Pesquisa aponta que sintomas aumentam quando elas precisam decidir sobre contratações, demissões e sofrem resistência dos colegas
Foto: Jim Hendew / Morguefile
Rescisão, contratação, pagamentos. Decidir sobre tudo isso aumenta as chances de depressão entre as mulheres que têm posição de autoridade no trabalho. Foi o que uma pesquisa da Universidade do Texas revelou ao entrevistar 1500 mulheres de meia idade.
– A capacidade de contratar e a influência nos pagamentos causam mais sintomas de depressão em mulheres com autoridade no trabalho do que as que não têm esse poder –, aponta a socióloga Tatiana Pudrovska, autora do estudo “Gênero, Autoridade no trabalho e Depressão”.
De acordo com a pesquisa, mulheres sem autoridade também apresentam mais sintomas de depressão do que homens na mesma posição. Ainda assim, a depressão aparece mais forte em mulheres com posição de chefia.
– Essas mulheres têm mais escolaridade, maior renda, mais ocupações de prestígio e níveis mais altos de satisfação e autonomia no trabalho, mas têm pior saúde mental do que as mulheres com menos status – disse Pudrovska.
A questão toda, segundo a pesquisadora, envolve a tensão interpessoal, as interações sociais negativas, os estereótipos ruins e o preconceito, assim como a resistência dos colegas e superiores. Problemas que os homens praticamente não têm que enfrentar.
– A maioria das entrevistadas disse que quando são assertivas e têm a confiança dos líderes, então são julgadas por serem pouco femininas. Isso contribui para o estresse crônico.
A pesquisadora pretende, com os resultados do estudo, continuar debatendo o problema da discriminação de gênero nas relações de trabalho e os custos psicológicos que esse problema traz para as mulheres.
ZERO HORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário