Sinais de stress
São muitos os sinais de stress em crianças. Os sinais físicos incluem dor de cabeça, dor de estômago, ranger de dentes, erupções na pele, aumento de alergias, doenças crônicas, mudança de apetite ou de sono. Os sinais emocionais e psicológicos incluem medo ou preocupação excessivos, vergonha ou culpa, apatia ou falta de interesse, depressão ou tristeza, instabilidade de humor e baixa tolerância à frustração - em outras palavras, incapacidade de regular a afeição e as emoções. Os sinais comportamentais são o retraimento, a timidez exagerada. A preocupação excessiva com alguma atividade, as explosões de raiva, as crises de choro, as reclamações e criticas, a implicância e a agressividade. Quando qualquer um desse sinais de stress ameaça o bem estar e a capacidade de funcionar, é necessário buscar ajuda.
O que os pais podem fazer
* Primeiro que tudo, conhecer e entender o filho, principalmente porque é muito importante saber reconhecer quando ele está estressado e, se possível, o motivo do stress. Também muito importante é tentar viver e observar os fatos da perspectiva dele e não apenas da sua.
* Segundo, conhecer a si próprio. Tentar entender o como e o porquê da sua maneira de agir. Como o filho influencia a maneira de reagir dos pais? Qual o papel que a própria infância tem na maneira de tratar o stress do filho?
* Perceber quais as expectativas que se tem para consigo próprio e para com o filho, e se essas expectativas são compatíveis com a realidade e com a idade dele. Normalmente, expectativas são rígidas e inflexíveis. Podem ser identificadas como o que está sendo chamado de ''tirania do deveria". Quando alguém acha que "meu filho deveria fazer suas obrigações sem ser lembrado", está querendo que o filho obedeça a um conjunto de regras pré-determinadas. Isso impede que seconheça a criança como ela é, o que ocasiona não só mais stress para ela como limita sua habilidade natural de lidar com esse stress. Tipicamente, as expectativas não realistas da própria criança têm origem nessas exigências.
* Evitar atribuir motivos para o comportamento da criança. Quando isso é feito, pode-se estar criando algo que não existia, aumentando desnecessariamente o stress. É importante entender que qualquer pressuposição a respeito do filho, verdadeira ou falsa, é, essencialmente, um reflexo dos próprios sentimentos. Quando os pais se sentem manipulados ou controlados pelo comportamento do filho, não pressupor que é intencional da parte dele mas, ao invés disso, refletir sobre sua própria experiência e interpretação.
* Estabelecer limites firmes mas razoáveis e impor disciplina de maneira constante e não humilhante. O objetivo do modelo parental é agir com sabedoria e autoridade. Evitar rigidez excessiva, inflexibilidade, permissividade, inconsistência, proteção excessiva e controle.
* A boa comunicação entre os pais e o filho é de vital importância. A criança está sempre comunicando, seja falando, agindo ou não fazendo nada. Prestar atenção. O filho guiará os pais. Como já mencionado, não presumir saber o que ele está pensando ou sentindo ou o que pretende fazer. Presumir que conhece o filho tão bem que pode ler sua mente é um pré-julgamento e impede que se escute realmente o que ele está tentando dizer.
* Isso leva ao que talvez seja a mais importante função dos pais a de validar o filho através da validação dos sentimento e emoções dele. Na verdade, antes de escutar o que os pais têm a dizer, o filho precisa sentir que é percebido e compreendido pelo que realmente é. Há muitas maneira de diminuir o valor e a auto-estima de alguém. Humilhar é a mais comum, seja através de abuso físico ou emocional, negligência ou controle excessivo.
* Algumas vezes, invalidamos o que temos intenção de validar. Dizer a uma criança para não se preocupar, pois tudo vai dar certo, pode passar a mensagem de que os temores dela são errados e que o julgamento que ela fez do que pode acontecer é tolo. Isso pode fazer com que se sinta incompreendida ou que ela mesma é deficiente por se sentir daquela maneira. A sugestão é que, primeiro, seja reconhecido o medo da criança e dado apoio aos seus sentimentos; é muito provável que quando e se ela se sentir validada, estará mais aberta tanto para receber o apoio como para escutar o conselho.
CONSELHO AOS PAIS: PREPARAR OS PROFESSORES DOS SEUS FILHOS
Preparar os professores do filho é vitalmente importante para um ano escolar positivo. Estar atento ao conteúdo do que dizer e do processo do como dizer.
Em nível formal, compartilhar com eles livros, artigos e panfletos breves e precisos. Considerar a doação de cópias para serem distribuídas ao pessoal da escola. Identificar nos textos os aspectos que se relacionam especificamente com o filho, também identificando aqueles que não. Muitos professores ainda não conhecem o tipo predominantemente desatento do TDAH, aquele que não demonstra hiperatividade.
Além do material já existente, recomenda-se que os pais e a criança escrevam, separadamente, uma carta pessoal para os professores. Essa é uma forma de aproximar o aluno do seu professor de maneira mais pessoal - um nível que facilita as conexões humanas entre estudante, pais e rofessores. A carta dos pais ao professor deve incluir uma descrição da criança como portador de TDAH, identificando qual o subtipo que ela possui e especificando as características que apresenta. Também pode ser identificado o grupo de profissionais que acompanha o tratamento e o tratamento propriamente dito. Essa carta é a oportunidade de apresentar a criança como uma pessoa inteira, não apenas um portador de TDAH. Descrever alguns detalhes das técnicas que os pais e os professores anteriores descobriram que ajuda o aluno, como lembretes sobre mudanças na programação ou sinais de aviso combinados. Também identificar as técnicas que não funcionaram ou, até mesmo, prejudicaram. Finalmente, incluir informação pessoal: coisas que gosta e não gosta, passatempos, traços fortes, dificuldades e conquistas.
Sabendo quanto tempo leva para aprender a lidar com uma criança de "alta manutenção", quer-se diminuir o tempo que demora para o professor passar a trabalhar de maneira eficaz com um aluno portador de TDAH. Alguns desses alunos são, honestamente, difíceis de apreciar na sala de aula, de maneira que qualquer coisa que possa ser feita para apresentá-Ios como mais acessíveis, amáveis e fáceis de conectar-se, é positiva para eles.
http://www.hiperatividade.com.br/article.php?sid=102Como os pais podem ajudar seu filho a lidar melhor com o stress? A primeira recomendação é informar-se o melhor possível sobre o funcionamento infantil para poder entender o comportamento dele
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