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Sem alarde, as operadoras de telefonia móvel preparam mudanças na forma de cobrar internet pelo celular. Assim como já ocorre em diversos países da Europa e nos Estados Unidos, o usuário, após consumir toda a sua franquia de dados, não terá mais a opção de continuar navegando com a chamada "velocidade reduzida". Ou seja, se quiser trafegar terá que contratar um pacote adicional, adquirindo mais megabytes (MB). A novidade, que tende a tornar a conexão mais eficaz, na visão das empresas, pode aumentar as despesas mensais dos consumidores com telecomunicações. Pode não... Vai aumentar, ou então as pessoas deixarem de usar.
No próximo mês, quem dá o pontapé inicial é a Vivo, maior companhia do setor, com 79 milhões de clientes. E os usuários de planos pré-pagos (de cartão) da operadora serão os primeiros a sentir a mudança: a partir de novembro, quem consumir toda a franquia do pacote de internet móvel da operadora, terá a conexão cortada se não contratar nova leva de dados. Oi, TIM e Claro vão lançar pacote semelhante em breve, dizem fontes. Em um segundo momento, a estratégia será replicada para os clientes pós-pagos das companhias.
Na Vivo, um dos pacotes pré-pagos mais usados atualmente dá direito a franquia de 75 MB (a R$ 6,90) por semana. Se consumir todos esses dados antes do fim do prazo, o cliente terá de pagar um adicional de R$ 2,99 por mais 50 MB, com validade de até sete dias, para continuar navegando na web. Quando atingir 100% da franquia, o consumidor deverá receber um SMS com a opção de contratação. A mudança, adotada inicialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, poderá ser estendida para outras regiões nos próximos meses. Estima-se que hoje cerca de 30% dos usuários pré-pagos no país acessam a internet do celular, com gasto médio de R$ 14 por mês.
Segundo a Vivo, "o mesmo ajuste deverá ser implementado futuramente para os clientes de planos pós-pagos". E mais: a operadora ressaltou que está "trabalhando em ajustes sistêmicos e fará o anúncio sobre a mudança aos seus usuários com a antecedência necessária".
CONSUMIDORES DEVEM SER AVISADOS
É importante avisar aos consumidores sobre as mudanças para evitar quebra de contrato, lembram advogados. Pela legislação, as alterações devem ser notificadas com 30 dias de antecedência.
Nos EUA, assim que um cliente consome metade da franquia de dados, a operadora já recomenda comprar mais internet. Por exemplo, na Verizon, um pacote com 2GB mensais custa US$ 60 e na AT&T sai a US$ 40. Já o pacote adicional de 1GB custa US$ 15 em ambos os casos. Há alguns anos, as operadoras norte-americanas tentaram oferecer a "velocidade reduzida", algo que não foi bem recebido pelos usuários, que reclamaram da baixa qualidade na conexão. Nessas horas devemos lembrar do salário e do nível de vida das pessoas nos EUA e no Japão comparados com o Brasil.
Para especialistas, a estratégia das operadoras é elevar a receita com a internet móvel, que subiu até 30% no primeiro semestre, sobre igual período de 2013. Mas, apesar do aumento, o país está longe de figurar entre as nações que mais faturam com dados. Segundo pesquisa recente pela Merril Lynch, e divulgada pela TIM a analistas, o Brasil ocupa a 30ª posição no "ranking" que mostra a fatia da receita de dados em relação ao gasto por usuário.
No Brasil, esta relação é de 29% da receita, bem longe do líder Japão (68%), Coreia do Sul (63%), Austrália (56%), Áustria (48%) e Argentina (47%).
DESAFIO PARA AS EMPRESAS
A qualidade da conexão é um ponto destacado por especialistas. O analista Hermano Pinto lembra que o desafio para as empresas brasileiras será manter a velocidade da internet. Hoje, com a demanda crescente, muitos usuários pós-pagos, que não querem ter a velocidade reduzida, são obrigados a alterar seus planos de internet com o aumento no número de minutos. Assim, em geral, quanto maior a franquia de dados, maior será o volume total para falar.
— Nos EUA, por exemplo, se o usuário tem 4G, ele navega no 4G. Não é como no Brasil que o 4G vira 3G nas áreas onde não há cobertura. Além disso, por contrato e pela legislação, as empresas podem oferecer apenas uma parte da velocidade que prometem aos clientes. O desafio de o Brasil aderir a essa tendência, que é um caminho sem volta, é garantir uma velocidade sempre alta.
ISSO É O QUE ELES DIZEM, MAS AGORA O PAPO É COMIGO
Vamos ser realistas, normalmente as pessoas que usam por exemplo a TIM, Oi e Claro, no pré pago, ganham 10MB por dia, daí cai a velocidade, mas pra quem tem um celular com Android, iOS ou Windows Phone sabe muito bem que 10MB dá só pra no máximo 2hs por dia, isso usando bem moderado. Veja um exemplo, se você liga o 3G de manhã, baixa seus e-mails, dá uma atualizada no Facebook, posta uma foto, pronto, já acabou a sua franquia. E daí, como fica o resto de seu dia? Bom, hoje você vai se rastejando mas dá pro gasto. E depois como ficará? Não terá mais, ou terá que comprar outro,pacote de dados. Será que as pessoas tem esse dinheiro disponível? Quando sei que muitas pessoas já acham muito pagar R$ 0,75 por dia. Vão pagar quanto depois? R$3,00 por dia? Daria R$ 90,00 por mês. Não dá né?
Vou citar meu caso: Eu tenho internet pós paga da Operadora Oi, tenho um pacote de 500mb por mês em velocidade alta, depois disso a velocidade é reduzida para uns 128kbps, supre a minha necessidade. Vou ser sincero, esses meus 500mb eu gasto em dois dias, pois ouço muita rádio on line. Por mês eu gasto em torno de 6gb, nesse caso eu teria que contratar um pacote de 6gb da Oi, com um preço bem mais elevado do que eu pago ou então no segundo dia em diante não usar mais a internet no celular onde não tem wi-fi. Assim sendo, os gastos acabam aumentando muito. Não sou a favor.
Você acha que eu gasto muito em 3G? Posso garantir que nesses 6gb que uso por mês, eu nunca ví nenhum vídeo no YouTube ou qualquer outro lugar, faço isso no wi-fi, apenas em casa. Muitas pessoas não tem noção de quanto gastam, isso é muito ruim.
Por exemplo, uma foto com uma qualidade boa já tem uns 3,5mb, se você for postar ela no Facebook, só poderá enviar ou receber no máximo 3, daí deu... Vídeos no WhatsApp, esquece.
NA MINHA OPINIÃO, PORQUE ISSO ACONTECEU
Antes as pessoas pagavam bastante para as operadoras pagando elevados valores por ligações e SMS. Hoje com aplicativos como o Facebook, WhatsApp, Viber, Skype etc, ninguém mais usa isso, assim, elas precisam ganhar os seus de alguma forma né? Penso eu que esse vai ser o método.
O QUE É O PIOR EM SE TRATANDO DE PLANO PÓS PAGO
Usando o meu exemplo acima, normalmente as operadoras para me venderem um plano de 6gb, elas querem junto me vender um plano de ligações de pelo menos 200 minutos para outras operadoras. Mas hoje eu já tenho um plano de 50 minutos e quando muito uso 10 minutos. É tipo venda casada. Vão querer incluir aí junto SMS ilimitado, tudo bem, mas eu não envio SMS, mas vou pagar por isso e não vou usar.
Enfim caros leitores, temos muitas coisas para ver e se realmente isso acontecer, temos que analisar muito bem o que cada operadora vai oferecer e a que preço. Eu ainda espero de todo meu coração que isso não aconteça. Lí em algum lugar hoje (21/10/2014) que a Tim não tem planos de entrar nessa, daí... Migraremos para a Tim.
A Anatel anunciou hoje que vai ver isso bem direitinho, mas que isso é legal. Sei que quando fiz meu contrato com a Oi, assinei que teria o pacote reduzido após atingir a franquia de 500mb. Então até eu completar mais esse ano de fidelidade, por lei eles não poderão mudar nada. Após terminar esse período, com certeza poderão. Afinal se eu cancelar meu plano com eles, eu levo uma multa, porém se eles não cumprirem com sua parte do contrato, com certeza também serão multados. Devemos ficar de olhos bem abertos.
Grato, tenham todos uma ótima semana, e até a próxima quarta-feira, onde aqui estarei comentando ou divulgando algum assunto que mereça destaque no ramo de Tecnologia.
http://www.radioflashbackindaial.com/noticias/geral/84131
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