A mulher britânica em 1954 tinha corpo ampulheta com, em média, 1,57 m, 61,7 kg, 68,6 cm de cintura e 99 cm de quadril. Todas essas medidas aumentaram em 2014, com a figura corporal semelhante à de uma maçã. A mulher atual apresenta 1,63 m, 64,9 kg, 86 cm de cintura e 101,5 cm de quadril. Os dados são da pesquisa Nacional de Tamanhos do Reino Unido e foram divulgados pelo jornal Daily Mail.
Os culpados pelas medidas maiores? Estresse, dieta e estilo de vida. Por exemplo, nos anos 50, apenas 15% das famílias tinham geladeiras, o que fazia com que as pessoas comprassem diariamente o que precisavam. Menos alimentos em casa significam menos chances de petiscos entre as refeições. Naquela época, as mulheres consumiam pouco mais 1,8 mil calorias por dia, em comparação com quase 2,2 mil agora.
E não havia tempo para descansar quando estavam em casa. Apenas um terço das famílias tinha máquina de lavar roupa, abrindo espaço para uma tarefa cansativa que elimina muito mais calorias que simplesmente apertar um botão. Fora isso, 15% da população, sendo a maioria do sexo masculino, possuía carro, em comparação com quase 80% hoje. Se as mulheres precisavam ir a algum lugar, tinham que andar e, portanto, perder mais calorias.
Todas as tarefas domésticas e idas ao mercado resultavam em queima de 1.092 calorias, contra apenas 556 de hoje. A mulher moderna se preocupa em ir à academia, mas passa a maior parte do tempo sentada.
“Esse aumento de peso para as mulheres é bastante significativo em termos evolutivos. Para o bem da nossa saúde geral, não podemos deixar que o peso continue a subir nesse ritmo”, disse a nutricionista Carina Norris. “Parte do problema é que o alimento ficou mais barato durante as últimas décadas dos anos 50, por isso temos mais acesso a ele. E muito do que está prontamente disponível é junk food, que é altamente calórico e pobre em nutrientes, o que significa que é possível se tornar obesa ao mesmo tempo que mal nutrida”, completou.
Além disso, o estresse ocasionado pelas muitas tarefas envolvendo o trabalho e a família pode ser responsável pelo aumento da cintura. “O cortisol é um dos hormônios que produzimos quando estamos estressados e isso nos torna mais propensos a acumular peso nessa região”, disse Amina Aitsi-Selmi, médica de saúde pública especializada em obesidade.
O aumento de altura, em compensação, pode ser atribuído a uma melhor nutrição no útero e na primeira infância, o que promove o bom crescimento ósseo.
TERRA
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