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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sob vaias na Arena, Grêmio perde para o VEC, ex-lanterna do Gauchão. Time de Felipão sofreu a segunda derrota consecutiva em casa no estadual.

Time de Felipão sofreu a segunda derrota consecutiva em casa no estadual

Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS

O sinal de alerta está ligado na Arena. A segunda derrota consecutiva em casa do Grêmio no Gauchão, desta vez para o Veranópolis, por 1 a 0, evidencia que a equipe passa bem longe do que se pode considerar como aceitável. Indignada com a falta de perspectiva, a torcida, em número reduzido no sábado de Carnaval, protstou com força. Desde 1962 o time não perdia dois jogos em sequência em casa para equipes do interior.

Uma pesada vaia desabou sobre os jogadores do Grêmio quando o árbitro Daniel Soder assinalou o final do primeiro tempo. Era a reação de uma torcida ainda machucada pela derrota sofrida dias antes para o Brasil-Pel e que, ao contrário de ver em campo uma equipe disposta a se reabilitar, enxergava um grupo de jogadores apáticos, incapaz de pressionar o adversário.

A tentativa de jogadas rápidas pelos lados do campo, com Everton e Luan, esbarrava no bem montado sistema defensivo do Veanópolis. Mas não era só isso. Quando encontravam espaço, os dois atacantes esbarravam na própria falta de determinação. Do mesmo mal padecia Lucas Coelho, sumido entre os zagueiros.

O meio conseguia ser ainda pior. Douglas, que chegou a fazer gesto de reprovação aos torcedores que o vaiavam, retardava o jogo com passes laterais. Fellipe Bastos e Marcelo Oliveira, livres para avançar, também erravam as assistências.

Mas o que mais incomodava era a lentidão com que o time se projetava do meio para a frente. E os erros de marcação. Como o que resultou no gol do Veranópolis, surgido em passe do goleiro Matheus. Luciano Amaral cruzou da esquerda, Douglas foi encoberto e o chute de David Dener, fraco, desviou em Erazo e entrou.

A debilidade ofensiva do Grêmio foi refletida na estatística. O único chute perigoso foi de Fellipe Bastos, em cobrança de falta. Assim, a vaia poderia seria mesmo a única forma de reação.

Opção para a segunda etapa, o estereante Pedro Rocha, 20 anos, representou para a torcida uma esperança de reação. Insinuante, tentou dribles pelas pontas e meio, tentando tirar o time da letargia. Cruzou bem a oito minutos para a conclusão de Luan, nas costas de Marcel, e arriscou o chute aos 18, defendido por Matheus.

Mas foi o Veranópolis quem esteve mais perto de marcar, a nove minutos, em chute de Rafael Mineiro, bem perto da trave direita, com Grohe vencido.

Felipão ainda recorreu a Lincoln para tentar alterar o quadro. Mas nem o talento do garoto de 16 anos foi suficiente para suplantar tantos erros individuais e aparente falta de interesse.

De outro lado, como todos os destaques individuais do jogo foram do Veranópolis, explica-se a surpreendente vitória do até então lanterna do campeonato em plena Arena. Glauber marcou com autoridade na frente da área, Eduardinho foi rápido na armação, Rafael Mineiro esbanjou classe e David Dener incomodou pela velociadade nas arrancadas. 


ZERO HORA

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