Uso de camisinha é o meio mais eficaz de prevenção contra o HIV
Diferença entre casos detectados por gênero vem diminuindo: último dado disponível mostra 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres
Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a epidemia no País está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano.
Existem mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, entretanto, essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Em 1989, a proporção entre os sexos era de cerca de 6 casos de aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2011, último dado disponível, chegou a 1,7 caso em homens para cada 1 em mulheres.
De acordo a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), divulgada na última quinzena de janeiro, maioria dos brasileiros (94%) sabe que a camisinha é melhor forma de prevenção contra as DST e a Aids. Mesmo assim, 45% da população sexualmente ativa do País não usou preservativo em relações sexuais casuais nos últimos 12 meses. Entre as mulheres, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorre de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV.
O uso de camisinha é considerado o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada.
Desde 1994, o governo federal distribui gratuitamente o preservativo em toda a rede pública de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o País que mais compra e distribui camisinhas no mundo (625 milhões de unidades, em 2013).
Em 2014, o Ministério da Saúde também distribuiu 6,4 milhões de testes rápidos para HIV, número 26% superior aos 4,7 milhões distribuídos em 2013. Das cerca de 734 mil pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil, atualmente, 80% foram diagnosticadas.
Além de uso camisinha em todas as relações sexuais, o Ministério da Saúde recomenda que não sejam compartilhadas seringas e outros objetos que furam ou cortam.
Tratamento
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Eles não matam o HIV , vírus causador da aids , mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem tem aids.
Com o surgimento do coquetel, as pessoas infectadas passaram a viver mais. O tempo de sobrevida é indefinido e varia de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas começaram a usar o coquetel em meados dos anos noventa e ainda hoje gozam de boa saúde.
Para combater o HIV, é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido. O tratamento é complexo, necessita de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas, ou seja, aderir ao tratamento . Por isso, é fundamental manter o diálogo com os profissionais de saúde, compreender todo o esquema de tratamento e nunca ficar com dúvidas.
O papel do SUS
O governo federal garante a todos os adultos com testes positivos de HIV, mesmo que não apresentem comprometimento do sistema imunológico, o acesso aos medicamentos antirretrovirais contra a aids pelo SUS. Desde 1996, o Brasil distribui, gratuitamente, o coquetel antiaids para todos que necessitam do tratamento.
A rede de assistência conta hoje com 518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM). Gradualmente, as Unidades Básicas de Saúde estão sendo incorporadas na atenção aos pacientes vivendo com HIV.
Atualmente, o Ministério da Saúde oferece 22 medicamentos com 39 fórmulas e, entre 2005 e 2013, o País mais que dobrou (2,14 vezes) o total de brasileiros em tratamento, passando de 165 mil, em 2005, para cerca de 350 mil em 2013.
O ampliação da assistência às pessoas com HIV e Aids e o incentivo ao diagnóstico precoce fazem parte das estratégias do Ministério da Saúde no cumprimento da meta “90-90-90”, que corresponde a 90% de pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020. As metas foram adotadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde e Agência Brasil
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