Apresentado mundialmente no Salão de Paris de 2014 e revelado aos brasileiros no Salão de São Paulo semanas depois, o Jaguar XE passa a ser comercializado em quatro versões Pure, Pure Tech, R-Sport e S. Trata-se do sucessor espiritual do X-Type (embora pouco tenha a ver com o irmão caçula do S-Type, com plataforma e mecânica herdados do Ford Mondeo), que vem para acirrar a disputa entre as versões intermediárias de Audi A4, Mercedes-Benz Classe C e BMW Série 3.
Desde a versão de entrada 2.0 Si4 Pure (R$ 169 900), o XE traz bancos revestidos em couro Luxtec, volante multifuncional em couro granulado, acabamento em preto-brilhante, sistema Stop/Start, câmbio automático de 8 marchas, monitoramento da pressão nos pneus, faróis de xenônio com luzes diurnas de LED, All-Surface Progress Control (entre 3,6 e 30 km/h, mantém a velocidade constante entre as rodas traseiras em situações de baixa aderência), Jaguar Drive (seletor de modos de condução: Eco, Normal, Inverno e Dinâmico), GPS, sistema de som com 6 alto-falantes e sensor de estacionamento traseiro.
O XE 2.0 Pure Tech, que custa R$ 177 000, acrescenta equipamentos como teto solar elétrico, câmera de ré e limpadores de para-brisa com acionamento automático.
Na versão R-Sport (R$ 199 900), o visual é mais atraente (com spoilers laterais, para-choques mais esportivos e aerofólio na tampa traseira), mas o motor é o mesmo 2.0 Turbo das outras versões. O XE R-Sport também traz bancos esportivos revestidos em couro, emblemas no volante e nas soleiras das portas, suspensão recalibrada, faróis de xenônio adaptativos (com assistente de farol alto), memória de posição para os assentos do motorista e do passageiro, sistema de som Meridian com 11 alto-falantes, coluna de direção ajustável eletricamente e rodas aro 18'' na cor preta, com opção da cor prata.
O motor 2.0 Si4 Turbo, que rende 240 cavalos e 34,7 kgfm de torque, aliado ao câmbio ZF de 8 marchas com trocas sequenciais no volante, leva o XE de 0 a 100 km/h em 7,7 segundos e à 250 km/h de velocidade máxima.
Em um patamar superior, o XE S (R$ 299 000) possui motor 3.0 V6 Supercharged com 340 cavalos e 45,9 kgfm de torque, que também equipa o F-Type (o de entrada, diga-se). O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h é de 5,1 segundos. Além do câmbio ZF de oito marchas, o modelo S traz Adaptive Dynamics (amortecedores ativos e configuráveis). Externamente, se distingue pelos para-choques esportivos, com entradas de ar maiores, além do aerofólio traseiro, detalhes em preto brilhante, pinças de freio na cor vermelha e rodas em liga leve aro 19''.
Os bancos possuem apoios mais largos e revestimento em couro Taurus e Alcântara (como opcional, ser podendo inteiramente em couro). Nesta versão há detalhes em fibra de carbono e Black Piano, soleiras das portas com a inscrição S, pedais em alumínio, forro de teto na cor preta, Head-Up display com projeção via laser de imagens coloridas, Keyless Entry (abertura por aproximação da chave presencial), sensor de estacionamento em 360 graus, monitor de pontos cegos com sensor de aproximação de veículos e detecção de tráfego em manobras de marcha-a-ré.
O XE é o primeiro Jaguar a ser equipado com direção elétrica (EPAS), antes desprezada pelos engenheiros da montadora, agora adotada para entregar respostas ágeis ao guiar. Internamente, os bancos dianteiros são posicionados o mais próximo possível do solo a fim de baixar o centro de gravidade (nas versões R-Sport e S, trazem ajustes elétricos). A distância entre-eixos é de 2,83 metros, permitindo acomodar com conforto cinco pessoas. O ambiente traz o "Riva Hoop", um arco que sai da porta do motorista, passa pelo painel e termina na porta do passageiro. As saídas de ar-condicionado assimétricas se integram aos painéis de porta, e assim como no XF e no Evoque, há o Rotary Shift, seletor de câmbio giratório.
Único sedan do segmento com intenso uso de alumínio em seu monobloco (3/4 de sua estrutura), além da aplicação de magnésio e das ligas de metais de alta resistência, o XE inaugura a nova arquitetura modular da Jaguar, que será utilizada por modelos futuros. Para assegurar bons resultados em testes de impacto, foram adotadas ligas de alumínio AC300 e AC600 nas colunas dianteiras e nas estruturas dianteiras e traseiras, enquanto os pilares B são em alumínio reforçado com aço resistente. Para se adequar à proteção para pedestres em caso de atropelamento, o capô de alumínio traz dobradiças destacáveis, criando mais espaço entre as estruturas e absorvendo melhor os impactos.
O Jaguar XE é o primeiro carro a utilizar uma liga de alumínio reciclado (RC 5754). Além disso, o modelo abandona os pontos de solda em prol de uma combinação de rebites auto-perfurantes e adesivos estruturais, garantindo maior rigidez torcional e compatibilidade com materiais diferentes.
A tração é traseira, a suspensão dianteira é do tipo Double Wishbone (similar à do F-Type), e a traseira, Integral Link. A Jaguar cogitou utilizar suspensões Multilink convencionais, logo abandonadas em prol da dirigibilidade do XE.
O Jaguar utiliza pinças de freio de baixo peso e discos ventilados na dianteira (325 ou 350 mm dependendo da versão), e na traseira, 325 mm. Na frente, o resfriamento é feito por dutos instalados entre a suspensão, que canalizam o ar até os freios.
O XE também traz a Vetorização de Torque, que reduz a possibilidade de o carro sair de frente nas curvas, freando de forma controlada e individual as rodas de dentro, trazendo a dianteira de volta para o trajeto.
Outra novidade é o sistema multimídia InControl, com tela touchscreen de oito polegadas, interface intuitiva, comandos de voz e, na versão S, o sistema de som Meridian, com 11 alto-falantes, incluindo subwoofer, desenvolvidos especificamente para o XE - gerando um total de 380 Watts de potência.
Produzido em Solihull (Reino Unido) e resultado de um investimento de £ 1,5 bilhão da Jaguar Land Rover, em breve o XE estará disponível nas 33 concessionárias pelo Brasil.
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