Testes
TESTE: FIAT PANDA CROSS - APARÊNCIA COM ESSÊNCIA
No mercado europeu, Fiat Panda alia vocação lameira às dimensões urbanas na versão Cross, com tração integral
por Márcio Maio
Auto Press
Em 35 anos de existência, o Fiat Panda pode ser considerado um fenômeno na Europa. O subcompacto já emplacou mais de 10 milhões de unidades e, para muitos adeptos da aventura ou profissionais do ambiente agrícola, é um dos melhores custos/benefícios no competitivo mercado europeu. Isso porque o modelo tem inusitadas versões 4X4, que desde 1983 permite ao compacto urbano – que é construído sobre a mesma plataforma do Uno vendido no Brasil – se arriscar em trilhas com sua tração nas quatro rodas. E até com “roupagem” mais “off-road”, em sua configuração Cross, uma das vertentes da terceira geração do Panda, lançada em 2011.
O Panda Cross europeu é movido por um motor dois cilindros TwinAir Turbo 0.9 litro a gasolina, que entrega 90 cv de potência e torque de 14,8 kgfm ou um diesel 1.3 MultiJet de 80 cv e 19,4 kgfm de torque. Mas o primeiro conta com um modo de direção econômico que, ao ser acionado, reduz drasticamente esses valores, garantindo mais autonomia para o veículo. Desta forma, potência e torque caem para 77 cv e 10,2 kgfm. Com gasolina no tanque, o trem de força é completado por uma transmissão de seis velocidades, enquanto a versão com propulsor diesel traz câmbio de cinco marchas. Ambos contam com sistema start/stop de série, que desliga o motor quando o veículo é parado e o pedal do freio se mantém pressionado, caso dos sinais de trânsito, por exemplo.
O sistema de tração nas quatro rodas acompanha um controle de seleção que permite escolher entre três opções. A primeira, Auto, divide a força automaticamente com o eixo traseiro ao identificar situações de baixa aderência. O modo Off-Road adota a tração nas quatro rodas, priorizando sempre as que necessitam de mais força. Já o Hill Descent Control é indicado para descidas íngremes e controla automaticamente os freios e a velocidade do veículo para manter a segurança.
Na Itália, onde o Panda Cross é fabricado, a Fiat cobra iniciais 19.650 euros pela sua versão de entrada, movida a gasolina. Ou seja, são aproximadamente R$ 66.900. Um preço que até chama a atenção em função da tradição e da capacidade “off-road” da versão. Mas, pelo tamanho compacto do modelo, pode ser considerado um tanto salgado para quem pretende usufruir mais de suas características urbanas.
Primeiras impressões
Pequeno multifuncional
por Carlo Valente
do Infomotori.com/Itália,
exclusivo no Brasil para Auto Press
Vicenza/Itália – O Fiat Panda Cross é um carro com dimensões de veículo de passeio compacto. Mas esconde uma personalidade “off-road” capaz de impressionar. Nas ruas, não passa despercebido: o visual é típico de um modelo aventureiro, com inserções vistosas de proteção em plástico nos para-lamas e para-choques da frente e de trás e dois ganchos de reboque vermelhos na parte frontal. A bordo, é confortável e tem boa visibilidade dianteira. Já atrás, em função das pequenas janelas, é indicado investir nos opcionais sensores de estacionamento traseiros. As partes superiores do velocímetro e tacômetro ficam escondidas pelo aro do volante, o que atrapalha um pouco a interação entre o condutor e o automóvel. E o painel é coberto com plástico acobreado – infelizmente, não há possibilidade de mudar esse tom.
Retomadas e saídas de sinal são boas, assim como o isolamento acústico. Trata-se de um modelo projetado para uso “off-road” e na cidade, mas o grande destaque fica mesmo na sua vertente aventureira. Há uma capacidade digna de elogios para enfrentar obstáculos graças ao ângulo de ataque de 24° para frente e 34° para a retaguarda. E para quem pretende utilizar mais o carro no ambiente urbano, a presença da sexta marcha no propulsor a gasolina contribui consideravelmente para a economia de combustível.
Ficha técnica
Fiat Panda Cross
Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 0,875 cm³, dois cilindros paralelos, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico sobrealimentado por turbocompressor.
Transmissão: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral.
Potência máxima: 90 cv 5.500 rpm (77 cv no modo Eco).
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12 segundos.
Velocidade máxima: 167 km/h.
Torque máximo: 14,8 kgfm a 1.900 rpm (10,2 kgfm a 2 mil rpm no modo Eco).
Diâmetro e curso: 80,5 mm x 86,0 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Dianteira com rodas independentes do tipo McPherson, com braços oscilantes. Traseira com rodas conectadas por eixo de torção.
Pneus: 185/65 R15.
Freios: Discos na frente, tambor atrás e ABS.
Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 3,70 metros de comprimento, 1,62 m de largura, 1,65 m de altura e 2,30 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais e de janela.
Peso: 1.050 kg.
Capacidade do porta-malas: 225 litros.
Tanque de combustível: 37 litros.
Produção: Pomogliano D’Arco, Nápoles, Itália.
Lançamento: 1980. Lançamento da terceira geração: 2011.
Preço na Itália: A partir de 19.650 euros, o equivalente a R$ 66.900.
http://motordream.bol.uol.com.br/noticias/ver/2015/05/20/teste-fiat-panda-cross-aparencia-com-essencia
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