Foi-se o tempo em que “criança gordinha” era sinônimo de “criança saudável”. De acordo com um novo estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, crianças com idades entre nove e 12 anos que estão acima do peso são mais propensas a ter, na adolescência, maiores níveis de colesterol e insulina, além de pressão alta - todos, fatores de risco para doenças cardíacas.
Em pesquisa com mais de 5 mil crianças, os especialistas notaram que um alto índice de massa corporal (IMC) - medida do peso em relação à altura - entre crianças de nove a 12 anos de idade estava associado a fatores de risco para doença cardíaca aos 15 e 16 anos de idade. Entretanto, a circunferência da cintura e a medida de gordura corporal na infância não foram associadas, na mesma proporção que o IMC, aos fatores de risco na adolescência.
De acordo com os autores, o que é um pouco mais tranquilizador é que as crianças com maior IMC que conseguem voltar ao peso normal até a adolescência podem melhorar seu perfil de risco cardíaco, em comparação com aqueles que continuam com sobrepeso ou obesos. “Nossas descobertas destacam a necessidade de mudar a completa distribuição da adiposidade na população infantil e de desenvolver intervenções que, de forma segura e eficaz, reduzam o peso e melhorem os fatores de risco cardiovascular em crianças com sobrepeso e obesas”, escreveram os autores no British Medical Journal.
Fonte: Revista Boa Saúde
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