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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Anticomunismo

Anticomunismo

Por Natália Petrin
O termo anticomunismo é usado para denominar o conjunto de ideias, correntes e tendências intelectuais que são contra os princípios e ideias do comunismo, além de todo governo que suporte na prática ou na teoria a ideologia. Não se trata, no entanto, de um movimento político, uma vez que não é coerente, institucionalmente organizado e unificado, mas de um conjunto de partidos políticos, governos e pessoas que seguem um mesmo ideal.

Foto: Reprodução
Referências históricas do anticomunismo

Em 1917, ocorreu a Revolução Russa, onde houve repercussão mundial dos princípios e ideologias do comunismo e do socialismo e, no mesmo ano, formou-se a União das Repúblicas Socialistas e Soviéticas, a URSS, que adotou essa ideologia comunista como forma de gestão.

O modelo teve sucesso na administração do estado, que foi capaz de participar da Segunda Guerra Mundial, evento em que derrotou a Alemanha na frente de combate. Desse combate, saíram à frente URSS e Estados Unidos que, com oposição ideológica clara entre o socialismo (URSS) e o capitalismo (EUA), geraram um novo confronto sem embates diretos. A Guerra Fria, como foi chamada, evitou o combate militar entre os dois países, e buscou definir qual seria a ideologia que se expandiria ao redor do mundo. Nesse confronto começou-se a semear o temor quanto aos ideais socialistas e comunistas. Os Estados Unidos assumiram uma visão política anticomunista aberta, de forma a expandir ao redor do mundo.

Com a disseminação do ideal anticomunista, diversos países passaram a aprovar e adotar leis anticomunistas, e até a Igreja Católica declarou-se contra e condenou qualquer forma de comunismo. Os governos passaram a perseguir qualquer um que tivesse ideais que pudessem ser relacionados aos de esquerda.

Os regimes nazifascistas usavam a bandeira anticomunista na Alemanha e na Itália a partir da década de 20. Para eles, o comunismo significava a total destruição da hierarquia social, além da abolição dos valores nacionais e do conceito de pátria. Nos Estados Unidos, após a Guerra Fria, foi implantada a perseguição aos comunistas e na América Latina houveram casos na Argentina, Chile e Brasil, países que viveram ditaduras militares que, apesar de adotarem o liberalismo econômico, rejeitavam o liberalismo democrático.

Com o fim da União Soviética – marcado pela queda do Muro de Berlim em 89, o modelo socialista entrou em crise, de forma a não conseguir mais combater o capitalismo. Dessa forma, a perseguição diminuiu, apesar de o anticomunismo ainda ser presente e defendido com o mesmo extremismo anterior por alguns.
Correntes anticomunistas

Com diversas abordagens, as correntes anticomunistas possuíam matrizes ideológicas diversas como o liberalismo, o conservadorismo, a democracia cristã, o fundamentalismo, a doutrina de segurança nacional, o fascismo e o nazismo, além de outras. Apesar de terem matrizes ideológicas diversas, todas as correntes tinham o comunismo como uma ameaça. Algumas delas combatiam apenas o partido comunista, e outras toda a esquerda política, abrangendo o socialismo, sindicalismo, anarquismo e marxismo, por exemplo.

As ditaduras que adotaram a visão de extrema-direita tornaram-se as mais violentas torturando, prendendo e matando militantes de esquerda. Os governos que realizaram a ditadura foram acusados posteriormente de terrorismo de Estado.

http://www.estudopratico.com.br/anticomunismo/

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