Cinco empresários que não têm do que reclamar de 2014
Foi um ano reconhecidamente difícil para a economia brasileira. Mas nem tudo foi perdido. Saiba por que esses homens de negócios se deram bem neste cenário complexo .
Rodrigo Galindo
O executivo Rodrigo Galindo é formado em direito, com mestrado em educação. Nos últimos anos, no entanto, ele se especializou em números. Dono de um raciocínio cartesiano, capaz de sacar números com uma facilidade de quem está conversando sobre futebol, Galindo foi peça-chave para fazer vingar a fusão da Kroton com a Anhanguera, que quase não saiu do papel aos 48 minutos do segundo tempo. O motivo foi a relação de troca, que desagravada os acionistas da Kroton. Depois de mexer-se nos bastidores, ele conseguiu rever o acordo e aprová-lo entre os acionistas dos dois grupos educacionais. Além disso, as ações da Kroton subiram mais de 70% neste ano, uma das maiores altas dos papeis comercializados na BM&FBovespa em 2014
Constantino de Oliveira Jr.
A família Oliveira é mais conhecida pelos seus investimentos em empresas de ônibus e de aviação. Mas outro empreendimento que não está ligado diretamente à área de transporte é que garantiu bons resultados ao clã em 2014, cujo rosto público é Constantino de Oliveira Jr., ex-presidente da Gol. Trate-se da companhia de fidelidade Smiles, que abriu o capital em 2013. Neste ano, as ações do programa de fidelidade, cuja origem é da Varig, comprada pela Gol, foi o papel que mais se valorizou até 23 de dezembro deste ano na BM&FBovespa. Eles subiram 77,5%. O valor de mercado da Smiles, de R$ 5,5 bilhões, supera o da própria Gol, cuja capitalização é de R$ 4,1 bilhões. E, ao contrário da companhia de aviação, que dá prejuízo, o programa de fidelidade é bastante lucrativo. No terceiro trimestre de 2014, os ganhos foram de R$ 60 milhões.
Abilio Diniz
Só os resultados da BRF, do qual é acionista e presidente do conselho de administração, bastariam para que o empresário Abilio Diniz estivesse feliz com 2014. Mas, em dezembro, Diniz comprou 10% do Carrefour Brasil por R$ 1,8 bilhão, e retornou ao varejo, um ano depois de deixar o Pão de Açúcar. Esse foi mais um dos investimentos feito pelo empresário por meio da Península, sua gestora de recursos, que também conta com participações na Anima, Dufry e também na operação global do Carrefour.
Frederico Curado
Fred, como é conhecido entre os funcionários da Embraer, tornou-se presidente na fase mais difícil da fabricante de aviões brasileira após a privatização na década de 1990. Em 2009, no auge da crise financeira global e dois anos depois de assumir o comando da empresa, ele demitiu 4,1 mil funcionários e reduziu a operação para se adequar aos tempos difíceis que ele previa que viriam pela frente. Seis anos depois, a Embraer parece ter se recuperado totalmente desse baque e normalizado seu plano de voo. A carteira de pedidos fechará o ano em patamar recorde, de US$ 22,1 bilhões. O cargueiro KC-390, maior avião a ser produzido no País, está perto também de fazer seu voo inaugural.
Rubens Ometto
O piracicabano Rubens Ometto tornou-se o maior usineiro de açúcar e álcool do País com uma tática, muitas vezes controvertida, de comprar concorrentes endividados. Reconhecido como um duro negociador, pode-se dizer que Ometto ganhou mais uma briga. Ele uniu a sua empresa de logística Rumo a ALL, dando fim a uma relação belicosa, e criando uma gigante avaliada em R$ 11 bilhões. O negócio ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a julgar pela reclamações feitas ao órgão será uma missão complexa concretizar o plano de união. Mais uma missão para fazer valer o estilo Ometto.
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20141223/cinco-empresarios-que-nao-tem-que-reclamar-2014/219083.shtml
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