IMPOSTÔMETRO:


Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM

Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM
SOMENTE CLICAR NO BANNER --

ANÚNCIO:

ANÚNCIO:

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Saiba como era a sociedade e o cotidiano nos engenhos de açúcar

A sociedade açucareira
O jesuíta Antonil afirmava, em 1711, que o “ser senhor de engenho é título a que muito aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido de muitos”. O jesuíta trata ainda da dependência que tem os lavradores dos senhores de engenho, do seu enriquecimento, crescimento da soberba e desprezo pela gente mais pobre. Embora o jesuíta tenha sido uma testemunha da sociedade açucareira, estudos recentes têm mostrado que a vida no engenho não era fácil.O senhor e sua família alimentavam-se muito mal, abusavam dos doces, sofriam de inúmeras doenças. Os senhores, em geral, em razão da vida promíscua que levavam, tinham sífilis, enfermidade que lhes enchia o corpo de chagas. Os senhores deviam manter a ordem nos engenhos, controlando a escravaria e impedindo que colocassem em prática as suas várias formas de resistência, como revoltas, criação de quilombos, escapadelas e outras mais. Além disso, precisavam evitar serem vítimas de seus escravos que, não raras vezes, assassinavam, mutilavam e estupravam senhores, seus familiares e feitores.Assim, a ideia de uma sociedade ordeira, estável e faustosa nas áreas açucareiras é hoje colocada em xeque pelos recentes estudos históricos sobre o tema.
Formas de morar

O senhor de engenho morava com sua família e seus escravos domésticos na chamada casa-grande. Eram, em geral construção de dois pavimentos, avarandadas, com numerosos quartos, ampla sala e uma imensa cozinha. Apesar da imponência das casas-grandes, seu imobiliários era bastante simples, confeccionado pelos próprios escravos nas oficinas da propriedade. Os utensílios mais sofisticados eram importados da Europa. Toda casa-grande tinha sua capela, com seu santo de devoção que, muitas vezes, dava seu nome à propriedade. Cada unidade açucareira tinha seu capelão, que cuidava da vida espiritual de seus moradores.Nos engenhos, os colonos moravam em mocambos, casas pequenas e desconfortáveis. Já os escravos dormiam em senzalas, cuja construção era uma reprodução das moradias africanas. Era assim que os negros viviam nas suas regiões na África.

Vida familiarO senhor de engenho era o centro da família e dele esperava-se dar-se ao respeito, fazer valer sua autoridade e agir nas ocasiões necessárias. Sob seu comando estavam os filhos, bastardos, parentes pobres, afilhados, agregados e escravos. As esposas dos senhores dedicavam-se ao trabalho doméstico – costura, bordado, quitandas – e às práticas religiosas. Contudo, na ausência de seus maridos, eram elas que assumiam as responsabilidades do bom funcionamento do engenho.
Na sociedade nordestina, apenas o filho mais velho tinha o direito à herança. Todas as propriedades lhe eram transmitidas. Esse costume tinha o objetivo de manter as propriedades íntegras, sem dividi-las. As propriedades eram repassadas de geração para geração, sempre por meio do filho mais velho.
Os demais filhos eram encaminhados pelo pai ou à vida religiosa (mesmo que não tivesse vocação) ou à Europa, onde se dedicavam ao estudo do Direito ou da Medicina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário