Uma família de Indaial, no Vale do Itajaí, procura entender o porquê da morte do bebê durante a gestação. De acordo com a família, a mulher com mais de nove meses começou a sentir contrações no sábado (14) e procurou o Hospital Beatriz Ramos para receber atendimento, mas o médico plantonista não achou necessário realizar o parto.
Ao chegar à emergência a gestante, de nove meses, Eloiza Heinz foi atendida pelo médico do plantão que, de acordo com a família, disse que não era a hora de realizar o parto. Ele receitou remédio para dor e mandou a mulher voltar para casa. O esposo Cleiyton Vieira afirma que ela deveria ter sido submetida a uma cesariana por falta de dilatação.
Segundo Eloiza, que têm outros dois filhos, uma mãe sente quando é a hora do bebê nascer. “Como uma mãe não vai saber quando o bebê vai nascer? Eu tenho dois meninos, meu sonho era ter a minha menina”, diz a mãe.
No domingo (15), próximo ao meio-dia, a gestante voltou a sentir contrações. A família retornou ao hospital aproximadamente às 19h. A enfermeira acionou o médico ginecologista de plantão que encaminhou a paciente imediatamente para o centro cirúrgico. “A enfermeira nos atendeu muito bem, fez um exame e chamou o médico. Quando ele chegou não pensou duas vezes, ele olhou, examinou a minha mulher e disse ‘já para o centro cirúrgico”, lamentou o marido.
A gestante foi submetida a uma cesariana e o bebê foi retirado já sem vida. Durante o procedimento, Eloiza perguntou para a equipe médica como a criança estava. “Eu perguntei duas vezes. Ela tá bem? Ninguém disse nada. Me deixaram na sala de espera e só ficavam me olhando”, afirma. A mulher só soube do ocorrido quando saiu do setor cirúrgico e viu a família chorando.
A reportagem entrou em contato com a Diretoria do Hospital Maria Bernadete Tomazini, mas a reportagem foi informada que a equipe estava em reunião e não poderia falar.
Todo o acompanhamento do pré-natal foi realizado na Unidade de Estratégia de Saúde de Família Remo Wendorf pelo clínico geral, Mendes Campos. “Estava tudo certo com ela. Fez dois ultrassons pelo SUS. Estava correto, não tinha nada de errado”, afirma o médico.
A Secretaria de Saúde da cidade vai investigar o caso. De acordo com o secretário Enilson Erley de Freitas, a família será auxiliada no que for necessário. “Vamos conversar com a unidade hospitalar e temos que corrigir o que está errado”, declara Freitas.
*Fonte: G1 SC
Foto: RBS TV/Reprodução
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