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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

6 mitos estúpidos sobre o corpo humano que você acredita

“Fatos” totalmente equivocados sobre saúde, dieta, sexo e toda e qualquer outra coisa relacionada ao corpo humano continuam a aparecer na cultura pop, e às vezes até mesmo chegam às salas de aula. Não é nossa culpa, então, que ainda acreditemos em absurdos propagados sobre nosso próprio ser. Para esclarecer as coisas:

6. Sentar muito perto da TV não vai danificar sua visão
Que criança nunca teve que levantar do chão aborrecida e se sentar mais longe no sofá para ver desenhos porque seus pais lhe disseram que ela estava muito perto da TV e ia ficar cega?
Se há alguma correlação entre sentar muito perto da televisão quando criança e precisar de óculos quando adulto, é provavelmente o contrário – ou seja, a criança estava sentada tão perto da TV aos sete anos porque já tinha problemas de visão naquela época.
Na verdade, em todos os estudos que foram feitos para testar se há uma distância mínima abaixo da qual a TV começa a fritar seus olhos, nenhuma evidência jamais apareceu de que a telinha cause defeitos visuais.
Esses rumores surgiram provavelmente porque televisores velhos emitiam radiação, e as pessoas se preocupavam que uma proximidade da TV danificasse seus olhos.
Vale lembrar que olhar fixamente para telas – sejam de televisão, computador ou celular – por longos períodos pode fazer seus olhos doerem, ficarem tensos e secos, mas isso não é porque a tela está ativamente prejudicando seus olhos; é porque se concentrar demais em algo significa que você pisca com menos frequência, e seus olhos se cansam. É interessante fazer pausas antes de voltar a encarar a telinha.

5. Dentes brancos não são sinônimo de dentes saudáveis
Você pode pensar que dentes brancos são atraentes, mas isso é algo cultural. Um dente amarelo de fato nos remete a uma imagem nada higiênica, de um fumante que não escova os dentes há séculos.
No entanto, dentes muito brancos não são naturais; eles são o equivalente oral a silicone. A cor normal dos dentes humanos é amarela. Claro, café, cigarros ou não escovar os dentes com frequência podem o tornar mais escuros. Mas o auge da saúde bucal não é um dente tão brilhante que cega quem está por perto.
Na verdade, tentativas fúteis e desesperadas de esfregar os dentes para que fiquem brancos podem danificá-los. Escovas duras são abrasivas e enfraquecem os dentes tirando suas camadas exteriores. Marcas de creme de dental que prometem “branqueamento” são na sua maioria besteira. E mesmo se você resolver clarear os dentes com um profissional, o esmalte será danificado, o que também é ruim para a saúde bucal.


4. A capacidade de rolar a língua não é um traço genético
Se você não consegue rolar sua língua em forma de tubo, não é porque seus pais não conseguem. E se você consegue, mas nenhum deles consegue, não significa que você é filho do vizinho.
Mesmo em 1950 estudos já haviam mostrado que rolar a língua não é uma característica transmitida por seus pais. É um comportamento que pode ser aprendido.
As pesquisas identificaram que a porcentagem de crianças que pode fazer isso aumenta de 54% na faixa etária de 6 a 7 anos para 76% aos 12 anos. Isso significa que muitas crianças praticam o truque até aprenderem a fazê-lo.
A afirmação original de que essa habilidade era uma coisa genética veio de um artigo publicado em 1940, que animadamente afirmou ter descoberto “Uma Nova Característica Herdada em Humanos”. Como se fazer careta pudesse ser característica genética.


3. Cabelo e unha não continuam crescendo depois que as pessoas morrem
Esse mito é tão disseminado que gostaríamos de poder desenterrar corpos só para poder confirmá-lo. Será que as unhas e o cabelo ficam em negação após a nossa morte, e continuam crescendo como se nada tivesse acontecido?
Não. Assim como qualquer outra coisa no seu corpo, cabelo e unhas requerem um fornecimento constante de nutrientes, oxigênio e sangue para continuar crescendo, três coisas que não estão disponíveis em um cadáver.
O mito – popular desde a Primeira Guerra Mundial, quando apareceu até em livros – pode ter nascido do fato de que, após a morte, o corpo começa a secar e murchar, e a pele se afasta das unhas e cabelos de forma que parece que eles estão ficando mais longos, quando em realidade, a carcaça está apenas encolhendo.
Pessoas que encontraram mortos naquela época e perceberam isso podem ter pensado que o cabelo e as unhas deles cresceram, em vez de raciocinar que foram seus corpos que diminuíram.

2. Pé plano não é um defeito, nem deixa as pessoas mais propensas a ferimentos
Se você tem o chamado “pé plano” (ou “pé chato”, aquele que não apresenta o “arco” comum nos pés), você deve em algum momento ter se considerado “anormal”, ou inapto para o serviço militar. Mas não é sua culpa; durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de soldados potenciais foram rejeitados simplesmente porque tinham a condição, criando o mito de que pés planos eram mais propensos a lesões.

O que os generais não sabiam é que recusaram os superiores pés planos em favor dos patéticos pés arqueados da maioria do resto dos mortais.
Em Fort Benning, em 1989, uma amostra de mais de 300 soldados foi estudada e descobriu-se que as pessoas com pé chato, na verdade, eram menos propensas a lesões do que aqueles com arcos normais. Os soldados com pés arqueados sofreram o dobro de lesões, como distensões e fraturas por estresse, dos que os com pés planos.
Enquanto isso, empresas de calçados gastam milhões tentando fazer com que as palmilhas deem aos pés “normais” o mesmo apoio que tem a raça superior dos pés planos, em uma tentativa desesperada de adiar a inevitável extinção dos arcos por meio da seleção natural.

1. Fazer sexo antes de competições não atrapalha sua performance
É um axioma tão comum no mundo dos esportes que fazer sexo diminui o desempenho atlético que muitos treinadores chegam a proibir seus jogadores de qualquer contato sexual de uma noite para até um mês antes de partidas importantes.
Essa regra é velha. Há evidências de que mesmo os antigos gregos que participaram dos primeiros Jogos Olímpicos acreditavam que o sexo sugava seus níveis de energia e de agressão, de forma que não podiam dar seu melhor no dia seguinte.
Claro, se você ficar a noite toda fazendo malabarismos na cama, pode se machucar e vai ficar cansado, não vai dormir o suficiente, e seu desempenho será provavelmente prejudicado. Mas, tirando isso, não há nada que sugira que o sexo atrapalhe o desempenho atlético.
Por alguma razão, o mito é tão bizarro que a proibição só se aplica aos homens. Nos esportes femininos, muitas vezes é popularmente pensado que o sexo aumenta a testosterona, e por isso é incentivado para ajudá-las nas competições.
Por que o sexo seria uma coisa seria boa para elas e ruim para eles? Não faz sentido!
A falsidade dessa declaração foi apontada já em 1995, quando um estudo da Universidade de Yale (EUA) com onze homens testou seu desempenho quando tiveram relações sexuais e quando se abstiveram antes de partidas esportivas, e nenhuma mudança foi detectada. Inclusive, outro estudo realizado com corredores de maratonas em Londres sugeriu que o sexo pode melhorar o desempenho atlético.
Embora nem todos os ângulos que envolvem sexo e esportes tenham sido testados por pesquisas científicas, no geral, é seguro dizer que fazer sexo com sua(seu) namorada(o) ou mulher(marido) antes de um jogo não vai mudar em nada – e pode até ajudar – sua performance. [Cracked]

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