em estabelecimento próximo ao local do trabalho (arts. 465, 463, e 464, parágrafo único, da CLT); Preencher devidamente os recibos referentes ao pagamento de férias e 13º salário. Fornecer ao(à) empregado(a) via do recolhimento mensal do INSS.

O(a) empregador(a) poderá descontar dos salários do(a) empregado(a):
faltas ao serviço, não justificadas ou que não foram previamente autorizadas;
até 6% do salário contratado, limitado ao montante de valestransporte recebidos;
os adiantamentos concedidos mediante recibo;
contribuição previdenciária, de acordo com o salário recebido. Observação:
O uniforme e outros acessórios concedidos pelo(a) empregador(a) e usados no local de trabalho não poderão ser descontados. Assim como é vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, conforme esclareceu a nova Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006. A nova Lei teve o cuidado de desconsiderar as despesas acima como de natureza salarial, para não impactar nos demais direitos trabalhistas (13º, férias e repouso semanal remunerado) e encargos sociais (INSS e caso opte pelo FGTS). Para moradia, o desconto somente será permitido caso seja fornecida em local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, além de exigir que seja acordada expressamente entre as partes.
Contribuições Previdenciárias
(Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, Instrução Normativa nº 95, de 7 de outubro de 2003, Instrução Normativa nº 100, de 18 de dezembro de 2003 e Portaria nº 342, de 16 de agosto de 2006).
a) O(a) empregado(a) contribuirá com uma percentagem de:
Trabalho Doméstico - Direitos e Deveres Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de agosto de 2006
Salário de Contribuição (R$)
Alíquota de Recolhimento (%)
Até 840,55
7,65
de 840,56 até 1.050,00
8,65
de 1.050,01 até 1.400,91
9,00
de 1.400,92 até 2.801,82
11,00
b) O(a) empregador(a) doméstico(a) contribuirá com 12% do salário contratual. Essas contribuições incidirão também sobre os pagamentos relativos a 13º salário, férias e respectivo 1/3 constitucional, exceto férias indenizadas e 1/3 indenizado na rescisão contratual;
c) O recolhimento à previdência social é de responsabilidade do(a) empregador(a) doméstico(a) e deverá ser feito até o dia 15 do mês seguinte àquele a que a contribuição se refira, prorrogandose o vencimento para o dia útil subseqüente quando não houver expediente bancário no dia 15.
d) O recolhimento da contribuição previdenciária sobre o 13º salário deverá ser feito até o dia 20 de dezembro, antecipando-se o pagamento para o dia útil anterior quando não houver expediente bancário no dia 20. Também é permitido ao empregador recolher a contribuição referente à competência de novembro de cada ano até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º salário, utilizando-se de um único documento de arrecadação (GPS) – conforme parágrafo 6º acrescentado ao art. 30 da Lei n.º 8.212/91 pela Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006.
e) O período de carência para que o segurado faça juz aos benefícios, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, no caso do empregado doméstico, é de 12 contribuições mensais, contado da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referente a competências anteriores. f ) O valor da contribuição patronal calculada até sobre 1 (um) salário mínimo mensal, sobre o 13º salário e sobre a remuneração adicional de férias, também até um salário mínimo, poderá ser deduzido do imposto de renda de pessoa física, a partir de janeiro de 2006, conforme estabelecido nas alterações trazidas pela Lei n.º 11.324, de 19 de julho de 2006.

Informações Importantes para Empregado(a) e Empregador(a)

O(a) empregado(a) doméstico(a) poderá ser contratado(a) em caráter experimental, de modo a que suas aptidões possam ser melhor avaliadas.
O contrato de experiência deverá ser anotado na CTPS do(a) empregado(a) e recomenda-se que seja firmado por escrito entre empregado(a) e empregador(a), podendo ser prorrogado uma única vez, desde que a soma desses períodos não exceda 90 (noventa) dias.
O(a) empregado(a) doméstico(a), por falta de expressa previsão legal, ainda não tem acesso aos seguintes benefícios:
recebimento do abono salarial e rendimentos relativos ao Programa de Integração Social (PIS), em virtude de não ser o(a) empregador(a) contribuinte desse programa;
salário-família;
benefícios por acidente de trabalho (ocorrendo acidente e necessitando de afastamento, o benefício será auxílio-doença);
adicional de periculosidade e insalubridade;
horas extras;
jornada de trabalho fixada em lei;
adicional noturno.
Consoante à Lei nº 7.195, de 12 de junho de 1984, as agências especializadas na indicação de empregados(as) domésticos(as) são civilmente responsáveis pelos atos ilícitos cometidos por estes(as) no desempenho de suas atividades. No ato da contratação, a agência firmará compromisso com o empregador(a), obrigando-se a reparar qualquer dano que venha a ser praticado pelo empregado(a) contratado(a), no período de um ano. A informalidade da relação de trabalho expõe tanto o(a) empregador(a) como o(a) empregado(a) a sérios riscos e transtornos desnecessários, como o de uma eventual reclamação trabalhista.
Fonte: www.mte.gov.br
Dia da Empregada Doméstica

DIARISTA

Há muita controvérsia acerca do assunto, não obstante toda clareza que ele denota.
Por não existir fórmula legal para se estabelecer, com segurança, a distinção entre empregado doméstico e diarista, impõe-se, em cada caso, o exame das peculiaridades de que se reveste a prestação do serviço.
A faxineira que trabalha como diarista tanto pode ser considerada empregada doméstica (e assim ser registrada) como prestadora autônoma de serviço. A distinção entre as duas figuras jurídicas reside na continuidade da prestação dos serviços, cujo conceito é subjetivo. Vale dizer: o que hoje representa um trabalho eventual (autônomo), com o decorrer do tempo pode vir a transformar-se num trabalho contínuo. Essa é a razão por que, em cada caso, impõe-se o exame das peculiaridades de que se reveste a prestação do serviço.
Pois bem! A Lei n.º 5.859/72, que dispõe sobre a profissão de empregado doméstico, considera como tal, em seu art. 1.º, "aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou família, no âmbito residencial destas".
A palavra contínua, empregada na lei, deve ser interpretada como não episódica, não eventual, não interrompida, seguida, sucessiva. Os termos continuidade e não-eventualidade são sinônimos.
Lembra SERGIO PINTO MARTINS ["in" Manual do Trabalho Doméstico (Coleção Temas Jurídicos, v. 7), 2.ª ed., São Paulo : Atlas, 1998:54], que não há como fazer a distinção entre continuidade, prevista no art. 1.º da Lei n.º 5.859 para caracterizar o empregado doméstico, e não-eventualidade, encontrada na definição de empregado do art. 3.º da CLT. MARTINS cita OCTÁVIO BUENO MAGANO, para quem um dos requisitos do contrato de trabalho é a continuidade (Manual de Direito do Trabalho : Direito Individual do Trabalho. 3.ª ed. São Paulo : LTR, 1992, v. 2:49), sendo esse pacto um contrato de trato sucessivo, de duração (1992, v. 2:49-50). Citando também AMÉRICO PLÁ RODRIGUEZ (Curso de Derecho Laboral. Montevidéu [s.n.], 1978:105), quanto aos domésticos, "os serviços podem ser prestados em forma contínua e ininterrupta ou em forma periódica; uma vez por semana, três vezes por semana, uma vez a cada 15 dias, etc.", não afetando a caracterização do trabalhador doméstico.
"Inexiste eventualidade na prestação de serviços de uma faxineira que vai toda semana, por longos anos, à residência da família, sempre nos mesmos dias da semana. Ao reverso, há continuidade na prestação de serviços que são realizados no interesse do empregador, pois as atividades de limpeza e lavagem de roupas são necessidades normais e permanentes do empregador doméstico. A jurisprudência tem orientação no mesmo sentido: 'Trabalho doméstico uma vez por semana - Relação empregatícia. O trabalho doméstico prestado, ainda que uma única vez por semana, de forma contínua, durante considerável lapso temporal, caracteriza a relação de emprego, estando presentes os demais requisitos da pessoalidade, onerosidade, exclusividade e subordinação' (ac. un. da 3.ª T. do TRT-10.ª Região, RO 5.214/93, Rel.ª Juíza Maria de Assis Calsing, j. 17/3/94, DJU 15/4/94, p. 3.894).
'Configura-se a relação empregatícia o trabalho doméstico prestado, ainda que duas vezes por semana, de forma contínua, durante dois anos ininterruptos, sendo a contraprestação salarial proporcional aos dias trabalhados' (TRT-3.ª R. RO 4.920/92, Ac. 4.ª T., j. 2/2/93, Rel. Juiz Pedro Lopes Martins, in LTR 58-04/437)" (1998:54-55). (destacamos)
Somente será considerada trabalhadora autônoma a faxineira que escolha os dias da semana em que pretende trabalhar, mudando-os constantemente, de modo a casar o horário das outras residências onde trabalhe, mas sempre sob sua orientação e determinação própria.
E prossegue SERGIO PINTO MARTINS: "O fato de a diarista prestar serviços uma vez por semana não quer dizer que inexista relação de emprego. O advogado que presta serviços em sindicato, sob o sistema de plantões, uma vez por semana, atendendo exclusivamente aos interesses da agremiação, é considerado empregado, e não autônomo. O importante, no caso, é a faxineira ter a obrigação de comparecer sempre em determinado dia da semana, v. g., segunda-feira, a partir das 8 horas até as 16 horas, ficando evidenciada a subordinação pela existência de imposição patronal quanto ao dia e horário de trabalho. Nesse sentido, podemos colacionar o seguinte acórdão: 'O Direito Positivo pátrio inspirou-se no Direito alemão e será doméstico o trabalhador que preste serviços em determinados dias da semana, contínua ou alternadamente, em horário reduzido ou integral - Na categoria destes trabalhadores encontra-se a 'doméstica a dia', mais conhecida como 'diarista' - Relação de emprego conhecida - Provimento do recurso da empregada, com a determinação da anotação na CTPS' (ac. un. da 2.ª T. do TRT-9.ª Região, RO 321/89, Rel. Juiz Euclides Alcides Rocha, j. 12/10/89, DJPR 6/12/89, p. 112)." (1998:55) (destacamos)
Por fim, ressalte-se que, desde que haja compatibilidade de horários de trabalho, nada impede que o empregado doméstico trabalhe para mais de um empregador (de forma simultânea, portanto), em razão do que, e sem nenhuma dúvida, deverá o empregado doméstico ter mais de um contrato de trabalho anotado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
Fonte: www.apatroaesuaempregada.com.br

26/4 -- Primeira Missa no Brasil

26/4 -- Primeira Missa no Brasil

A Primeira Missa no Brasil
No dia 26 de abril de 1500, num banco de coral na praia da Coroa Vermelha no litoral sul da Bahia, foi rezada uma missa de Páscoa, a primeira de tantas que desde então foram celebradas naquele que veio a tornar-se o maior país católico do mundo. Acompanhe os passos iniciais dos padres evangelizadores e as etapas das missões católicas no Brasil Colonial.

Frei Henrique sacraliza o ato de posse do Brasil
"E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles (os índios) se levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado: e então tornaram-se a assentar como nós... e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção." - Carta de Caminha a El-Rei, 1º de maio de 1500

A Primeira Missa e a conclusão de Caminha

Dias já faziam em que estavam os lusos ali entre idas à praia e voltas ao mar. Carregavam água, frutas e o lenho para os barcos, enquanto dois carpinteiros separavam um enorme tronco para a feitura da Cruz. Os índios, uns oitenta ou mais, tagarelas, estorvantes, arrodeavam os marinheiros em seus afazeres, olhando pasmos o efeito do fio do ferro na árvore. Da mata próxima vinham os barulhos da bicharada, o ruído forte dos papagaios, dos bugios, e de uma poucas pombas rolas. A missa mesmo, a primeira no Brasil, deu-se no Domingo de Páscoa, 26 de abril de 1500, quando afincaram a Cruz no chão macio de um banco de areia em Porto Seguro.
O Frei Henrique de Coimbra, um franciscano, oficiou-a todo aparamentado, enquanto a tripulação congregava-se na praia as voltas do altar. Tomavam posse daquela Ilha de Vera Cruz, em nome do rei de Portugal e da santa fé católica. Os nativos, dóceis, se portaram de tal modo que Caminha convenceu-se da fácil conversão deles no futuro. Um par de padres, dos bons, escreveu ele ao rei, bastava.
A decisão de vir ocupar o Brasil
Porém, não foi essa a decisão da Coroa. Demorou quase meio século para que um reduzido destacamento de jesuítas desembarcasse no Brasil para fins de catequese. As políticas anteriores de ocupação da nova terra ( o arrendamento ao consórcio de cristãos-novos de Fernão de Noronha, e, depois, a doação de capitanias), redundaram em fracasso. Foi o acirramento do combate teológico contra os protestantes, e as visitas das naus bretãs e flamengas atrás do pau-tinta, quem fez o rei abandonar a desatenção para com o Brasil. Tinha urgentemente que ocupar os pontos estratégicos da costa e por aqueles hereges à correr. Ou tomava conta de vez, ou perdia tudo.

Os primeiros seis missionários

Dia da Primeira Missa
Anchieta e o Padre Nóbrega
A guerra econômica e religiosa das Europas, transferiu-se assim para o Brasil. Nos barcos de Tomé de Souza, o fundador de Salvador, vieram junto, em março de 1549, os soldados de Cristo, os homens-de-preto da recém fundada ordem de Santo Inácio de Loyola. Eram apenas quatro. O Padre Manoel da Nóbrega e o Padre Aspicuelta Navarro foram os mais famosos, depois, é claro, do Padre José de Anchieta que arribou mais tarde. A eles juntaram-se mais dois: Antônio Rodrigues, um ex-soldado mestre nos idiomas nativos, e Pêro Correia, um ricaço que decidira-se pelo hábito talar, e que, para Nóbrega, "era a melhor língua do Brasil". O trabalho era imenso. Evangelizar aquela massa de gentios, com mil falas, que se espalhava por aquele mundão todo, era tarefa de gigantes. Talvez nem o apostolo Paulo, no lugar deles, conseguisse.
Desentendeu-se Nóbrega, a seguir, com o teólogo Quirino Caxa, examinador dos Casos de Consciência da Bahia que dera o parecer, bem pouco cristão, de que um pai índio, em caso de penúria "da grande", podia vender seus filhos, e que o próprio nativo, se em idade para tanto, podia empenhar a si mesmo. Lançada as fundações do Colégio de Meninos de Salvador, o Padre Nóbrega, o cérebro estratégico da Companhia de Jesus no Brasil, não demorou em perceber, depois de uma visita que fez a São Vicente, bem mais ao sul, das vantagens da instalação de um centro de catequese no Planalto de Piratininga.
Dia da Primeira Missa
Ícone da Virgem, poderoso instrumento da conversão

A Espada e a Cruz

Soubera lá, ao tentar demover o branco João Ramalho em deixar de ser um sultão em meio a uma serralho de índias, que o Rio Tietê era um intrometido. Enfiava-se por todo o sertão. Construindo o Colégio de São Paulo, batizado em janeiro de 1554, a cavaleiro daquele rio de caipiras, ele se entregaria à conquista espiritual da bacia do Paraná. Sonhou em chegar até ao Paraguai. Com um missal e um rosário em punho, seguido por um reduzido coral de curumins flautistas, enfiados em canoas, faria milagres. Estenderia um Império Teocrático até o sopé dos Andes. Dissuadiu-o Tomé de Souza, que não queria briga com os castelhanos. Virou-se então para a necessidade de vir ocupar-se a Guanabara (escreveu ao bispo em Salvador, dizendo-lhe do perigo de abandonar-se aquela área). Não sem antes que lhe lembrassem, citando-lhe as Constituições de 1556 da Companhia de Jesus, para que evitassem ter escravos, que assumissem a pobreza cristã.
Dia da Primeira Missa
Estácio de Sá desembarca no Morro do Cão
Logo, Estácio de Sá, em campanha contra os franceses no Rio de Janeiro, chamou-o. Queria o padre Nóbrega e seus orfeus-mirins para que, com seus trinados, exorcizassem a presença calvinista da Baía da Guanabara e fizessem sossegar os Tamoios. Apresentou-se o jesuíta a ele em 1565. A batina e a couraça, a cruz e a espada, aliadas, garantiram que São Sebastião do Rio de Janeiro ficasse com os lusitanos.
Dada a pouca esperança de muitos portugueses em ver prosperar aquela capitania, muitos deram a desandar, a desertar. Queriam voltar para a terrinha, para Lisboa. Ai deles! Nobrega virou fera. Deus os mandar ali, e eles tinham que ficar. Nada de frouxuras. Chamaram-no de tirano, disseram-se "cativos do faraó", mas se aquietaram.

A expansão do Catolicismo

E assim, com igrejas e capelas, santuários erguidos nas aparições da Virgem, orações, cantorias, procissões, conversões e batismos, trazendo mais padres e outras ordens (dos franciscanos, carmelitas, beneditinos, mercedários, e outros), a Igreja Católica foi doutrinando, educando e civilizando o bruto que aqui estava, e o outro bruto que aqui chegava. Com ameaças ao Inferno, recorrendo. por vezes, à "vara de ferro" e ao látego, erguidos contra o animismo, o feiticismo, a magia e a heresia, espantaram-nos desta parte do Novo Mundo. Uma Santa Casa aqui, um Colégio acolá, uma cama de lençóis para um doente, um tema de Cícero, um asilo para um órfão, uma lição do De Bello Gallico, que, somados aos oceânicos sermões do Padre Vieira, fizeram com que se mantivesse em mãos católicas uma das maiores extensões de terras do mundo ocidental. E dizer que tudo isso começou há 500 atrás, numa improvisada missa campal, puxada à frente de uma cruz de madeira bárbara, em hora de sol a pino, encerrada em seu final à bulha de "corno ou buzina", saltos e danças, feitos por uns nativos esquisitos, numa desconhecida praia da Bahia!
Dia da Primeira Missa
Padre Vieira, o gigante do século barroco

Etapas da Conquista Espiritual do Catolicismo no Brasil Colonial

MissõesÁreas geográficas alcançadas
1º Movimento
(Litoral)
A partir de 1549: ocupação do litoral, a costa do pau-brasil e a zona da mata açucareira, que abarcavam o Rio Grande do Norte até São Vicente. Política de fundações de colégios e implantação de aldeamentos, lideradas pelos Padres Nóbrega e Anchieta
2º Movimento
(Sertão)
A partir de 1554: adentrando o interior pelo Rio São Francisco e pelo Rio Tietê, a partir do Planalto de Piratininga, com fundação de aldeamentos nas beiras dos rios.
3º Movimento
(Floresta)
Entre 1620-1650: ocupando São Luís do Maranhão, depois da rendição da França Equinocial, em 1616, penetram nas planícies do norte pelos rios Pindaré, Itapecuru e Mearim, e, partindo de Nossa Senhora do Belém do Pará, remando pelo Rio Amazonas a dentro, vão até as fronteiras mais orientais da floresta. O principal dessas missões foi o Padre Vieira (1653-1661)
4º Movimento
(Minas)
A partir de 1700: impulsionado pelo clero secular e pelas irmandades, que se espalham pelas áreas do garimpo do ouro e dos diamantes, por Vila Rica do Ouro Preto, Sabará, São João del Rei, Diamantina, e de lá, na carona das monções, atingindo Goiás e Cuiabá.
Referências:
Adaptado, com pequenas alterações, de Eduardo Hoonaert (org.) História da Igreja no Brasil na Primeira época, Petrópolis RJ, Ed. Paulinas-Vozes, Tomo II/1983.
Fonte: www.memorial.rs.gov.br
Primeira Missa no Brasil

História

A história da cidade de Santa Cruz Cabrália iniciou-se no ano de 1500 com o descobrimento do Brasil, quando o navegador português Pedro Álvares Cabral a procura de um porto seguro, ancorou suas naus num ilhéu de águas claras e calmas, hoje ILHÉU de COROA VERMELHA, dentro de uma baía larga e aconchegante, hoje BAÍA CABRÁLIA.
O capitão-mor, após ao desembarque e ao primeiro contato com os índios Aymoré, tomou posse da nova terra e ordenou que fosse erguida uma cruz com as armas e divisas de Portugal.
Os pontos geográficos denominados de ILHÉU de COROA VERMELHA e BAÍA CABRÁLIA, fazem parte do acervo natural do Município como MARCO DA GRANDE DESCOBERTA.
Neste ilhéu, no dia 26 de abril de 1500, foi celebrada pelo frei Henrique Soares, de Coimbra, a PRIMEIRA MISSA NO BRASIL.
* "... Ao domingo de Pascoela pela manhã, determina o capitão ir ouvir missa e sermão naquele ilhéu. E mandou todos os capitães que se arranjassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu e dentro levantar um altar bem arranjado e ali com todos nós fez dizer missa, a qual disse o padre Frei Henrique de Coimbra em voz entoada e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.
Enquanto assistíamos a missa e o sermão, estaria na praia outra tanta gente, pouco mais como a de ontem, com seus arcos e setas, andava folgando e olhando-nos sentaram-se..."
No dia 01 de maio, na foz do rio Mutarí, foi celebrada a SEGUNDA MISSA NO BRASIL, local este, onde Cabral abasteceu todas as naus com lenha, água doce e, no dia 02 de maio de 1500 prosseguiu sua viagem às Índias.
O tempo de permanência de Cabral e sua armada em terras brasileiras foi de apenas 10 (dez) dias, ou seja, de 22 de abril a 01 de maio de 1500.
*Trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra, narrando a celebração da missa ao rei de Portugal.

COLONIZAÇÃO E POVOAMENTO DE SANTA CRUZ CABRÁLIA

1534 - Criação das Capitanias Hereditárias pelo rei de Portugal. O Brasil foi dividido em 15 lotes e entregue a 12 (doze) donatários. A capitania de Porto Seguro foi doada a Pero de Campo Tourinho, nobre português de Viana do Castelo que, mobilizando 500 pessoas desta cidade, que na época contava com 2000 habitantes, partiu de Portugal rumo à nova terra.
1535 - Chegada de Pero de Campo - Tourinho e colonos ao Brasil. Criação das primeiras povoações às margens do rio Mutarí, com o primitivo nome de VERA CRUZ e da sede da capitania às margens do rio Buranhém, localizado no atual município de Porto Seguro.
Ano de fundação do atual município de Santa Cruz Cabrália.
1541 - A partir deste ano devido aos constantes ataques dos índios aimoré, assaltos, assolações e brigas entre Pero de Campo Tourinho e colonos, a povoação do rio Mutarí se muda para as margens do rio Sernambetiba (atualmente rio João de Tiba ) com o nome de Santa Cruz.
1832 - Na data de 13 de dezembro é assinado, pelo Sr. Presidente da Província do Estado da Bahia Dr. Honorato José Paim, o decreto que elevou a povoação à categoria de VILA DE SANTA CRUZ.
1833 - Na data de 23 de julho deste ano a vila foi elevada à categoria de município, sendo instalado o Município de Santa Cruz com Governo próprio e Câmara de Vereadores.
1931 - Na data de 08 de julho deste ano, o município de Santa Cruz perdeu sua autonomia por dois anos, por um ato precipitado do interventor federal Dr. Artur Neiva, sendo anexado ao município de Porto Seguro.
1933 - Na data de 04 de agosto deste ano, foi assinado o decreto de nº 8.594 pelo ex - interventor Juraci Montenegro Magalhães devolvendo a autonomia ao município de Santa Cruz desmembrando-o do município vizinho, Porto Seguro.
1935 - No dia 09 de março deste ano, por força do decreto n.º 9.400 foi incorporado ao nome Santa Cruz, o nome Cabrália, batismo realizado pelo padre Ayres de Casal, passando então o município a chamar-se definitivamente SANTA CRUZ CABRÁLIA.
1938 - Pelo decreto - lei n.º 10.724 de 30 de março deste ano, assinado pelo interventor Dr. Landulfo Alves de Almeida, o município de Santa Cruz Cabrália foi elevado à categoria de cidade.
ACERVO ARQUITETÔNICO
Localizado na Cidade Alta de Santa Cruz Cabrália, foi tombado em 29 de janeiro de 1981 pelo SPHAN como PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL E PAISAGÍSTICO compreendendo:
IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - Construída pelos jesuítas em 1630.
O PRIMEIRO CEMITÉRIO DA CIDADE - Localizado na área atrás da Igreja Nossa Senhora da Conceição.
CASA DE CÂMARA E CADEIA - Prédio construído em dois pavimentos constituído de uma cadeia com duas celas na parte térrea. No pavimento superior funcionava a Administração da Vila de Santa Cruz. Em 1665, foi instituída a primeira Intendência do Brasil que funcionou até o ano de 1945, o prédio ainda serviu como Delegacia e Câmara de Vereadores. Em 1965, o prédio encontrava-se em péssimo estado de conservação, sendo desativado o andar superior, já em ruínas.
Fonte: www.portonet.com.br